Ontem foi um dia legal. Pra começar, inseriram um domingo no meio da minha semana. Bom demais. Foi um feriado religioso. Não sei do quê, só sei que não tive que trabalhar (Êêêêê!)
Então. Fui almoçar na casa de uma amiga que cozinha humilhantemente bem. Até bem pouco tempo atrás, ela ocupava o segundo lugar no meu ranking dos personal cozinhators, mas a que ocupava o posto vitalício do primeiro lugar não ocupa mais e, enfim, sempre que posso, vou lá saborear as delícias dela, cujo filho pode se dar ao luxo de recusar várias vezes ao dia. Mágico que ela, ainda que super mal-humorada e/ou triste, consegue fazer a comida maravilhosa como sempre.
Comi até quase ficar com sono. Não podia ficar com sono demais porque ia ver Ratatouille com a Vaidade. Para ir, quase me atrasei esperando os ônibus. E maldisse o feriado pela primeira vez. Chegando lá, uma fila kilométrica para comprar as entradas. Quase chegando à bilheteria, claaaro que elas se esgotaram. Inicialmente, íamos assistir o filme às 15h, mas tivemos que comprar entradas para as 17h30.
Fomos matar o tempo comendo no Eddie e fofocando. Muito. Das nossas próprias vidas, que fique bem claro. Depois pensamos em ir à Leitura, mas estava fechada e fomos às Lojas Americanas - quase igual. Não compramos quase nada. Mesmo. Só umas balinhas, chocolates, refri...
Então, hora do filme. Ao tropeçar nas dezenas de crianças entrando gritando, perguntei: “Quem teve a maldita idéia de virmos assistir um desenho dublado num cinema de shopping num feriado?” E tive o desprazer de ouvir a resposta: “Você!”.
Crianças gritando/chorando/rindo/comendo-chips-fedidos/comentando-o-filme/chutando-minha-cadeira à parte, o filme foi bom demais.
Sinto muito (mentira, não estou nem aí) por estar comentando um filme que já está rolando há tanto tempo, mas é que eu nunca vejo um filme muito perto da estréia. Tenho preguiça das estréias como tenho dos best-sellers, mas estes serão assunto de outro post.
Por falar nisso, quero dizer que pretendo ver Os Simpsons e também Primo Basílio dentro de umas três semanas, e devo postar algo a esse respeito aqui, falando bem ou mal. Ontem no filme morri de rir de uma parte em que Ego diz que é mais divertido fazer uma crítica falando mal. Não sei.
Falando nele, o Ratatouille não tem muito esse negocio de vilão. Não explicitamente. Tem o personagem que chega mais perto de ser o vilão, o chef Skinner, mas é inseguro demais pra isso, embora tente com afinco sabotar o mocinho. Tem também o crítico implacável, Ego, que parece um descendente da família Adams, mas nem é tão mau. Só o trabalho dele é que tem uma certa aura de terror. Tem também o sous-chef, um louro que não lembro o nome, mas cujo passado é intrigante. Vou parar de contar. Mentira, vou não.
Achei ótimo. Diferente. Tem umas discussões muito legais sobre valores, principalmente a lealdade. E ótimas musiquinhas.
Falando em lealdade, bom ver que meus amigos me conhecem. Seis pessoas me mandaram ver esse filme. Disseram que eu ia gostar. Duvidei, claro. Mas fui. E tenho que admitir que adorei.
Acho que alguns me mandaram assistir por causa de um sonho antigo que tenho de ser chef. (Não acredito que estou contando isso). Enfim, esse sonho, como tantos outros, vai ter que esperar. Por n motivos:
- Não vou poder fazer um curso de gastronomia tão cedo.
- Não vou poder ter um rato me orientando como no filme. Tenho medo de ratos. Nada pessoal. Tenho medo de ratos como o tenho de cachorros, vacas, rinocerontes, aves e insetos. Sem preconceito.
- Me deu um certo pânico do que eu vou fazer quando eu for chef – se um dia eu for – se um crítico ou quem quer que seja, virar pra mim e disser: “Me surpreenda!”. Talvez eu consiga uma ou duas vezes, mas uma hora claro que não vai dar. Até me considero uma pessoa criativa, mas talvez não me acostume logo com esse negócio de “preciso de uma idéia brilhante” ou de “seja criativo agora!”. Acho mesmo que surtaria rapidinho num negócio desses. Porque não adiantaria chorar. A menos que eu usasse lágrimas como ingrediente para algum molho.
P.S.: O mocinho humano da história - o outro é o rato - se chama Linguini, um tipo de macarrão de que não sou muito fã. Mas ele é uma graça, de tão desengonçado. Parece até uma pessoa que eu conheço. Não falo quem é nem sob tortura. Agora sério, vou parar de falar do filme, senão as pessoas vão começar a dá-lo por assistido. Mas o Remy lavando a mão numa gota d’água é o máximo, não é?
Um comentário:
Tá bom! Tá bom! Dá pra parar de contar que eu ainda quero ver esse filme!!!!!!
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