sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

A esse respeito

Ideograma RESPEITO


Ontem no almoço vi um sujeito que não via havia anos, um ex-professor.
Lembrei e contei pras meninas a história de quando fui à sala dele tirar uma dúvida, graçazadeus acompanhada de Alan e Heloisa, pra minha sorte, e após o esclarecimento, quando agradeci, o palhaço disse:
_ Brigado nada, pode tirar as calcinhas.
E rachou os bicos. Acho que ele queria que entendêssemos que aquilo fora uma piada. Não achei. Odiei. Folga demais, lugar inapropriadíssimo pra piada, não éramos amiguinhos e pior, ele era meu professor. Na época não apelamos e nem fizemos nada a respeito, só nunca mais fomos à sala dele.

Anos depois, eu lia um livro. Claire, a heroína de Melancia, estava no médico fazendo seu check-up pós-natal de seis semanas:
“_ Ahn, quando posso tornar a fazer sexo? - deixei escapar de repente.
(Ora, por que perguntei isso?)
_ Bem, suas seis semanas passaram, então a qualquer momento que quiser - disse ele, cordialmente. - Poderia começar agora mesmo!
Atirou a cabeça para trás e gargalhou alto, depois parou abruptamente, enquanto visões do Conselho de Medicina e moções para que ele fosse cassado passavam pelo seu pensamento.
Há uma linha divisória muito fina entre um comportamento aceitável por parte do médico para com sua paciente e uma insinuação obscena.
Talvez o Dr. Keating ainda não tivesse captado inteiramente a diferença.”


Me deu vontade de escrever sobre respeito. Do quão fino é o limiar entre a gracinha e a falta completa de respeito, de noção, do que quer que seja.
Tomara mesmo que ninguém comente esse post, escrevi ele só pra mim mesmo.
Porque eu odeio pessoas que não sabem brincar.
Principalmente as que desconhecem os limites das brincadeiras.
E odeio quem distribui eu-te-amos ao vento.
E tambem quem acha que tem liberdade pra fazer o que quiser em relação às pessoas, por mais íntimas que pareçam.
Nem quem acha que tem direito de ficar com raiva por coisa que ele mesmo começou.
E detesto surpresas. Todas.
E estou triste e de péssimo humor.
E não quero falar mais a esse respeito.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

A porta da rua é serventia da casa!!!

Como já disse, a.do.ro esse negócio de unlimited da grande rede. Acho até poético!

Também me emociona (ou quase isso!) essa coisa de inclusão digital... Acho lindu(!) ver meus pais conversando via msn...Os MEU PAIS!!!!

Mas esse negócio de qualquer um entrar no blog e ficar dando pitaco depois ao vivo... “Assim não dá, Bial!

Tudo bem fazer comentários aqui no blog a Ira adoura, além disso blog é uma coisa “democrática”?!

Agora chegar num lugar, encontrar alguém que você nem vai com a cara e ser obrigado a agüentar essa pessoa comentando seu último texto...“Ah dão!!!”
Ok, você pode ter lido, mas guarda para você! Só porque você não tem o que fazer e vai viver através de mim??? Não, não me obriga a discutir meu fim de semana com você!!!

De repente têm-se um lugar democrático, mas do avesso. Agora vou ter que me policiar antes de escrever...explorar mais metáforas para aquela pessoa não entender...que raiva! Dá vontade de fazer um '”lado b”! Droga!!!

Humm não tem o que fazer vai ler um livro ou uma revista! Já que quer falar de vidas alheias, vai ler tititi!!!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Diploma (em guanhanês arcaico, "depluma")


Resolvi atender a sugestão da Thays, de "colocar o diploma aqui no blog como atestado de 'ó, sou inteligente ou quase isso...'"

Pus um pedacinho dele aqui, diz o povo que não podia publicar ele inteiro, que alguém podia pegar e falsificar, o escambau. Nossa, que burra que eu sou, nunca ia pensar numa coisa dessas! Mas taí, um pedacinho do meu diploma e da minha vida, inda rabiscado de fúcsia pra dificultar a vida dos estelionatários.

Pois é, fui lá na Escola de Engenharia da UFMG buscá-lo. Nem é mais o prédio em que estudei, de tanto tempo que tem. Custei a achar a Seção de Ensino. Gente, mas que meninos com cara de meninos! Assim, de crianças, mesmo. Velhice é uma merda. Dizem.

Bom, fiquei esperando a sensação mística que dizem que a gente tem quando pega o diploma. Esperei no mínimo luzinhas coloridas e sinos tocando. Continuo esperando... Aconteceu nada. O diploma ou o papel que enrola o pão, qual a diferença? E custou no mínimo 5 anos da minha vida, neeem.

Outro dia meu colega zoava outro: "Ele começou a estudar pro vestibular na 5ª série!" Nem ri. Por que será? Sim, já fui nerd um dia. Lá em Guanhães nem tinha nerd, era cdf. Lá eu estudava tanto, tanto, mas tanto, tenho medalhas de melhor aluna de todos os anos do primeiro grau que estudei lá. Pra que isso? Pelo menos serviu pra eu passar na melhor escola técnica do estado depois. Lá chegando, encontrei pessoas ótimas que mostraram que eu podia tirar 60, nao precisava tirar 100. Aí, pra desespero do meu povo, eu comecei a ser medíocre com as notas. Mas comecei a ter vida social também. Não tão medíocre a ponto de perder a vaga pro curso mais difícil da escola. Formei lá, fiz um vestibular só e passei na melhor faculdade ever. Pra quê? Inda bem que só comecei a ter essas crises bem no final do curso, porque isso é o tipo de dilema que faz neguinho largar a faculdade. Não larguei, formei. Formei no desespero, fazendo muitos créditos no final do curso porque tava com pressa de iniciar uma aventura mirabolante que qualquer dia conto pra vocês aqui.

Enfim, toda essa crise me fez lembrar de uma historinha da minha Mãe Dindinha (minha avó) a esse respeito. Tive que ligar pra ela (que está otima, obrigada, do alto de seu 1,5m e 85 anos). Ela me contou a história por telefone e eu tentei contar aí embaixo com o máximo de fidelidade. Deleitem-se:

A história do “depluma”


Contada por Mãe Dindinha


Os pais da minha mãe dindinha puseram os irmãos dela pra estudar. (Só os homens, claro. Minha dindinha só foi estudar aos 40 e muitos anos)
Os vizinhos não quiseram estudar os filhos.
A Bisa Maricota (mãe da mãe dindinha) aconselhava-os dizendo que estudar era importante, que estudo fazia muita falta e tal. Não adiantou, eles não quiseram.
Então os irmãos da minha mãe dindinha estudaram. E tiraram diploma.
Um dos irmãos gostava muito de montar burros bravos. Logo depois que este irmão se formou, o vizinho falou alto pros filhos dele:
“Olhem só, o menino do vizinho estudou, tirou o ‘depluma’, agora ele monta nos pêlos das éguas, ela pulam por todo canto com ele e ele não cai!”


Vou pensar seriamente se vou fazer vestibular mesmo no final do ano. Melhor guardar um ou dois diplomas? Saco.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Médicos que tiram diploma em um final de semana



Ou “Final de semana, médicos e diploma”. (Quanto tempo será que a Thays vai me deixar ficar fazendo palhaçada com os títulos dos posts?...)

Semana suuper atribulada, nem ta dando tempo de escrever aqui!
Nem deveria ter tantas atividades sociais, posto que eu deveria estar estudando feito louca pro meu concurso que se aproxima, mas deixe.
Sábado fui estudar mesmo. Na casa dos meus primos. O problema foi que ficamos almoçando até as 16h e depois eu tive que ir embora. Mas pelo menos conseguimos nos reunir, o que já foi um começo.
Fui ao espetáculo da Mimulus para o qual estava com super espectativa e foi, hã, só legal.
Mas depois fui ao aniversário da Bella, festa ótima com pessoas que adoro, maravilhoso!
Domingo, cheia de sono ainda, acordei cedo pra arrumar pra ir prum sítio. Aniversário do Lino, que tá indo embora. Menos uma pessoa linda na escola e na cidade... mas por uma boa causa, espero que seja. Tava ótimo, foi a escola de dança quase inteira e mais o Caio. Caio, pessoa linda que eu amo, mas que não vou ficar enchendo a bola dele aqui, porque ele já está começando a ficar metido. Bom demais o dia, adorei.
Ontem tive outro médico. Fui entrando no consultório e lembrei de “O médico e o monstro”. Dr. Renato era o monstro, claro. Que medo! Não, não comecei a esperar que todos os médicos fossem lindos depois do Dr. Eduardo, mas, sei lá, ele não era só feio, ele tinha cara de psycho. Mas me concentrei na consulta e vi que ele é ótimo, adorei mesmo.
Hoje tive o ultra som que ele me pediu.
Toda e qualquer pergunta relacionada a você-está-grávida será respondida mal-educadamente a partir de agora. Nem estou de mau-humor, só que já tive de responder isso de ontem até hoje n vezes. Não é possível que até as pessoas esclarecidas com quem convivo achem que só grávida que faz ultra som. Ninguém lembra do ultra som abdominal que se faz pra ver o estômago, e ninguém lembra que não estou propensa a parir o Espírito Santo Jr. por agora.
Mas o médico da Clínica de Imagem, Jesus! Colocou Dr. Eduardo no chinelo! Daqui a pouco vou começar a achar que hospital é um lugar legal. Mentira, Deus, estou brincando, viu?
Ontem tive que começar a preparação pros exames de hoje e fiquei passando mal na aula a noite. Jejum é coisa do capeta, mesmo, né? Me fez sair da aula cedo, o que significa jogar dinheiro fora!
Mas o ultra foi ótimo, eu adorei o médico. Sério, não fiquei só reparando a boniteza não, ele é legal demais! Rachamos os bicos várias vezes.
Ontem vi Rafael, estava com saudade já. Recebi-o afetuosamente com um “Cadê sua barba???”, seguido por um “Que isso na sua orelha?”. Tadinho, devo ter assustado ele.
Enfim, semana especial, meu diploma da graduação ficou pronto de verdade. Ainda não busquei, to pensando no que vou fazer com ele:
( ) Colocar numa moldura e mandar pra minha mãe
( ) Scannear aqui no blog pra mostrar pra quem aparecer por aqui
( ) Guardar na gaveta da minha mesa do trabalho
( ) Guardar na bolsa pra eu ir pra cela especial em caso de prisão
( ) Nada
Tenho mesmo que ir pegá-lo? Ta boooom!

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Árvore alojada no pescoço


Errei. Árvores, pescoço e a loja. Melhor.

Vi essa propaganda aí do lado outro dia no ônibus. Sim, porque não basta andar de ônibus pra ser pobre, tem que ler o jornalzinho também. (Pior que isso, só mesmo procurar o jornal na net pra postar a foto...)
Enfim, que campanha estúpida é essa? To passando mal desde que li isso. Já não basta a super lotação de meninos, agora vai ter superlotação de árvores também?
Onde é que vão ficar todas essas centenas de árvores plantadas diariamente?
Não dou um ano pra começar a ter árvores no sinal fazendo malabarismos, engolindo fogo e pedindo o dinheiro da gente. Ai.

Ontem acordei com torcicolo - que droga. Fiquei o dia inteiro com o pescoço duro, mas à noite encontrei a Renatha que, com suas mãos de fada – e uma força hercúlea – desmanchou o nó que estava no meu pescoço. Doeu horrores, quase morri, mas no final já estava conseguindo virar a cabeça pra esquerda (o lado dolorido). Ainda bem, porque nenhum cavalheiro (não, nenhum, nem aquele...) merece dançar com uma dama que parece estar prestes a beijá-lo cada vez que vai à frente.

Ontem a Thays foi comigo numa loja super tudo, super linda, comprar um presente pra uma amiga minha. Tudo na loja era lindo. E não era muito barato, não. Já sabendo disso, fui com o claro propósito de comprar apenas o presente e ir embora rapidinho. E obviamente, comprei uma coisinha pra mim também.
E os embrulhos, gente, que coisa mais maravilhosa!
Lá a moça que me atendeu pegava o que eu queria e ia lá pra dentro fazer o embrulho escondido. Acho que deve ter uma avó lá atrás fazendo os embrulhos. Se não, pra que isso? Mas, enfim, a vó tem a manha, porque os embrulhos ficaram lindos, to até agora com dó de abrir o meu. Já pensou se eu abro daqui a uma semana e descubro que tem um negócio totalmente diferente lá dentro? E o presente? Aimeudeus. Nunca vi fazer embrulho escondido.
Mas, enfim, odeio esse tipo de loja, sempre saio de lá com raiva por ter comprado a coisa A e também por não ter podido comprar a B, C, D e E.
Acho que esse tipo de loja devia ser proibido. Fica dando vontade na gente! Não foi por isso que eles acabaram com as propagandas de cigarro?

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Nasolaringoscopia



Hoje foi o dia do fatídico exame otorrinolaringológico.
O exame em si foi ridículo, nada demais, ao contrário do que toda a galera tinha me falado. A parte chata ficou por conta da anestesia, que só parou de fazer efeito na hora do almoço, e me deixou com desconforto nasal e ainda mais fanha do que já sou normalmente.
Enfim. O exame durou minutos. E foi muito menos pior que a espera, que durou mais de uma hora, numa sala cheia de crianças chorantes. Lá é um núcleo de otorrino, imagine 10 crianças chorando com dificuldades respiratórias? Inferno total.
Mas a espera foi legal, riquíssima, vi – ouvir estava fora de cogitação – o programa da Ana Maria Braga, que adoro. Adorava, pelo menos. Agora o trem virou um programa de auditório, que paia. Nem receita teve! Ah, nem!
Mas algumas coisas foram divertidas: ri horrores do cabelo da Ana Maria, que nunca esteve tão capacetal. Falando em cabelo, e o Paulo Ricardo? (Sim, ele foi o convidado no programa de hoje). Cismou que tem 20 anos de novo, tava lá de cabelão, camisa aberta no peito e tal. Será que era um revival do RPM e eu nem fiquei sabendo? Não sei, não deu pra escutar.
De repente o programa acaba. Pra quem não está escutando, qualquer coisa é “de repente”. Me dei conta de novo da bagunça instaurada pelos mini-demônios e suas respectivas péssimas mães e fui perguntar à secretária que horas ela achava que meu lindo médico iria me atender.
Ela me disse que ele estava numa cirurgia. Olhe como estou tolerante hoje: pensei: “Como é que o cara ia, no meio de um cirurgia, falar: ‘Ish, deu a hora de eu atender a Janaína, tchau pra vocês’ e deixar lá o cara com o nariz aberto e me atender? Claaaro que não”.
Voltei quietinha pra minha cadeirinha pra esperar. Daí começou um programa que passava desenhos. Eu: “Êêêêê, acho que desenho eu consigo entender sem ouvir! A menos que seja...”
Sim, começou a passar Caverna do Dragão. Aquele desenho ótimo, super tudo, só que os personagens simplesmente não têm expressão, por isso não dá pra entender sem ouvir. Droga.
Fiquei viajando, procurando o que me entreteria na tela, contando quantos segundos o Mestre dos Magos ia demorar pra desaparecer e tal. Uma hora eles tavam andando em fila indiana, daí o primeiro da fila, o Hank, caiu num abismo e todo mundo caiu também. Fiquei me perguntando se eles são burros ao ponto de virem o cara caindo e continuar andando, ou se foi meio um lance de lealdade com o líder. Não, porque o Hank que manda em todo mundo ali, né?
No meio do devaneio, o médico me chama. Exame rapidinho, mas descobri que se em dois meses a gente não conseguir tratar a minha alergia e melhorar minha capacidade respiratória, ele vai ter que abrir meu nariz, quinem o do cara que atrasou meu exame.
Tomara que não precise.
Vou mandar minha mãe rezar. Minha mãe, minha vó e o Caio (que se intitula “menino de Jesus”), só pra garantir. Porque minha reza não valeria, Jesus viria aqui pessoalmente, achando que eu estou de brincadeira, depois de todos os trucos que dei no poder divino. Por isso vou pedir só gente que tem alguma fé.
Porque só tem uma coisa que me dá mais medo que agulha: faca.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Horário de inverno



Finalmente acabou o horário de verão. Grazadeus. Adorei acordar e já estar claro, bom demais.
Vou viver 200 anos e nunca vou entender a justificativa pro horário de verão.
Na minha casa, pelo menos, nem um único joule foi economizado. Claro que a parte que a gente olha lá na conta são os reais e não os joules, mas enfim.
Como a gente acorda hiper cedo, não adiantava acender as luzes uma hora mais tarde no fim do dia, se acendíamos uma hora mais cedo no início do dia.
Quanto àquele 0,5% de energia que é economizado (quem estiver duvidando, veja a fonte), pra mim não vale o esforço, de jeito nenhum. Acho que o ganho seria maior se o horário continuasse normal e fosse suspensa a iluminação de Natal. Mas não importa, quem quer que determine isso, nunca irá perguntar minha opinião.
Mas esse nome, “horário de verão”, sempre me fez pensar. Verão é uma coisa tão anti-natural que o horário que não é de verão não é horário de inverno, e sim horário normal.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Acho que vou jogar meu pente fora



Ontem tive super-ultra-high-advanced-mega-plus baile.
Meu pé tava machucado, mas eu não estava nem aí, ninguém lá nem ficou sabendo.
Cismei de ir ao baile de cabelo solto. Pra quem não me conhece, meu cabelo solto é uma coisa, assim, indomável, enorme. E meu cabelo nem é comprido. Nada diferente demais, cabelo normal de uma mulher negra. Mas que vive preso.
Como tinha muito tempo que eu não saía de cabelo solto, somado à minha memória de peixe, já tinha esquecido como é que ficava. Então saí de casa de manhã com ele assim pra fazer um test-drive. Inclusive da cara das pessoas, claro.
Não deve ter tido nenhuma cara muito anormal, porque nem lembrei que ele tava solto. Por isso decidi ir pro baile assim mesmo.
Tinha arrumado uma roupa e na hora de sair decidi ir com outra. Manter o cabelo solto de modo que coubessem as outras pessoas no salão foi uma luta.
E maquiar com aquele cabelo, gente? Não, porque pra quem não sabe, depois que pôs o cabelo de jeito mais ou menos apresentável, não pode mais pôr a mão, senão desanda tudo. Queria ficar black power, não homem-do-saco-way.
Jesus há de me contar um dia porque toda vez que tem baile aparece uma espinha na minha cara. Claro que não lembro se foi assim desde o início dos tempos, mas sei que em dezembro tive uma enorme no queixo, em janeiro na bochecha e agora uma gigante no nariz.
E só esse mês descobri que se eu não tentar cutucá-la antes, fica mais fácil cobri-la com maquiagem. Pelo menos aprendi, bla-bla-bla, antes tarde do que nunca, e tal.
Então, cheguei ao baile com medinho do meu cabelo estar horroroso. Fiquei com medo de me arrepender de ter ido com aquele cabelo, depois que eu dançasse, ele se rebelasse mais que o normal e começasse a ocupar todos os espaços vazios do salão.
Mas foi ótimo. Dancei muito, com quase todo mundo que eu quis, mas o que mais gostei foi que um monte gente falou que o meu cabelo tava lindo. Um monte de gente cuja opinião importa pra mim. E um monte de gente que não mentiria pra me agradar. Fiquei bem feliz. Quem não gosta de elogio, né? Adorei.

Médico



Fui sexta ao médico.
Além dele ser lindo, me atendeu no horário certinho! Ganhou 2 estrelinhas comigo.
Não conheço direito os médicos do meu plano de saúde ainda (e não ia a um otorrino havia uns 20 anos), então tive que escolher por sobrenome, endereço, carinha bonita e outros critérios menos nobres.
Enfim, como já contei aqui, a médica do trabalho me encaminhou pra esse otorrino por causa dessa gripe eterna que tenho. Adorei ele. Adivinhou tudo que eu tinha. Nem me deixou falar no início (dessa parte eu não gostei).
Olhou meu nariz lá dentrão. Que coisa mais desagradável. Sim, tenho rinite alérgica – já desconfiava. Ele me mandou tomar 2 remédios tão caros que se mais algum dia na minha vida eu tiver que gastar dinheiro com lencinho de papel, eu volto lá pra dar nele uma voadora.
Olhou meu ouvido. Sabia que ele ia fazer isso, por isso dei aquela faxina. Ele me xingou todinha, que não pode passar cotonete no ouvido e não-sei-que-lá. Ahã, capaz que eu vou pro otorrino com o ouvido cheio de cera! Eu, burra, falei isso alto. Ouvi meia hora. Ele me mandou jogar os cotonetes fora. Ai.
Ele pediu um exame ultra-foda. Esqueci o nome, mas é um que tem que enfiar uma fibra de não-sei-que pelo nariz e filmar lá dentro, ver a garganta e tudo mais. Eu:
_Pressinto que esse exame não vai ser gostoso.
_É tranqüilo, até crianças fazem.
_Tem criança que faz até quimioterapia.
Já comecei o preparo espiritual pro exame. Marquei pra essa semana. Se eu sobreviver, depois eu conto aqui.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Chocolate desperta ira?



Como já contei aqui, não posso mais tomar leite. Mas continuo adorando chocolate.
Há pouco tempo atrás, descobri uns chocolates sem lactose. Não são a oitava maravilha do mundo, mas são bonzinhos, juro. E servem pra matar minha vontade. Que aparece sempre. Por isso tenho sempre andado com uns chocolatinhos na bolsa. Esses e outros.
Quando descobri esses chocolates, fiquei tão feliz que saí contando pra todo mundo. Outro dia, um menino muito malvado falou comigo assim:
_To com vontade de comer um doce.
_Eu tenho chocolate aqui, você quer?
_Não é aquele chocolate de gente que tem problema não, né?
Maldito. Era Ferrero Rocher. Perdeu.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Mc dia



Ontem eu queria escrever aqui, mas não estava inspirada.
Precisava de um tiquinho de inspiração, sim, mas nem tanto, né
Ontem saí cedo do trabalho, pois tinha médico.
Saí, tipo, 2h antes do médico. Aproveitei pra acompanhar Caio, meu personal calouro fofíssimo, rumo à sua matrícula, o que demorou horrores, me fazendo sair atrasada pro médico. Mas foi super legal. Me senti novíssima lá na fila da matrícula, ganhei vários brindes para os calouros (O Caio não, hahaha). Ninguém achou que eu era mãe dele, quase morri de alegria.
Conversa de semanas atrás:
_Você tem 18 anos, é fevereiro, e sua cabeça está raspada. O que isso significa?
_Que eu passei no vestibular.
_Ou que você tem leucemia.
Mas o bom de cabelo é que cresce logo, né. Então, uma hora fui pegar água pra ele. Ele:
_Eu tenho que te pagar.
_Precisa não.
_Precisa sim, senão você vai ficar jogando isso na minha cara até o meu velório.
_Então, se você me pagar, como eu vou jogar na sua cara?
Cheguei e a médica do trabalho que me atendeu, contrariando todas as minhas expectativas, foi uma gracinha, ela não só me consultou direito, como olhou pra mim enquanto falava. Conversamos até. Ela até me encaminhou pra um outro especialista por causa dessas gripes recorrentes. (Sabia que não era só doencite, isso que eu tinha!)
Enfim, fui para o primeiro dia de aula no cursinho. Nuh, mas Lingüística é chato demais! Claro que quando lembro o valor da hora/aula que estou pagando, trato de achar bem legal, mas puta merda!
Tive também reunião de início de ano na escola de dança e tive que sair da aula mais cedo (e o valor da hora/aula de Lingüística indo pro ralo...).
Claro que no meio do caminho tive que passar no McDonalds e comprar o McLanche Feliz com a surpresa do Ligeirinho. Acho ele uma gracinha mas, na boa, não lembro do desenho. Aquelas, né: “Gente, mas eu jurava que esse bicho chamava Topogigio!” Podre. Mas, assim, né, o maldito do McDonalds vai me fazer gastar uma fortuna, porque agora quero todas as surpresinhas, e são 8, saco!
Até ontem eu só queria 7, todas menos o Piu-piu, morria de preguiça dele e do seu enrustimento (como se não bastasse ser amarelo...). Só que ontem Fernando me contou que o Piu-piu é fêmea. Meu mundo caiu... Por que então a avó se refere a ele como O Piu-piu? Sim, traduções toscas e tal... Mas por que eles traduziram o nome dele pra essa representação fálica? Doideira, né? Mas já que ele é fêmea, tudo muda. Quero uma Piu-piu também.
Saindo da aula, um coleguinha me liga, meio mal das idéias.
Tava na aula (já na hora de sair, mas estava) e disse que ligava depois. 2 minutos depois, sai da aula toda preocupada. Liguei pra ele de novo. A conversa rendeu tanto que fui conversando pela rua. Até passei no Mc de novo e comprei um Flurry de caramelo (diacho de mc lanche pequeno, né?). Andando ainda pela rua, rumo ao meu ponto de ônibus, enfiei o pé num buraco, um desnível da calçada. Dói, dói, dói, devo ter arrebentado algo.
Ontem cheguei em casa cansadíssima e não examinei meu pé devidamente. Hoje, como acordei com a doce sensação de ter o pé esmagado por um compressor, tive que olhar direito.
Achei um hematoma horrível, um roxo com o diâmetro de uma moeda, que descobri – do pior jeito possível – que funcionava como um ON pra doer toda a parte superior do meu pé. Ah, o hematoma é num lugar na esquininha do pé, aquele lugarzinho que você sempre esbarra quando pisa. Oudizas.
Só o que me faltava, né, arregaçar o pé na semana do meu baile que vai ter 2 meias-noites, que beleza.
To aqui agora doendo. E vim com meu sapato da Jeannie é um gênio – que Renata chama de sapato de palhaço – que é aberto em cima, bom pra colocar gel e gelo o dia inteiro, pra ver se sara.
Esqueci de contar que ontem esqueci o meu cartão do ônibus (uma das poucas vantagens de ser pobre) no trabalho. Justo ontem, que tive que pegar 250 mil ônibus. Ai, meus dinheiros!
Agora estou indo pra minha reunião que deve durar a manhã inteira, onde tenho que convencer um grupo a manter um projeto em que não acredito. Seria mais simples se a preocupação com a qualidade de vida dos funcionários da empresa fosse manifestada em salários altos e não em 15 minutos de relaxamento... Mas vamos lá. Ish, esqueci meu sorriso em casa... Problemas, tenho que ir assim mesmo. Contrariando os mestres da oratória, acho inclusive que eu sou mais influente sem sorriso. Vamos ver.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Foi mal Deus!!!

No post comemorativo eu falei que não tinha medo da ira divina...Doce engano!!! “Mostra o dentinho de leite pra titia, mostra!”
Vamos lá:

Sexta-feira, véspera de feriado:
6 horas chacoalhando em um ônibus convencional, mas BH-Rio...Rodoviária do Rio...Calor infernal!!! Gente feia!!! Crianças catarrentas!!!Gringos fedidos e perdidos!!! Cariocas nojentos!!! Gentchy, das duas uma: ou o inferno fica embaixo da rodoviária do Rio, ou o porão do inferno é a maldita rodoviário do Rio!!! Blablablá passagem para Cabo Frio às 22h15!!!
Ônibus para Cabo Frio, cada uma das três com seu personal carioca mala do lado...blábláblá ônibus intermunicipal às 4hr da manhã...Pedidas em Búzios...Pedir informação num posto... Um senhor resolve nos dar carona... “Ok, 3 contra 1!”
O cara era tão louco que o apelidamos carinhosamente de “Dom Casmurro”...Que medo! Enfim, chegamos às 5hr!

Sábado:
Dia tranquilo...Solzão..Praia..Baladinha social na beira da praia..Chuvinha de leve...
Blábláblá “Ok, vamos entrar nessa sua boate de quinta... é de graça mesmo...” Funk carioca o tempo todo...

Domingo:
Ressaca maldita...Praia...Chuva na praia...Casa...Feliz idéia de balada de R$50 com open bar...Rá! Pegadinha!! Gente feia, cariocas nojentos e folgados...Vodka batizada!!!

Segunda-feira:
Chuva... Passeio no fim da tarde...Blábláblá Chuveiro queimado, banho gelado... Blábláblá Caça por cortesia...blábláblá cortesias para 4 das 7 meninas, “ok, dá para encarar!”
Na chegada do recinto, abro meu sorriso mais largo pro promoter e consigo pulseiras da área vip e cortesias para o dia seguinte... Pronto, pagando de gatinhas rompemos a bolha da invisibilidade que nos cercava!!! Minto, as meninas romperam a bolhas...Continuei quieta e zerola... “Viu, meu bem???”

Terça-feira:
Chuva... Chuva...Pânico, duas meninas podem perder o avião porque não tem ônibus para o Rio!!!Mais chuva... Ducha na beira da piscina, banho de biquini estilo Big Brother...Só resta esperar pela balada... Na ida os promoters nos param para conversar...Fala sério, totally vip!!! Anyway, festinha marromenos... Gente velha e feia... Pessoas se jogando de forma vulgar...Vergonha alheia... Casa às 7hr da manhã... Antes de dormir um miojinho, é claro!!!

Quarta-feira:
Outra menina perde o ônibus para o Rio...Pega outro ônibus que leva 12 horas para chegar no rio!!! 12 HORAS!!! Numa viagem de 4 horas na CNTP...
O moço da pousada nos expulsa porque tem que ir embora...vamos para Cabo Frio às 16 horas...pevisão de saída do nosso ônibus para BH: 21:45!!! “Ok, 5 horas bodando em Cabo Frio... tem rua dos biquinis não tem como ser ruim...” Ah, mas tem!!!
Rua dos biquinis...chuva...chuva...chuva... Mac Donald´s... Argh o pior atendimento e o lugar mais sujo ever!!! Pensa no Catho´s...lá era restaurante de luxo perto desse Mac...Creééééééedo!!!
Volta para a rodoviária..Pelo menos, o ônibus parte no horário.... Rá!!! Acidente na estrada... 2 horas naquele anda e pára... Ponte Rio-Niterói... mais umas 3 horas de 1ª e 2ª!!! Era para termos chegado às 7 horas da manhã de quinta... Ao invés disso, às 7 horas estávamos trocando de ônibus porque a porta do 1º estragou... “Valeu Deusão!!!”
Em BH às 12horas..plano: chegar em casa, tomar banho, comer e ir para o estágio... Chego em casa, coloco a chave na fechadura... “Êpa!!! esse trinco não deveria estar fechado!!! MERDA!!!”
Ligo para a empregada, ela não tem essa chave...quem tem? Minha irmãs!!Que estão e m Recife!!! “Ok, ligar para o chaveiro...” 1 hora e meia depois...estou em casa e com 25 reais a menos!!! IEI!!!

Aprendizado??? Murphy rules!!!

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

So... we´re dying?!


Imprima o cupom ao lado e garanta sua liberação do nosso velório e enterro!!!

Quem sabe assim a gente não garante nossa vaga no céu???


Humm, drama queen!!!

ps: Dá um desconto foi feito no paint

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Ode ao não-carnaval



Nunca gostei de carnaval.
Quando comecei a ter idade pra querer ir pra rua nessa época, entrei pra um grupo de jovens que tinha uma espécie de treinamento de sobrevivência durante o carnaval. Fiquei por lá por quase 10 anos e, quando saí, já morria de preguiça dessa festa.
Esse foi mais um ano de preguiça. Poderia perfeitamente ter ido pra Guanhães, mas não apenas toda a minha família foi pra lá como ia ter carnaval (blocos na rua) na cidade. Eu não poderia agüentar.
Fiquei sozinha em casa, diliça!
Logo na sexta, fui pra casa do Fernando cozinhar. Passei na escola pra encontrá-lo e peguei o finalzinho da aula de zouk dele. Queria ter esse desapego com as outras coisas todas, não senti nem uma saudadezinha de dançar zouk!
Na casa do Fe foi ótimo. Cozinhamos, comemos um monte, conversamos outro monte, uma delícia!
Sábado fui a uma boate com os meninos. Odeio boate, mas precisava ver Rafael, que tinha chegado de Buenos Aires e queria ir lá. Ele trouxe um presente lindo pra mim, adorei!
Domingo fui ao teatro com Caio, assistir a uma peça repetida só pra descobrir o nome do ator. Agora falta eu descobrir de quantas formas diferentes se pode escrever Davidson. Alguém me ajuda? Já tentei Davison, Davisson, Deivisson...
Por duas noites pude conversar muito pelo MSN, e aproveitei pra conhecer melhor um blogueiro que parece ser uma graça.
Pensei em usar o ócio carnavalesco pra blogar muito, mas quem disse que a preguiça deixou? Claro que não!
Peguei uma gripe filha da mãe que se Deus quiser vai me permitir perder todo o peso que ingeri durante o carnaval.
Carnaval pra mim é só um feriado. Bom demais ficar em casa, à toa, comendo, dormindo, vendo os meus amigos lindos dormirem, correndo da televisão – sim, porque tenho horror a desfile de escola de samba. Acho um absurdo a Globo deixar de passar Sessão da Tarde pra passar isso. Adoro samba e aquilo que fica passando com os caras berrando e as mulheres peladas pulando pode ser tudo, menos samba.
Enfim, falando em Sessão da Tarde, vi dois filmes:
- “Cinema Paradiso”, classicíssimo, mas que eu nunca tinha visto e adorei.
- “Onde os fracos não têm vez”, horroroso. Fui ontem ao cinema, apesar da gripe, ver esse filme. Nas partes em que estava acordada, só sentia vontade de ir embora. E o cabelinho do assassino? Ah, nem!
Comi no McDonalds n vezes, e ontem foi a pior de todas, não acredito que saí da Savassi pra ir ao McDonalds do Minas Shopping, aquela roça: todos os atendentes horrorosos, a batata veio pingando gordura e a maquininha de cartão deles tava quebrada. Nunca mais.