quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Oi, estou ótimo hoje, você tem alguma crítica para mim?



Oi. Voltei. O último texto que postei foi bom. Bom demais pra esse blog. Não bom de qualidade, não me acho tanto assim – não sempre -, digo bom de bondade mesmo.
O sujeito entra num blog chamado “O Inferno Tem Porão!” e dá de cara com um texto dizendo “Adoro tal filme, adoro todo mundo que viu o filme comigo, adoro as borboletas e os passarinhos”... Ah, fala sério! Não que o que foi escrito seja mentira, mas já é hora de voltar à ranzinzice habitual.

Se bem que o último post foi o mais comentado de todos os tempos... Todos os tempos desse blog, claro. Será que isso quis dizer alguma coisa? Ah, não quero pensar nisso agora. Vamos lá.
Estava ocupadíssima em decidir se ia falar mal de alguém ou reclamar de como tudo dá sempre errado, mas não é que um tema me caiu do céu? Talvez tenha caído de outra parte qualquer, mas não importa.
Fato é que eu tive a infeliz idéia de emitir uma opinião não solicitada a uma pessoa. A opinião consistia, basicamente, em meter a ripa na forma como uma coisa estava sendo feita. Por isso era uma crítica. Crítica destrutiva é pleonasmo. O objetivo de toda crítica é destruir – ou pelo menos desconstruir – alguma coisa, mesmo que essa coisa esteja pedindo pra ser extirpada. O problema é que não é todo mundo que nota.
Pois então, sem que ninguém perguntasse, fui lá e fiz minha crítica. Eu e minha língua enorme que se recusa a parar dentro da boca. É mais forte que eu (chavão horroroso...). Não consigo ver um negócio dando totalmente errado e não fazer nada. Não falar nada, se for dos outros. Outros que eu goste, entenda-se. Se eu não gostar, deixo ele se ferrar pra lá. Não tenho tempo nem disposição para dar consultoria para o mundo inteiro. E não quero saber se a parte do mundo para o qual estou disposta não está interessada nos meus conselhos. E foi exatamente isso que causou a discórdia da semana.

Foi assim, falei com o tato de um ornintorrinco de patinete: "Olha, desse jeito não dá. Está, tipo... péssimo!" e o que tive como resposta para a crítica - algo sobre o momento ter sido inadequado para recebê-la - quase me fez me arrepender de ter dito. Atenção para o “quase”.

Questões que surgiram na minha mente:
1 – Qual é a hora em que a crítica não machuca?
2 – Se existe essa hora, como é que eu vou saber quando ela chegar?
3 – Tenho que esperar a pessoa me ligar dizendo: “Oi, estou ótimo hoje, você tem alguma crítica para mim?” e então aproveitar a oportunidade estragando o dia dela? Ou espero a pessoa estar num dia de cão, em que o pacote chuva+resfriado+assalto torna a pessoa mais propícia a receber uma crítica?

3 comentários:

marcotmarcot disse...

Para mim crítica é sempre construtiva, mas concordo que seja sempre destrutiva também.

Janaína disse...

Então, uma crítica construtiva especialmente para o cavalheiro acima: Não entendo a maioria dos seus comentários. Mas gosto de você mesmo assim.

Haroldo Lage disse...

Destrutiva: Vc é uma anta.
Construtiva: Vc é uma anta quando arrota na rua.

Mas no geral eu acho que as pessoas chamam de crítica construtiva quando junto dela a gente manda um tanto de elogio a ponto da pessoa não se achar a mais anta do mundo por ter aquele defeito.
Destrutiva: Vc deveria colocar o pé assim na hora de fazer o duplo twist carpado do bolero.
Construtiva (com técnica do sanduiche): Nossa, que belo posicionamento de tronco! Uaaaaau! Vc tem muita musicalidade! Olha, diante de tanta perfeição não pude deixar de notar que na hora do dtc do bolero vc tem que colocar o pé assim ó. Nossa, essa firmeza na mão me dá um orguuulho!

Putz, comentário grande...