quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Amo o messenger


Lá você pode receber uma mensagem ultra ótima, algo entre o convite e o elogio, e ter a seguinte reação: Gritar, pular, sair correndo, dar duas voltas na sala, fazer uma dancinha, rir, quase morrer, pensar em “Ai, meudeus!”, “Como assim?” ou “Não acredito!”, voltar pro computador e escrever, o mais blasée/controlada/não-to-quase-passando-mal possível: AHÃ.

Feliz Dia das Bruxas.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

AMIGOS, amigos


Hoje falei com um daqueles AMIGOS antigos. Um daqueles que eu não vejo sempre, mas que quando o encontro, parece que a gente não se vê desde... ontem!
Ótimo, tudo de bom, mas ter amigos também tem umas complicaçõezinhas.
E os amigos que cismam de contar suas mazelas no dia em que você também está cheio de problemas? Só ouço se for AMIGO, assim, tudo maiúsculo. Se não, falo NÃO, numa boa.
E aqueles pra quem você fala NÃO e ficam de mal? Ah, nem.
E aqueles amigos que pedem que você fale a verdade, você fala e eles ficam de mal?
E aqueles que ficam de mal e você nem sabe por quê? Somem da sua vida igual o Mister M. Não, o Mister M volta pra explicar o sumiço...
E a ciumeira?
Já tive um amigo que me cobrou:
_ Mas por que você deu presente pra fulano? Você nunca me deu presente!
_ Nossa, que calúnia! Já te dei um monte de presentes! (Leia-se presentes = bala, borrachinha, bilhete, etc.)
_ Mas nunca com tão pouco tempo de amizade...
Ai, meudeus, agora tenho que fazer uma planilhinha com os apontamentos, tipo: “presente, depois de 3 meses; dormir na casa do outro, depois de um ano”? Ah, faça o favor!
Falando em tempo, não dá pra estimar o tempo pra um coleguinha virar amigo e pra um amigo virar AMIGO. Tem amizade que começa à primeira vista e gente com que você convive há mil anos e não é amigo. Ainda não é ou nunca vai ser. E muitíssimas pessoas que não entendem isso.
Há uma construção, realmente, mas é totalmente atemporal. Também não ao ponto de um scrap que chegou pra mim outro dia no Orkut assim: "Posso ser sua amiga?" Apesar de crer que ela não deva ter a mesma percepção semântica que eu dessa palavra, respondi: "Infelizmente, no momento, não tenho tempo de ter mais nenhum amigo".
Brilhei ao não completar o scrap com: “Se algum dos meu atuais amigos morrer ou ficar irremediavelmente de mal, abrirá uma vaga, daí eu te aviso.” Não escrevi isso.
E os AMIGOS que te aconselham nas crises com outros amigos? Há pouco tempo ouvi:
_ Você acha que pegou pesado?
E eu:
_ Nem sei do que se trata! Eu falo tanta coisa com ele, que nem sei por qual delas ele se ofendeu!
E amigo que quer que você adivinhe as coisas? E quando você tenta adivinhar, erra e ainda toma xingo porque ele acha que você já devia conhecê-lo o suficiente pra prever corretamente?
Falando em xingo, e amigo que tá puto com alguma coisa que nada tem a ver com você e você acaba levando ferro, só por estar por perto na hora da raiva?
E os amigos que acham que desculpas consertam as coisas?
E os que acham que não podem errar? (Não que as desculpas consertem os erros...)
E os amigos dos amigos que você rouba pra si? E os amigos seus de núcleos diferentes que se conhecem através de você e viram amigos?
E a linguagem que só um grupos de amigos entende? Nó, vou escrever um post depois só disso.
E os amigos que te salvam?
E amigos pelos quais a gente se apaixona? Mexa com isso não, confie em mim, eu sei o que estou dizendo.
E amigo que te pede opinião? E o que te faz pensar em pleno sábado à noite?
E os critérios de seleção de amigos? Gosto de fazer o exercício de olhar para uns amigos que tenho e me perguntar: “Se eu não o conhecesse, eu me aproximaria dele? Por quê?” Pré-julgamento, eu sei. Mas eu sou assim. Tem umas características que me dão preguiça, como excesso de burrice ou de bondade, por exemplo.
E parente que é amigo? Raros, no meu caso, porque não acredito que laço de sangue seja prerrogativa pra você amar ninguém.
E amigo que dá chilique? Ultimamente tenho vários (amigos e chiliques). Por isso é que tenho que limitar o número de amigos que posso ter. Vai que todo mundo começa a surtar ao mesmo tempo?

Amo meus poucos AMIGOS, com todas as suas características, beleza, inteligência e até chiliques. Por tudo que tenho aprendido com eles. Provavelmente seria mais fácil continuar anti-social, mas tenho que concordar que algumas delícias da amizade valem todo o sacrifício!

P.S.: Não dou conta de decidir as coisas. Fiquei numa dúvida cruel de qual foto eu ia postar. Escolhi aquela, mas tenho que mostrar as outras candidatas. Tão aí:





Pagando


Fiquei devendo ontem a foto das unhas que usei no baile. O Grilo arrumou essa foto pra mim. Bem melhor que a de ontem. O fundo na verdade era dourado, mas ele também me ensinou que não existe dourado no computador. É isso. Não devo mais nada a esse blog agora.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Faça as contas


Oportunidade
+
Uma mulher doida pra libertar sua baranguice interior
+
Um vestido de sereia emprestado pela Thays (desculpe, já contei, mas não consigo parar de repetir isso, kkk)
+
Acessórios emprestados pelas outras amigas barangas (dando nome aos bois às vacas: Paula, Zabela, Tia Célia, Renata, Eliane, Heloisa...)
+
Amigos joselitos que topam passar uma tarde arrumando comigo
+
Acessórios que eu já tinha (eu assumo, ta?)
+
Outros que comprei (sim, entrei na Não-sei-que-lá-Bijoux e gastei $10)
+
Um make-up de nível
=
Luk mais féxion de todos os tempos!
Não posso colocar fotos aqui pra zelar pelo meu filme, mas vou descrever a roupa o melhor que eu conseguir:
O vestido de sereia era todo de lantejoulas (se eu falar paetês, fica chique). Era branco, mas meio furta-cor. Ele tem uma abertura nas costas e um coração vazado no peito. Por baixo eu estava com um top azul cintilante.
Eu tinha um lenço azul de florzinhas brancas amarrado na cintura, com um segura-canga de madeira em formato de peixinho.
Eu estava de meia soquete branca de beiradinha azul, e uma sandália azul de salto grosso.
Minhas unhas eram postiças, decoradas como o rajado de um tigre, dourado e preto. (Não estou conseguindo colocar a foto aqui, achei essa que se aproxima mal, mas até amanhã eu tento de novo).
Fiz um rabo de lado no meu cabelo com um aplique longo e coloquei uma gominha de pompom azul.
Eu usei brincos grandes e pulseiras mil e a maquiagem era basicamente sombra azul e batom de um tom que eu chamo de pink-sem-noção.
Como breguice pouca é bobagem, tive que complementar o visu dançando passinhos de chacrete, jogando muito o cabelo postiço e requebrando igual à Lacraia ao som de músicas como "Paulinha" e "Como uma deusa". Por falar nisso, as djs estão de parabéns, nu!
Com assim eu chego num lugar, todo mundo fala “Nossa, mas você ta horrorosa!” e eu agradeço? É a vida...

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Com que roupa


Domingo tenho um baile brega. Minhas roupas barangas estão quase saindo no tapa pra ver qual é que eu vou usar. Dúvida cruel. A mais cotada por enquanto está o vestido de sereia. Da Thays (rs).
Essa semana exercitei muito a minha maldade. Esse foi o principal assunto na escola e toda hora que alguém me dizia: “Não sei com que roupa eu vou”, eu falava: “Essa aí que você tá usando tá ótima”.
Este é um dos bailes mais esperados da escola, talvez porque a dança de salão por si só já seja brega. E eu também. Breguérrima. Assumida. O povo do meu trabalho me emprestou vários acessórios. Bom foi eu olhando pro brinco que a Zabela tava usando e falando:
_Me empresta esse brinco pra eu usar no Baile Brega?
E ela tirou e me emprestou!!! Que amor!
Depois eu conto tudo aqui.
Bom final de semana pra todos.

P.S. Créditos do cartaz do baile para o Senhor Grilo Phalante

Intolerância


Não é novidade pra ninguém que me conhece o fato de que sou intolerante.
Mas à lactose? Por essa nem eu esperava.
Mentira. Não fiquei feliz com a confirmação, mas esperava sim. Claro que já tinha pesquisado os sintomas que vinha sentido e já tinha notado que nos raríssimos dias em que eu não tomava leite me sentia melhor.
Mas quem mandou? Quem procura, acha, né.
Justo eu. Justo eu que mamei no peito até os dois anos de idade. Justo eu que amo leite. E iogurte. E danoninho. E sorvete. E milkshake. E leite moça. E chocolate.
Aaahhh! Meu mundo caiu.
Numa pequena lista mental que fiz dos alimentos que gosto, vi que mais da metade leva leite. Droga. Se bem que se eu seguir direito a dieta, vou ficar mais magra que uma etíope. Polianicamente falando, claro.
Nem sabia que tinha jeito de desenvolver isso depois de velha. Puta merda, acho que queimei toda a minha lactase. Boa parte no Mc Donalds, claro. E nem posso processá-los pra pedir a indenização em milkshakes.
A propósito, por que eu fui ter isso antes de provar o milkshake de maçã com canela do Bobs? Saco. Vou morrer sem conhecer.
Por falar em morrer, ah nem, tô odiando esse negócio.
Fiquei totalmente passando mal nesses últimos três dias e ainda tenho que escutar volta e meia alguém que me vê prostrada sobre o teclado, quase me esvaindo em dores e enjôos e tudo de ruim e fala: "Você não tá grávida não?" Claro, quase ia esquecendo, toda mulher passando mal está grávida. Ai.
Ontem à noite viro toda séria pra um pessôo e falo:
_ Estou doente. Não posso tomar nada derivado de leite.
_ Mas o que você tem?
_ Intolerância.
_ ?
_ A lactose.
_ Só a lactose?!
Que puto! Nem pra se compadecer! Ainda fui lanchar no shopping com essa chatice. Cardápio lact-free: sashimis. Viu, tem coisas que eu tolero!

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Prefiro não fazer...

Para quem não sabe eu estudo, sou trainee e faço uns freelas (criação visual e produção gráfica, se precisarem...). Aí tirei o feriado para conhecer o Rio de Janeiro, já que trabalho, vou fazer valer a pena! Aí eu volto, vou com a Ira comer bolo de chocolate na faculdade, e é claro que ela me manda contar a viagem no blog! Hummm prefiro não fazer...

Um dia depois, dando carona para a Ira...

- Você viu o blog???

- Não... (com cara de gatinho do Shrek, vai que ela resolve se vingar da minha negligência salutar – aqui merece um outro parênteses: porque aprendi a palavra negligência junto com a salutar e não sei usar separado! )
- Pois é...escrevi e cobrei seu texto, Dona Thays! ( com cara de “quem pegou as MINHAS balas fini???”)
- Hummm...(acho que prefiro não ler!)

Bem, atendendo a pedidos = não tenho nada para fazer no serviço e é menos feio do que ficar lendo um livro qualquer na frente de todos, pontos "altos" da viagem do Rio:

1- Saindo do “Rio Scenarium”, casa de samba na Lapa, o point do momento... Era sexta-feira, eu tinha acordado 4hr da manhã, viajado 5 horas, ido à praia e estava saindo de lá, com a maior tromba, porque ficaria mais 5 horas se as pessoas que viajaram comigo deixassem. Segue o breve diálogo:

- Goxtei do cabelo... (preciso dizer que era um carioca maldito?

- Corta igual!!!

2- Vamos à praia...onde? Ipanema? Não! Leblon!

A.DO.RO falar Leblon! Onde você mora? Leblon! Onde vai almoçar? Leblon! Vamos comer pizza? Sim, no Leblon! (por favor, releia as frases em voz alta, sem se importar em parecer retardado, eu juro que você vai perceber quão bom é falar Leblon!) Estava eu, deitada de barriga para cima, paquerando mocinhos no Poxto Déix do Leblon...coloco a os braços estrategicamente no rosto, aquela coisa: tampa o sol mas deixa visível... claro que passaram 5 minutos e eu dormi...e muito!!! RI.DÍ.CU.LO.!

3- Na boate Melt..adivinha onde??? no Leblon!!! Todos os tios da Sukita resolveram me encher o saco por causa do cabelo (acho que cabe descrever: é aquele chanel mais curto atrás e mais comprido na frente). Diálogo:

- Posso te fazer um elogio?

- Obrigada...(sorriso amarelo)
- Mas eu nem fiz o elogio...
- Mas é um elogio, não? Obrigada...
- Então, goxtei do cabelo...
- Obrigada...
- Combina com você (comentário mental: “Verdade??? Que sorte que eu dei hein?”)
- Obrigada...
- É bem elegante...
- Obrigada...
- njknhdusheoae (não tenho idéia do que ele disse nesse momento)
- Obrigada... (ele sorri e vai embora...finally!!!)

Outro:

- Goxtei desse corte meio francesa...

- Humm (prefiro não responder...) Deixa eu ir ali...já volto...

Sim, sou metida e pouco simpática!!!

Já que estou aqui vou me adiantar à Ira...Ontem, estávamos eu (motorista), Ira e um amigo gay...

- Humm que cara lindo, dá carona para ele... (preciso dizer que era o amigo gay? Janaína nunca acha ninguém bonito!)
- Humm...acho que não...
- Ahhh tadinho, ele pode ir no meu colo...
- Hummm...se você quer mesmo posso parar, você desce e vai de ônibus...

- Nó! vou colocar isso amanhã no blog para verem que eu nem sou tão má!!!

Ahhh esqueci de desejar um Feliz TIM das crianças para todos!!!


ps: O título foi retirado da novela Bartleby, o escrivão de Herman Melville, o autor de Moby Dick. O personagem principal, que dá título ao livro, só responde com a maior cara blasè: “Prefiro não fazer”, desafia a lógica da razão e com o tempo passa a recusar o próprio trabalho de escrivão e copista para o qual foi contratado...- A.DO.RO.!

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Visitas


Recebi umas visitas que eu esperava havia muito, muito tempo. Assim, umas três semanas, mas é que pra esse povo ansioso, isso é uma eternidade. Dizem.
Tudo começou assim (tudo = preparativos para o jantar): minha tia, não aquela que me deu o cano com os bombons, mas a outra, bastante confiável, se propôs a fazer um prato de que gosto muito. O problema era: quando esse prato seria feito. Pra quem não sabe, eu nunca almoço em casa, só aproximadamente 2 vezes por mês, mais ou menos domingo sim outro não, e em geral não janto, em lugar nenhum. Se bem que ultimamente tenho desfrutado da Cozinha Maravilhosa da Tia Célia, trazendo marmitinhas para o trabalho regularmente.
Enfim, não é todo dia que fazem um dos meus pratos preferidos, e isso era motivo de comemoração. Então começamos a pensar num dia em que dava pra ela fazer e eu comer. Difícil tarefa. Nem tanto antes de eu ter a brilhante idéia:
_Posso chamar uma pessoa?
_Pode, ué.
_Posso chamar duas?
_Pode.
Iei!!!!
Pensei logo em duas pessoas muito, muito, muito queridas, que eu já queria há um tempo que viessem a minha casa. Um moço e uma moça. Não, não vou identificá-los aqui. Melhor não. Questão de segurança e tal.
Se o jantar fosse só pra mim, já seria difícil conseguir um dia. Agora sendo pra nós 3, só poderia ser uma sexta-feira. Ah, e claro, só depois das 22h, pois minha aula de dança de sexta acaba as 21h30.
Comecei ligando pro mais difícil de conseguir marcar alguma coisa: o Moço. Isso era dia 23/09. No início pareceu fácil. Mal sabia eu:
_Quer vir jantar na minha casa na sexta?
_Tá.
!
No dia seguinte ele já desmarcou. Motivos até nobres, mas ainda assim não gostei, claro. Sexta seguinte, 05/10, ele também não podia. 12/10 eu é que não podia. Marcamos pro dia 19. Falei com a Moça. Ela também podia, mas passei todo esse tempo esperando um dos dois desmarcarem. Por isso eu digo que insegurança é para os fracos.
Na semana do evento, soube que nenhum dos dois comia o prato principal do cardápio: carne suína.
Meu primeiro impulso foi mudar o cardápio, mas Algo me disse: “Mas o motivo do jantar não era comer costelinha, gente?”. Algo sempre sabe das coisas. Comecei então a pensar numa outra carne que desse certo com o resto dos acompanhamentos. Pensei em frango. Antes de avisar minha tia, cuidei:
_Frango vocês comem, né?
Ufa.
Na véspera, tratei de confirmar. Se eles não fossem, eu ia morrer e minha tia ainda ia me matar. Confirmaram, mas só acreditei mesmo na hora.
Chegamos lá em casa e já estava tudo pronto. Diliça. Ajudei pelo menos a pôr a mesa, né, pra não parecer que eu tava explorando a boa vontade da minha tia. Não muito.
Servimos porquinho e bife de frango. Comi pouco, excepcionalmente, e acho que foi porque estava ansiosa e preocupada com as visitas. Mas minha tia me ajudou muito a lhes fazer sala.
Achei muitíssimo agradável, gostei um monte, conversamos bastante, sobre várias coisas. Quero repetir a dose assim que possível.
Não teve nenhuma sofisticação, nada chique, nada diferente, mas adorei.
Minha prima, que já estava dormindo quando chegamos, teve que levantar pra ver as pessoas de quem eu tanto falo. Ela não podia também deixar escapar a oportunidade de tentar queimar o meu filme com eles com frases do tipo:
_Moço, sabia que ela é apaixonada por você?
(Que vaca!) E ele:
_Sabia.
É por isso, tá vendo?

Que orelha mais graciosa



Pronto, endoidei de vez.
Estou apaixonada por uma orelha!
Agora parece que não falta mais nada...

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

O Abominável Homem do Saco


Já contei aqui do meu problema com o Homem do Saco?
Primeiro vou explicar o que é o Homem do Saco. Achava o conceito meio óbvio, mas aqui, bem do meu ladinho, tem gente que não sabe o que é.
Hoje, pra mim, Homem do Saco engloba mendigos, pedintes e pivetes. Homens, mulheres ou crianças.
Quando eu era pequena, tratava a instituição Homem do Saco como muitas crianças tratam o bicho papão. Tinha medo dele me levar e tal. Hoje tenho medo dele me roubar, me pedir alguma coisa e até mesmo dele ficar perto de mim. Horrível, mas é fato.
É um preconceito? Sim. Como muitos outros que tenho. Mas assumo.
Já cheguei a atravessar a rua pra desviar de mendigos dormindo e se vejo alguém imundo demais vindo na minha direção na rua, entro em qualquer lugar que esteja aberto. Deve ser por isso que só sofri assaltos em domingos, quando a maior parte do comércio não abre.
É um preconceito burguês? Talvez. Portanto espero que ninguém me crucifique por me sentir assim.
Não quero ninguém me dizendo que não devia sentir isso, nem que eu devia me pôr no lugar dele, nem que ele é gente como eu. Eu sei disso tudo. Além do mais, faltam alguns zeros na minha conta bancária pra eu ser chamada de burguesa.
Enfim, estou falando disso porque no sábado aconteceu algo.
Saí para almoçar com uma pessoa muito linda, que eu tinha muita vontade de conversar, mas claro que nunca dava. Então nada melhor que sair pra almoçar junto, sem planejar e com um tempo bem curtinho, pra conversarmos de boca cheia, contrariando tudo que nossas mães no ensinaram.
Comemos um papá uma delícia e conversamos, sim, bastante, de boca cheia, mas quando terminamos, vimos que ainda sobrava um tempinho e resolvemos ficar na pracinha conversando.
Mal sentamos e ele veio. O Homem do Saco. Imundo, com cheiro de cachaça e doido pra conversar. Com a gente.
Nunca espere me ouvir falando que não era a presença dele que me incomodava. Me incomodou um monte. Mas ao contrario do que muita gente pensa, eu não tinha um pensamento do tipo: “O que esse cara imundo está fazendo perto de mim?” Era mais “Por que esse cara não sai daqui e me deixa conversar?”, claro que completado por “ainda mais esse cara imundo”. Eu continuo chata.
Bizarrices da chegada dele:
- a abordagem não poderia ser mais estranha. O cara chegou colocando um livro de inglês todo estropiado no colo da gente. Pensamento 1: “Tenho que ir logo pra casa tomar um banho de álcool”
- ele chegou falando inglês. Pensamento 2 : “Tenho mesmo que aprender mandarim, até os mendigos já estão falando inglês”.
Já comecei cortando-o até delicadamente, dizendo: “Ah, não vou estudar inglês agora não. Estou no horário de almoço e tentando conversar um pouco”.
Ele continuou, falando umas frases sem nexo, embora perfeitamente construídas, algumas identificamos como trechos de músicas, mas algumas faziam parecer que ele sabia o que estava falando, tipo quando eu tentava interromper e ele dizia “just a moment”. Que coisa chata! Muito.
Uma hora ele falou “Não sei que lá, I’ll fly away” e eu aproveitei: “Yes, fly away, fly away! ” Magicamente ele “flyou” mesmo. Foi encher o saco de outro.
Foi o tempo de eu resmungar: “Por isso que eu queria almoçar no shopping” e minha companhia fazer uma cara feia pra mim, e ele voltou. Ai. Falando português. E cheio de historinhas.
Contou que é da favela, que já matou um cara que tentou ser mais homem do que ele, que o sonho dele é ser homem-bomba, que ele é fã do “Ozana” Bin Laden, que “Ozana” está no coração dele. “My heart”, repetiu em inglês, pro caso da gente não ter entendido.
Jesus, o que eu estava fazendo ali?!
Contou que o sonho dele é explodir a Assembléia, entrar lá cheio de dinamite num caminhão da Petrobrás, repetiu isso 500 vezes, ele tem muita fixação com isso.
E a gente só fazendo hã-hã. E eu puta de não ter podido conversar o assunto que eu queria, com quem eu queria.
Deu a hora de voltar. A gente olhou no relógio, faltava um minuto. Ele viu que a gente tava olhando e mandou, em inglês, a gente continuar a nossa conversation. Quis matar ele. Não pude vir embora sem antes falar “Agora não dá mais, a gente tem aula. Íamos conversar, mas não deu porque alguém nos interrompeu”.
Ele foi embora, bem feliz, dizendo Bye-bye e see you.
Só a tarde percebi que ele não me pediu dinheiro. Diferente.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Joselito's way

SMS no dia em que ganhei meu último livro:
"Depois eu escrevo a dedicatória que você nem fez questão".
Hoje:
_Escreva a dedicatória agora.
_Agora não, tô sem inspiração. Depois eu escrevo, te mando por e-mail e você trancreve pro livro.

Nasci no país errado


Pra quase tudo aqui tem jeito.
Não gosto de carnaval, mas pelo menos aproveito o feriado.
Não gosto de boteco, mas vou às vezes, só pra socializar.
Não gosto de feijoada, mas se só tiver isso, posso perfeitamente comer arroz com laranjas.
Não gosto de futebol, mas também eu nem vejo televisão direito.
Não gosto de cerveja, nem cachaça, nem da bebedeira que o povo daqui tanto ama. Não gosto de café. Morro de preguiça de calor humano demais, de roupas de cores vibrantes ou excessivamente desnudas, nem de música sertaneja, nem da ode à bunda, muito populares por aqui. Mas consigo conviver com todas essas coisas.
Agora, alguém me diga pelamordedeus, O QUE EU FAÇO COM ESSE CALOR?????!!!!!

(O desabafo foi porque tô morta de calor, mole, com sono, passando mal e acabei de saber que batemos de novo o recorde de dia mais quente. Toda semana agora, ai!)

Molière


Ontem assisti à peça “Um Molière Imaginário”, do Grupo Galpão. Tudo de bom. Foi bem na frente da Reitoria da UFMG, mais fácil não poderia ser. E de graça. E de noite. E no dia que eu não faço dança. Perfeito!
Já tinha assistido à peça antes, mas antes eu não tinha blog pra comentar.
O maior astro da peça pra mim foi o Rodolfo Vaz, que faz o Argan. Esse cara, até num comício me faria rir. Ele era um hipocondríaco e esculhambava tanto sua empregada que eu quase morri de rir.
O Galpão tem um negócio muito legal. Eles realmente estudam o ambiente em que vão apresentar a peça. E fizeram piadas com coisas do cotidiano da Universidade. Engraçado demais. Zoaram o Bandejão, o Reitor e mais um monte de coisas. Achei ótimo.
Todo mundo do elenco é tudo, todo mundo canta, lindo, fantástico.
Sempre achei chatas as peças em que os atores tentam interagir com a platéia, mas nessa peça, a interação é na medida, achei.
Vou ter que contar umas coisinhas. Não consigo. Quem não quiser saber, pare de ler por aqui. Só umas coisinhas:
Eles zoaram coisas como a “sem-gracice” das óperas e o estereótipo do mocinho, completamente mongol. E tem uma hora que uma mulher entra em cena como se estivesse a cavalo, desce e aperta o alarme. Quase passei mal de rir.
E a cena em que um cara tem que se esconder, e se disfarça de cabeça de veado na parede? Genial.

Ninguém no mundo odeia escatologias mais do que eu. Preguiça das piadas, da riqueza de detalhes desnecessária, de contar pra galera tudo sem omitir o dispensável e principalmente de frases começadas com “Vou ali no banheiro para...”. Odeio. Muito.
Principalmente esse povo que tem filho e acha que as necessidades fisiológicas dos seus pimpolhos são bonitinhas e podem comentar com qualquer pessoa, em qualquer lugar. Inclusive à mesa, argh! Enfim, defendo fortemente que a palavra mais adequada que já inventaram para o nº2 é... nº2 mesmo. Se não tiver jeito de evitar falar.
Porém, ontem, quebrando mais um dos meus preceitos (tenho que parar com essa moda de quebrar um preceito todo dia), ouvi uma escatologia legal. Vergonha, mas vou reproduzir aqui. O homem tava pondo a mulher pra fora de casa e disse: “Debaixo da minha coberta ela não peida mais”. Não acredito que eu ri disso. Mas é que nunca tinha visto uma separação ilustrada com tanta maestria.

P.S.: Eu tinha encomendado um post a uma certa pessoa, mas devido à enrolação, postei na frente. Viu, Thays?!

P.P.S.: O Grilo voltou!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Mammalia


Obrigado por me pouparem da discussão do final de semana. Como disse o Haróculo hoje de manhã, "uma discussão dessas no seu quintal e você na sala".
Pois então. Adoro discussão, mas tava fazendo uma coisa muito mais legal. Tava em Guanhães, mamando horrores na minha mãe. Inclusive essa foto aí do lado sou eu mamando. Há mais de um quarto de século atrás. Mas vim me aperfeiçoando através dos tempos.
Quinta-feira só trabalhei até meio-dia. Saí mais cedo pra viajar de carona. Ótima viagem, fora o fato de uma cigarra ter entrado no carro. Sim, eu tenho medo de cigarra. Por que as cigarras não são espertas como os morcegos, que nunca batem e nem entram em lugares onde não deveriam? Que preguiça desses bichos burros. Mas me aproveitei da burrice dela para tirá-la do carro. Demorei um tempão, mas não toquei nela uma única vez, claro.
Então, cheguei lá, e no primeiro dia já rolou uma espécie de seresta lá em casa que foi ótima (sim, eu odeio rodinhas de violão, mas paguei minha língua).
Frustrei meu propósito de não pensar durante o feriado e usei toda a engenharia que me ensinaram pra fazer a distribuição das 22 pessoas na casa. Tive que pensar também no último dia, quando ensinei minha mãe a mexer no celular e dei aula de matemática pra 2 primos. Mas o resto do tempo, me abstive. Ah, diliça!
Não fiz quase nada, mas não me sobrou tempo nenhum. Não li o livro que levei. Não vi TV nenhum dia, apesar de gostar. Não, gracinhas bobas, lá tem luz e TV, eu é que não tive tempo mesmo. Mas vi velhos amigos, "balanguei" na rede um monte, pulei na cama elástica de novo (viciei, parece) e comi horrores.
Um dia acordei de manhã e tinha uma baciada de ameixas sobre a mesa. Enquanto comia e me deliciava, disse:
_ Adoro ameixas. Quase tanto quanto amoras.
Ao que minha tia respondeu casualmente:
_ Ah, é, tem amoras também.
Ninguém entende o significado real dessa frase, a menos que seja da roça. “Tem amoras” não significa que tem uma bacia de amoras, ou que tem amoras na geladeira, ou que minha mãe comprou amoras no sacolão (acho que nem vende isso no sacolão). Significa que a amoreira no fundo do quintal de casa está carregada. Chamei uns primos e fomos pro quintal. Porque sou da roça, mas sou medrosa. “Nunco” iria ao quintal sozinha. Nem no meu.
Enfim, cheguei lá, desprezei a ameixeira na ida (eu fui lá por causa das amoras, oras!) e cheguei à amoreira. Baixinha e muito, muito cheia de amoras pretas. Comi dezenas. Não, centenas. Quando não tínhamos mais nem uma vaguinha na pança, fomos pra ameixeira. Só pra ela não se sentir excluída. E comemos outro tantão de frutas. Sabe aquele lance de universo paralelo e tal? Tipo isso. E vêm me dizer que dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço! Rá!

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Amo muito tudo isso


Ontem acordei pela primeira vez as 5h44, como de hábito. Só um pouco triste, lembrando do aniversário de uma pessoa querida que morreu.

Diálogo matinal 1:

Tia: Sabe aquele bombom que você me pediu há dois meses?
_Hum.
_Vou fazer hoje.
_Hummmmmmmm.
_Que hora você chega?
_Hoje eu chego cedo, não tenho dança.

Surpresa desagradável matinal: Grilo Phalante deletou o próprio blog.

Diálogo matinal 2, via msn, com direito a choro e ranger de dentes. E afta nova. Na minha boca. Não quero descrever.

Almoço agradabilíssimo, com velho amigo, conversas mil, abraço gostoso, chocolate de sobremesa.

Diálogo da tarde 1:
_Vamos ao cinema?
_ Não.
_Voce tem dança, ne?
_ Nao, mas minha tia vai fazer bombom pra mim e eu vou pra casa comer.
_Mas pode sair antes.
_Nó, nem se o Brad Pitt me chamasse!

Diálogo da tarde 2 (com outra pessoa):
_Vamos ao shopping comer japonês?
_ Tá.
!
Quase nada volúvel, eu. E não, não era o Brad.

(Seria uma ótima oportunidade também pra experimentar o lindíssimo milkshake de morango com chocolate do McDonalds, que já estava secando há dias. Coisa horrível a propaganda. Quase me fez pagar o mico de lamber o cartaz no shopping.) Claro que passei em casa antes de ir. Claro que a minha tia não tinha feito o bombom. Ta vendo como não compensa confiar nas pessoas?
Enfim, como já tinha “perdido a caminhada” ate em casa, tomei um banhinho, né, faria bem. E arrumei minha malinha antes de sair. Chegando no shopping, ganhei um livro que parece maravilhoso. Só pra contextualizar, diálogo de umas semanas atrás:

Ele: Queria te dar um livro.
_ Hum (Qual a chance de eu falar que não precisa?).
_ Mas tô com medo de você não gostar.
_ Dá, ué (Qual a chance de eu falar que vou gostar de qualquer jeito?). Posso gostar ou não.

Ganhei o livro. Chama “Noites tropicais: solos, improvisos e memórias musicais”, de Nelson Motta. Lindo, reluzente, grosso. 461 paginas, com um monte de desenhos. Abri como uma lady, bem devagar, quase Felicidade Clandestina - amo esse conto -, quando na verdade queria destroçar a embalagem, mas contive o impulso (na frente dele, claro, logo que me vi sozinha, obviamente parei de posar de pheena e destrocei o pacote) e fiquei igual uma boba passando as paginas de trás pra frente e de frente pra trás como um leque. Vou ler tudo no feriado agora que vou pra casa da minha mãe mamar um pouco e depois conto aqui.

Enfim, depois de comermos 1 kg de maki, regado a um litro de suco (no meu caso), fomos experimentar o milkshake. Parecia péssima idéia, por termos acabado de comer tão fartamente. Até provarmos o negócio.
Sabe que a gente tem um compartimento reservado só pra milkshake, né? Tipo “estou hiper satisfeita, mas milkshake? Hum,... quero sim!”
Nossa mas o treco é bom demais! Entre uma chupada e outra (sem piadinhas, pelamordedeus), dizíamos coisas como: sensações, prova isso, bom demais, nó, wonka e tal. Altamente recomendado.

Último diálogo da noite:
Ele: Nó, amanha você vai ter que escrever sobre isso no blog!
Eu: Claaaro que não! É só o que me falta! Encomenda de post! Que folga!

P.S.: Maldição esse site do McDonalds que não tem nem a foto do negócio! Até tentei roubar toscamente na foto, mas olha que lixo que tava ficando:

P.P.S.: Hoje começa oficialmente o meu inferno astral.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

“O pior cego é o que não vê”


1
Vocês não têm noção de quantas pessoas pensam que eu tenho um caso com um dos meus amigos gay. E esse é daqueles que... dá pra perceber. Só que como a gente tá sempre junto, temos vários momentos de ternura alternados com rusgas homéricas, e de vez em quando nos cumprimentamos com um beijinho, tem gente que acha que a gente tem um caso! Achar é pouco, várias pessoas já me perguntaram! Ai, Jesus! Apesar de correr o risco de outros amigos acharem que a carapuça é pra eles, não vou contar o nome da bee pra não estragar a expectativa do povo que lê o blog e porventura torça pelo nosso romance.

2
Fui numa festa chique, à noite, super maquiada. Coisa de um centímetro de espessura na cara. Em outras palavras, tava linda (mas um tropeção faria a máscara cair pra frente). Uma pessoa que eu até então achava que tinha alguma noção, olha pra mim e fala:
_ Nossa, mas você tá tão coradinha!
Pelamordedeus, será que ela já ouviu falar em blush?

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Nunca, em tempo algum, uma festa de adulto será melhor que uma de criança


Sábado fui a uma festa. Aniversário de 3 anos da filha de um casal de que gosto muito. Enfim, estava me preparando espiritualmente para essa festa havia algumas semanas, e participei (como expectadora, claro) de boa parte da preparação. Mas nem de longe pensei que fosse ser aquilo tudo. Comi quilos de salgadinhos deliciosos, tomei litros de refrigerante (ah, era festa), mas isso não foi a melhor parte. Ai, os brinquedos! Tinha vários, nem todos me cabiam, claro, mas joguei Street Fighter e ineditamente ganhei, brinquei no Pump it up, um brinquedo maldito do inferno em que você tem que “dançar” seguindo as setas que aparecem na tela do negócio. Perdi todas, claro, coordenação motora nunca foi o meu forte, mas o pior foi escutar o povo falando “Ué, mas você não faz dança?” Pra me recuperar do trauma, fui num brinquedo chamado Cai-Cai. É uma piscina de bolinhas. Uma criança fica sentada acima da piscina, e os monitores vão jogando bolinhas num alvo que, quando acionado, faz com que a criança caia na piscina. Não, não sentei na cadeirinha, por motivos óbvios (pra quem nunca me viu, acreditem, minha bunda não caberia lá), mas a monitora deixou a gente jogar as bolinhas! Nossa, nunca imaginei que derrubar crianças fosse tão gostoso! Tá, sempre imaginei, mas nunca tinha tido chance. Depois veio o melhor de toda a festa: a cama elástica. Não foi surpresa, a dona da festa já tinha me contado que ia ter. Fui até de calça (Não, gracinhas bobas, não cogitei ir sem calça, e sim de saia). Pulei, pulei, pulei. E pulei mais. Nossa, quando eu ficar rica, vou comprar uma cama elástica pra mim. Prazer indescritível, infindável. Mentira, findável quando as pernas começaram a tremer (já não tenho mais 15 anos) e as crianças a chorar querendo brincar e pular da mesma altura que eu (é, preciso mesmo comprar a minha personal cama elástica). Nunca, em tempo algum, uma festa de adulto vai ser melhor que uma de criança. Não é só porque eu não bebo. Mesmo se eu bebesse, bebida alcoólica tinha lá, e muita. Eu já achava que festa de criança era melhor, desde que eu era criança. Mas fato é que eu cresci e continuo achando. Vou juntar dinheiro pra fazer uma festa infantil pra mim. Eu mereço. Mas sou pobre. E pro meu aniversário desse ano, com certeza não vai rolar. Nem se eu parasse de gastar agora, não daria tempo, porque falta pouco mais de um mês. Mas vou tentar fazer pro ano que vem. Ou isso ou na vida que vem eu venho rica e faço uma festa infantil por mês.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

5 manias...


- cozinhar de pé descalço...não consigo cozinhar de chinelo, na verdade, dá errado se eu estiver calçada...Vá entender!

- não colocar o pé no travesseiro...é mais um trauma... quando eu era criança meu pai dizia que na cultura japonesa (meu pai é filho de japonês) colocar o pé no travesseiro é desejar que a pessoa que dorme ali morra. Então, eu pulava na cama deles, mas NUNCA chegava perto dos travesseiros. Não entendia ainda o que era um órfão, mas já sabia que eu não queria para mim... Enfim, hoje ainda, não acredito mais nisso, porém tenho aflição quando vejo alguém com o pé no travesseiro. Outro dia quase caí da cama por isso. Tinha uns travesseiros do meu lado, senti que meu pé estava indo naquela direção, joguei para o outro lado! Acordei com metade do corpo indo em direção ao chão...ridículo!

- terminar as coisas...não dianta me apressar... Quer dizer, até adianta, mas não vai ficar bem feito. Eu sempre termino o que eu começo. Deve ser outro mal de japonês que me foi colocado, paciência.

- falar sozinha. Tenho diálogos ótimos comigo mesma - tem gente que fala que eu inclusive faço piadas internas literalmente, só para mim. Esses monólogos seguem o princípio da terapia. Sabe quando você pensa em algo, remói, mas parece não ter lógica ou solução. No entanto, quando você verbaliza fica tudo bem mais claro. Dá um insight e pronto, resolvido! E muito mais barato porque não precisei pagar ninguém para isso.

- colocar a perna para o ar. Não consigo ficar sentada "normalmente" vendo tv. No computador, depois de um tempo tenho que colocar os pés na cadeira. Quando tem aqueles almoços ou jantares de família, ou com amigos íntimos, quando eu vejo, lá estou eu com os pés na cadeira. É ótimo, minha mãe quase pira!

- ficar parada com os dedos do pé dobrados. Posso estar sentada, de pé, agachada, de sapato, de tênis, de chinelo, de sandália, enfim não importa como, meu dedos dos pés estarão dobrados para baixo. De novo, vá entender!

Manias


Pediram pra eu listar 5 manias.
Odeio corrente, todo mundo sabe. Mas não estou passando corrente, não estou pedindo pra ninguém fazer.
Só que quando recebi, pensei a respeito e gostei de ter pensado. E já que já tinha pensado mesmo, quis colocar aqui.
Pra provar que eu faço o que eu quiser, listei 8. Ai meu deus, será que 8 são manias demais? Faz mal não, o post é meu, se quiser ter e/ou listar 527 mil manias, problema meu. Lá vão:

1 – Mania de edredom e blusa de frio, a despeito do calor tropical.

2 – Mania de jargões deusísticos, como “Sangue de Jesus tem poder”, “Sangue de Cristo”, “Sangue do Cordeiro”, “Creimdeuspai”, “Misericórdia”, “Jesus amado” e afins. Sim, sei que peco ao pronunciar Seu santo nome em vão. Mas em geral não é em vão!

3 – Mania de reler meus livros inúmeras vezes.

4 – Mania de chorar. Não, não acho que vai resolver as coisas. Mas, ao contrario do que muitos pensam, choro por tudo. Correndo o risco de ser zoada, confesso que já chorei por sapatos estragados por duas vezes esse ano (Uma delas foi num velório, e teve gente que veio até me consolar!).

5 – Mania de cutucar machucados, até arder ou arrancar a casquinha.

6 – Mania do colo da minha mãe. Podem ter 4 cadeiras vazias, que se minha mãe estiver sentada, sento no colo dela. Não estou nem aí para o fato de eu já ter crescido. Se outra pessoa (meu irmão ou minhas primas) senta antes, apelo totalmente. Detalhe: isso só acontece esporadicamente, porque não moro com a minha mãe.

7 – Mania de apostar partes do meu corpo, em geral dedos (“Aposto meu mindinho que isso não acontece”) ou, dependendo da inacreditabilidade do negócio, mãos inteiras (“Aposto minha mão direita que isso não acontece”). Se bem que ultimamente tenho ouvido muito: “Aposte a esquerda, que a direita você já me deve...”

8 – Mania de apertar o “Diet” e o “Light” do milkshake ou do suco do McDonalds. Não, não acho que isso vai me impedir de embaleiar, é só mania mesmo. Mania altamente contagiosa, diga-se. Vários amigos já a adotaram. É quase uma mandinguinha. Já aconteceu de uma vez eu estar pra lá da metade do suco e dizer, assustada: “Nossa, quase esqueci de apertar!” E sempre tem um espertinho que fala: “Ufa, quase que você engorda, hein!” Idiota.

P.S.: Pedi a Vaidade pra escrever as dela também. Quero até ver...
Pagar mico aqui sozinha não, né?


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Parabéns pra GAU!


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Sabe qual é a pior parte de sair de casa com torcicolo? É neguinho virar pra você e perguntar:
_Por que você tá me olhando desse jeito?
Como se eu olhasse pra imbecil...
Sim, estou com torcicolo e com péssimo humor.