quarta-feira, 30 de julho de 2008

Filme Policial B


Cena 1: A mocinha, depois de combinar um passeio noturno com 3 amigos, se arruma e sai. Atrasada, com um vestido estilo se-eu-respirar-vão-descobrir-minha-barriga, e termina de se arrumar no caminho.

Cena 2: A mocinha encontra os amigos pontualmente às 22h15, num local estratégico, de onde iriam para o destino final, para dançar. Vão quatro pessoas em dois carros.

Cena 3: O destino final, que logo se tornará destino intermediário, não está lá essas coisas. Enche logo. Os quatro dançam um pouco, mas de dançar já estão fartos, então sentam e começam a conversar animadamente. Depois de um tempo, a mocinha diz:
_Ou, vamos sair daqui e conversar num lugar em que não precisemos gritar por causa da música? De preferência um lugar que tenha algo pra comer.

Cena 4: Os quatro vão para uma conhecida lanchonete na zona sul da cidade, principalmente por causa de seu funcionamento 24h. Chegando lá, a mocinha pede um McLua (ops, merchandising gratuito!). O lanche saiu bem rápido, mas o assunto rendeu até altas horas da madrugada e eles foram ficando. Pouco antes da hora em que a mocinha teria que levantar pra trabalhar, eles foram embora.

Cena 5: 300m depois de começarem a andar, uma blitz. Normal. A rua quase toda fechada com cones. Um policial fez sinal pra gente passar (ah, é, eu fazia o papel da mocinha, esqueci de falar no início). Passamos. Bem devagar e olhando atentamente se algum ia fazer sinal pra gente parar. Ninguém fez. Eles olhavam tanto pra dentro do carro, que me senti um cavalo no 7 de setembro, mas ninguém tinha pedido pra parar e seguimos.

Cena 6: [música de “agora-vai-começar-a-aventura”] 100m depois da blitz, quando já havíamos retomado o assunto (o que são 6h pra acabar com meus infinitos assuntos?), veio uma viatura atrás da gente.

Cena 7: A viatura se aproxima. Os policiais com arma em punho, apontando pra gente e gritando pra gente sair do carro. Juro que pensei que fosse um assalto. Falei pro mocinho amigo que dirigia pra sair rápido, tudo deu certo. Não se brinca com a paciência de alguém armado. Daí pra frente o negócio virou um circo. Ele mandou a gente pôr as mãos pra cima, pediu reforços, a arma ainda em punho. Logo chegaram outras viaturas, mudaram nossos nomes pra elementos, pediram mil documentos (todos ok, grazadeus). Eu tremia tanto de medo que um dos policiais disse que eu podia voltar pro carro por causa do “frio” – ahã! Fiquei lá dentro do carro quase morrendo – continuei tremendo, óbvio, e meu amigo lá fora esperando resolverem a situação.

Tá, até resolveram logo, mas pra que aquilo tudo? Pra dizer que a blitz foi um sucesso? Pra acordar os policiais que já deviam estar quase dormindo às quase 4h da manhã na Savassi e esqueceram de pedir pra gente parar? Sim, porque temos certeza que eles não pediram. Olhamos muito.
Tive que chegar aqui e olhar sobre a blitz. Olhe que ótimo:

blitz
[blIts] [Do al. Blitzkrieg, ‘guerra-relâmpago’.]
Substantivo feminino.
1.Blitzkrieg (q. v.).
2.Batida policial de improviso e que utiliza grande aparato bélico. [Com cap. Pl.: Blitze.]

blitzkrieg
[ÈblItskÒik] [Al.]
Substantivo masculino.
1.Guerra-relâmpago. [Tb. us. abreviadamente: Blitz. Com cap.]

Duas constatações:
1 – gente, o plural de blitz é blitze! Ó que lindo! Pensei que não variasse, que nem lápis!
2 – estão explicadas as armas apontando pra nossa cara. Pensei que a parte do “aparato bélico” fosse só pra aparecer, mas parece condição pra caracterizar as blitze (rá, já usei!)

As antas dos policiais vasculharam todo o carro. Assim, quase todo, esqueceram uma “pequena” parte. Tipo, se tivéssemos um cadáver no porta-malas, ele teria seguido sem nenhum incômodo. Já a gente... Eu, pelo menos, ainda estou tentando parar de tremer. Já pensou se ontem eu tivesse dado um espirro? Tenho certeza que tomaria uns tirinhos por segurança. Todas as medidas de ontem foram só porque os poliças ficaram com dor na consciência de não terem pedido pra gente parar. Ai, juro que eu queria acreditar que a polícia terá toda essa eficiência quando for preciso... mas, por enquanto, eu truco.

P.S.: ótimas as companhias ontem, exceto os poliças, claro.

P.P.S.: o trem foi tão avacalhado que alguém me sugeriu usar a foto da banda e nem liguei de colocar.

P.P.P.S.:leia outra versão do mesmo fato.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Viagem


Vi essa foto num blog amigo hoje e ti-ve-que-publicar!
Solidarizo totalmente com Julio Verne, morri de dó. Se ele quiser, ajudo a tacar fogo no cinema, ah, se ajudo!

Mais nada, só isso. Eu tinha que dividir com alguém.
Bom final de semana a todos.

Ah, terminou hoje a minha trégua de uma semana. Teve um espetáculo de término, com fogos de artifício e tudo (daqueles bem barulhentos). Que coisa.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Filho-nomeitor tabajara


Não batize sua filha de Andréa. Ponha Andréia, muito mais inteligente. Ou Daniele. Mas nunca Daniela, nem Danielle e muito menos Danieli.
Saiu o resultado de um concurso meu hoje. Não o resultado final, mas o da segunda de três etapas.
Sim, tive muito tempo e comecei a bater a lista dos aprovados na primeira etapa com a dos aprovados na segunda. E as sugestões pros nomes de filhos são nomes que estavam abundantes na primeira lista e não sobreviveram à segunda.
Se pensar em batizar sua filha de Elaine, mude pra Eliane ou mesmo Erlaine.
Antes sua filha ter um nominho feio que ser fadada a nadar, nadar e morrer na praia.
Heloisas Helenas são boas de serviço. 100% das que passaram da fase 1, passaram da 2.
Izabelas são burrinhas. Inteligentes são as Isabelas.
José é mais esperto que João, indiscutivelmente.
Júlio, só se for César. E daí que eu odeio nomes duplos? Pra passar no concurso, mudaria o meu nome pra Jana Ina ou algo pior
Kelly não passa. Nem Kele. Nem Kenia. Nem Kennya. (Nó, mas era tão “bunitu!”)
Sabe que a quantidade da k, w, y e letras dobradas no nome é inversamente proporcional à riqueza dos pais, né? Mas enfim, isso é assunto pra outro post.
Marises passam e Marisas não. Estranho.
Micheles, Polianas e Rodrigos apareceram muitas vezes em ambas as listas. Não vou fazer nenhum comentário destrutivo a respeito, juro.
Raquel desbancou Rachel e Rafael humilhou Raphael. Claro. Os pais dos que passaram foram mais espertinhos.

Negócio é o seguinte: o jogo não acabou, e ainda estou no páreo. Agora tenho que morrer de estudar pra terceira etapa, mesmo porque minhas notas até o momento não estão nenhuma Brastemp e tenho que comer muito feijão pra superar pessoas que se chamam Wir (é sério).

Todo mundo rezando! Agora!

P.S.: Podem batizar suas filhas de Janaína, viu. 90% das que apareceram na primeira lista (4 de 5), brilharam na segunda. Êêêêê!

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Sapatos

Amo sapatos. Sapatos esquisitos, de preferência. Tidos pelos insensíveis como feios.
Não, não sou daquelas compulsivas que compram sapatos às dúzias. No máximo, às duplas. Claro, meu pé tem um formato peculiar (grande e magro), e quando acho um sapato confortável, se for possível, compro 2 iguais sim. Ainda mais que há 12 anos meu pé parou de crescer...
Se eu fosse compradora compulsiva de sapatos, até teria explicação pela herança genética: minha mãe é doida com sapatos, compra sempre.
Já tive a fase das botas, a fase dos saltos, que terminou na época em que namorei um menino menor – mas ainda bem que a fase passou -, a fase dos de plástico, a das sapatilhas, é acho que to na das sapatilhas.
Já contei aqui que já chorei por meus sapatos. Meu sapato de dança que foi destruído no baile de aniversário da escola no ano passado ainda está guardado, não tive coragem de jogar fora. Foi meu primeiro sapato de dança, fico lembrando de quando eu e Carolina os recebemos e achamos que a partir daquele dia era só colocar os sapatos que sairíamos dançando lindamente. Apego...
Tenho um sapato de plástico azul todo vazado que comprei por $7. Pouco tempo depois, achei o mesmo por $3... Outro dia ele rasgou. Prendi com um alfinete e continuo usando.
Tenho um sapato amarelo de plástico que parece o da Jeannie é um gênio. E ainda é “assinado” pela Wanessa Camargo (mentira que eu contei isso).
Não gosto de tênis. Mesmo porque nem pratico esportes. Mas já tive um da Sandy transparente. Perdi numa mudança.
Odeio emprestar meus sapatos, a menos que seja pra Renata. O resto do povo os deforma de modo que eles nunca mais voltam ao normal.
Mas egoísta que sou, adoro usar os das outras pessoas da minha casa. Eu sou tamanho único, e todas as roupas e sapatos delas me servem, amo. Adoro ter o corpo que veste P a G e calçar 37.
Tia Célia tem uma sapatilha vermelha de chita e outra roxa lindas. Nunca a vi usando, acho que ela conserva só pra me emprestar. (Pretensão)
A última duplinha de sapatos quase iguais que eu comprei é de sapatilhas: uma verde e outra vermelha.
Tenho uma sandália marrom que estava caindo aos pedaços, mas ela tem o solado de coraçõezinhos. Não dá pra jogar fora. Imagine dar uma sapatada na cara de alguém e deixar o rosto marcado de corações? Que mimo! Quando arrebentou a última tira, transformei ela num chinelo. Horroroso, mas adoro.
Ah, tenho um chinelo marrom de salto, uma havaiana cor-de-rosa e outra preta, e uma pantufa.
Uma bota de drag-queen (vai quase até o joelho) e uma de paty, raríssimo usar qualquer uma delas. Pelo menos enquanto eu depender de ônibus.
Várias sapatilhas coloridas, várias cores.
Um de trabalhar lindo, preto, de salto anabela, que só consegui usar uma vez.
Um plataforma bege. Inclusive minha aquisição na penúltima vez que fui a Guanhães foi um outro plataforma: transparente, com solado branco e marrom. Metade do povo que me conhece e que já viu, falou que é horrível. Ainda assim to usando. A maioria falou:
_Que sapato feio!
Variando desde
_Que sapato é esse?
Até:
_Jesus!
Passando por:
_ Esse aí nem é feio. Ela tem um azul e outro amarelo que são muito piores.
Não posso deixar de registrar que Fernando gostou do sapato, tá?

P.S.: Procurando a fotinha pro post, achei meu próximo objeto de desejo: sapato de girafa!

terça-feira, 22 de julho de 2008

Bailinho


Final de semana enorme e maravilhoso. Pensei que todas as coisas boas acabassem rápido, mas nem foi.
A sexta começou a ficar boa quando fiz um acordo de trégua com alguém de que gosto muito. To velha mesmo, cansei até de brigar!
No mesmo dia tive uma festa ótima, de uma pessoa que adoro, com companhias que adoro, comidas que adoro... enfim, adorei.
Dancei um forró muito gostoso com um cavalheiro iniciante que muito promete.
Sábado minha mãe chegou. Comecei a mamar um monte.
Domingo tive um baile na escola, só pra equipe, maravilhoso e agradabilíssimo.
Dancei um tango eletrônico estilo “possuídos” com Haroldo.
Ainda estava ensandecida quando dancei salsa numa rodinha com mais 4 pessoas.
Dancei o melhor forró da minha vida com um dos meus ídolos.
Até zouk eu dancei.
A seleção musical tava maravilhosa.
Teve um único funk, exclusivo para uns meninos dançarem. Me segurei pra não pular lá no meio, adoro.
Comi comidinhas de rico que eu mesma pude escolher.
O baile estava ótimo, parecia festa de família, a gente dançava um tiquinho, comia, ria, brincava, sem se sentir no dever de passar o baile inteiro dançando.
Quem não foi, perdeu.
Espero que tenhamos outros em breve.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Caio


Hoje é aniversário do Caio, um amigo muito especial.
Esse post tá mais difícil que um parto, detesto escrever sobre pessoas importantes.
Vou falar (mal) dele um pouquinho:

Ele é meu amigo de infância.
Mentira, claro que ele não é meu amigo de infância de verdade, né, porque quando ele nasceu eu já tinha arrasado dançando what-a-feeling na minha primeira formatura. (Que tipo de mongol tira o vestido chiquérrimo de formatura pra colocar colant e caneleira e ficar dando pinotes no palco? Só eu.)
Enfim, voltemos a falar do aniversariante. Vou parar de me interromper, juro.
Virei amiga de infância dele no primeiro dia em que o vi. Isso foi há apenas 6 meses e meio, não é isso? É. Amigo de infância instantâneo. Amor de irmão.

Ele me xinga quando eu o interrompo. Mas no primeiro dia em que tentei não interromper, ele perguntava a toda hora: “Você tá escutando?”.

Ele escreve divinamente. É sem educação de tão inteligente. E foi ele que me ensinou essa expressão.
Por falar em educação, o sonho dele é ser mal-educado e antipático, mas ele não consegue.
Tá, ele tem uma preguicinha de fazer social, mas quem não tem? Até eu.

Ele tem um gosto musical duvidoso. Dirige ouvindo Britney, Sandy e tudo quanto há de ruim em música. E quem reclamar é expulso do carro. Ouvir Caio e Shakira cantando em dueto é algo inesquecível. Mesmo assim, gosto dele. E adoro ser co-piloto. Olho os mapas errado e ele fica puto. Adoro ter participado ativamente no dia em que ele entrou na contra-mão em um lugar perigosíssimo e outra vez em que ele derrubou uma árvore no Icex, com cerquinha de proteção e tudo. (Será que podia contar? Azar!)

Ele agüenta meu mau humor super bem. Mas eu mereço, porque também agüento o dele. E ele até avisa quando está mal-humorado, o que facilita bastante. Ele fica assim todo dia pela manhã, diga-se. Ele adora dormir. E não gosta que ninguém o acorde. Mas é tão gracinha que já acordou cedo mais de uma vez pra me ajudar. Uma vez me deu aula de português num sábado bem cedo. Emendamos num almoço filológico que envolveu toda a família dele e, a propósito, ele me deve um dente. (Apostamos como era a grafia de uma palavra que não consigo lembrar.)

Nós somos gordinhos de espírito. Sempre saímos pra comer. E falar muito, claro. Coisas de gente que não bebe.

Ele ganha de qualquer pessoa em termos de baixa auto-estima, principalmente quando recita “Sou feio, pobre, burro, gordo e meu cabelo é ruim”.

Ele achava que ganhava qualquer discussão no grito. Até me conhecer e descobrir que depois que ele grita, eu continuo argumentando.

Ele me ensinou a dizer “não quero falar sobre isso” com cara de choro e inibir qualquer possibilidade de perguntas sobre o que quer que seja.

Ele é a única pessoa do mundo que toparia ir comigo num sex shop no meio da tarde de um dia de semana pra pegar idéias pra uma festa a fantasia. Sim, ele foi comigo. Ainda tem a cara de pau de dizer que não faz o menor esforço pra ser simpático.

Ele discute a relação comigo. Não só a nossa relação, mas a minha com as outras pessoas. Acho ótimo.

Sabe aquela coisa de alma? De um olhar pro outro, balançar a cabeça falando “né” num tom peculiar e só a gente entender?
Então, é isso. Jajá vou dar um abraço ao vivo.

Parabéns!

Prometo escrever uma coisa bonitinha depois, tá? Hoje foi impossível.
P.S.: Essa fotinha é o logo de uma loja. Sim, me apropriei.

Pensamento do dia





Como saber que é hora de dizer: "chega!"


quinta-feira, 17 de julho de 2008

Castelo de cartas


Cansei de me auto-enganar... Não importa o quanto alguma coisa é boa, sempre vai haver um porém, um mas ou qualquer outra conjunção.


Em algum momento, a gente é culpada por pisar na bola...
É claro que você esqueceu de algo que nem estava previsto e cagou tudo!
Não importa ninguém é tão compreensivo quanto você gostaria que fosse...
Você sempre vai morrer de remorso por não ter dado uma moedinha pra aquele menino, mesmo sabendo que a mãe dele é uma gorda folgada que fica sentada na sombra vigiando...
É thaysmente impossível chegar na hora! Ou dez minutos antes ou dez minutos depois.
A mulher do caixa sempre vai fazer cara ruim quando você não tiver os 2 centavos.
5102 sempre passa no mesmo horário, não adianta anotar aquele quadrinho. Ele só vai aparecer 20 minutos depois de qualquer horário previsto.
A associação japonesa continua no fim do mundo e você vai se perder...
Pessoas que fazem orçamento nunca vão mandar exatamente o que você pediu, sempre vai faltar alguma coisa.


Por fim, não se iluda Deus não é legal...


Ah, e claro, aquecimento global... é pra fracos!!!

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Belorizonte e um parabéns

Belorizonte hoje de manhã tava lembrando São Paulo: frio, céu cinza e demorei 1h40’ no trajeto de casa pro trabalho, sendo que normalmente gasto 55’. Paia. Fora os dedos que continuam doendo e me dando preguiça de escrever...
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Ah, é. Parabéns pro Haroldo, amigão, que faz aniversário hoje.
Nem vou mandar abraço por aqui, vou dar o abraço pessoalmente logo mais, gosto muito dele. Não, vou dar um beijo nele. Ó! Vou dançar um zouk com ele! To brincando, sem exageros, né? Né.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Dentista


Não to imitando a Domaria Bonita. Quando ela nasceu, eu já tinha medo de dentista há um tempão.
Nunca tive nenhum trauma odontológico. É um daqueles medos infundados que coleciono.
Nunca tive dor de dente. Não faço idéia de como seja um tratamento de canal. Meus sisos nasceram precocemente aos 13 anos. Aos 18 extraí os 4, em 2 vezes sem juros e sem drama.
Ah, tive uma experiência traumática sim. Há anos, fui a uma dentista mulher, contrariando a minha própria vontade. Não gosto e pronto. Pós-conceito e tal.
Mas o ruim não foi ela ser mulher. Foi ela ser piadista, não tenho a menor paciência. Só fui lá uma vez, e decidi nunca mais voltar e marcar as próximas consultas da minha vida só com dentistas homens.
E assim fui fazendo por muito tempo.
Se bem que, depois dela, já tive uma dentista mulher de que gostei.
Enfim. Ontem fui a minha consulta anual de rotina.
Ano passado fiz um plano odontológico novo e nunca conseguia marcar uma consulta, apesar do grosso livrinho da “rede credenciada”. Pedi Carolinda, minha amiga de infância que também é dentista, pra usar o diploma dela pra alguma coisa útil: achar um dentista bom pra mim no livrinho.
Ela: “Ah, essa aqui é ótima, foi minha professora”.
Carol já convive comigo há mais de dez anos e já aprendeu a não me dar oportunidade de discutir. Ignorou meus protestos de é-longe e ela-é-mulher, marcou o nome dela com uma seta, colocou um clipe na página, fechou o livrinho, me devolveu e mudou de assunto. Isso foi em março.
Depois disso marquei com essa duas vezes. Pra datas longes. Disputadíssima a agenda dela, parece. Quando ia quase chegando o dia, a secretária ligava pra desmarcar. Quando ela desmarcou pela segunda vez, comecei a achar que Deus não queria que eu fosse ao dentista. Eu acredito muito nessas coisas quando quero. Mas... marquei pela terceira e última vez. Em junho. Pra ontem.
Esperei até o dia anterior pela desmarcação e ela não aconteceu. Fui.
Nem era longe. Era pertinho do meu curso. E ela é linda. E ótima.
Aconteceu uma coisa fantástica: na hora da limpeza com aquela coisa desagradável chamada jato de bicarbonato, ela me estendeu óculos de segurança! Iguais aos dela! Quase chorei de emoção. Genial isso, nunca tinha tido. Sempre saía com os olhos ardendo, além das clássicas pintinhas brancas no rosto. Todo mundo sai com pintinhas brancas no rosto, quem não vê é porque tem a pele branca...
Claro que, como aquelas mulheres doidas que começam a limpar desesperadamente a casa antes da faxineira chegar, dei um super faxinão nos meus dentes antes de ir, pra ela ver como eu sou uma graça. E sim, consegui enganá-la. Ela nem sonha que minhas escovações de verdade no dia-a-dia duram, assim, uns 30 segundos. Ganhei até estrelinha. E sabe quantas furadas de anestesia vou ter que levar na boca? Zero. Tem nada pra fazer aqui. Rá! Quem se atreve a dizer agora que bala estraga os dentes? Hã?

terça-feira, 8 de julho de 2008

Frio

De onde vem esse frio capetal? (Vocês sabem que o inferno é frio, né?)
Sempre gostei de frio. Sinto muito frio, mas adoro. Sonho ir a um lugar muito cheio de neve.
Mas esses dias eu só tenho me perguntado uma coisa:
CADÊ O AQUECIMENTO GLOBAL QUE TODO MUNDO PROMETEU?

Não, não vou postar nada aqui enquanto meus dedos estiverem congelados.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Conversando sobre Terapia



(...)
e depois q comecei a fazer terapia
to mais seletiva do q tudo
meeeedo
medo de quem faz terapia
kkkkk
eu fiquei assim de tanta terapia, ó! kkk
ah pois é
endoidei de vez
eu to precisando
sou boba demais
terapia deixa a gente sem-educacao
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
porque a gente aprende que nao precisa arreganhar os dentes pras pessoas
eu acho otimo
pois e
mas o resto do mundo é que nao entende

Enfim, tô pensando em voltar pra terapia.
Não porque eu esteja precisando ficar mais sem educação, só to a fim de conversar coisas com pessoas pras quais as minhas reações ainda não ficaram previsíveis. Não, não vou abordar um estranho na rua pra isso, prefiro pagar pra ficar num divã gostoso e numa sala bem bonita.

A minha última temporada de terapia contribuiu enormemente pro meu emagrecimento. Toda semana eu passava uma hora chorando até desidratar. Lágrima acaba? Espero que não. Odeio jogar dinheiro fora.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Por isso é que eu não gosto de jogo


Mudaram a regra no meio do jogo.
Será aprovada, possivelmente hoje, uma resolução que dará novos prazos para um certo grupo de concurso que, por um acaso, inclui um que estou fazendo. Um super importante.
O problema é que quando o certame começou, valia a regra antiga.
Agora, a nova resolução vai avacalhar o meu concurso, que já está rolando. Que saco!
Vão mudar as regras no meio do jogo. Ou isso ou anulam o jogo. O jogo que estou jogando desde o inicinho do ano. E venho ganhando...
Problema é que contrataram um juiz burro pra apitar. Burro e sem relógio.

Tecla sap: Tudo isso foi gerado porque a instituição organizadora do concurso não vai conseguir respeitar o prazo máximo de intervalo entre as etapas.

Saco. Agora estou de mau-humor. Tá, já estava. Mas agora eu tenho pretexto.