sábado, 29 de dezembro de 2007

Bahia

Gente, to aqui na Bahia, cheia de novidades, mas a baianagem já invadiu meu ser e to com uma preguiça ferrenha de escrever. Acho que so dia 2...

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Guanhães



Voltei ontem de Guanhães, minha terra natal e cidade onde minha mãe mora.
Parece um clichê, mas é incrível como tão pouca distância separa mundos tão diferentes. A gente chega lá e parece que chegou em outro planeta. Claro que, por ser a casa da família, não é preciso nenhuma ambientação. Chego e já estou em casa.
O portão de casa fica sempre aberto, você se assusta o tempo todo com visitas que entram sem se anunciar. E tem que dormir sempre de pijama comportadinho, porque nas duas noites em que passei lá, alguma visita entrou no quarto antes de eu me levantar e sentou na cama sem a menor cerimônia.
Falando em quarto, lá quem levanta mais cedo vai pro quarto de quem ainda está deitado, dái ficam todos os quartos vazios e outro lotado de gente, uns deitados, uns sentados nas camas e outros sentados no chão. Uma farra.
Lá em Guanhães é lugar de andar a pé. Tudo é longe, mas a todo canto a gente vai a pé. Por isso que a minha mãe chega aqui e deslumbra com táxi. Entendi tudo. Enfim, lá a gente sai a pé e encontra conhecido o tempo todo. Ou não tão conhecido, mas tem que cumprimentar a todo mundo. Porque lá todo mundo é Fulano de Ciclano, e eu sou Janaína do Zé Giru, e se a pessoa cisma que eu deveria ter cumprimentado e eu não cumprimento, já está pronta a confusão, porque às vezes a pessoa nem sabe que eu sou Janaína, mas com certeza sabe a parte do Zé Giru. Então, pra evitar, saio na rua igual uma miss, sorrindo e acenando.
Lá tem um monte de serviços em domicílio que não tem aqui (não pra mim): a manicure vai lá em casa fazer nossas unhas, o leiteiro vai entregar o leite na porta.
Ceninha: Campainha lá é coisa que não existe. A mulher que foi entregar o leite gritou lá fora “Ó o leite!” E eu, desesperada, olho pra minha tia com cara de como assim. Ela teve que pegar uma leiteira e dar na minha mão pra eu cair a ficha. Falta de hábito. E olhe que morei lá um tempão.
E a comida? A relação da minha vó com a comida é ótima: se você põe comida pra ela, por menos que seja, ela diz “Isso tudo?” mas se você põe pra si mesmo, ainda que seja um pratão como o meu, ela diz “Só isso?” Sempre acompanhado por algo como “Essa menina não come nada...” Outro dia eu estava de unhas recém-feitas e ela fez aviãozinho do almoço pra eu não estragar as unhas. Isso quase matou meus primos de ciúmes. Adorei.
Falando em ciúmes, meu nome lá em casa pro meu irmão é Zotro. É só eu chegar, que ele vira pra minha mãe e começa: “Porque quando do Zotro tá aqui, você faz todas as vontades”, “Você só faz comida especial pro Zotro”. Aiai.
Falando em nomes, as filhas da minha vó são sempre “as meninas”. Independente da mais nova delas ter 44 anos. E os alunos das minhas tias (todas professoras) são sempre “meus meninos”. E os amigos dos meus tios são sempre “amigo-meu”. Lá a gente não fala “Antônio saiu com o amigo dele”, e sim “Ele saiu com amigo-meu”. Só se a gente não souber quem é o amigo, claro.
E só chamo de tios os tios mais velhos que a minha mãe. Nem eu sei por quê.
Cada vez que eu vou lá tenho uma fruta diferente no nosso quintal. Dessa vez tinha jabuticabas. Jabuticabeira carregadinha no quintal e não fui lá subir. Não deu tempo! Só comi as que estavam apanhadas, numa bacia. Não deu tempo, pois além das festividades e das compríssimas que fiz lá, tive que lanchar nas casas de duas amigas, imperdível. E tive que ver Tropa de Elite. Não podia acabar o ano sem ver. Nem achei isso tudo. E todas as tiradinhas legais eu já conhecia. Muito médio. Por isso que eu odeio best sellers (De filme é best seller também? Ah, sei lá! Falo desses que todo mundo vê, vocês entenderam...)

Lá tem umas expressões muito peculiares, tipo:
- De onde
- Capaz
- Inda mais
- Ô livre
Essas quatro são iguais ao “Qual ao chance?” que eu uso aqui. Empregos: “De onde que eu vou trabalhar domingo?” “Capaz que eu vou trabalhar domingo!” “Inda mais eu trabalhar domingo!” “Ô livre de eu trabalhar domingo!”
- opcevê = olhe pra você ver
- quede = cadê
- dê cá (pra pedir alguma coisa)
- deveras (pronunciado divera)
- acá (pra apontar alguma coisa)
- rebuçar = cobrir (com coberta)
- merendar = lanchar (meus amigos me zoam toda hora, quando eu falo. E eu falo todo dia)
- logo = fim do dia. “Vamos sair logo” não é daqui a pouco, é no fim do dia.
- comer é um substantivo. Emprego: “O comer está pronto!”
- “como é que chama” é um substantivo. Minha vó adora falar: “Cadê o como é que chama?”
- ir lá em cima ou ir à cidade é ir ao centro da cidade
- tucontuá = tudo quanto há

Toda vez que vou embora dá aquela sensação ruim, de deixando alguma coisa pra trás. E estou mesmo, né! Minhas raízes.

P.S.: Essa foto é do coreto lá de Guanhães.

P.P.S.: Estou indo viajar agora pra praia. Não sei mesmo se vai dar pra escrever de novo antes do dia 2. Não sei como vai ser lá, se vou ter acesso a internet algum dia e tal. Vou ver.
Acabo de descobrir que tinha programado uma viagem enorme acompanhada e vou ter que ir sozinha. To indo. Daqui a 2 horas. Tchau.

domingo, 23 de dezembro de 2007

Olás.
Primeira vez que este blog é atualizado a partir de um computador conectado à internet via rádio. Que muderno! Estou eu aqui em Guanhães, dando a última mamada do ano na minha mãe, e tentando ressuscitar meu espírito de Natal, que acho francamente que já nasceu morto.
O que não me impedirá de ir pras ruas amanhã gastar todo o meu dinheiro de fevereiro. Claro, porque o de dezembro e janeiro já foi todo, hahaha. Brincadeira. Assim, mais ou menos... mas vamos falar de coisas boas. De coisas úteis, pelo menos. Informação.
Outro dia comentei sobre a metáfora dos refrigerantes e prometi explicar aqui. Antes de mais nada tenho que dizer que não me lembro de onde saiu isso, mas com certeza não foi da minha cabeça. Nunca que eu ia ter uma idéia genial dessas, não sou tão espertinha assim.
Joguei no Google (meu tio, né) e achei várias pessoas usando, mas ninguém explicando nem dizendo de onde veio a idéia. Deve ter sido um dos meus amigos peça raríssima que me ensinou, não lembro.
Enfim, é um metáfora para a opção sexual das pessoas. Vou explicar resumidamente:
Postulados:
coca = mulher
fanta = homem
(ou ao contrário, nunca sei direito. Vamos assumir assim pra teoria abaixo fazer sentido, ok?)
Teoria:
Dizer "Fulano gosta de coca" ou "Fulano gosta de fanta" é dizer que Fulano é heterossexual (se é uma fanta que gosta de coca ou vice-versa) ou que é gay (se é coca que gosta de coca ou fanta que gosta de fanta).
"Coca sabor fanta" é gay (essa aprendi essa semana!)
Se fulano diz: "Coca ou fanta? Tanto faz!", é bissexual.
"Coca, fanta, café ou água", pansexual (mentira, nem tem essa classificação)
Se fulano fica pensando: "Coca! Ah, não, fanta! Ah, não sei!", provavelmente ele está passando por uma crise de sexualidade.
Quem diz "Não gosto de refrigerantes" pode ser assexuado ou estar passando por um período de preguiça absoluta, tipo ah-nem.
Falei de tudo? Acho que sim, né. Se eu tiver esquecido de alguma parte, alguém me ajude, por favor. Se alguém ler isso esse ano, claro.

Meninos, queridos, briguentos. Não estou sugerindo ninguém a rotular ninguém, esse post é meramente informativo, tá.

Estou de folga do trabalho (não, não são férias) até dia 1º. Até lá, não sei como vai sera a atualização disso aqui.
Não quero fazer um post-despedida que nem o que a Dri fez, porque vai que me dá uma doida e eu cismo de escrever de novo, né? Muito chato dar tchau e voltar. Além do mais, pretendo mesmo escrever mais ainda este ano. Vamos ver.

Tenho que desejar Feliz Natal? Tenho muito preguiça desse amor que invade os corações nessa época do ano. Continuo chata, ranzinza e sem paciência, e com muita preguiça de pagar de legal só porque semana que vem será também ano que vem.

Mas desejo que as listinhas de Natal de todos - principalmente a minha, claaaro - sejam atendidas. No momento mais apropriado possível. Claro, porque se eu ganhar no dia 25 aquilo tudo que eu pedi, vou ficar insuportável!!! Mas talvez eu dê conta do recado, né, quem sabe...

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Esse não vai ter título. Nem foto. Estou cansada demais.


Ontem foi um dia de descobertas. Comecei descobrindo que o Roudg, amigo há 11 anos, lê isso aqui. Descobri porque ele postou um comentário. Um comentário me chamando pra dançar. Tive que perguntar: “Desde quando você lê isso aqui?” Ele: “Desde sempre”. Que medo! Ele ganhou uma estrelinha comigo porque me chamou pra dançar mesmo, ao vivo, no baile (adoro dançar soltinho com ele). E em seguida ganhou uma caveirinha porque me encomendou esse post. Quantas mil vezes vou ter que pedir pras pessoas me permitirem mandar nesse blog? Pensei seriamente em pirraçar e não escrever porra nenhuma, mas começou a me dar uma comichão que só passou quando comecei a escrever... aiai.
O baile ontem foi legal. Mas definitivamente não foi o melhor de todos. O primeiro no meu coração continua sendo o Baile do Quiosque do final de novembro.
Falando em coração, muitas coisas me alegraram nesse baile:
  • Um dos cavalheiros com que mais amo dançar, ao fim da dança, virou pra mim e fez o maior elogio da noite:
    _Tá fina, hein?

  • Um aluno pediu no início do baile pra eu dançar com ele depois. Perguntou se minha agenda estava cheia e tipo pegou uma senha. Como assim? Não era eu que pegava senha pra dançar com os caras que têm muito a manha? Será que esse aluno acha que EU tenho a manha? Estranhei, mas adorei. Mas eu, Dory que sou, obviamente esqueci de dançar com ele

  • Todo mundo gostou do meu cabelo novo. Muita gente que realmente importa pra mim. Se houve alguém que não gostou, teve a finesse de guardar sua opinião só para si e, de quebra, preservar a própria vida. Então quer dizer que além do benefício de não precisar pentear o cabelo o resto do ano, ainda ganhei beleza? Que ótimo!

  • Minha maquiagem perfeita foi elogiada. Pior que ficou boa mesmo, consegui camuflar até o branco da minha ex-sobrancelha (sim, estou falando disso até hoje... toda vez que olho no espelho eu lembro, oras)

  • Ana Charnizon voltou de Israel. Trouxe não só a possibilidade de ouvirmos ao vivo e detalhadamente as aventuras da viagem que já estamos acompanhando na blogo-novela, mas também trouxe um presente pra mim! Que mimo! Amei

  • Também ganhei um presente da escola. Uma bolsa com o logo. O tipo de propaganda que vou morrer de orgulho de fazer. Achei uma gracinha

  • O Grilo apresentou uma coreografia chiquérrima dele, maravilhosa, claro, como sempre e ainda teve a bondade de dançar comigo no baile – bastou implorar cerca de 237 vezes, me ajoelhar e pedir perdão pelos meus pecados - Adorei


  • Claro que nem tudo no baile foram flores:
  • Teve um excesso de destaque pra um projeto social da escola, que me deu uma leve preguicinha

  • Teve apresentação de dança de salão infantil. Como disse Marian Keyes em seu último livro, “Adoro crianças, mas não agüento uma inteira”, kkk

  • Levei 3 sapatos e usei os 3. 2 horrorosos de dança de salão e um bonitinho para o trajeto. Já estava sabendo que o chão era escorregadio e não tenho a menor vocação para a dança no gelo. Deve ser por isso que meu pé está super doendo embaixo hoje

  • Desapaixonei do XXX (de alcunha “pai dos meus filhos”). Definitivamente. Será que já posso voltar a falar mal dos gordos? Não, né, melhor esperar o Natal passar.


  • Que mais aconteceu no baile?
    Pensei que estava vendo o povo da escola pela ultima vez no ano, comecei até a despedir dizendo feliz natal, feliz ano novo e o escambau a 4, quando o Èrico vira:
    _Ué, você não vai ao churrasco não?
    _Ah... vou... até amanhã então!
    Como assim eu esqueci do churrasco? Nem comento.

    Melhor parte de todas foi depois do baile. Tive um tempo enorme da pessoa mais linda de todas à minha disposição pra conversarmos até.
    Comemos x-quase-tudo (ô dó que eu vou deixar coisas como ovo, presunto e abacaxi contaminarem o meu hambúrguer com bacon com pão com bacon com queijo com bacon tão lindo. Nunca!) e conversamos até quase 4h da manhã. Delícia rara. Tive 1,5h de sono essa noite. Por esse motivo eu nem me importaria de mais noites em claro de vez em quando.

    Outra coisa:
    Tive um insight ontem: não tô a fim de refrigerantes ultimamente (desculpem, piadinha interna, prometo escrever um post inteiro sobre a metáfora dos refrigerantes. Depois.)

    P.S. Comecei a escrever esse post às 7h30’ da manhã, mas não tive tempo de postar, porque tive que sair pra resolver umas coisas (conto que saí de novo na chuva sem sombrinha e quase tive que comprar a 4ª do mês, mas preferi molhar? Não, né, auto-queimação de filme). Enfim, coisas boas que começaram a acontecer comigo. Não posso contar aqui ainda, mas quem quiser saber depois é só me perguntar. Papai Noel tá mesmo lendo o blog, cuidado com o linguajar nos comentários, hein, galera!

    quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

    O que aprendi no salão



    Boas novas, meu humor melhorou!
    (Apesar da chuva que acabei de tomar, a despeito da sombrinha que comprei hoje e que ficou aqui enquanto fui comprar um lanchinho...)
    Bom quero publicar uma listinha com o que eu aprendi essa semana com o tempaço recorde que passei em salões (e odeio salões, hein).

  • Nunca mude o seu dia no salão na última hora

  • Nunca vá ao salão no final do dia, porque cabeleireiro cansado só faz merda... em você (e acho que essa regra também deve valer pras primeiras horas da manhã, quando ele ainda não acordou direito)

  • Certifique-se que a cabeleireira não está com TPM. Ou certifique-se de que é um homem e que, portanto, não tem TPM

  • Nunca malhe. A mulher que me trançou tinha um corpo perfeito. Na hora em que ela encostou minha cabeça na barriga dela pra fazer uma trancinha da frente, horrorizei com a dureza da barriga. Prefiro meu bacon, fofinho e confortável

  • Nunca bique a conversa alheia. Isso pode te induzir a pecar. Ontem no salão ouvi um homem contando que Natal passado ele não teve o que comer, e espera que esse ano tenha. Vou pro inferno só pelo meu julgamento: “Por que esse homem está fazendo um dread que custa R$ 260,00?” Não que seja da minha conta, mas se eu fosse ele, gastaria esse dinheiro no supermercado... ou então não ficaria me lamentando no salão

  • Não é preciso fugir dos assistentes. Nada contra os assistentes e proto-assistentes de dança de salão que me lêem, mas ontem quando a Iza falou que a assistente dela ia fazer minhas trancinhas porque ela tava com problema no punho, quase desisti. Mas até que deu certinho


  • E o mais importante:
  • Nunca, nunca, nunca, nunca mude de cabeleireiro. Se ele morrer, morra também
  • Tranças que geram SCD – Síndrome da cabeça de doberman



    Cá estou eu com aquele péssimo humor habitual.
    Não, hoje está muito pior que o habitual, estou ultra cansada, com sono, dor de cabeça e mais de três coisas já deram errado antes das 7h da manhã.
    Ontem fiz trancinhas no cabelo. Tipo as da foto aí do lado, mas não igual. Lavar o cabelo no salão não tem preço, né? Na verdade tem e é alto, mas não vou entrar nesse mérito agora, pra não acabar de piorar meu humor.
    Enfim, ontem fiz as trancinhas e elas têm que ser muito puxadas pra ficar legal, logo estou com dor de cabeça, com a pele das têmporas quase na nuca e olhos puxados (prefiro não mencionar a sobrancelha que continua branca...).
    Hoje é um dia-correria. Tenho mil coisas pra fazer no trabalho, depois vou passar no centro, depois tenho aula de dança e depois o baile de final de ano da minha escola. Tudo emendado.
    Ontem cheguei em casa depois das tranças morrendo e não dei conta de arrumar meu super mochilão, já sabendo que ficaria mais gigante que o normal.
    Dormi. Pus o relógio pra despertar hoje às 5h da manhã, quase 2h antes da minha hora de sair. Tinha que dar tempo.
    Acordei na hora, porém tive que arrumar tudo correndo (?), não deu tempo de tomar café (?), deixei algumas coisas pra trás (?), perdi minha sombrinha entre o quarto e a porta da rua (?), saí atrasada(?) e perdi o ônibus.
    Sair de manhã chorando na chuva é tão lindo, né? Não quando é de raiva.
    Desci no centro e comprei uma sombrinha, a 3ª esse mês. A chuva, claro, parou instantaneamente.
    O ônibus, em horário de férias (quem está de férias?) demorou horrores. Mas pelo menos veio vazio.
    No ônibus aproveitei pra conferir o que tinha ficado pra trás. Vi que tinha esquecido coisas importantes, mas nada imprescindível, que fizesse necessário ter que voltar em casa (se meus sapatos e meu celular vieram, então tá bom). Acho que uma idinha no supermercado na hora do almoço já vai resolver.
    No mais, espero que minha cabeça e meu humor melhorem até a noite, porque hoje vai ter um baile ótimo, vou ver pela ultima vez no ano pessoas que eu adoro e não quero estragar tudo.
    Bom dia a todos.

    quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

    Como assim? (ou Ira+Avareza=Putice)


    Olhem o email que eu recebi:


    "Colegas

    Solicito a colaboração de todos, no valor de R$ 10,00, para que possamos agradecer a faxineira pelos serviços prestados ao longo do ano, na limpeza inclusive da copa.

    Agradeço a colaboração de todos, até o dia 18 de dezembro, pelo donatino espontâneo


    Atenciosamente"

    Como assim?
    Que parte eu perdi?
    Como assim eu recebi um convite para contribuir espontaneamente com dez reais (pô, duas capas de sofá? Não mesmo!) com data pré-definida, pra um presente de uma pessoa que nem minha amiga é?
    Como assim eu tenho que dar um presente pela pessoa fazer o seu serviço? Um serviço, que, diga-se de passagem, nem é tão bem feito assim.
    Ela não troca o saco da lixeira (uma vez colei um adesivo no saco que ficou mais de um mês. E ninguém me diga que ela trocava o adesivo de saco!), ela sempre muda minhas coisas de lugar (são uma bagunça, sim, mas eu achava tudo, ne), sempre descola meus bilhetes que coloco na minha tela, sempre dobra um dos pés do meu teclado (só um, puta que pariu, dobrasse os 2!), nunca me cumprimenta...
    Tá, talvez ela seja ótima e só não goste de mim, o que também não me dá motivos para presenteá-la.
    Mas a pior parte é: “Solicito a colaboração de todos (...) para que possamos agradecer a faxineira pelos serviços prestados ...” Esse agradecimento, na minha terra, se chama salário.
    Aiai.

    terça-feira, 18 de dezembro de 2007

    Morte à Vaidade


    Nada contra a Thays, adoro ela, falo da vaidade, o pecado capital.

    vaidade
    [Do lat. vanitate.]
    Substantivo feminino.
    1.Qualidade do que é vão, ilusório, instável ou pouco duradouro.
    2.Desejo imoderado de atrair admiração ou homenagens.
    3.V. vanglória.
    4.Presunção, fatuidade.
    5.Coisa fútil ou insignificante; frivolidade, futilidade, tolice.


    Saí do trabalho ontem depois de uma festinha. Tudo bem que eu sou quase uma rena e a época do ano em que eu mais trabalho é o final, mas o que tem de festinhas aqui, nu!
    Não fui à aula de dança ontem. Matei com a bênção da sra. Barata, iluminada pelo espírito de Natal. Tempinho livre, yes! Ligo pro meu personal sobrancelhist (sim, é homem):
    _ A gente marcou na sexta, mas arrumei um tempinho hoje, a gente pode fazer a sobrancelha hoje?
    _ Hoje eu estou de folga (Pensamento: “Como assim? Numa segunda?”) Mas você pode ir fazer com a Rose, ela é ótima.
    _ Se ela aleijar minha sobrancelha, eu vou bater nela, viu.
    Ele:
    _ Hahaha, quando você vir o tamanho dela, você desiste.
    Fui. A mulher é feia, enorme de gorda, horrorosa. E bruta,muito bruta. Tipo dedo no olho e cotovelo no peito. Não deveria ter deixado ela continuar.
    Mas deixei. Pela vaidade. Nem gosto de fazer sobrancelha. Dor absolutamente desnecessária. Saco. No fim, doeu horrores, demorou demais e ela deixou minha sobrancelha fininha, igual à de um traveco. Me mostrou quando terminou a primeira. Eu, com a voz mais educada que consegui fazer (não queria perder uma vista com uma pinçada, né):
    _ Nó, Rose, não tá fininha demais não?
    _ Nada, tá igual à da vilã da novela.
    _ Ah, é porque eu não vejo novela...
    Cadê minha sobrancelha que tava aqui, sua vaca? E fiquei quietinha esperando ela arregaçar a minha sobrancelha que restou.
    Doeu mais que a outra (nada excepcional, a segunda sempre dói mais). Enfim, ela terminou. Me mostrou. Totalmente diferentes, as duas. Eu:
    _ Olhe, essa segunda, tá até boa, mas a primeira tá fina demais!
    Ela veio quente com a pinça pra cima da segunda. Impedi. Essa já é velha, ela ia arrumar um pouquinho na segunda, ia ver que ficou mais fina que a primeira, ia voltar pra primeira e essa droga desse negócio só ia terminar quando eu estivesse totalmente careca de sobrancelhas.
    Paguei e fui embora. Entrei na não-sei-que-lá-bijoux e comprei um lápis cor de chocolate pra tentar maquiar aquela horripilância. Maldita. Sabe o que ela vai ganhar de natal, né? Uma muleta!
    Como dor pouca é bobagem, fui pra depilação. Preciso descrever, não, né. Quem tiver morrendo de curiosidade, pra saber como é, leia esse texto aqui, que achei na net. Enfim, pelo menos fui na mesma depiladora de sempre, sem surpresas dessa vez. A dor foi a de sempre também. Muita. Creimdeuspai.
    Entendi porque as hippies eram cabeludas, não era pela revolta não, era pelo conforto. Mas, enfim, não tenho nenhuma vocação pra hippie e odeio pêlos.
    Fui toda detonada pra casa da minha amiga depois. Dormi lá. Comi a jantinha dela, deliciosa. O filho dela diz que a comida dela é horrível. Aiai.
    Mostrei minha sobrancelha torta e ela me sugeriu tombar a cabeça pro outro lado. Ou maquiar a aura branca que ficou em volta da região onde foi minha sobrancelha um dia. Riu muito e falou:
    _ Por isso que eu não faço sobrancelha.
    De manhã, estou eu saindo com a minha sacola de plástico horrorosa do Carrefour e ela:
    _ Ah, nem, você fica toda sofrendo pra ficar bonita e sai com essa sacolinha horrorosa? Ah não!
    Ela pegou uma sacola toda bonitinha de loja de shopping, colocou a minha do Carrefour dentro e me entregou pra ir.
    O que eu posso fazer se a minha bolsinha verde loosho não cabe nada? Além do mais, ninguém liga pro jeito como a gente sai na rua, as pessoas só se importam com a nossa beleza interior, não é não?

    Que que é aquela foto linda da Praça 7 que está num monte de outdoors da cidade? Que mentira é aquela? Ainda mais numa foto propagandística do prefeito! Cadê a impessoalidade do serviço público? Claro que nunca, né! Mas linda a foto. Só não reconheci a Praça 7, não mesmo.

    Bruno voltou. Fofo e lindo, um amor. Viajar fez bem pra ele. Pra gente. Parabéns pra ele, que faz aniversário hoje. Tô indo pra festinha-café daqui uns minutos.

    domingo, 16 de dezembro de 2007

    Minha aventura mirabolante do final de semana


    Comecei não tendo aula de dança no sábado. Fandásdigo. Eu, minha esperteza e Renata fomos pro centro de BH no sábado, penúltimo final de semana antes do Natal. Asníssimas. Depois de fazermos um tour pelo Shopping Oi (achei tudo o que eu queria e mais um relógio de $4), tava procurando presente pra minha mãe no centro, quando escutei uma voz de microfone vindo de uma loja anunciando uma super promoção.
    Entrei, claro. Achei um parente distante, que me atendeu. Tudo ótimo, tudo lindo. Na hora de pagar, quis morrer:
    Lembra aquele “No mistério do sem-fim", da Cecília Meireles? Então, no inferno tem um porão. E no porão um cantinho. E no cantinho um buraco de rato. E no buraco tem o rato. E debaixo do rato tem a Ricardo Eletro que fica bem no centrão da cidade e toda a sua fila. Filas, né, porque tem uma pra tirar o pedido, outra pra pagar e outra pra pegar o produto. Nossa, passei mais de uma hora lá. Enfim, depois que resolvi todas as coisas do centro (sim, comprei mais um monte de coisas), voltei pra casa. Passei uma hora e sai de novo. Não, não deu tempo de arrumar minha mala. Ia encontrar com o Rafael e voltar cedo, pois ia trabalhar no domingo.
    Acabou que nos encontramos com mais gente (inda fiz a maldadinha de falar que o vestido da Thays com o All Star magenta tava feio, quando na verdade tava chiquérrimo. Foi só pra baixar a auto-estima dela... como se fosse possível...)
    Falando de All Star, preciso fazer um parêntese: Saí ontem e hoje de pés de fora. Brilhei. Pra quem não sabe, nunca saio com meus pés de fora, porque eles são, hum... horríveis. Mas precisava treinar porque ano que vem tenho o projeto pés lindos 2008 e a médica já me avisou que eles vão ter que ficar mais de fora durante o tratamento... todo mundo vai ter que aprender a conviver com eles, e não só eu. Tem gente que me conhece há anos e nunca os viu. Tem um amigo meu que diz que é mais fácil ver meu peito que meu pé. Rá, como se eu tivesse algum peito pra ser visto! Fecha.
    Enfim, ontem eu acabei vindo embora tarde... e pegando um ônibus que me deixa meio longe de casa... cochilando, acordando desesperada achando que tinha chegado e descendo num lugar errado, bem lonjão... claro que veio um homem do saco, mentira, tava até arrumadinho) e me pediu dinheiro. Eu, chorando (tá, berrando):
    _Você acha que se eu tivesse dinheiro eu estaria na rua a pé a essa hora da madrugada?
    Ele, comovido (acho), me ensinou a achar uma avenidona que ia dar no meu bairro. E andei, andei, corri, corri e cheguei em casa tardíssimo... e o caminho aqui pra casa é ultra perigoso... mas tudo correu bem.
    Fiquei tão agitada que custei a dormir. 4h30’ da manhã de hoje, meu celular desperta. Dormi de novo e acordei em cima da hora. Arrumei correndo, deixei, claro, um documento importante pra trás e fui trabalhar num concurso. Já tenho super experiência em trabalhar em concurso, sempre faço isso, na verdade não tava fazendo isso muito porque ultimamente eu passei pro lado roxo-e-amarelo da força (foi a pior combinação de cores que consegui pensar): andei fazendo um bocado de concursos. Enfim, esse não fiz e fui trabalhar, com minha hora valendo uma 3 vezes o que normalmente vale. Dia inteiro, concurso de 2 etapas, 1ª de 8-12h e 2ª de 15-19h. Eu tinha que chegar lá 6h30’ da manhã. Lá na puta que pariu. Mas não era perto de mim, pois eu moro na puta que pariu do oeste, e a prova foi no norte. Acabei de descobrir isso, não tenho a menor noção de direção.
    Enfim, saí de casa as 5h20’ da manhã. Escuraço. Um homem fez psiu na rua, enquanto eu esperava a conexão (claro, tive que ir de 2 onibus...) Nem o culpei. Quem vê uma mulher na rua as 5h20 de uma manhã de domingo não pensa que ela está indo iniciar a jornada e sim que ela ta voltando de ontem, da guaicurus ou algo assim. Deixa.
    Cheguei lá cedo e descobri que eu ia aplicar prova com um completo estranho... a cara de Jesus (aquela imagem ocidental de cabelão, barba e olhos azuis a que estamos acostumados, só que com jeans, camiseta branca, óculos e all star). Pensei “não vou dar nem bom dia” e demorou, assim, uns três minutos pra virarmos amigos de infância. Legal demais o cara, nó! Inda bem, imagine passar um dia com um pelinha! Dei foi sorte.
    Nossa, as bolsas das meninas que tavam fazendo prova: lindas, tudo de lindas! A minha bolsa nova, verde loosho, pequena, com uma janaininha pendurada nem apareceu. A bolsa nova era pra ser da mesma cor da carteira nova, mas comprei separado e obviamente a cor ficou totalmente diferente, claro. Tinha uma do Gato Felix com um Gato Felix de resina pendurado, lindo. Tinha uma da Betty Boop também maravilhosa. Queria ver por dentro... devia ter falado que era parte do protocolo de identificação do concurso, ne? Fui burra.
    Enfim, parei de secar as bolsas quando Apolo entrou na sala (“Mas e o pai dos seus filhos?” “Quem, minha personal baleinha?” Sim, deletei instantaneamente...). Como assim, meus sonhos se materializaram? Como assim tudo que eu acho uma gracinha reunido numa pessoa só? Como assim? Peguei a identidade dele (era mesmo parte do protocolo de identificação do concurso, ta!) e quase caí de costa. Como assim 1988? Aquele não era o ano da minha formatura do pré, aquele em que eu apresentei Flash Dance? Como assim? Bom foi o meu NAI - novo amigo de infância - falando:
    _ Você vai pra cadeia, tá!
    Isso sem eu falar nada! Só pela minha cara – que, segundo a Thays, é de paisagem. Tá vendo como ele virou mesmo meu amigo de infância? Enfim, claro que parei de secar (mais ou menos) o menino de 19 aninhos, né. Mesmo por que, eu estava trabalhando. Mas vocês precisavam ver que boniteza!
    Enfim, passamos mal tentando adivinhar quem era mais burro, mais psycho e tal. Tinha um la que conferiu a prova umas mil vezes depois de ter passado o gabarito a tinta. Tinha um que deixava tudo cair o tempo todo. Tinha uma descabelada e de olho arregalado que quase me afogou com seus milhões de muito-obrigado quando eu a levei pra beber água. Ri muito.
    Vi uma gata (o felídeo, que fique claro) lambendo, literalmente, a sua cria. Ou, lindo demais! Acho que os humanos são dos poucos mamíferos que não fazem isso. Ai, Jesus, que comentário é esse? Volta, Ira!
    Aqui. Tô aqui, cansada, morrendo, com as pernas num banquinho pra ver se param de latejar, tendo um princípio de quebra-pau pelo msn (preguiiiça!), quase na hora de acordar pra ir pro trabalho amanhã, onde estou repleta de coisas pra fazer, e fico aqui escrevendo post até essa hora da noite. Paia.

    sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

    Carta pra Papai Noel



    Vou direto ao assunto: Pode escolher qualquer dessas coisas pra me dar, ou todas, não vou dizer que não quero tudo isso (não vou pagar de humilde agora, né!). Enfim, vá marcando o que for me dando, mas não pra não me dar as coisas duas vezes, é pra não pular nada mesmo. Taí:

  • quero ganhar na mega-sena

  • quero passar num concurso público sem estudar, para um cargo que ganhe muitos milhares de reais e que tenha quase nada pra fazer, pra eu ter muito tempo pra postar no blog de lá

  • não quero ficar doente nunca

  • quero morar com minha mãe ou sozinha

  • quero um vale compras de uns R$10.000,00 na Elvira Matilde ou na Cia. do Átomo

  • quero um caminhão de lactase pra eu comer o tanto de lacto-derivados que eu quiser sem passar mal

  • quero encontrar o pai dos meus filhos, por mais que eu não queira filhos

  • quero aprender a dançar direito

  • quero dormir 10h por noite

  • quero memória seletiva

  • quero disposição total, parar de ter preguiça de fazer as coisas

  • quero comer bem todos os dias (Bem não é exatamente valor nutricional, falo de doces, hambúrgueres, churrasco, massas e tal)

  • quero um teletransportador... ou entao um carro com motorista

  • quero um vale-livros de R$10.000,00

  • quero One Day Spa toda semana

  • quero fazer um curso de gastronomia

  • quero que toda vez que eu tirar dinheiro no caixa eletrônico venha R$ 230,00 a mais (sim, me inspirei na Thays)

  • quero fazer festa no meu aniversário (temática infantil, se possível)

  • quero ter tempo de ver tv

  • quero um tratamento completo para os meus pés no Dr. Scholl

  • quero um tratamento completo de pele na Anna Pegova

  • quero lavar e trançar meu cabelo na Iza toda semana (e não só nos fins de ano...)

  • quero um vale-viagem pra um lugar que ainda vou escolher

  • quero um presente surpresa à sua própria escolha (olha a noçaõ, hein!)


  • Papai Noel, não vou te mentir, não vou dizer que fui boa pessoa nem nada do tipo, mas não posso deixar de me gabar de que brilhei esse ano numa coisa que te atinge diretamente: não odeio mais os gordos, tá vendo? (Não todos, pelo menos...)

    Enfim, na hora de atender meus pedidos, por favor não leve em consideração minha cara nessa foto, viu? Isso foi há muito tempo atrás (precisamente 22 anos), eu ainda era jovem, boba e não sabia de nada. Agora eu acredito em você, viu? Prova disso é que cá estou eu, a essa altura da vida, escrevendo a minha primeira cartinha pra voce... não vá me decepcionar, hein!

    quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

    All i want for christmas is... you???


    Para:

    Santa Claus -

    FIN-96930 Arctic Circle -

    Rovaniemi – Finlândia 







    Querido Sinterklaas (papai noel em holandês..deeeer),

    Esse ano foi uma menina querida! Tá, nem tanto... mas eu tenho mesmo que aceitar pessoas esquisitas na minha vida e tilelês sem zoar???Noel não dá, não dá!
    Fui uma aluna aplicada...Tá, ok podia ter feito os meus trabalhos e ter estudado com maior antecedência...Mas, fala sério, aposto que o senhor também deixa os presentes para o mês (ou dia) anterior...fazer o quê se eu não tenho anões para fazer isso para mim??? (tá ai um bom presente...sem comentários Janaína!) Enfim, fui aplicada na medida do possível e vou até conseguir formar no tempo regularmentar!!!
    Fui uma filha e irmã...podemos pular esse tópico???Ahhh elas me fritam, sabem que sou estressada e não me deixam dormir ou estudar...Sério! Você, também, ficaria puto se estivesse, sei lá, vendo “What about Brian?” (nem vem... sei que é um dos seu prazeres culposos!)...naquele momento, “vou só ver isso depois volto a trabalhar/mereço relaxar um pouco”... aí um anão aparece para reclamar que o Rudolph de novo escondeu o corretivo facial, porque acha que aquela espinha no nariz é charmosa! Fala sério, podia esperar até acabar o programa, não?
    Fui pessoa melhor...fui!!! não??? Sério, quantas vezes já menti para o senhor nesse 22 aninhos???NUNCA!!! tá, mas foi só daquela vez... foi sem querer e niguém se machucou!
    Ah, quer saber? Desisto!!!
    Sim, continuei criticando a roupa e a imagem alheia, mas quem manda eles sairem daquele jeito de casa? Sim, continuei implicando com a Carol e com a Duda...não aguënta? bebe leite (me recuso a falar: “pede pra sair”...tropa de elite cansou, né?) Sim, tomei uma multa por excesso de velocidade, mas vou andar a 10km/h na Andradas às 22horas de quinta??? Sim, desafiei a autoridade dos meus chefes, mas quem manda eles me darem espaço???
    Humm...Perdi peso! Pelo menos isso deve contar como ponto pra mim, não???

    Enfim, nem peço muitas coisas esse ano...Gostaria de:

    • ganhar uma camiseta com anões...outra do free hugs...
    • morar sozinha por 2 semanas apenas...
    • viajar pra patagônia e ter um estágio/emprego na volta...
    • ganhar um macacão da TNG...
    • ganhar um Punto...ou um fiat 147...mentira! Quero um Vectra GT (aquele que “ou você anda na linha ou bla!”)! Aí minto! Quero meu Audi TT, um Smart Car e um New Beatle verde vômito...
    • ganhar o biquini perfeito...
    • ganhar uma tattoo, com um tatuador fodástico tipo Chris Garver...tipo não! Quero com o Chris Garver...
    • casar com um procurador-geral, só peço que seja novinho, com um ótimo senso de humor e, se achar que mereço, parecido com Jude Law...
    • ganhar uma montanha de enzimas que catalisam o alcool...
    • ganhar uma cafeteria pronta, só para eu entrar e mandar e desmandar...e cozinhar é claro(!)
    • ganhar uma bolsa par ao Culinary Institute of America...
    • ganhar 1 milhão de dólares...
    • entradas eternas para o Cirque du Soleil...
    • pantufas da Pucca...
    • um armário de all star ao lado do de amantes...
    • não quero, mas tá aceito...um pouco de humildade...argh!

    Acho que é só isso... desde já agradeço sua atenção...

    Zorionak ou Merii Kurisumasu (Feliz Natal em basco e japonês, respectivamente),

    Vaidade

    ps: viu como melhorei??? não ameacei pegar a mamãe noel, ou o rudoph, ou explodir os anões o fazer xixi na roupitcha antes do Senhor usar...aliás, nem critiquei o pijama vermelho esse ano...

    quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

    Ela é uma mãe pra mim



    Frases da minha mãe (ou lembranças da minha infãncia):

    _Finja que você tem educação!

    _Menina, você não tem mãe, não?

    _Você vai ver quando a gente chegar em casa!

    _Cale essa boca senão eu vou te dar motivo pra chorar, hein!

    _Por quê?
    _Porque eu sou sua mãe!

    _Por quê?
    _Porque eu estou mandando!

    _Coma todo o almoço, senão eu vou guardar seu prato no forno e você vai comer o resto frio na hora do lanche.

    _ Não peça nada na casa dos outros.
    _ E se eles me oferecerem?
    _Olhe pra mim e eu te aviso se você pode aceitar.

    _Não avance nos doces antes da hora na festa.
    _Mas os gordinhos sem mãe vão comer todos os brigadeiros antes da hora!
    _Coma os olhos-de-sogra, então!

    _Mãe, olhe aqui, pra eu te contar um negócio.
    _Pode falar, eu escuto é com o ouvido.

    Ah, tem a clássica:
    _Compra mãe?
    _Compro!
    E não comprava nada. Acho que era só pra eu calar a boca. Só acho.

    _Eu não tenho pé de dinheiro! Ate plantei uma moedinha, mas ainda não nasceu!

    Essas começaram depois de grande:

    Eu ligando pra casa dela, depois de uma semana sem falarmos:
    _Oi, mãe, tudo bem?
    _Beleza, mas eu vou ter que desligar pra me arrumar pruma festa, tá, tchau.
    Tu, tu, tu...

    Ou então (no dia em que não tinha festa e ela me deixou contar da minha festa):
    _Aí, foi né, e aconteceu a parte mais legal da história!
    _Entao tá.
    _Então tá o que?
    _Vou desligar, cansei de falar ao telefone. Tchau.
    Tu, tu, tu...

    Ela botando fé nos meus relacionamentos:

    Um dia ela vira do nada e fala:
    _Escuta, fiquei pensando, aquele cara que você namora não é gay não?
    (Meses depois:)
    _ Escuta, fiquei pensando, aquele cara que você tá gostando não é gay não?
    (Na mesma semana, depois que ela conheceu um grupo peculiar de amigos meus:)
    _Você tem algum amigo que não é gay?
    (Sim, ela tem fixação com esse negócio)

    Essa foi semana passada:
    _Mãe, você acha que eu compro protetor solar em creme ou em spray?
    _Em spray, né, anta! Como você vai pedir pros meninos passarem o negócio em spray nas suas costas na praia?
    _Ah, é, né...
    _Nossa, mas tenho que ensinar tudo pra essa menina!
    _Tem, ué, por que eu estou há muito tempo fora do mercado.
    _Tá mesmo.

    Ela me chamando de volta pra realidade:

    _Aí eu vou juntar dinheiro e comprar uma casa, aí você vem morar comigo.
    _Eu não, não vou morar em Belo Horizonte não! Credo!

    Ela valorizando o meu físico e as minhas roupas:

    _ Fulana tá com um problema, ela não tá conseguindo amamentar o filho, porque o peito dela não tem mamilo.
    _Ai, que bom, não vou ter filho então!
    _Por quê?
    _Por que meu peito não tem mamilo, ué.
    _Pff, seu peito é só o mamilo.

    (Ela me deu um presente)
    _Oba, calcinhas!
    _ É, mas é pra você jogar fora todas aquelas horrorosas que estão na sua gaveta!

    _Minha filha, penteie esse cabelo!

    _ Nossa, você fica bem com roupa de mulher!
    (Só porque eu saí de saia)

    _Nossa, mãe, to com uma dor aqui!
    _ Fale, Maria das Dores.

    _Tô bonita, mãe?
    _Hahahahaha!

    Tapa na bunda dela (de leve, claro)
    _Nossa, mãe, sua bunda tá durinha, hein!
    _Né durinha não, é normal.
    _É durinha sim, olhe a minha como é mole!
    Ela aperta a minha.
    _Nó, é mesmo!

    _Tenho que fazer a sobrancelha e depilar o buço.
    _ Buço é o quê? Bigode? Mas você não tem bigode!
    _Tenho sim, aqui ó!
    _Nu, tem mesmo! Eu não tenho isso não, você puxou o seu pai!

    Bruxa! Por isso que eu fiquei assim, ó! Puxei!
    Tô brincando, adoro minha mãe. Mesmo. Ela é muito legal, amigaça, só que ela fala a verdade. E o não dela é não mesmo, só isso. Não um peça-mais-um-pouco-que-vira-um-sim.
    Ela é uma ótima mãe, mais pra rigorosa que pra melosa, mas eu aprendi a conviver com isso também. E hoje ela é minha melhor amiga, mesmo de longe.

    Beijo, mãe! (Como se ela fosse ler isso...)
    Beijo pro Sílvio Santos também, que faz aniversário hoje (li no Super... Sim, eu leio Super...)

    P.S.: Tô preparando a minha cartinha pra Papai Noel, com uma listinha de presentes de Natal. Tá todo mundo escrevendo também? Não me deixem pagar esse mico sozinha, hein! Por favor! Inda mais agora que tenho sérias razões pra crer que Papai Noel tá lendo esse blog...Depois eu conto pra vocês.

    terça-feira, 11 de dezembro de 2007

    Voltei



    Oi, voltei.
    Não estou mais doente. Constatei mais uma vez que a gripe só dura 7 dias mesmo, por mais forte que seja.
    Não estou mais triste. Não aconteceu nada especial pra acabar com a minha tristeza, ela só acabou, prescreveu mesmo, acho.
    Sabe aquele papo de “dói, mas passa”, “o tempo cura tudo” e “um dia você ainda vai rir disso”, que quando alguém fala, você tem vontade de esganar? Acho que foi meio isso.
    Enfim, não ganhei na mega-sena, não encontrei o pai dos meus filhos (e nem quero falar disso hoje, prometo um post inteiro depois), nem nada disso, só estou melhor.
    Continuo apertadíssima no trabalho (auditoria de final de ano e tal), só que o computador da minha casa finalmente chegou e agora posso passar a noite redigindo posts ao invés de dormir. Que jóia!
    Deixe eu ver o que aconteceu desde a última vez que escrevi aqui... Provavelmente um monte de coisas, eu é que não vou lembrar.
    Hum, assisti Closer de novo, na tv, O Espanta Tubarões de novo (amoo aquele tubarão gay!), li o último livro traduzido da Marian Keys que roubei da Thays – Los Angeles -, fui à feira hippie (Hippie? Ahã!), encontrei Carolina, minha amiga querida que me dá menos idéia do que eu gostaria, mas que, um dia, se tudo certo, virá a ser minha rommate e teremos todo o tempo do mundo pra passarmos juntas... espero que não seja demais...
    Andei de moto – já contei que morro de medo de moto? Pois morro. Da última vez que dei uma voltinha de 400m, vomitei de medo quando parei. – Enfim, ontem andei e nem vomitei. Agarrei o piloto – no caso, o Bartô – tanto, que não sei como ele não gritou. Eu, ele e a Gau passamos o dia com cerca de 250 adolescentes (eca!) pra dar uma aulinha de forró que nem ibope deu. Mas foi legal, dancei um monte, ri muito e comi como se não houvesse amanhã. Até parece que não faço isso quase todo dia, mas não preciso comentar, né. Coisinhas curiosas do dia de ontem:
    - todos os adolescentes presentes chamavam-se Zé. Diálogos comuns:
    _Zé, cê vai lá, Zé?
    _Dá pa mim não, Zé.
    Que medo!
    - dancei uma música imensa, rapidona, de mais de 8 minutos com um estranho que super tem a manha. Quase morri, fiquei arfando e com dor na barriga, mas brilhei ao não pedir pra sair. (Posso até ser a única pessoa do ocidente que não viu Tropa de Elite, mas já sei todas as tiradinhas, tá!)

    Mais coisas boas que aconteceram

    Todos os meus alunos particulares de matemática passaram. E eu nem os ameacei com meu lança-chamas da morte. Nem todos, hehe. Só pedi encarecidamente pra eles passarem e eles atenderam. Lindos! Ah, todos passaram, estão todos de férias, mas nem todos me pagaram ainda, claro. Vacos! Mas tô reclamando de barriga cheia. Nunca fechei um ano tão tranqüila em termos de grana. Vai dar até pra viajar (ó!) sem ficar devendo (nó!).

    Pequeno ataque de feminismo

    Não sou feminista. Nem um tiquinho. Na verdade, se eu achar as otárias que queimaram os soutiens, eu taco fogo é no cabelo delas.
    Mas ontem tive que dar uma abraçada na causa.
    Discutíamos eu e um menino sobre cachorros inteligentes do cinema (Benji, Rintintim, Milo do Maskara e tal) quando eu citei a Lassie. Ele:
    _ Não, a Lassie é burra, ela é fêmea.
    Fedaputa, empurrei ele no chapisco. Bem feito!

    Mistério da fé

    Por que as pessoas que gente gosta ficam umas gracinhas fofas no dia x e parecem que foram possuídas pelo capeta no dia x+1?
    Não, não quero mais nenhum amigo bipolar de presente de Natal. Já deu, né, Papai Noel? Tem dó. E olhe que eu nem gosto de Natal. Meu aluno me chamou de Grinch outro dia. A culpa é de Papai Noel, que nunca me atende.
    Falando nele, proponho a todos para escreverem suas cartinhas de pedidos de Natal. (Ouviu, THAYS?) E postarem. Nos seus blogs. Claro, aqui não é a casa da Mãe Joana. E quem fizer piadinha com o fato da minha mãe se chamar Joana morre. É sério.

    quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

    Isso é que é



    Isso é que é intimidade com a arte:

    Eu infelizmente não tive o prazer de participar desse diálogo, mas ele me foi contado e vou reproduzi-lo. Eles conversavam sobre esculturas:
    _ Qual é mesmo aquele do pintinho?
    _ O Davi, de Michelângelo...

    Isso é que é otimismo:

    Thays, toda vez que tira dinheiro no caixa eletrônico, lamenta:
    _ Ah, veio certo!
    Um dia, eu:
    _ Por acaso você queria que viesse errado?
    _ Sim, para mais!

    Isso é que é... ah, não sei o nome disso:

    Você está triste. Você, no caso, pode ser qualquer pessoa, tá... inclusive eu. Enfim, você está triste. Seu Amigo percebe (É, não é a todo mundo que dá pra enganar chorando no meio da gripe...). Depois de ensaiar um monte, você conta a ele o motivo da tristeza. Daí tudo fica melhor, mas você volta a chorar. Porque ele fala uma coisa tão gracinha e te dá um abraço tão gostoso que você chora de alegria por tê-lo por perto.
    Você odeia chuva, mas vai embora pensando: “Tomara que chova sempre que estivermos andando juntos pela rua, só pra dividirmos o guarda-chuva... além das histórias”.

    Sim, continuo melancólica. E se eu sumir por mais uns dias pode ser porque estou triste, ou doente, ou super atarefada no trabalho. Qualquer das três serve, porque são todas verdade.

    Não estou sabendo terminar esse post, mas ele vai ficar assim mesmo.
    Tchau.

    sexta-feira, 30 de novembro de 2007

    Cavalheiros alunos coleguinhas (Ou papos peculiares que aconteceram nas aulas de dança de ontem)


    Não vou falar mal dos cavalheiros. Já fiz isso hoje, comentando no blog alheio.

    Aluno legal de dança de salão falando:
    _ Tem muito tempo que eu não pego não seu pé, né?
    _ É. [Muito tempo? É, desde a aula passada, quando você me zoou meia hora por ter te pegado como cavalheiro...]
    _ [Minutos depois] Tô pensando em te dar uma blusa, sabe. Você só vem com essa blusa vermelha!
    _ [Horrorizada] Mas isso é como se fosse um uniforme! Eu tenho um monte de blusas dessa!
    _ [Com preguiça] Eu tô brincando...

    Chega sozinho pra aula um cavalheiro que sempre chegava acompanhado de sua mulher/namorada/seja-la-o-que-for. Eu:
    _ Cadê a fulana, não vem hoje?
    _ A gente não tá mais junto.
    _ [Silêncio constrangido] Ah, mas nem pra dançar?
    _ [Silêncio permanente]

    Coisa super ótima aconteceu ontem. A partir de uma conversa. Com um aluno. No meio da aula. Tudo de bom! Me deu mil idéias e desencadeou meu espírito planejador de novo. Depois eu conto, vou ter que encontrar o Fernando primeiro, porque o envolve diretamente. Enfim, durante a conversa, eu estava empolgadíssima. Vira uma pessoa da equipe:
    _ Vão dançar?
    _ Ah... Não!
    _ [Como se não acreditasse] Você não vai fazer aula?
    _ Não, tô tendo a conversa que vai mudar a minha vida aqui primeiro.

    Vou contar. Depois.

    quinta-feira, 29 de novembro de 2007

    Não, eu não vivo disso



    “Você demora muito a atualizar seu blog!”
    “Quero um post novo!”
    “Que dia você vai escrever no blog?”

    Preciso comunicar a todos que eu tenho outras atividades além de ficar debulhando a minha vida aqui. E as outras atividades são, como é que eu posso dizer... ah, remuneradas!

    Longe de mim ser uma capitalista selvagem, mas é que tem umas coisas de que eu gosto e que simplesmente têm preço!

    Adooooro escrever, adoro esse blog, tô até economizando dinheiro com a terapia contando meus auto-babados pra vocês de graça, mas não dá.
    Não dá pra escrever todo dia. Às vezes até dá pra escrever, mas não dá pra publicar.

    Mas dependendo eu posso pegar a idéia de um amigo meu, que diz que vai pegar cada “eu te odeio” que eu falo e converter em euros. Tadinho, vai ficar rico! Conto pra ele que eu o amo? Não, né. Inda mais que já fui informada que um “te amo” não anula um “te odeio”. Entendi, igual na vida, né? É.
    Enfim, dependendo, se alguém quiser converter cada post meu em libras, aí, quem sabe eu paro com essa bobeira de acordar cedo e trabalhar e passo o dia postando, vivendo só disso.

    terça-feira, 27 de novembro de 2007

    Inspiración



    Fui ontem a um show de flamenco. Não, não morro de amores, mas é que uma das pessoas que se apresentou é minha amiga há 15 anos e arrumei excelentes companhias pra ir assistir. 4 pessoas lindas, 2 dos quais eu já conheço há muito tempo e amo muito e outros 2 recentemente conhecidos, mas tão gracinhas que já gosto também.
    Comecei chegando em casa um pouquinho mais cedo que o habitual e vi o final da Sessão da tarde, tudo de bom. Saí, tive a rica experiência de encontrar uma louca no ônibus (um dia eu conto aqui, num apanhado dos loucos dos ônibus que eu pego). Consegui sair com uma bolsinha pequenininha, mais chique do que o embornal tamanho jumbo que costuma me acompanhar. Daí eu lembrei por que: não coube nada na bolsa! Tá, coube quase tudo, exceto a sombrinha. Ah, mas não devia chover, né?
    Imbecil que eu sou. Antes de descer do ônibus, começa o toró. Eu, a despeito de toda a minha “tosquice” interior, estava de cabelo escovado, o que significa que não podia tomar chuva de jeito nenhum. Desci do ônibus de um pulo e corri como um felino etíope pra debaixo da marquise mais próxima. Até que surge um menino na minha frente de repente dizendo: “Sombrinha, moça?” Depois de engolir o chiclete de susto, tive que comprar a porcaria da sombrinha.

    Ah, é, o show. Linda a parte do flamenco, linda a dança, os figurinos, tudo ótimo. Adorei até o sapateado (não sei como chama na versão flamenca).
    Minha amiga só dançou uma música, a quinta ou sexta, e eu quase perdi, porque lá pela terceira já tinha desistido de achá-la. Mentira, nem foi. E tava lindo.
    Um problema gravíssimo: entre uma e outra dança flamenca, tinha uma dancinha do ventre. Sangue do cordeiro, como eu odeio dança do ventre! Enumeração de motivos:
    - Banalização de um ritual sagrado de fertilidade
    - Ventres demais à mostra
    - Ventres obesos e balançantes que me dão medo
    - Raríssimas pessoas que dançam bem
    Ou, os barrigões que vi lá me assustaram. Tá, não sou nenhum exemplo, mas a minha pança fica bem guardadinha. Se eu dançasse um negócio desses, não ia comer nada, nunca.
    A única mulher que dançou a dança do ventre legal, descobri depois que era a professora. Teve umas lá que estavam dançando pagode, tenho certeza (tem um amigo meu que fala que isso chamar pagode é uma blasfêmia, devia chamar paDevil). Horroroso demais. Fora que dava pra ver que não foi ensaiado direito.
    Passava mal rindo das meninas. Tivemos que criar apelidinhos carinhosos pra todas, só pra facilitar a comunicação: falar “a de rosa”, “a da esquerda”, tava ficando complicado, então batizamos algumas, como a Jose(lita), a Rogéria (sim, aquela transformista) e a Mad (gente, igualzinha ao mascote da revista Mad, lembra? Creimdeuspai!) Teve uma dança que o figurino delas parecia camisola, ninguém merece. Eu ria tanto que fiquei preocupada em desconcentrar as meninas do palco. Perguntei: “Será que dá pra elas verem a gente rachando os bicos aqui?” Estávamos numa das primeiras fileiras, né. Resposta: “Não, não dá não, não dá pra enxergar nada”. Música seguinte era a da minha amiga e ela piscou pra gente lá do palco. Putaqueopariu.

    Deixe eu ver o que mais... tudo em que estou descendo a ripa é da dança do ventre, tá, não tenho nada pra falar mal do flamenco, e não é só porque a Ana tava dançando, tava legal mesmo. Excelente.
    Ah, coisas:
    - Nunca mais reclamo que falta homem na dança de salão. Nussa, umas 40 mulheres e um único homem! E que dança bastante afetado, por sinal. Sei o que vocês estão pensando: não, ele não é gay, já procurei saber:)
    - Nó, dança flamenca parece ser um excelente exercício pras pernas, especialmente joelhos e pés
    - A bateção de palmas que o povo (inclusive a platéia) arruma deve ser bom pra alguma coisa também, mas me recusei a ajudar. Preguiça...
    - O povo é ninja demais, eu quase dou um nó nas minhas pernas tentando fazer atrás e à frente e as meninas dançam e sapateiam segurando saia, leque e castanhola. E ainda riem!
    - Tiveram uns gritos legais durante o espetáculo, tanto dos dançarinos como de alguns da platéia, coisas como “Olé!” e “Arriba!”. Claaaaro que ajudamos ao nosso modo, berrando “Carai!” e afins.

    No fim da noite, fomos comer algo light, devido ao adiantado da hora: um rodizinho de massas, só. Os refris e as sobremesas foram conseqüência.
    Saindo do restaurante, recebi a mensagem mais fofa ever. Não dá pra descrever aqui agora, ta ficando muito grande esse post...
    Na hora de ir embora, Ana foi me levar em casa e eu, é, não sabia o caminho. Não soube que explicação dar para o lapso:
    ( ) Mudei praqui há pouco tempo
    ( ) Só venho pra casa de ônibus
    ( ) Estou sempre lendo ou dormindo enquanto estou no ônibus
    (X) Sou retardada
    Viu, não precisa de ninguém queimar o meu filme, eu sou auto-suficiente nesse aspecto.

    segunda-feira, 26 de novembro de 2007

    Os embalos de sábado à noite


    Baile do Quiosque

    Sábado teve baile.
    Foi o baile de que mais gostei até hoje. Mentira, eu não falo isso em todo baile!
    Nesse eu tive vários daqueles insights do tipo momento mágico.
    Acho que foi a primeira vez que notei um upgrade na minha dança, desde que comecei com isso. (Cavalheiros que lêem esse blog, se discordarem, por favor não se manifestem). Motivos:
    - Adorei 100% das danças, inclusive as dos ritmos de que não sou muito fã;
    - Fiquei menos tensa, menos preocupada em tentar adivinhar as conduções, e só por isso acho que errei menos;
    - Dancei com vários desconhecidos e deu tudo certinho ainda assim;
    - Dancei um samba rápido com meu ídolo e deu pra ficar tranqüila e fazer (eu acho) tudo que ele conduziu, sem cara de como assim. Depois vou ver se consigo um personal feedback e conto aqui se o parecer dele bate com o meu.
    Esse tipo de coisa leva a auto-estima da gente lá pra estratosfera, né. Aquela coisa meio poliânica, tipo: “tenho todos os problemas do mundo, mas pelo menos estou aprendendo a dançar...”
    Até pus no MSN hoje: “Terapia o caramba, faça aula de dança de salão!”
    Dançar por si só já está mesmo ficando gostoso. E ainda tem umas outras coisinhas deliciosas que só a dança de salão faz por você, tais como:
    Chamar um cavalheiro pra dançar e notar que ele ficou realmente feliz (por dançar ou por ser você ou por dançar com você, tanto faz)
    Ao final de uma dança, ele pedir: “mais uma”
    Ou então você falar “mais uma” e ele quase explodir de alegria. De novo.
    A música acabar e o cavalheiro não soltar o abraço.
    Ele terminar sorrindo (não rachando os bicos, claro)
    (esses dois últimos adaptados do depoimento do Haroculo)
    Mensagem de “por que a gente não dançou?”. Bem que eu tentei dançar com todo mundo, cheguei ao baile cedo e fui embora tarde, não sentei quase hora nenhuma, mas simplesmente não consigo, só consegui uma vez dançar com todo mundo de um baile. Difícil.

    Cavalheiro-Blogueiro

    Eu dançando com um cavalheiro, me divertindo um monte, ele olha pra mim e fala:
    _ Você não vai botar no blog amanhã que eu danço mal não, ne?
    Eu:
    _ Claro que não!... Mas tô preocupada com a mesma coisa.
    Ai, essa vida dupla acaba me matando!

    Grilo pulante

    Não, isso não é um erro de grafia. Tinha gente lá que tava pulando que nem pipoca. Fiquei com medo. O que só faz confirmar minha opinião de que felicidade em excesso faz mal.

    A fila

    Estou no fim do baile feliz e contente na fila kilométrica pra pagar (sim, essa é a parte ruim do baile) e chegam dois meninos tentando furar a fila. Na minha frente. Não, nada de ficar em pé esperando, apesar de cortar o caminho. Falaram cara-de-pau-mente pra mim, entregando as comandas: “Jana, pague pra mim?” Dó desses meninos que acham que amolecem corações com sorrisos. Belo sorriso, é verdade, mas eu teria que ter um coração pra amolecer. Virei pra trás e falei bem alto pro resto do povo da fila:
    _ Gente, vocês permitem que esses meninos passem na frente de vocês na fila?
    Sim, porque não era só na minha frente que eles iam entrar, era na de todo mundo que estava de mim pra trás. Mesmo eu tentando explicar isso mobralmente pra eles, eles ficaram de mal. E daí, né? Fazer o que, é o preço que se paga por ter o mínimo de educação e respeito.

    Revisão

    Melhor do que ir pro banheiro do quiosque comentar tudo o que tava rolando no baile (nem deu tempo, preferi dançar mais) é ir dormir na casa da amiga e ficar falando até... “Hã... o quê? Ai, desculpa, cochilei!”

    Versinho saboroso, em homenagem ao baile:

    “Vai ter uma festa
    que eu vou dançar
    até o sapato
    pedir para parar.
    Aí eu paro,
    tiro o sapato
    e danço o resto da vida.”
    Chacal


    sexta-feira, 23 de novembro de 2007

    Mil demônios



    Acabou a alegria da manhã.
    Dizem que as desgraças sempre vêm em 3. Pois bem, até a hora do almoço, já contabilizei umas 300.
    O dia começou feliz e radiante quando um aluno meu me pagou. Com um cheque (argh, odeio cheque, coisa maldita!). Gosto de dinheiro, cash, pra gastar agora, não pra depositar e sacar só daqui a 72h úteis – o que, numa sexta-feira, significa daqui a 2 vidas. Então tive a idéia brilhante de ir até o banco. A agência mais próxima desse banco é longe, bem longe daqui. Saí 40 minutos antes do almoço e fui de ônibus. Cheguei lá, peguei a fila e chegando no caixa, qual a surpresa? O cheque estava cruzado. Não basta pagar em cheque, tem que cruzar a porcaria do negócio? Obviamente não tenho conta naquele banco xinfrim e tive que vir embora com o cheque. À tarde vou depositá-lo no meu querido Banco do Brasil, que é aqui pertinho. E rezar pra que tenha fundos.
    Saí do banco e já era meio-dia. Voltei correndo, já que tinha que dar aula meio-dia e meia. Correndo, assim, de ônibus, né. Cheguei a tempo, mas o enrustido mirim pra quem dou aula fez o favor de não aparecer. E não me avisou. E só descobri que ele não ia porque EU liguei pra ele. Ah, mas ele vai me pagar essa aula! E os créditos do meu celular que gastei com ele, ah vai!
    Depois disso, achei que merecia um almoço bom. Fui numa churrascaria bacaninha que tem aqui perto. Tudo seria ótimo, se o garçom com aquela mão que parecia o pé de um hobbit não tentasse abrir minha lata. Sim, tomei refrigerante. É a nova birita, não sabiam não? Então. Tive que travar uma verdadeira luta pra tomar minha lata da mão do sujeito. Droga.
    E a maquininha de pagar com cartão? Enguiçada, claro. Gastei dinheiro com isso, não acredito.

    Não, não está tudo dando errado. Sério. Nesse meio tempo, encontrei o Rafael, pessoa linda que eu adoro, mas que vejo muito pouco. Mas acho que agora vai ficar mais fácil encontrá-lo, porque ele enfim comprou um celular.

    Por falar em coisas desagradáveis que me acontecem, acabei de lembrar de mais uma. Não é de hoje, mas está me incomodando até agora.
    Acho que aquele negócio que a Thays falou outro dia da minha cara de paisagem é sério mesmo. Outro dia ganhei uma camiseta linda, personalizada, de uma pessoa que adoro, fiquei toda toda felizinha com o cuidado, mas fui acusada de ter feito cara de que não gostei. Como é mesmo a cara que tenho que fazer? As pessoas podiam prestar mais atenção na minha fala e menos na minha cara, né. Seria mais fácil pra todo mundo. E se eu nao tivesse sobracelhas, como é que ia ser? Aí mesmo é que ninguém nunca ia conseguir desvendar minha expressão (idéia copiada de outro blog).

    Mau humor? Eu? Imagina!
    Bom, deixe eu voltar a trabalhar, então. Foi bom desabafar aqui.
    No fim do dia, pretendo ir a um evento do Festival de Arte Negra. Se não cair um raio na minha cabeça antes.

    Noites Tropicais e otras cositas más


    Sim, sumi.
    Não, não estou desistindo do blog, só estou ultra ocupada essa semana.
    Mas vamos ao que interessa. Não se assustem com a quantidade de coisas, tenho muito pra contar hoje.
    Finalmente terminei de ler o Noites Tropicais, livro que ganhei às vésperas do dia da criança, como já contei. Mais de um mês pra ler 461 páginas, tô no fim da carreira, mesmo. Se bem que esse livro não é muito de devorar, é mais de saborear mesmo. Recomendo fortemente. Excelente o livro, lindo, ótimo e, o mais importante, ganhado de alguém que eu amo muito.
    Bom, por onde eu começo?
    Pela minha ignorância: nunca tinha ouvido falar desse livro (parece que fui a última pessoa do mundo a saber dele) e nem do autor.
    Virei fã do Nelson Motta! O cara é tudo no mundo da MPB, compôs músicas como “Dancing Days”, “Como uma onda” e “Bem que se quis”, produziu artistas que eu adoro, tipo Tim Maia, Lulu Santos, Marisa Monte e outros, e ainda criou uma das séries clássicas da minha infância, Armação Ilimitada (lembra do Juba e Lula?). O cara é meu herói!
    Como assim ele foi ao casamento da Elis Regina, depois ela foi madrinha do casamento dele e depois ele teve um caso com ela? Passei mal.
    Inclusive, altamente pegador o sujeito, pegou pelo menos umas 6 famosas.
    Super mistura boa de história da MPB com contação de babados. E ainda com contextualização política. Adorei. Muito.
    No livro achei dezenas de palavras que precisei olhar no dicionário e aprendi outras tantas que adorei tanto que vou começar a usar.
    Tem uma música do Raul Seixas que o autor cita no livro, mas não tô achando de jeito nenhum, nem no Google. Ela diz: “o teu sorriso me acordou mais do que mil manhãs”. Achei uma gracinha. Quem conhecer a música, me passe, por favor.
    Gostei de ver a idolatria do Nelsomotta - como Tim Maia o chamava - por João Gilberto. Tem até uma frasinha que ele colocou que ri demais: “João Gilberto era nosso pastor e nada nos faltaria”.
    Claro que essa não foi a única frasinha de que gostei. Peguei mais umas, bem pouquinhas, de umas só uns trechinhos. Estão aqui.

    Que mais aconteceu nesses dias:

    - Quebrei meus próprios preconceitos de imagens construídas sobre duas pessoas e me deixei começar a aproximar delas. Surpresa boa: adorei as duas!

    - Quebrei minha cara confiando em gente que eu estava até começando a gostar, mas que comecei a ter preguiça por várias coisas desagradáveis que vieram acontecendo... E não posso esquecer de informar pra pessoa...

    - Estrelinha da semana (pra mim, claro!): Minha mãe sempre falou que se eu me calasse mais, as coisas seriam mais fáceis. E quem disse que eu consigo? Assim, não conseguia, porque dia desses a pessoa A (sim, conto o milagre sem contar o santo. Santo? Pfff... tá, o autor da asnice) disse uma coisa muito, muito joselita sobre si mesma e eu consegui me abster de qualquer opinião. Logo depois, recebi um elogio da pessoa B: “Adorei o seu silêncio!” Tadinha, nem imagina como dá pra ser filha da puta em silêncio...

    - Vacilinho: Tem um dia da semana na minha escola de dança que é mais hard que os outros: não só faço todas as aulas entre 18h e 22h30’, como tenho contato com umas pessoas pelas quais não morro de amores. Nada sério. Eu me comporto, convivo, danço com eles, profissionalismo e tal. Mas, enfim. Estou eu nesse dia saindo do trabalho às 17h pra ir pra escola e o único segurança mais ou menos apresentável do meu trabalho faz uma despedida amável:
    _ Bom descanso!
    E eu, idiotamente:
    _ Descanso?! Pois agora é que eu vou começar a trabalhar!
    Bura, bura, bura. Aposto que agora ele acha que eu tava indo pra Guaicurus fazer programa, aiaiai...

    - Um amigo foi visitar minha escola de dança. Me viu dançando (ai!). Comentário: “Você dança muito séria, de cara fechada!”. Um dia um professor (não, não é o Grilo) me falou que eu danço com cara de prova de matemática. Quem dera se dançar fosse fácil como matemática... Faço prova de matemática rindo de orelha a orelha: tudo tão lógico, coerente, previsível... Mas da próxima vez que eu for dançar (com alguém observando), antes vou puxar os cantos da minha boca em direção às têmporas e passar bastante laquê. Assim ninguém vai ver meu esforço. E, de quebra, ainda saio bonita na foto.

    quarta-feira, 21 de novembro de 2007

    Por que eu A.DO.RO! gente doida e velha... se for da belas artes então, apaixonei!!!

    Eu ia relatar como eu estou aumentando minha coleção de canecas roubadas de bares...Atenção para roubadas!
    Não, eu não corro porque não dá para ser elegante e correr ao mesmo tempo, mas roubar canecas de bares...ok, minha consciência permite!

    Mas, enfim, não vou falar sobre isso agora porque tive um momento surreal que merece ser comentado... Trabalho de trainee num núcleo que, basicamente, produz vídeos e spots de rádio para tv e rádio da UFMG. Como é um núcleo novo, não tem uma demanda intensa, então passo parte do dia fazendo nada. Além disso, não tenho um chefe que fica do meu lado o tempo todo. Na verdade, fico a maior parte do tempo solta, bananando.... Na maior parte do tempo não sei como devo tratar certas pessoas...Se devo ser mais formal, se posso ter mais intimidade etc.

    Agorinha, fui falar com um mulher que trabalha aqui. Detalhe: ela deve ter uns 40 anos, deve morar com a mãe e.... usa trança!!! Vamos combinar: quando chega uma certa idade não dá para usar o cabelo comprido!Pior se for no meio das costas! Não dá! Bial, não dá!

    Bem, fui lá com aquele sorriso de “vou pedir um favor”... Estava decidida: “ela TEM que fazer as ilustrações para mim!!!ela tem que fazer...seja simpatica Thays!” Afinal minhas habilidades se reduzem ao palitex! Puxei uma cadeira, sentei ao lado dela com meu roteiro e meu pseudo-storyboard. Calmamente, expliquei como a gente precisa das ilustrações para ontem... Apresentei meu storyboard e na hora que mostrei ganhei um “que lindo!” Sério??? Lindo??? Tem certeza??? “Olha só tem até cabelinho...que gracinha!” - ahhh me senti um monet!!

    Ahhh...eu tinha que falar com o fulano...mas não lembro o que era...ai!” - momento de pânico: só o que me faltava ela vai falar que não dá mais e vou ter que usar o palitex! Aí ela lembrou...ela tem um amigo palhaço! Pensei nas mil piadas possíveis! Minha vida seria o.te.ma. se eu conhecesse alguém que é amigo de palhaço!

    Voltando...Continuei explicando... No maior profissionalismo ever! Aí ela me falou como eu estava realizando um sonho, porque ela sempre quis mexer com animação, mas que a gente tem que ter paciência com ela e etc... “Ahh tudo bem...eu também não sei muito e quero participar de todas as fases...” Aí ela me abraçou...Sim, ela me abraçou do nada!!!! ME abraçou! Eu no maior profissionalismo fiquei parada, congelada! Diálogo interno:

    - Faz alguma coisa! Faz alguma coisa!
    - O quê?
    - Sei lá! Puxa a trança!
    - Ah claro...aí ela dá um grito no meu ouvido!
    - Morde ela...
    - De novo... grito e ouvido..
    - Então você sabe o que fazer...vai lá...

    - Ahhh nãooooo!

    Abracei ela!!! Sou de São Paulo...Nada calorosa e abracei a mulher da trança no meio de uma reunião de serviço...Ai jesuix!!!

    No final, pensando bem, adorei a mocinha da trança...super calorosa...
    e eu estou doente/cansada/tivequeusaróculosontemparaler (portanto estou me sentindo péssima hoje!)...enfim estava precisando de um abraço...ahhh adorei! Na verdade amei minha nova amiga que fez belas artes em 1790 e tem um amigo palhaço...

    sexta-feira, 16 de novembro de 2007

    Mudei


    Não, não comecei a ser simpática com todo mundo e nem a gostar de criancinhas. Só mudei de casa mesmo.
    “Só” faz até parecer que é uma coisa pouca, né. Não dá a menor idéia do horror de caixas, sacos, noites em claro arrumando tudo (pra mim, que em geral só fico em casa de 23 às 7h...), bagunça, achar e perder coisas. Nó, preciso falar disso:

    Achar coisas
    Toda hora eu escutava (ou falava):
    _ Nossa, como assim eu ainda tenho isso?
    _ Oba, meu não-sei-o-quê!!!
    _ Gente, mas eu jurava que tinha dado isso pros outros...

    Perder coisas
    _Cadê aquela blusa assim, assim? Eu juraria que ela estava aqui.
    _ Ih, pensei que a minha saia fosse aparecer quando eu arrumasse a mudança, mas parece que não...
    E a campeã de incidência:
    _ Alguém viu o outro pé da minha meia?

    Que povo inocente, não canso de repetir a velha fórmula:
    3 mudanças = 1 incêndio nas suas coisas
    Eu sei disso melhor que ninguém, pois já estou na minha 8ª mudança. Ruim demais.
    Minhas coisas já estavam até mais ou menos arrumadas, claro, não foi uma fuga, foi uma mudança planejada. A madrugada de terça pra quarta eu passei arrumando as roupas. Quarta, obviamente, fui trabalhar igual um zumbi, claro que não tenho mais idade pra virar noites em claro (como se algum dia eu tivesse aguentado...). Na quinta, feriado, levantamos às 7h depois de dormir no chão e fizemos a mudança. Os mudanceiros naquela moleza e eu impaciente, pensando: “Se Deus existisse mesmo, ia criar um “personal mudanceitor” que ia ser assim: os mudanceiros teriam uma técnica ninja com a qual entrariam em casa com a gente dormindo e, sem fazer nem um barulhinho, fariam toda a mudança: tirariam os móveis da casa velha, levariam pra nova, colocariam tudo no lugar, só aí acordariam a gente pra ir”. Eu nem estava pedindo um teletransporte, iria de taxi numa boa!
    Enfim, já colocamos quase tudo no lugar, devemos terminar hoje.
    Acho que vou poder dormir no final de semana, porque o povo lá de casa vai viajar pra uma cerimônia da religião deles lá. Uma religião meio diferente que eu mesma pratiquei por 10 anos. Mas isso é assunto pra outro post.
    Só um parêntese: Falar “Fiz isso por 10 anos” ou “Te conheço há 20 anos” soa tão senil, né? Fecha.
    Enfim, vou poder dormir muito no final de semana, a despeito das 8h de aula de dança que vou fazer no sábado (8? É, de 10h30' às 18h30') e do almoço na casa de uma amiga a que vou no domingo. Mas tá bom.
    Ouvi dizer outro dia que o tamanho do seu molho de chaves reflete o tamanho da sua responsabilidade. Nu, tô responsável pacarai agora então, ganhei mais 5 chaves! Mas acho que quando eu tirar as da casa velha eu volto ao normal...

    Preciso contar uma coisa ótima que aconteceu durante a mudança. Tinha que ter alguma coisa boa, né? Vou reproduzir o diálogo, pois não posso perder a chance de queimar o filme da Renata. Ela:
    _ Sabe aquele cinto cheio de patuê?
    _ O quê?
    _ Não, patuá!
    _ Como assim? (Já visualizei um cinto com as macumbinhas penduradas)
    _ Ah, não, é pas de deux! [ela jura que se eu não escrever padedê, ninguém vai entender... por favor, não me decepcionem...]
    _ Nossa, não faço idéia do que você esteja falando!
    _ Como é mesmo o nome daquelas lantejoulas do seu vestido do baile brega? Ah, é, paetê...

    terça-feira, 13 de novembro de 2007

    Rodinha


    Quem é do meio da dança de salão sabe o que é fazer uma rodinha. E sabe, principalmente, que essa expressão não tem nenhuma conotação sexual, como algumas mentes sujas podem estar pensando.
    Tentei procurar no dicionário pra colocar a explicação aqui, mas lógico que não achei. Rodinha é assim: quando a gente fala “vamos fazer rodinha pra fulano”, significa que o fulano vai ficar no meio de uma rodinha (!) formada pelo povo que estava fazendo aula (a rodinha é no fim da aula). Alguém, em geral o professor, solta a música, de um dos ritmos que se dança naquela aula. O fulano começa dançando com alguém e, ao longo da música, todo o pessoal da rodinha dança com o fulano, se revezando sem parar de dançar, um inferno.
    Se é um fulano, revezam as damas, e se é uma fulana, os cavalheiros, mas há exceções.
    Na minha escola, o povo tem a estranha mania de fazer rodinha pras pessoas por ocasião do aniversário.
    Como todo mundo que lê isso aqui já está enjoado de saber, de tanto que eu falei, foi meu aniversário. Já estava quase dando graças a Jesus por ter caído num domingo e escapado da rodinha, mas Murphy é que é meu pastor, e rodinha não me faltaria, claro.
    Ontem eu tive aula até 22h30. Coisa light pra quem tá arregaçada do final de semana e no meio de uma arrumação de mudança. Depois eu conto aqui da mudança, não hoje.
    Lembrei que há pouco tempo houve um aniversário no final de semana, e a rodinha foi “celebrada” na segunda, nessa aula especial que temos de 21h30 às 22h30. Comecei a ficar com medo. E comecei a rezar pra que alguma coisa impedisse a rodinha.
    Aprendi no catecismo que pra realizar as coisas basta ter uma fé do tamanho de um grão de mostarda, mas a minha é menor que um quark.
    Torci pro povo esquecer, ou ficar com preguiça, ou pra eu ter um estiramentozinho leve, assim, nas duas pernas, pro povo me poupar desse martírio.
    Pra vocês terem uma idéia, eu não gosto de rodinha nem dos outros. Quando é uma dama, beleza, não tenho que dançar com ela, e posso me limitar a compor a roda, no máximo batendo palmas, não necessariamente no ritmo. Jajá eu falo da minha falta de coordenação.
    Quando o “homenageado” é um cavalheiro, eu já começo a ficar tensa. O cara tá lá no meio, feliz da vida, deslumbrado com aquele fluxo intenso de mulheres como ele nunca viu na vida, doido pra dançar na potência máxima.
    Simplesmente não consigo entrar na rodinha. Sabe quando o povo batia corda, quando começava a bater antes pra gente entrar? Então, eu nunca conseguia! Ficava olhando a corda, acompanhando como os olhos, com a cabeça, com as mãos, flexionando os joelhos meio no ritmo, fazendo tudo como se fosse entrar, mas nunca entrava. Até o povo que estava batendo a corda apelar e parar de bater ou encher o saco, me fazer entrar mesmo de qualquer jeito, a despeito da preparação, e errar a porcaria do negócio, embolando a corda nos pés.
    O tipo de aviso a que a gente deve dar atenção na vida e ter a presença de espírito de nunca se meter a fazer coisas que exijam muita coordenação, como artesanato, cirurgias, dança de salão e afins.
    Tá, era assim, na rodinha dos outros eu tinha medo de entrar e errar o negócio, perder o passo, atrapalhar o cavalheiro. E é muito chato não entrar, porque depois que já foram todas as damas e só falta você, o povo já começa a te olhar torto, tipo: “Anda!”. Inferno!
    Damas respeitadíssimas já me ensinaram que é só começar acompanhando (imitando) a dama que está dançando, aí você entra direito. Nem é simples assim. Falei que a música de uma rodinha é sempre rápida? Pois é. E que se você entrar com o pé errado não dá tempo de consertar? Também. Não antes de ferrar com o negócio.
    Então, ontem, eram 22h31, passando da hora de terminar a aula que foi super hard e a professora se encaminhou pro som. Já estava até ouvindo ela gritando “Valeu, gente!”, mas ela, ao invés disso, fez duas coisas desagradáveis simultaneamente:
    - falou: “Vamos fazer uma rodinha pra Jana e pra Renata, que foi aniversário delas”, e
    - colocou um zouk super ultra high mega plus advanced rápido.
    Queria morrer. Antes de começar, de preferência. Quando eu falo isso, quem não me conhece pode até pensar que sou uma pessoa tímida, mas não sou não, mesmo. Sou até bem cara-de-pau. Deve ser algum tipo de distúrbio congênito, sei lá.
    Atenuantes:
    Era naquela aula especial de que já falei, tarde da noite, e não tinha nenhum aluno na escola mais, só gente da equipe, e eu ia dividir a rodinha com outra dama, dividindo a atenção das pessoas pros meus vacilos por 2.
    Agravantes:
    Odeio rodinhas, odeio zouk (pra quem não conhece, leia ou veja o que é), principalmente se for rápido. Não tenho jeito, nem cabelo e muito menos sex appeal pra esse tipo de coisa. Me sinto uma pomba-gira e isso não é nada confortável. (Inclusive criei uma comunidade no Orkut, chamada ”Eu tenho medo de cambrê”. Ah, é, pra quem não sabe, cambrê é isso aqui).
    Bom, no final deu certo, apesar de que a cada cavalheiro que entrou, eu tentei acompanhá-lo e acabei fazendo-os errar, mas tá valendo. Estou livre até o ano que vem, pelo menos.
    Ano que vem meu aniversário vai cair num dia de semana e só vou à escola se forem 4 aulas de forró.
    Ah, não, acho que vou sugerir um curso de férias de Rodinha pra janeiro, pra ver se eu aprendo. Quem sabe eles ensinam pelo menos a fazer aquela cara superior de que a situação está sob controle...

    segunda-feira, 12 de novembro de 2007

    Meu aniversário


    Mesa comprida cheia de pessoas que eu amo. Esse ano me dei ao luxo de convidar só gente de que gosto pra comemorar meu aniversário comigo. Acho que já passei da idade de arreganhar os dentes pra gente que não gosto.
    Nem todas as pessoas que amo puderam estar no dia, mas todas as que estavam eu amo, com certeza. Na verdade, nem chamei o resto.
    E creio – quero crer – que todo mundo que estava lá gosta de mim. Do contrário, como poderia ser tão agradável?
    De manhã já começou a ansiedade. Fui montar as surpresinhas. Sim, fiz uma reunião em que só convidei adultos e preparei surpresinhas: saquinhos da Hello Kitty com balas, chicletes, pirulito de guarda-chuva, gelatininha e uns brinquedinhos.
    Minha vingança para o mundo dos 20 anos que passei sem ganhar surpresinhas (rá, fiz 8 pra mim). Muita raiva de ir a festas e ficar olhando as crianças, que nem sabem dar valor a uma surpresinha, ganhando todas. Mas, enfim, eu também faço aniversário e, no meu dia, quem manda no campinho sou eu. Enquanto fazia as surpresinhas, pensava: “Se for alguma criança, ela vai ficar olhando, hahaha”. Mentira, eu sabia que não iria nenhuma. Mas se fosse... não sei, não sei. Se bem que eu tava tão felizinha que tava quase tendendo pra boa.
    Marquei meio-dia e cheguei lá no restaurante às 11h30’. Parte porque queria estar lá ao primeiro que chegasse, e parte porque sou ansiosa mesmo. Levei minha mãe e Renata junto, claro. Praticamente abrimos o restaurante. Em pleno domingo. Nada deu errado lá. Fora, claro, uns tratantinhos (só uns 2) que ligaram dizendo que não iam mais, tudo correu às mil maravilhas.
    Mal pude ficar sentada, tentando flanar ao redor da mesa e dar atenção a todos os convivas, quase 30.
    O que não me impediu de comer, e muito.
    Ninguém pode imaginar esse monte de gente, de vários núcleos diferentes, falando igual pobre na chuva, comendo e rindo um monte, e se entendendo. E eu ainda tentando apresentar todo mundo. Com se alguém fosse guardar. Eu gastava uns 15 segundos pra falar o nome de todo mundo e de onde era - da família, da escola, da dança, do trabalho, de Guanhães, de todo lugar. E ainda paramos pra tirar fotos. Um monte de vezes.
    Até as 15 e pouco ainda estava chegando gente e os últimos (o que, lógico, me inclui) saímos às 19h.
    E o monte de presentes que ganhei? Esse ano eu não esperava ganhar presente nenhum, pra mim era realmente daqueles casos em que a presença é o presente, sem falsa demagogia. Mas ganhei um monte. Roupas, sapatos, livros, chocolates (!), brincos, colares, pulseiras, mil coisas. Delícia total.
    Ainda bem que levei a sacola das surpresinhas, senão não ia ter como levar tudo aquilo embora. Não, não ganhei um carro de aniversário, fui embora de metrô mesmo.
    Cheguei em casa mais de 8 da noite, feliz e satisfeita, e ainda mamei na minha mãe mais um bocado antes de dormir.
    Claro que não dormi antes de aplacar meu vício entrando no meu blog e nos outros que costumo visitar. Fiquei muito feliz porque a Vaidade, o Grilo e a Gau postaram em homenagem ao meu aniversário.
    Dorei!
    Obrigada a todo mundo que me ligou, que me mandou mensagem, que mandou scrap no meu orkut (mesmo quem só lembrou graças ao orkut), que mandou email, que postou no blog, mas principalmente a quem foi ao Baby.
    Minha auto-estima tá furando o teto graças ao carinho de vocês. Vai até dar pra me dar mais uns presentes, só com o dinheiro que vou economizar da terapia.
    Amo vocês.

    domingo, 11 de novembro de 2007

    Para...o quê??? PA.RA.BÉNS!!!

    Recapitulando: sou uma das pessoas mais chatas no quesito fazer social...é fato! Simplesmente odeio!!!
    Quando eu conheci a Ira, eu simplesmente não fui com a cara dela logo na largada...não pergunte por que...sou daquele tipo “não comi, não gosto e não vou provar!” Enfim, não gostei e ponto!
    Então, emprestei meu precioso livro “Melancia”, que ela olhou...olhou bem a capa e fez aquela cara de “não gostei, mas vou dar uma chance”... Na semana seguinte ela voltou apaixonada...talvez eu estivesse em uma fase “ok, vamos julgar o livro pela diagramação” e entrei na dela...enfim, demorei uns 6 meses para começar a tolerá-la...(ai jesuix!ela vai me matar!)
    Aí...ela foi...e depois ela voltou...iei! Companhia para falar mal das coisas, afinal “life suck!" And "shit happens all the time!”

    Sim, eu vou fazer isso...sim, eu vou falar da Ira...aiiii meu deuxxx!!!

    Eu pensei...pensei...pensei... Resolvi fazer um “anti-depoimento do orkut”. Sabe aqueles textos, típicos da estética “neo- miguxês” -
    http://aurelio.net/web/miguxeitor.html. Eu até podia dizer: “Ah, JanAinAh eh 1 Supe mIGUxXxAh...peXXOAH DU bem...kOnfIDENTi...SiNceRAh..................EnFIM MIGuxXxAxXx PRAH TodaxXx AxXx HoraxXx”. Mas me recuso!!! Vou fazer o contrário vou falar coisas que existem e que ninguém colocaria no orkut dela!!!

    Por onde começar... Janaína é a Janaína e vice-versa e self-service! Prolixa??? Claro que não(!) ela é verborrágica!!! Perversa??? Não mesmo! Isso se chama sarcasmo...aliás, se você não percebeu a sutileza, não merece atenção... Preciso dizer, e vocês vão concordar comigo, ela tem a maior cara de paisagem de todas (Sim!!!! Eu falei isso!!!)...O mundo pode estar caindo que ela está com aquela cara de não me importo, ela pode estar explodindo de alegria que para pessoas que ela não conhece ela continua com cara de paisagem...Agitada, ela é um tanto cabeça dura e uma ótima companhia, ainda mais para reclamar da vida, devorar livros e roliçar !!!(Sim, também falei isso!) Enfim, hoje eu A.DO.RO. essa criatura!!! E desejo para ela toda felicidade e “todo amor que houver nessa vida”!!!

    Portanto,
    Feliz Tim de aniversário!!! rs