O Inferno TEM Porão!!!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Pois então, apareci


Fiz minha cirurgia no nariz e deu tudo certo. Fiz septoplastia (correção do desvio do septo nasal), turbinectomia (redução do volume das conchas nasais, que eram hipertrofiadas) e um negócio que esqueci o nome no esfenoide.
Tiraram duas carnes do tamanho de um dedo de cada narina minha. O médico procurou por fungos no meu esfenoide, mas não achou. Ele achou que os fungos fossem responsáveis pela esfenoidite que causa minha dor de cabeça perene, mas pelo visto nem por lá passaram. Tirou então uns pedaços pra mandar pro laboratório analisar. Até hoje não busquei.
Minha mãe veio cuidar de mim no pós-operatório. Fiquei ótima até o dia em que ela foi embora. No dia seguinte, tive febre. Pareço criança que mama no peito.
Fiquei na maior expectativa com a anestesia geral. Expectativa de morrer, é claro, já que a gente só descobre que anestesia não mata depois que volta. Se eu for fazer outra cirurgia, ficarei mais tranquila. Logo antes da cirurgia, minha pressão subiu muito. De medo. Minha pressão normalmente é baixa e foi a 15x9. O anestesista tentava me acalmar enquanto enfiava aquela agulha grossíssima na minha mão. Esforço vetorialmente nulo. Uma hora ele falou:
_Vou contar uma piada. Era uma vez um homem...
Aí eu acordei três horas depois, com o nariz já operado.
Sensação total de perdi-o-melhor-da-festa.
Acordei como se a cirurgia tivesse sido feita enquanto eu piscava. Nada da delícia da anestesia que alguns me prometeram. Também me prometeram que eu não conseguiria falar e teria dor, hemorragia, inchaço e tudo de ruim. Mentira pura. Não tive nada, saí do bloco cirúrgico falando, recebi mil visitas, saí todos os dias pra almoçar e alguns pra comprar. Inacreditável como agora consigo tomar um suco de canudinho sem abrir a boca uma única vez! Fiquei tão bem, mas tão bem, que o fdp do medico reduziu minha licença de 15 pra 10 dias. Quando ele falou, queria fazer beicinho e dizer chorando:
_Mas você prometeu!
Voltei enfim ao trabalho. Odiei, queria ficar de licença até o ano que vem.
Trabalhei no Natal (deveria, mas matei cara-de-pau-mente) e no réveillon trabalharei até o meio-dia. Saudade da UFMG, que faz rodízio do povo nessas duas semanas e não funciona nos dias 24 e 31 até hora nenhuma.
Mil pessoas me perguntaram do blog, que estavam com saudades dos posts e tal. Cá estou. (Sim, Dione, dessa vez estou falando de você mesmo. – É que tem gente que acha toda vez que o post é pra ele, sabem...).
Fui conhecer um restaurante indiano numa festa do trabalho. A festa foi tão uó que não volto mais. Nem a restaurante indiano nem a festa do trabalho.
Que mais aconteceu? Estou super apaixonada (pelo mesmo de sempre, pra sempre), Caio foi para os Estados Unidos, meu aluno de aulas particulares enfim passou de ano, passei em francês com A+, a despeito de ter faltado um mês quase, e saí da dança de salão (pra sempre, de novo). Fui a um tanto de médicos. O angiologista deu perda total pra minha safena que, ao contrário do que eu pensava, fica na perna, e não no coração. Não riam, ignorância é triste. O oftalmologista achou ceratocone nos meus olhos; sabia que eu tinha puxado Fernando em alguma coisa. Meu nariz tá ótimo, tomei antibiótico por 10 dias, tenho que injetar soro seis vezes ao dia, 5mL em cada narina, pomada duas. Morro de medo de tomar um soco na rua. Natal, né, as pessoas ficam irascíveis na frente das lojas.
Fico pensando se eu tivesse nascido uns vinte mil anos atrás. Teria sucumbido antes dos 12 anos. Não enxergo direito, até uns dias atrás, não respirava direito, meu sangue não circula direito, meu ombro é bichado, não aguento correr, não aguento o peso do meu corpo nos braços. No tempo dos homens das cavernas, eu seria abandonada pela minha família nômade numa caverna remota por não conseguir acompanhar o bando. Até uma fera teria preguiça de me abater, não valeria a pena.
Mas vamos falar de coisas boas, é Natal, Jingle Bells e coisa e tal.
Papai Noel passou lá em casa mais cedo este ano. Ganhei um mp10 maravilhoso que ele mandou pelo Fábio. Arrasaram, Fábio e Papai Noel. Este só esqueceu de levar minha roommate quando passou. Era o meu pedido especial. 50% de aproveitamento, Noel.
Na noite mesmo de Natal, passei em Guanhães. Ótimo, menos gente que o normal, amigo oculto com marmelada: eu tirei meu irmão e meu irmão me tirou. Minha mãe jura que foi sorte. Ahã, sei.
Então tá, anotei um monte de coisas pra escrever, mas obviamente perdi o papel. Como semana que vem também é ano que vem, tenho que fingir que estou cheia de amor no coração e desejar coisas boas pras pessoas.
Pra provar que nada muda nunca, linco o mesmo texto do ano passado, que eu amo, pra qualquer época do ano, mesmo: Os Votos, de Sergio Jockymann

sábado, 21 de novembro de 2009

Dormir


Cansada de brigar por causa de bobagens.
Cansada de trabalhar, de estudar.
Cansada de esperar que as coisas mudem.
Cansada de acreditar que o tempo faz tanta diferença quanto dizem.
Cansada de não saber o que é o certo a se fazer.
Cansada de ter certeza que a maioria dos esforços não geram resultados.
Cansada de só conseguir dormir quase na hora de levantar.
É isso, estou precisando dormir.
Não, não estou deprimida não.
Só voltei há pouco do velório de uma amiga muito mais nova que eu.
A voz da mãe ainda está na minha cabeça, “como é que vai ser agora?”.
Dormir não resolve, mas ajuda bem.
Falei pra uma das filhas que ficou: “faça sua mãe dormir quando chegar em casa”.
Mas dormir não resolve...
Eu quero dormir.
Sorte que tenho uma anestesia geral agendada pra daqui a poucos dias.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Descabelamento II


Ainda na campanha pelo descabelamento em massa, posto o texto abaixo. Já recebi por e-mail algumas vezes, duas só essa semana (alguma indireta?). Não sei quem é o autor, mas quem for está de parabéns. È bom dividir:

"VIVER DESPENTEADA

Hoje aprendi que é preciso deixar que a vida te despenteie, por isso decidi aproveitar a vida com mais intensidade...
O mundo é louco, definitivamente louco...
O que é gostoso engorda.
O que é lindo custa caro.
O sol que ilumina o teu rosto enruga.
E o que é realmente bom dessa vida despenteia...
- Fazer amor despenteia.
- Rir às gargalhadas despenteia.
- Viajar, voar, correr, entrar no mar despenteia.
- Tirar a roupa despenteia.
- Beijar a pessoa amada despenteia.
- Brincar despenteia.
- Cantar até ficar sem ar despenteia.
- Dançar até duvidar se foi boa idéia colocar aqueles saltos gigantes essa noite deixa seu cabelo irreconhecível.

Então, como sempre, cada vez que nos vejamos, eu vou estar com o cabelo bagunçado...
mas pode ter certeza que estarei passando pelo momento mais feliz da minha vida.

É a lei da vida: sempre vai estar mais despenteada a mulher que decide ir no primeiro carrinho da montanha russa, que aquela que decide não subir.

Pode ser que me sinta tentada a ser uma mulher impecável, toda arrumada por dentro e por fora.

O aviso de páginas amarelas deste mundo exige boa presença:
Arrume o cabelo, coloque, tire, compre, corra, emagreça, coma coisas saudáveis, caminhe direito, fique séria...
E talvez eu devesse seguir as instruções, mas quando vão me dar a ordem de ser feliz?
Por acaso não se dão conta de que para ficar bonita eu tenho que me sentir bonita?...
A pessoa mais bonita que posso ser!

O que realmente importa é que ao me olhar no espelho, veja a mulher que devo ser.
Por isso, minha recomendação a todas as mulheres:

Entregue-se, coma coisas gostosas, beije, abrace, dance, apaixone-se, relaxe, viaje, pule, durma tarde, acorde cedo, corra, voe, cante, arrume-se para ficar linda, arrume-se para ficar confortável!
Admire a paisagem, aproveite, e acima de tudo, deixa a vida te despentear!!!!

O pior que pode acontecer é que, rindo frente ao espelho, você precise se pentear de novo..."

Comemorando 1,5 ano em grande estilo


_Meu cabelo tá bonito, amor?
_Tá... Só meio... desarrumado...
_Eu sei, eu pus ele assim de propósito, eu adoro!
_Não, não to falando cuidadosamente desarrumado, não. Tá parecendo que você saiu de uma briga.

Vou dar um desconto porque só Deus sabe o que ele já teve que ouvir nesse ano e meio...

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Se eu tiver engordado, por favor não me conte



Pois então, voltei das férias. Depois de 38 dias em casa, voltei. Antes que desçam a ripa nos servidores públicos, devo lembrar que temos 25 dias úteis de férias, eu só tive a manha de pegar alguns feriadinhos.
Não tive um pingo de saudade do trabalho. Ficaria em casa mais um mês tranquilamente e feliz.
Voltei e ouvi pouquíssimos “tudo bem?” ou “como foi de férias?”. A maioria das pessoas preferiu comentar como eu engordei.
Sim, felicidade engorda, não sabia não? Pois é. A última vez em que perdi um monte de quilos em pouco tempo foi numa depressão capetal.
Felicidade engorda. E passar um mês comendo e dormindo também, mas não vou entrar no mérito. Já estou a caminho do peso ideal de novo, sem parar de comer. Não, não ensino.
Mas então. Viajei três vezes. Primeiro para a praia, com minha mãe, minha tia Luiza e mais 4 mulheres. Adoro praia-roça, só tinha a gente lá. Depois fui pra Guanhães duas vezes, e em uma delas até o Fábio foi.
Não fiquei tão à toa quanto parece. Dei aulas particulares, estudei francês, estudei pro concurso cuja prova farei domingo (sim, rezem!).
A segunda coisa de que tirei férias foi do pente – a primeira foi do trabalho. Fiz trancinhas, doeu horrores, mas ficou lindo e meu cabelo super cresceu. Agora to usando solto, todo pra cima e to adorando.
Fiz ginástica junto com o pessoal da terceira idade um dia e não só fui a única a não conseguir acompanhar a turma como passei o resto do dia de cama.
Aprendi a fazer pizza, tutu de feijão e fricassê.
Marquei enfim a minha cirurgia pra ver se conserto de vez o meu nariz. Será em breve, e depois eu falo mais. Mudei de otorrino. O meu antigo me encaminhou pra esse, que é sênior da clínica. O negócio aqui deve estar feio mesmo. Ele é velho, velho, velho e calmo, calmo, calmo. Outro dia tava me examinando e o telefone tocando.
Depois de tocar mil vezes, ele começou:
“Não vou atender não. Pode tocar o quanto quiser. Pras coisas saírem bem feitas, tem que ser feitas uma de cada vez.”
Eu calada. Talvez por causa do aparelho arreganhando meu nariz... E ele continuou:
“Você deve estar pensando que eu já cheguei numa fase da minha vida em que tem que se fazer uma coisa de cada vez. Mas não. Isso vale pra vida inteira, pra qualquer idade. E tomara que você entenda isso antes de chegar na minha idade.”
Nuh! Como assim o cara fala isso logo na primeira consulta? Morro de medo dele.



Notas:
1: O sofá da foto existe de verdade.
2: Amanhã é meu aniversário.

domingo, 8 de novembro de 2009

Nerdice não tem idade


Foto encontrada nas férias sobre as quais vou contar num post em breve...

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Hershey's com ovomaltine


"Provai e vede que o Senhor é bom" (Sl. 34. 8)

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Français


Comecei a estudar francês. Nunca tinha pensado na hipótese, nem positiva nem negativamente. Na verdade, eu queria fazer inglês, como contei. A propósito desse post mencionado, não só não comecei o inglês como também larguei a academia. Pronto, falei!
Continuando...
Se eu fosse fazer inglês, entraria no meio do curso, mas no francês eu tive que começar do zero. Estou me sentindo na primeira série do ensino fundamental. A professora fala bem devagar, abrindo bem a boca como se estivesse dublando e fazendo muita mímica. Todo dia ganhamos uma folha impressa (saudade do mimeógrafo e do cheirinho de álcool que ele deixava nas folhas...). Todo dia tem “para casa”. Tenho um caderno da disciplina. Minha professora morre de alegria quando aprendo alguma coisa. E todo dia aprendo muitas coisas, adoro essa sensação de tudo ser novidade!

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Minha bolsa linda


Adoro presentes.
Adoro ganhar e dar presentes.
Adoro presentes fora de datas “especiais”.
Especial mesmo é ver uma coisa que é a cara de uma pessoa e levar pra ela, independente do presenteado ou Jesus ter nascido naquele dia.
Enfim.
Fernando é uma pessoa querida.
Foi para o Rio, achou a bolsa da minha vida e trouxe pra mim.
Como podem ver na foto aí ao lado, minha bolsa é maravilhosa, cheia de pimentas verdes e vermelhas, que adoro. È perfeita e enorme e tem um laço lindo. Fiquei muito, muito, muito feliz com o presente.
Domingo recebo: “Já mostrou sua bolsa linda pra todo mundo?” Já. Demais.
Numa dessas mostras, quase dei um chilique. Acompanhem:
Eu: Ju, olhe a minha bolsa nova, que linda!
Pessoa intrometida que teve merecidamente o nome grafado errado na certidão de nascimento: Eu tenho uma muito mais colorida que essa!
Eu: É? Seu sobrenome é Colorida??? Porque o meu é Pimenta.

P.S.: Sim, sou eu na foto... (Fernando quem tirou)

domingo, 9 de agosto de 2009

Meu celular me odeia

Um raio cai duas vezes no mesmo lugar?
Num lugar que o atraia, talvez.
Meu celular deu aquele piripaque de novo.
E eu vi acontecer, é deprimente. Terminei uma ligação e apareceu na tela uma barra horizontal. Aí eu vi o conteúdo dela enchendo – igual quando a gente está baixando alguma coisa.
Ainda tentei reanimá-lo; interrompi o processo, tirando a bateria, mas foi em vão. Quando liguei de novo, recomeçou a palhaçada.
E quando terminou, o que eu esperava na tela: fundo diferente, 0h00 de 01/01/2000, eu mereço!
E tantas pessoas me avisaram pra comprar logo outro celular! Ah nem!
O que de mais importante eu perdi foi de novo a agenda. Porque depois da última pane, eu recuperei alguns telefones importantes e perdi exatamente esses. Agora com que cara eu vou virar pras mesmas pessoas e pedir de novo? Com a mesma, né, é o jeito...
Saí do trabalho na sexta e comprei um aparelho novo. Barato, que marca hora, desperta e guarda minha agenda sem dar pane (espero). Não que tenha sido fácil, mas não compensa contar a saga aqui. Tem uma vantagem: nesse a bateria dura mais de 24h, ó que ótimo!

Mas vamos falar de coisas boas:

*Muitos trabalhos de revisão no mês passado. Noites em claro que garantiram minha dor de cabeça permanente e o leitinho das crianças.


*Me dei um presente lindo: um dicionário Houaiss. Não sei por que todo mundo achou tão retardado, mas esse é mini (cabe na minha bolsa) e adaptado à reforma ortográfica, ao contrário do que tenho instalado no pc. Morri de orgulho, mas a cara das pessoas fez eu me sentir tão nerd! Ah, azar!





*Fui ao Play City ontem. Sou louca por parques, e quando tem um aqui com montanha russa, quase passo mal de vontade de ir. (Aí chego lá e passo mal de vontade de ir embora, mas tudo bem). Resumindo, passei lá 4h e fui em dois brinquedos legais e um mongol. Montanha russa, Evolution e roda gigante – o mongol. A maior parte do tempo, passei nas filas. Gastei o dobro do dinheiro necessário por erro de cálculo e passei um frio dos infernos no final. Mas foi bom. Muito bom. Juro.

*Vou fazer vestibular esse ano de novo, de graça. Como a universidade me deu isenção da taxa (que será convertida em R$130,00 de balas), tenho o dever social de passar. De estudar, pelo menos!

*Voltei a fazer academia. Na hora do almoço. E, pagando minha língua, numa academia só de mulheres. Sim, aquela em que eu já desci a ripa...

*Alta chance de eu voltar a fazer inglês. Amo. Terça ou quarta eu conto direito, porque por enquanto ainda é segredo.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Nossa, eu sou assim?

Preciso dividir.
Recebi um tal de horóscopo maldito hoje e fiquei estupefata diante do que ouvi sobre o meu signo.
Está transcrito aqui embaixo, pra quem quiser conferir.

1. É só comigo?
Não, tem ripa pra todos os signos, o meu é apenas é o pior...

2. Eu ouvi todos?
Quase. Ouvi os das pessoas com quem mais convivo pra ter base pra comparar.

3. Eu acredito em astrologia?
Demais. Linda Goodman é uma das minhas autoras de cabeceira. Amo.

4. Eu sou assim mesmo?
Boa pergunta. Se alguém puder confortar minha alma e dizer que não, use os comentários por favor.

5. A transcrição (extraída da net):


Escorpião (Horóscopo Maldito)

Você é o pior de todos. Você é desconfiado, vingativo, obsessivo, rancoroso, vagabundo, frio, cruel, antiético, sem caráter, traidor, orgulhoso, pessimista, racista, egoísta, materialista, falso, malicioso, mentiroso, invejoso, cínico, ignorante, fofoqueiro e traiçoeiro.

Você é um canalha completo. Só ama sua mãe e a si mesmo. Aliás, alguns de vocês não amam nem a mãe. Você é imprestável e deveria ter vergonha de ter nascido. Escorpianos são tiranos por natureza. São ótimos nazistas ou fascistas. Adora pisar os outros e tem um orgasmo quando vê alguém no buraco. Pelo bem dos outros signos do zodíaco, os escorpianos deveriam ser todos exterminados.


6. Se quiser, ouça o seu e me conte. (Link)

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Porque nem todo mundo pode escrever roteiros

Eu tava lendo um conto do Machado de Assis aqui
Que culto!
rsrs
Melhor que ler blog, né?
Não, prefiro ler blog
Roteiro para escrever blog:
1. reclamar de um problema fútil
2. falar uma coisa irônica
3. exaltar um prazer fútil
4. fazer alguma analogia nostálgica com jaspion, chaves ou trapalhões

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Deseja resetar seu celular? Nãããããããão!

Tenho lido posts ultimamente de pessoas queridas querendo resetar a própria vida. Vide este e este.
Nunca tive essa pretensão – no máximo algo como um pause.

Mas enfim, meu celular, cheio de vontade própria e personalidade fortíssima, auto-resetou-se a si mesmo sozinho. Sim, sem ajuda.
Há uma semana, sem mais, ele mudou o fundo de tela que eu tinha selecionado, e começou a marcar 0h de 1/1/2000. Como se não bastasse, sumiu com todos os compromissos da minha agenda eletrônica – que incluía remédios e compromissos de que eu tinha que lembrar minha chefe (não, não tenho uma vida social tão movimentada assim) – minhas notas, onde eu gravava senhas e números de documentos importantes, minhas fotos, os recordes dos meus joguinhos, e cerca de 60% da minha agenda de telefones; salvou apenas a parte armazenada no chip. Bom é que toda hora meu telefone toca e eu fico que nem louca tentando adivinhar a quem pertence aquele número imenso de 11 dígitos, ah nem!
Lembro um dia em que meu pai perdeu um pendrive e disse que tinha perdido a vida dele.
Eu: “Nossa, minha vida não cabe num pendrive, não! E olhe que minha vida é a metade da sua!”
Se serve de consolo, agora eu entendo.
E serviu pra punir minha eterna mania de procrastinar as coisas. Desde que perdi meu último celular lá em Brasília, aquele cor-de-rosa e com lanterninha, que vivo falando em copiar todos os meus telefones em algum lugar (uma agenda de papel, talvez?), mas nunca o faço. Minha agenda verde (de novo!) está juntando pó desde o início do ano. Com o ombro detonado, o que você queria que eu fizesse: carregasse um trambolho enorme e pesado ou reunisse meus compromissos num celular de 74g? E minha agenda verde nem apita na hora dos compromissos... Deixei de lado mesmo, sem dó.
Cadê todas aquelas promessas de redundância eletrônica?
Pensei que pra resetar um celular, tivesse um menu que perguntasse:
“Deseja resetar seu celular?” “Tem certeza?” “Jura?”
Aí quem desse “sim” mereceria mesmo perder tudo. Não eu. Saco.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Michael Jackson





Michael Jackson morreu ontem.
Triste, muito triste.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Sinal de vida


Andam dizendo por aí que estou morrendo.
Aí vem aquele papo de Fafich, né: E quem não está?
Já contei aqui que estava doente, depois contei que não tinha morrido, mas não contei que não sarei.
To com sinusite há um mês – minto, faltam dois dias pra dar um mês – to na terceira fase de antibióticos, entremeada por duas alergias provavelmente causadas pelos próprios antibióticos – mais um dos fofos efeitos colaterais.
To dopada de remédios. Quase nada, dois antibióticos combinados (diferentes dos dois anteriores que não funcionaram) um corticóide via oral e outro nasal, soro, anti-histamínicos. To morrendo de sono, zonza, lerda, não to ouvindo direito, não entendo nada que falam comigo. To vindo trabalhar, mas já pedi pra ninguém me passar nada. (quem seria doido?) To mais cega que o normal também, to usando bastante os óculos.
Mas, claro, tem coisas boas também: vários amigos sumidos me ligando (porque ouvem de outros que eu estou nas últimas), meu amor me cuidando em tempo integral, eu como e durmo demais e minha mãe me liga tododia (adoooro). Agora ela quer que eu procure uma rezadeira. Perdeu a fé na medicina convencional.
Mas to melhorando, mesmo. Essa noite eu até dormi!
Porque sabe que nariz entupido só funciona – precariamente – na vertical, né. Deitou, sufoca. Uma dilícia.
Muita coisa aconteceu nesses dias.
Esse blog fez aniversário de dois anos dia 24. Sem chance de post, a despeito da promessa até de festa feita no ano passado, porque caiu junto com a prova cabulosa pra que eu estava estudando.
Sim, outro concurso, não tinha contado não? Pois foi. E nesse eu nem fui bem. Estava passando mal sim, claro, mas a notinha mais ou menos foi devida à associação de dedicação menor que a necessária e algum empenho na direção errada. Algo como tentar matar uma formiga com uma escopeta, outra hora eu conto aqui.
Dias antes disso, fiz um ano de namoro também. Saco cheio de pessoas dando parabéns só pro Fábio, como se ele fosse algum tipo de herói por me aturar.
...
Não quero falar sobre isso. Tá, sou muito chata, mas o namoro tá tão legal! Talvez se eu não tivesse amanhecido no hospital com crise alérgica a comemoração teria sido mais expressiva! Mas ainda assim foi legal. Ano que vem vai ter até post (eu e minhas promessas...).
Prometo nunca mais prometer algo que eu não sei se poderei cumprir.
Mas nesse dia do aniversário de namoro, inacreditável, meus braços e pernas lotados de bolinhas vermelhas, como se mil pernilongos tivessem me picado juntos (e me passado catapora). Quando acabou – dias depois –, pensei: nem importo das minhas coxas serem moles, só de não terem aquelas manchas! Nunca achei que eu fosse pensar isso antes dos 70 anos. E nem que com essa idade eu rezasse pra ter saúde. Nada demais, só dormir, respirar sem dificuldade e não sentir o vento em forma de agulhadas no rosto.
Passei mil dias sem trabalhar – ou seis – e essa parte também foi legal, to a fim de aposentar já. Mas já sei, tenho que esperar até 2036, se a legislação não mudar até lá. Ou então posso ficar de licença por dois anos direto e me aposentar por invalidez... melhor não.
O pior é ter que aturar gente falando: “claro, mas você não come”. Calúnia maior não pode haver. E nem vou falar em quantidades, porque eu adoro comer. To comendo brócolis todos-os-dias desde o início do ano e nem anemia eu tenho mais. Será que alguém acredita mesmo que um vírus ou uma bactéria ou sei lá o que cause as doenças respiratórias pergunte: “Quem comeu no McDonalds hoje?” Ah, tenha dó! É mais um caso de combinação de rinite alérgica, condições climáticas desfavoráveis, desvio de septo nasal, carpete, ar condicionado, bactérias particularmente resistentes e azar, muito azar. Só isso.
To melhorando, juro. Só falta o nariz, a garganta, a cabeça e o humor. Paciência.