sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Cavalheiros alunos coleguinhas (Ou papos peculiares que aconteceram nas aulas de dança de ontem)


Não vou falar mal dos cavalheiros. Já fiz isso hoje, comentando no blog alheio.

Aluno legal de dança de salão falando:
_ Tem muito tempo que eu não pego não seu pé, né?
_ É. [Muito tempo? É, desde a aula passada, quando você me zoou meia hora por ter te pegado como cavalheiro...]
_ [Minutos depois] Tô pensando em te dar uma blusa, sabe. Você só vem com essa blusa vermelha!
_ [Horrorizada] Mas isso é como se fosse um uniforme! Eu tenho um monte de blusas dessa!
_ [Com preguiça] Eu tô brincando...

Chega sozinho pra aula um cavalheiro que sempre chegava acompanhado de sua mulher/namorada/seja-la-o-que-for. Eu:
_ Cadê a fulana, não vem hoje?
_ A gente não tá mais junto.
_ [Silêncio constrangido] Ah, mas nem pra dançar?
_ [Silêncio permanente]

Coisa super ótima aconteceu ontem. A partir de uma conversa. Com um aluno. No meio da aula. Tudo de bom! Me deu mil idéias e desencadeou meu espírito planejador de novo. Depois eu conto, vou ter que encontrar o Fernando primeiro, porque o envolve diretamente. Enfim, durante a conversa, eu estava empolgadíssima. Vira uma pessoa da equipe:
_ Vão dançar?
_ Ah... Não!
_ [Como se não acreditasse] Você não vai fazer aula?
_ Não, tô tendo a conversa que vai mudar a minha vida aqui primeiro.

Vou contar. Depois.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Não, eu não vivo disso



“Você demora muito a atualizar seu blog!”
“Quero um post novo!”
“Que dia você vai escrever no blog?”

Preciso comunicar a todos que eu tenho outras atividades além de ficar debulhando a minha vida aqui. E as outras atividades são, como é que eu posso dizer... ah, remuneradas!

Longe de mim ser uma capitalista selvagem, mas é que tem umas coisas de que eu gosto e que simplesmente têm preço!

Adooooro escrever, adoro esse blog, tô até economizando dinheiro com a terapia contando meus auto-babados pra vocês de graça, mas não dá.
Não dá pra escrever todo dia. Às vezes até dá pra escrever, mas não dá pra publicar.

Mas dependendo eu posso pegar a idéia de um amigo meu, que diz que vai pegar cada “eu te odeio” que eu falo e converter em euros. Tadinho, vai ficar rico! Conto pra ele que eu o amo? Não, né. Inda mais que já fui informada que um “te amo” não anula um “te odeio”. Entendi, igual na vida, né? É.
Enfim, dependendo, se alguém quiser converter cada post meu em libras, aí, quem sabe eu paro com essa bobeira de acordar cedo e trabalhar e passo o dia postando, vivendo só disso.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Inspiración



Fui ontem a um show de flamenco. Não, não morro de amores, mas é que uma das pessoas que se apresentou é minha amiga há 15 anos e arrumei excelentes companhias pra ir assistir. 4 pessoas lindas, 2 dos quais eu já conheço há muito tempo e amo muito e outros 2 recentemente conhecidos, mas tão gracinhas que já gosto também.
Comecei chegando em casa um pouquinho mais cedo que o habitual e vi o final da Sessão da tarde, tudo de bom. Saí, tive a rica experiência de encontrar uma louca no ônibus (um dia eu conto aqui, num apanhado dos loucos dos ônibus que eu pego). Consegui sair com uma bolsinha pequenininha, mais chique do que o embornal tamanho jumbo que costuma me acompanhar. Daí eu lembrei por que: não coube nada na bolsa! Tá, coube quase tudo, exceto a sombrinha. Ah, mas não devia chover, né?
Imbecil que eu sou. Antes de descer do ônibus, começa o toró. Eu, a despeito de toda a minha “tosquice” interior, estava de cabelo escovado, o que significa que não podia tomar chuva de jeito nenhum. Desci do ônibus de um pulo e corri como um felino etíope pra debaixo da marquise mais próxima. Até que surge um menino na minha frente de repente dizendo: “Sombrinha, moça?” Depois de engolir o chiclete de susto, tive que comprar a porcaria da sombrinha.

Ah, é, o show. Linda a parte do flamenco, linda a dança, os figurinos, tudo ótimo. Adorei até o sapateado (não sei como chama na versão flamenca).
Minha amiga só dançou uma música, a quinta ou sexta, e eu quase perdi, porque lá pela terceira já tinha desistido de achá-la. Mentira, nem foi. E tava lindo.
Um problema gravíssimo: entre uma e outra dança flamenca, tinha uma dancinha do ventre. Sangue do cordeiro, como eu odeio dança do ventre! Enumeração de motivos:
- Banalização de um ritual sagrado de fertilidade
- Ventres demais à mostra
- Ventres obesos e balançantes que me dão medo
- Raríssimas pessoas que dançam bem
Ou, os barrigões que vi lá me assustaram. Tá, não sou nenhum exemplo, mas a minha pança fica bem guardadinha. Se eu dançasse um negócio desses, não ia comer nada, nunca.
A única mulher que dançou a dança do ventre legal, descobri depois que era a professora. Teve umas lá que estavam dançando pagode, tenho certeza (tem um amigo meu que fala que isso chamar pagode é uma blasfêmia, devia chamar paDevil). Horroroso demais. Fora que dava pra ver que não foi ensaiado direito.
Passava mal rindo das meninas. Tivemos que criar apelidinhos carinhosos pra todas, só pra facilitar a comunicação: falar “a de rosa”, “a da esquerda”, tava ficando complicado, então batizamos algumas, como a Jose(lita), a Rogéria (sim, aquela transformista) e a Mad (gente, igualzinha ao mascote da revista Mad, lembra? Creimdeuspai!) Teve uma dança que o figurino delas parecia camisola, ninguém merece. Eu ria tanto que fiquei preocupada em desconcentrar as meninas do palco. Perguntei: “Será que dá pra elas verem a gente rachando os bicos aqui?” Estávamos numa das primeiras fileiras, né. Resposta: “Não, não dá não, não dá pra enxergar nada”. Música seguinte era a da minha amiga e ela piscou pra gente lá do palco. Putaqueopariu.

Deixe eu ver o que mais... tudo em que estou descendo a ripa é da dança do ventre, tá, não tenho nada pra falar mal do flamenco, e não é só porque a Ana tava dançando, tava legal mesmo. Excelente.
Ah, coisas:
- Nunca mais reclamo que falta homem na dança de salão. Nussa, umas 40 mulheres e um único homem! E que dança bastante afetado, por sinal. Sei o que vocês estão pensando: não, ele não é gay, já procurei saber:)
- Nó, dança flamenca parece ser um excelente exercício pras pernas, especialmente joelhos e pés
- A bateção de palmas que o povo (inclusive a platéia) arruma deve ser bom pra alguma coisa também, mas me recusei a ajudar. Preguiça...
- O povo é ninja demais, eu quase dou um nó nas minhas pernas tentando fazer atrás e à frente e as meninas dançam e sapateiam segurando saia, leque e castanhola. E ainda riem!
- Tiveram uns gritos legais durante o espetáculo, tanto dos dançarinos como de alguns da platéia, coisas como “Olé!” e “Arriba!”. Claaaaro que ajudamos ao nosso modo, berrando “Carai!” e afins.

No fim da noite, fomos comer algo light, devido ao adiantado da hora: um rodizinho de massas, só. Os refris e as sobremesas foram conseqüência.
Saindo do restaurante, recebi a mensagem mais fofa ever. Não dá pra descrever aqui agora, ta ficando muito grande esse post...
Na hora de ir embora, Ana foi me levar em casa e eu, é, não sabia o caminho. Não soube que explicação dar para o lapso:
( ) Mudei praqui há pouco tempo
( ) Só venho pra casa de ônibus
( ) Estou sempre lendo ou dormindo enquanto estou no ônibus
(X) Sou retardada
Viu, não precisa de ninguém queimar o meu filme, eu sou auto-suficiente nesse aspecto.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Os embalos de sábado à noite


Baile do Quiosque

Sábado teve baile.
Foi o baile de que mais gostei até hoje. Mentira, eu não falo isso em todo baile!
Nesse eu tive vários daqueles insights do tipo momento mágico.
Acho que foi a primeira vez que notei um upgrade na minha dança, desde que comecei com isso. (Cavalheiros que lêem esse blog, se discordarem, por favor não se manifestem). Motivos:
- Adorei 100% das danças, inclusive as dos ritmos de que não sou muito fã;
- Fiquei menos tensa, menos preocupada em tentar adivinhar as conduções, e só por isso acho que errei menos;
- Dancei com vários desconhecidos e deu tudo certinho ainda assim;
- Dancei um samba rápido com meu ídolo e deu pra ficar tranqüila e fazer (eu acho) tudo que ele conduziu, sem cara de como assim. Depois vou ver se consigo um personal feedback e conto aqui se o parecer dele bate com o meu.
Esse tipo de coisa leva a auto-estima da gente lá pra estratosfera, né. Aquela coisa meio poliânica, tipo: “tenho todos os problemas do mundo, mas pelo menos estou aprendendo a dançar...”
Até pus no MSN hoje: “Terapia o caramba, faça aula de dança de salão!”
Dançar por si só já está mesmo ficando gostoso. E ainda tem umas outras coisinhas deliciosas que só a dança de salão faz por você, tais como:
Chamar um cavalheiro pra dançar e notar que ele ficou realmente feliz (por dançar ou por ser você ou por dançar com você, tanto faz)
Ao final de uma dança, ele pedir: “mais uma”
Ou então você falar “mais uma” e ele quase explodir de alegria. De novo.
A música acabar e o cavalheiro não soltar o abraço.
Ele terminar sorrindo (não rachando os bicos, claro)
(esses dois últimos adaptados do depoimento do Haroculo)
Mensagem de “por que a gente não dançou?”. Bem que eu tentei dançar com todo mundo, cheguei ao baile cedo e fui embora tarde, não sentei quase hora nenhuma, mas simplesmente não consigo, só consegui uma vez dançar com todo mundo de um baile. Difícil.

Cavalheiro-Blogueiro

Eu dançando com um cavalheiro, me divertindo um monte, ele olha pra mim e fala:
_ Você não vai botar no blog amanhã que eu danço mal não, ne?
Eu:
_ Claro que não!... Mas tô preocupada com a mesma coisa.
Ai, essa vida dupla acaba me matando!

Grilo pulante

Não, isso não é um erro de grafia. Tinha gente lá que tava pulando que nem pipoca. Fiquei com medo. O que só faz confirmar minha opinião de que felicidade em excesso faz mal.

A fila

Estou no fim do baile feliz e contente na fila kilométrica pra pagar (sim, essa é a parte ruim do baile) e chegam dois meninos tentando furar a fila. Na minha frente. Não, nada de ficar em pé esperando, apesar de cortar o caminho. Falaram cara-de-pau-mente pra mim, entregando as comandas: “Jana, pague pra mim?” Dó desses meninos que acham que amolecem corações com sorrisos. Belo sorriso, é verdade, mas eu teria que ter um coração pra amolecer. Virei pra trás e falei bem alto pro resto do povo da fila:
_ Gente, vocês permitem que esses meninos passem na frente de vocês na fila?
Sim, porque não era só na minha frente que eles iam entrar, era na de todo mundo que estava de mim pra trás. Mesmo eu tentando explicar isso mobralmente pra eles, eles ficaram de mal. E daí, né? Fazer o que, é o preço que se paga por ter o mínimo de educação e respeito.

Revisão

Melhor do que ir pro banheiro do quiosque comentar tudo o que tava rolando no baile (nem deu tempo, preferi dançar mais) é ir dormir na casa da amiga e ficar falando até... “Hã... o quê? Ai, desculpa, cochilei!”

Versinho saboroso, em homenagem ao baile:

“Vai ter uma festa
que eu vou dançar
até o sapato
pedir para parar.
Aí eu paro,
tiro o sapato
e danço o resto da vida.”
Chacal


sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Mil demônios



Acabou a alegria da manhã.
Dizem que as desgraças sempre vêm em 3. Pois bem, até a hora do almoço, já contabilizei umas 300.
O dia começou feliz e radiante quando um aluno meu me pagou. Com um cheque (argh, odeio cheque, coisa maldita!). Gosto de dinheiro, cash, pra gastar agora, não pra depositar e sacar só daqui a 72h úteis – o que, numa sexta-feira, significa daqui a 2 vidas. Então tive a idéia brilhante de ir até o banco. A agência mais próxima desse banco é longe, bem longe daqui. Saí 40 minutos antes do almoço e fui de ônibus. Cheguei lá, peguei a fila e chegando no caixa, qual a surpresa? O cheque estava cruzado. Não basta pagar em cheque, tem que cruzar a porcaria do negócio? Obviamente não tenho conta naquele banco xinfrim e tive que vir embora com o cheque. À tarde vou depositá-lo no meu querido Banco do Brasil, que é aqui pertinho. E rezar pra que tenha fundos.
Saí do banco e já era meio-dia. Voltei correndo, já que tinha que dar aula meio-dia e meia. Correndo, assim, de ônibus, né. Cheguei a tempo, mas o enrustido mirim pra quem dou aula fez o favor de não aparecer. E não me avisou. E só descobri que ele não ia porque EU liguei pra ele. Ah, mas ele vai me pagar essa aula! E os créditos do meu celular que gastei com ele, ah vai!
Depois disso, achei que merecia um almoço bom. Fui numa churrascaria bacaninha que tem aqui perto. Tudo seria ótimo, se o garçom com aquela mão que parecia o pé de um hobbit não tentasse abrir minha lata. Sim, tomei refrigerante. É a nova birita, não sabiam não? Então. Tive que travar uma verdadeira luta pra tomar minha lata da mão do sujeito. Droga.
E a maquininha de pagar com cartão? Enguiçada, claro. Gastei dinheiro com isso, não acredito.

Não, não está tudo dando errado. Sério. Nesse meio tempo, encontrei o Rafael, pessoa linda que eu adoro, mas que vejo muito pouco. Mas acho que agora vai ficar mais fácil encontrá-lo, porque ele enfim comprou um celular.

Por falar em coisas desagradáveis que me acontecem, acabei de lembrar de mais uma. Não é de hoje, mas está me incomodando até agora.
Acho que aquele negócio que a Thays falou outro dia da minha cara de paisagem é sério mesmo. Outro dia ganhei uma camiseta linda, personalizada, de uma pessoa que adoro, fiquei toda toda felizinha com o cuidado, mas fui acusada de ter feito cara de que não gostei. Como é mesmo a cara que tenho que fazer? As pessoas podiam prestar mais atenção na minha fala e menos na minha cara, né. Seria mais fácil pra todo mundo. E se eu nao tivesse sobracelhas, como é que ia ser? Aí mesmo é que ninguém nunca ia conseguir desvendar minha expressão (idéia copiada de outro blog).

Mau humor? Eu? Imagina!
Bom, deixe eu voltar a trabalhar, então. Foi bom desabafar aqui.
No fim do dia, pretendo ir a um evento do Festival de Arte Negra. Se não cair um raio na minha cabeça antes.

Noites Tropicais e otras cositas más


Sim, sumi.
Não, não estou desistindo do blog, só estou ultra ocupada essa semana.
Mas vamos ao que interessa. Não se assustem com a quantidade de coisas, tenho muito pra contar hoje.
Finalmente terminei de ler o Noites Tropicais, livro que ganhei às vésperas do dia da criança, como já contei. Mais de um mês pra ler 461 páginas, tô no fim da carreira, mesmo. Se bem que esse livro não é muito de devorar, é mais de saborear mesmo. Recomendo fortemente. Excelente o livro, lindo, ótimo e, o mais importante, ganhado de alguém que eu amo muito.
Bom, por onde eu começo?
Pela minha ignorância: nunca tinha ouvido falar desse livro (parece que fui a última pessoa do mundo a saber dele) e nem do autor.
Virei fã do Nelson Motta! O cara é tudo no mundo da MPB, compôs músicas como “Dancing Days”, “Como uma onda” e “Bem que se quis”, produziu artistas que eu adoro, tipo Tim Maia, Lulu Santos, Marisa Monte e outros, e ainda criou uma das séries clássicas da minha infância, Armação Ilimitada (lembra do Juba e Lula?). O cara é meu herói!
Como assim ele foi ao casamento da Elis Regina, depois ela foi madrinha do casamento dele e depois ele teve um caso com ela? Passei mal.
Inclusive, altamente pegador o sujeito, pegou pelo menos umas 6 famosas.
Super mistura boa de história da MPB com contação de babados. E ainda com contextualização política. Adorei. Muito.
No livro achei dezenas de palavras que precisei olhar no dicionário e aprendi outras tantas que adorei tanto que vou começar a usar.
Tem uma música do Raul Seixas que o autor cita no livro, mas não tô achando de jeito nenhum, nem no Google. Ela diz: “o teu sorriso me acordou mais do que mil manhãs”. Achei uma gracinha. Quem conhecer a música, me passe, por favor.
Gostei de ver a idolatria do Nelsomotta - como Tim Maia o chamava - por João Gilberto. Tem até uma frasinha que ele colocou que ri demais: “João Gilberto era nosso pastor e nada nos faltaria”.
Claro que essa não foi a única frasinha de que gostei. Peguei mais umas, bem pouquinhas, de umas só uns trechinhos. Estão aqui.

Que mais aconteceu nesses dias:

- Quebrei meus próprios preconceitos de imagens construídas sobre duas pessoas e me deixei começar a aproximar delas. Surpresa boa: adorei as duas!

- Quebrei minha cara confiando em gente que eu estava até começando a gostar, mas que comecei a ter preguiça por várias coisas desagradáveis que vieram acontecendo... E não posso esquecer de informar pra pessoa...

- Estrelinha da semana (pra mim, claro!): Minha mãe sempre falou que se eu me calasse mais, as coisas seriam mais fáceis. E quem disse que eu consigo? Assim, não conseguia, porque dia desses a pessoa A (sim, conto o milagre sem contar o santo. Santo? Pfff... tá, o autor da asnice) disse uma coisa muito, muito joselita sobre si mesma e eu consegui me abster de qualquer opinião. Logo depois, recebi um elogio da pessoa B: “Adorei o seu silêncio!” Tadinha, nem imagina como dá pra ser filha da puta em silêncio...

- Vacilinho: Tem um dia da semana na minha escola de dança que é mais hard que os outros: não só faço todas as aulas entre 18h e 22h30’, como tenho contato com umas pessoas pelas quais não morro de amores. Nada sério. Eu me comporto, convivo, danço com eles, profissionalismo e tal. Mas, enfim. Estou eu nesse dia saindo do trabalho às 17h pra ir pra escola e o único segurança mais ou menos apresentável do meu trabalho faz uma despedida amável:
_ Bom descanso!
E eu, idiotamente:
_ Descanso?! Pois agora é que eu vou começar a trabalhar!
Bura, bura, bura. Aposto que agora ele acha que eu tava indo pra Guaicurus fazer programa, aiaiai...

- Um amigo foi visitar minha escola de dança. Me viu dançando (ai!). Comentário: “Você dança muito séria, de cara fechada!”. Um dia um professor (não, não é o Grilo) me falou que eu danço com cara de prova de matemática. Quem dera se dançar fosse fácil como matemática... Faço prova de matemática rindo de orelha a orelha: tudo tão lógico, coerente, previsível... Mas da próxima vez que eu for dançar (com alguém observando), antes vou puxar os cantos da minha boca em direção às têmporas e passar bastante laquê. Assim ninguém vai ver meu esforço. E, de quebra, ainda saio bonita na foto.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Por que eu A.DO.RO! gente doida e velha... se for da belas artes então, apaixonei!!!

Eu ia relatar como eu estou aumentando minha coleção de canecas roubadas de bares...Atenção para roubadas!
Não, eu não corro porque não dá para ser elegante e correr ao mesmo tempo, mas roubar canecas de bares...ok, minha consciência permite!

Mas, enfim, não vou falar sobre isso agora porque tive um momento surreal que merece ser comentado... Trabalho de trainee num núcleo que, basicamente, produz vídeos e spots de rádio para tv e rádio da UFMG. Como é um núcleo novo, não tem uma demanda intensa, então passo parte do dia fazendo nada. Além disso, não tenho um chefe que fica do meu lado o tempo todo. Na verdade, fico a maior parte do tempo solta, bananando.... Na maior parte do tempo não sei como devo tratar certas pessoas...Se devo ser mais formal, se posso ter mais intimidade etc.

Agorinha, fui falar com um mulher que trabalha aqui. Detalhe: ela deve ter uns 40 anos, deve morar com a mãe e.... usa trança!!! Vamos combinar: quando chega uma certa idade não dá para usar o cabelo comprido!Pior se for no meio das costas! Não dá! Bial, não dá!

Bem, fui lá com aquele sorriso de “vou pedir um favor”... Estava decidida: “ela TEM que fazer as ilustrações para mim!!!ela tem que fazer...seja simpatica Thays!” Afinal minhas habilidades se reduzem ao palitex! Puxei uma cadeira, sentei ao lado dela com meu roteiro e meu pseudo-storyboard. Calmamente, expliquei como a gente precisa das ilustrações para ontem... Apresentei meu storyboard e na hora que mostrei ganhei um “que lindo!” Sério??? Lindo??? Tem certeza??? “Olha só tem até cabelinho...que gracinha!” - ahhh me senti um monet!!

Ahhh...eu tinha que falar com o fulano...mas não lembro o que era...ai!” - momento de pânico: só o que me faltava ela vai falar que não dá mais e vou ter que usar o palitex! Aí ela lembrou...ela tem um amigo palhaço! Pensei nas mil piadas possíveis! Minha vida seria o.te.ma. se eu conhecesse alguém que é amigo de palhaço!

Voltando...Continuei explicando... No maior profissionalismo ever! Aí ela me falou como eu estava realizando um sonho, porque ela sempre quis mexer com animação, mas que a gente tem que ter paciência com ela e etc... “Ahh tudo bem...eu também não sei muito e quero participar de todas as fases...” Aí ela me abraçou...Sim, ela me abraçou do nada!!!! ME abraçou! Eu no maior profissionalismo fiquei parada, congelada! Diálogo interno:

- Faz alguma coisa! Faz alguma coisa!
- O quê?
- Sei lá! Puxa a trança!
- Ah claro...aí ela dá um grito no meu ouvido!
- Morde ela...
- De novo... grito e ouvido..
- Então você sabe o que fazer...vai lá...

- Ahhh nãooooo!

Abracei ela!!! Sou de São Paulo...Nada calorosa e abracei a mulher da trança no meio de uma reunião de serviço...Ai jesuix!!!

No final, pensando bem, adorei a mocinha da trança...super calorosa...
e eu estou doente/cansada/tivequeusaróculosontemparaler (portanto estou me sentindo péssima hoje!)...enfim estava precisando de um abraço...ahhh adorei! Na verdade amei minha nova amiga que fez belas artes em 1790 e tem um amigo palhaço...

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Mudei


Não, não comecei a ser simpática com todo mundo e nem a gostar de criancinhas. Só mudei de casa mesmo.
“Só” faz até parecer que é uma coisa pouca, né. Não dá a menor idéia do horror de caixas, sacos, noites em claro arrumando tudo (pra mim, que em geral só fico em casa de 23 às 7h...), bagunça, achar e perder coisas. Nó, preciso falar disso:

Achar coisas
Toda hora eu escutava (ou falava):
_ Nossa, como assim eu ainda tenho isso?
_ Oba, meu não-sei-o-quê!!!
_ Gente, mas eu jurava que tinha dado isso pros outros...

Perder coisas
_Cadê aquela blusa assim, assim? Eu juraria que ela estava aqui.
_ Ih, pensei que a minha saia fosse aparecer quando eu arrumasse a mudança, mas parece que não...
E a campeã de incidência:
_ Alguém viu o outro pé da minha meia?

Que povo inocente, não canso de repetir a velha fórmula:
3 mudanças = 1 incêndio nas suas coisas
Eu sei disso melhor que ninguém, pois já estou na minha 8ª mudança. Ruim demais.
Minhas coisas já estavam até mais ou menos arrumadas, claro, não foi uma fuga, foi uma mudança planejada. A madrugada de terça pra quarta eu passei arrumando as roupas. Quarta, obviamente, fui trabalhar igual um zumbi, claro que não tenho mais idade pra virar noites em claro (como se algum dia eu tivesse aguentado...). Na quinta, feriado, levantamos às 7h depois de dormir no chão e fizemos a mudança. Os mudanceiros naquela moleza e eu impaciente, pensando: “Se Deus existisse mesmo, ia criar um “personal mudanceitor” que ia ser assim: os mudanceiros teriam uma técnica ninja com a qual entrariam em casa com a gente dormindo e, sem fazer nem um barulhinho, fariam toda a mudança: tirariam os móveis da casa velha, levariam pra nova, colocariam tudo no lugar, só aí acordariam a gente pra ir”. Eu nem estava pedindo um teletransporte, iria de taxi numa boa!
Enfim, já colocamos quase tudo no lugar, devemos terminar hoje.
Acho que vou poder dormir no final de semana, porque o povo lá de casa vai viajar pra uma cerimônia da religião deles lá. Uma religião meio diferente que eu mesma pratiquei por 10 anos. Mas isso é assunto pra outro post.
Só um parêntese: Falar “Fiz isso por 10 anos” ou “Te conheço há 20 anos” soa tão senil, né? Fecha.
Enfim, vou poder dormir muito no final de semana, a despeito das 8h de aula de dança que vou fazer no sábado (8? É, de 10h30' às 18h30') e do almoço na casa de uma amiga a que vou no domingo. Mas tá bom.
Ouvi dizer outro dia que o tamanho do seu molho de chaves reflete o tamanho da sua responsabilidade. Nu, tô responsável pacarai agora então, ganhei mais 5 chaves! Mas acho que quando eu tirar as da casa velha eu volto ao normal...

Preciso contar uma coisa ótima que aconteceu durante a mudança. Tinha que ter alguma coisa boa, né? Vou reproduzir o diálogo, pois não posso perder a chance de queimar o filme da Renata. Ela:
_ Sabe aquele cinto cheio de patuê?
_ O quê?
_ Não, patuá!
_ Como assim? (Já visualizei um cinto com as macumbinhas penduradas)
_ Ah, não, é pas de deux! [ela jura que se eu não escrever padedê, ninguém vai entender... por favor, não me decepcionem...]
_ Nossa, não faço idéia do que você esteja falando!
_ Como é mesmo o nome daquelas lantejoulas do seu vestido do baile brega? Ah, é, paetê...

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Rodinha


Quem é do meio da dança de salão sabe o que é fazer uma rodinha. E sabe, principalmente, que essa expressão não tem nenhuma conotação sexual, como algumas mentes sujas podem estar pensando.
Tentei procurar no dicionário pra colocar a explicação aqui, mas lógico que não achei. Rodinha é assim: quando a gente fala “vamos fazer rodinha pra fulano”, significa que o fulano vai ficar no meio de uma rodinha (!) formada pelo povo que estava fazendo aula (a rodinha é no fim da aula). Alguém, em geral o professor, solta a música, de um dos ritmos que se dança naquela aula. O fulano começa dançando com alguém e, ao longo da música, todo o pessoal da rodinha dança com o fulano, se revezando sem parar de dançar, um inferno.
Se é um fulano, revezam as damas, e se é uma fulana, os cavalheiros, mas há exceções.
Na minha escola, o povo tem a estranha mania de fazer rodinha pras pessoas por ocasião do aniversário.
Como todo mundo que lê isso aqui já está enjoado de saber, de tanto que eu falei, foi meu aniversário. Já estava quase dando graças a Jesus por ter caído num domingo e escapado da rodinha, mas Murphy é que é meu pastor, e rodinha não me faltaria, claro.
Ontem eu tive aula até 22h30. Coisa light pra quem tá arregaçada do final de semana e no meio de uma arrumação de mudança. Depois eu conto aqui da mudança, não hoje.
Lembrei que há pouco tempo houve um aniversário no final de semana, e a rodinha foi “celebrada” na segunda, nessa aula especial que temos de 21h30 às 22h30. Comecei a ficar com medo. E comecei a rezar pra que alguma coisa impedisse a rodinha.
Aprendi no catecismo que pra realizar as coisas basta ter uma fé do tamanho de um grão de mostarda, mas a minha é menor que um quark.
Torci pro povo esquecer, ou ficar com preguiça, ou pra eu ter um estiramentozinho leve, assim, nas duas pernas, pro povo me poupar desse martírio.
Pra vocês terem uma idéia, eu não gosto de rodinha nem dos outros. Quando é uma dama, beleza, não tenho que dançar com ela, e posso me limitar a compor a roda, no máximo batendo palmas, não necessariamente no ritmo. Jajá eu falo da minha falta de coordenação.
Quando o “homenageado” é um cavalheiro, eu já começo a ficar tensa. O cara tá lá no meio, feliz da vida, deslumbrado com aquele fluxo intenso de mulheres como ele nunca viu na vida, doido pra dançar na potência máxima.
Simplesmente não consigo entrar na rodinha. Sabe quando o povo batia corda, quando começava a bater antes pra gente entrar? Então, eu nunca conseguia! Ficava olhando a corda, acompanhando como os olhos, com a cabeça, com as mãos, flexionando os joelhos meio no ritmo, fazendo tudo como se fosse entrar, mas nunca entrava. Até o povo que estava batendo a corda apelar e parar de bater ou encher o saco, me fazer entrar mesmo de qualquer jeito, a despeito da preparação, e errar a porcaria do negócio, embolando a corda nos pés.
O tipo de aviso a que a gente deve dar atenção na vida e ter a presença de espírito de nunca se meter a fazer coisas que exijam muita coordenação, como artesanato, cirurgias, dança de salão e afins.
Tá, era assim, na rodinha dos outros eu tinha medo de entrar e errar o negócio, perder o passo, atrapalhar o cavalheiro. E é muito chato não entrar, porque depois que já foram todas as damas e só falta você, o povo já começa a te olhar torto, tipo: “Anda!”. Inferno!
Damas respeitadíssimas já me ensinaram que é só começar acompanhando (imitando) a dama que está dançando, aí você entra direito. Nem é simples assim. Falei que a música de uma rodinha é sempre rápida? Pois é. E que se você entrar com o pé errado não dá tempo de consertar? Também. Não antes de ferrar com o negócio.
Então, ontem, eram 22h31, passando da hora de terminar a aula que foi super hard e a professora se encaminhou pro som. Já estava até ouvindo ela gritando “Valeu, gente!”, mas ela, ao invés disso, fez duas coisas desagradáveis simultaneamente:
- falou: “Vamos fazer uma rodinha pra Jana e pra Renata, que foi aniversário delas”, e
- colocou um zouk super ultra high mega plus advanced rápido.
Queria morrer. Antes de começar, de preferência. Quando eu falo isso, quem não me conhece pode até pensar que sou uma pessoa tímida, mas não sou não, mesmo. Sou até bem cara-de-pau. Deve ser algum tipo de distúrbio congênito, sei lá.
Atenuantes:
Era naquela aula especial de que já falei, tarde da noite, e não tinha nenhum aluno na escola mais, só gente da equipe, e eu ia dividir a rodinha com outra dama, dividindo a atenção das pessoas pros meus vacilos por 2.
Agravantes:
Odeio rodinhas, odeio zouk (pra quem não conhece, leia ou veja o que é), principalmente se for rápido. Não tenho jeito, nem cabelo e muito menos sex appeal pra esse tipo de coisa. Me sinto uma pomba-gira e isso não é nada confortável. (Inclusive criei uma comunidade no Orkut, chamada ”Eu tenho medo de cambrê”. Ah, é, pra quem não sabe, cambrê é isso aqui).
Bom, no final deu certo, apesar de que a cada cavalheiro que entrou, eu tentei acompanhá-lo e acabei fazendo-os errar, mas tá valendo. Estou livre até o ano que vem, pelo menos.
Ano que vem meu aniversário vai cair num dia de semana e só vou à escola se forem 4 aulas de forró.
Ah, não, acho que vou sugerir um curso de férias de Rodinha pra janeiro, pra ver se eu aprendo. Quem sabe eles ensinam pelo menos a fazer aquela cara superior de que a situação está sob controle...

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Meu aniversário


Mesa comprida cheia de pessoas que eu amo. Esse ano me dei ao luxo de convidar só gente de que gosto pra comemorar meu aniversário comigo. Acho que já passei da idade de arreganhar os dentes pra gente que não gosto.
Nem todas as pessoas que amo puderam estar no dia, mas todas as que estavam eu amo, com certeza. Na verdade, nem chamei o resto.
E creio – quero crer – que todo mundo que estava lá gosta de mim. Do contrário, como poderia ser tão agradável?
De manhã já começou a ansiedade. Fui montar as surpresinhas. Sim, fiz uma reunião em que só convidei adultos e preparei surpresinhas: saquinhos da Hello Kitty com balas, chicletes, pirulito de guarda-chuva, gelatininha e uns brinquedinhos.
Minha vingança para o mundo dos 20 anos que passei sem ganhar surpresinhas (rá, fiz 8 pra mim). Muita raiva de ir a festas e ficar olhando as crianças, que nem sabem dar valor a uma surpresinha, ganhando todas. Mas, enfim, eu também faço aniversário e, no meu dia, quem manda no campinho sou eu. Enquanto fazia as surpresinhas, pensava: “Se for alguma criança, ela vai ficar olhando, hahaha”. Mentira, eu sabia que não iria nenhuma. Mas se fosse... não sei, não sei. Se bem que eu tava tão felizinha que tava quase tendendo pra boa.
Marquei meio-dia e cheguei lá no restaurante às 11h30’. Parte porque queria estar lá ao primeiro que chegasse, e parte porque sou ansiosa mesmo. Levei minha mãe e Renata junto, claro. Praticamente abrimos o restaurante. Em pleno domingo. Nada deu errado lá. Fora, claro, uns tratantinhos (só uns 2) que ligaram dizendo que não iam mais, tudo correu às mil maravilhas.
Mal pude ficar sentada, tentando flanar ao redor da mesa e dar atenção a todos os convivas, quase 30.
O que não me impediu de comer, e muito.
Ninguém pode imaginar esse monte de gente, de vários núcleos diferentes, falando igual pobre na chuva, comendo e rindo um monte, e se entendendo. E eu ainda tentando apresentar todo mundo. Com se alguém fosse guardar. Eu gastava uns 15 segundos pra falar o nome de todo mundo e de onde era - da família, da escola, da dança, do trabalho, de Guanhães, de todo lugar. E ainda paramos pra tirar fotos. Um monte de vezes.
Até as 15 e pouco ainda estava chegando gente e os últimos (o que, lógico, me inclui) saímos às 19h.
E o monte de presentes que ganhei? Esse ano eu não esperava ganhar presente nenhum, pra mim era realmente daqueles casos em que a presença é o presente, sem falsa demagogia. Mas ganhei um monte. Roupas, sapatos, livros, chocolates (!), brincos, colares, pulseiras, mil coisas. Delícia total.
Ainda bem que levei a sacola das surpresinhas, senão não ia ter como levar tudo aquilo embora. Não, não ganhei um carro de aniversário, fui embora de metrô mesmo.
Cheguei em casa mais de 8 da noite, feliz e satisfeita, e ainda mamei na minha mãe mais um bocado antes de dormir.
Claro que não dormi antes de aplacar meu vício entrando no meu blog e nos outros que costumo visitar. Fiquei muito feliz porque a Vaidade, o Grilo e a Gau postaram em homenagem ao meu aniversário.
Dorei!
Obrigada a todo mundo que me ligou, que me mandou mensagem, que mandou scrap no meu orkut (mesmo quem só lembrou graças ao orkut), que mandou email, que postou no blog, mas principalmente a quem foi ao Baby.
Minha auto-estima tá furando o teto graças ao carinho de vocês. Vai até dar pra me dar mais uns presentes, só com o dinheiro que vou economizar da terapia.
Amo vocês.

domingo, 11 de novembro de 2007

Para...o quê??? PA.RA.BÉNS!!!

Recapitulando: sou uma das pessoas mais chatas no quesito fazer social...é fato! Simplesmente odeio!!!
Quando eu conheci a Ira, eu simplesmente não fui com a cara dela logo na largada...não pergunte por que...sou daquele tipo “não comi, não gosto e não vou provar!” Enfim, não gostei e ponto!
Então, emprestei meu precioso livro “Melancia”, que ela olhou...olhou bem a capa e fez aquela cara de “não gostei, mas vou dar uma chance”... Na semana seguinte ela voltou apaixonada...talvez eu estivesse em uma fase “ok, vamos julgar o livro pela diagramação” e entrei na dela...enfim, demorei uns 6 meses para começar a tolerá-la...(ai jesuix!ela vai me matar!)
Aí...ela foi...e depois ela voltou...iei! Companhia para falar mal das coisas, afinal “life suck!" And "shit happens all the time!”

Sim, eu vou fazer isso...sim, eu vou falar da Ira...aiiii meu deuxxx!!!

Eu pensei...pensei...pensei... Resolvi fazer um “anti-depoimento do orkut”. Sabe aqueles textos, típicos da estética “neo- miguxês” -
http://aurelio.net/web/miguxeitor.html. Eu até podia dizer: “Ah, JanAinAh eh 1 Supe mIGUxXxAh...peXXOAH DU bem...kOnfIDENTi...SiNceRAh..................EnFIM MIGuxXxAxXx PRAH TodaxXx AxXx HoraxXx”. Mas me recuso!!! Vou fazer o contrário vou falar coisas que existem e que ninguém colocaria no orkut dela!!!

Por onde começar... Janaína é a Janaína e vice-versa e self-service! Prolixa??? Claro que não(!) ela é verborrágica!!! Perversa??? Não mesmo! Isso se chama sarcasmo...aliás, se você não percebeu a sutileza, não merece atenção... Preciso dizer, e vocês vão concordar comigo, ela tem a maior cara de paisagem de todas (Sim!!!! Eu falei isso!!!)...O mundo pode estar caindo que ela está com aquela cara de não me importo, ela pode estar explodindo de alegria que para pessoas que ela não conhece ela continua com cara de paisagem...Agitada, ela é um tanto cabeça dura e uma ótima companhia, ainda mais para reclamar da vida, devorar livros e roliçar !!!(Sim, também falei isso!) Enfim, hoje eu A.DO.RO. essa criatura!!! E desejo para ela toda felicidade e “todo amor que houver nessa vida”!!!

Portanto,
Feliz Tim de aniversário!!! rs

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

"Eu pensei que..."


Por isso eu digo: pensar é pra quem pode, e não pra quem quer.

Outra coisa: faltam DOIS DIAS para os meus parabéns, e de quem esquecer eu vou ficar de mal mesmo.

Minha mãe tá vindo aí-í, la-ra-la-ra-la-ra...

No mais, bom final de semana.

Sushi


Não é do sushi de comer que vou falar não. Gosto muito também, mas hoje vou falar do livro.
Adoro a escritora irlandesa Marian Keyes. Já li os 5 livros que ela tem publicados em português, todos grossos e ótimos, sendo que tenho 3. Prometo um post pra depois falando mais dos outros, mas hoje só quero falar de um.
Fiquei com vontade de comentar do Sushi aqui porque falei dele ontem com uma amiga que está lendo e gostando.
Ele conta a história de três mulheres bem diferentes, é muito legal. Todo mundo que lê se identifica com pelo menos uma delas e queria ser outra. Muito bom. Ótimo e engraçadíssimo. Daqueles que você lê no ônibus e todo mundo te olha esquisito por causa dos acessos de gargalhadas.
Não vou contar muito da história, mas obviamente vou postar umas frasinhas que tirei dele (Gau, pode ler, não contei nada demais. Nada além da parte que você já leu. Talvez só uma ou duas coisinhas...). Não vou nem linkar, vou deixar aqui mesmo, porque filtrei bem e peguei só pouquinhas:

_Quem espera, desespera.

_Acho difícil respeitar um homem que passa mais tempo cuidando do cabelo do que eu.

_Você não tem a menor compreensão desse conceito. Muito me espanta que consiga enunciá-lo.

_Vocês não acham que deviam tentar se pôr no lugar dela?
_Eu adoraria me pôr no lugar dela. Mas sem avisar a ela para se levantar primeiro: já ia me jogando em cima antes que ela tivesse tempo de pedir socorro, e só sairia quando os cacos mortais começassem a espetar minha bunda.

_Você parece que confunde sua idade com o limite de velocidade.

[uma mãe tentando fazer o filho de 5 anos calar:]
Fedelho mimado! (...) Se vivesse em Bangladesh, trabalharia dezoito horas por dia numa daquelas fábricas que tiram o couro dos trabalhadores em troca de um salário de fome... Aí, sim, ele teria um motivo para chorar.

_Patetas não costumam render muito na horizontal.

_As revelações são como ônibus, não são? Não passa nenhuma durante horas e, de repente, passam três de uma vez.

_Você disse que esperaria por mim.
_Disse? Bom, então eu menti.


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***Fedaputice do dia*** Odeio, odeio, odeio festa de final de ano de trabalho. E tava rezando pra arrumar uma boa desculpa pra não ir à daqui, sem que ninguém pensasse que eu não gosto de socializar (a despeito da plaquinha de “Não sou anti-social, só não gosto de você” que tem sobre a minha mesa... mentirinha!). Enfim, o povo decidiu que a festa vai ser no dia 22/12(!), um sábado(!), em outra cidade(!). Jesus me ama, mesmo: Não só não vou, como não vou precisar ter o trabalho de inventar nenhuma desculpinha, porque estarei ocupada com 2 coisas: VI-AGEM, hahaha.
Ou, ninguém tem noção da enrascada que eu escapei. Tive que me segurar muito na cadeira pra não sair pulando de alegria.
Eis que vira um colegüinha e fala:
_Nossa, mas você tinha que ir pra animar a festa!
Eu, angelical:
_Vou mandar um boneco do posto com a minha cara, daí ele fica agitando os braços e animando a festa por mim...

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Síndrome de cabeça de Doberman


Tem uma lenda (descobri que é lenda hoje, pelo meu tio Google) segundo a qual a caixa craniana do Doberman é incompatível com o tamanho do seu cérebro, é menor. O cérebro fica, assim, comprimido, causando dores de cabeça horríveis ao cachorro e, conseqüentemente, seu enfurecimento. É isso que faz com que o cão avance em qualquer um, inclusive no seu dono.

Entendo totalmente o pobre do Doberman.

Muito difícil não morder quando estamos com dor. Qualquer um morderia. Mesmo com muita madre-teresice.

Hoje tá parecedo que tomei uma surra de marreta. Não, tá parecendo que fui a marreta usada pra dar a surra em alguém. Algo relacionado a gripe, dor no corpo, tpm, dormir pouco e conversas que são literalmente uma surra, logo antes de dormir.

Nossa, é muito difícil ser legal e simpática, ainda mais pra mim que não estou habituada a isso.

Acho que amanhã já estarei de melhor humor, mas tô com muita preguiça de ficar distribuindo sorrisos e tapinhas nas costas hoje. Mas já ganhei uma estrelinha com Jesus só por não ter mordido ninguém até agora.

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Parabéns pra minha Mãe Dindinha, que apaga 85 velinhas hoje.

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Daqui a 4 dias sou eu, haha. Menos velinhas, é claro. Menos velhinha, eu.

Ah, meu filho


Esse é um post escrito a 4 mãos. Ia escrever que foi digitado a 20 dedos, mas ficamos com preguiça do povo imaginar a gente digitando com os pés. Então deixa assim mesmo. Fato é que eu e o Grilo, como ele já contou , tivemos um filho. Ele se chama XXXXXXXXXX (só pra vocês terem a curiosidade de ir nos visitar). Passem lá depois pra conhecê-lo e desejar muita saúde pra ele. Esperamos que ele cresça forte e cheio de boas histórias durante sua vida.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Hello, stranger!


Preciso, muitíssimo, comentar um filme. Closer. Das antigas, claro. Depois de metade do mundo me mandar ver esse filme (algo relacionado ao fato de eu adorar saber de tudo até o fim, acho), finalmente comprei. Ótimo, ótimo, ótimo. Lindo o filme, muito diferente. Todo filmado de pertinho, como o Grilo chamou minha atenção.
Bem bacanas os personagens. Linda música-tema, coisa em que raramente presto atenção (pobreza). Se quiser ouvir, é a The Blowers Daughter (Damien Rice)
O filme é de um inglesinho tão facinho que até eu entendi quase tudo. Achei bom, mas, pude, claro, mais uma vez, ver como são toscas as legendas. Bom demais não ter que olhar as legendas e focar toda a minha atenção no Jude Law, por exemplo.
Não vou contar o filme. Mas ele dá outra visão sobre fim de relacionamentos. E fala sobre amor e confiança de um jeito muito legal.
Só dá um pouquinho de tristeza por causa de umas sensações quase esquecidas que o filme me faz lembrar. Principalmente depois de vê-lo pela quarta vez.
Tive, claro, que anotar minhas frasinhas prediletas. Algumas eu copiei mesmo, meu puro esforço, mas boa parte já achei digitadinhas na net. Google, eu te amo. Quem quiser ler, estão aqui. Excelentes frases curtinhas do filme, além da clássica que dá nome ao post, “Hello, stranger”.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Razões ("estranhices") pelas quais eu me convenci de que estou mesmo passando mal


1 – Acordei e não consegui abrir os olhos. Sim, eu sou estranha e, ao contrário do resto das pessoas, eu acordo primeiro e abro os olhos depois. É legal. Só que hoje eu estava acordada, com plena noção do que acontecia à minha volta e simplesmente não consegui abrir os olhos. Isso, claro, fora o calor, a moleza e todo o resto. Algo relacionado com uma noite mal dormida, uma infecção de garganta ou... a um batom de doce de leite que comi ontem. É, eu estou mesmo passando mal.

2 – Liguei pro trabalho e avisei que não dava pra ir naquela hora. Só que eu sou meio nerd com esse negócio de horário e não costumo atrasar, nem quando estou passando mal. É, eu estou mesmo passando mal.

3 – Trabalhei das 11 às 15h. Saí mais cedo pra ir ao médico. Meu médico, meu amigo. Ele já marca o último horário porque sabe que vamos ficar de papo. Ele:
_ Você tá namorando?
_ Não.
_ Tá lembrando que não é pra você se envolver com ninguém, né? Que o terapeuta te mandou ficar quietinha por um ano...
_ Nº 1: Eu não estou namorando. Nº 2: Já passou um ano.
_ Já?
É, eu estou mesmo passando mal.

4 – Saindo do médico, fui tentar comprar uma calça. Entrei numa loja que sei que tem calças do tipo que eu gosto. O joselito do vendedor, lindo por sinal, chega perto de mim:
_ Bom dia, senhora, posso ajudar?
_ Eu ainda não achei o que eu quero. Vou olhar e ai, se eu achar, eu te chamo, ok?
_ Então deixe-me mostrar a loja...
_ Eu já conheço a loja, obrigada.
_ Qualquer coisa, meu nome é Eduardo.
Comecei a olhar as calças e só tinha colorida, bordada, cheia de penduricalhos, todas horríveis. E baixas, muito baixas.
_ Eduardo, eu quero uma calça jeans de comprimento tradicional, azul, lisa, sem nada pendurado, que não seja justa, de jeans molinho, de cintura não muito baixa... ah, e do meu tamanho.
_ E qual é o tamanho?
_ Não sei, tenho calças 38, 40 e 42... Mas por favor, traga uma que me sirva, porque eu só vou experimentar uma, ok?
Ele trouxe uma calça. Linda. Perfeita. Que me serviu. Do jeito que eu pedi. E foi baratíssima. É, eu estou mesmo passando mal.

5 – Matei aula de dança. É, eu estou mesmo passando mal.

6 – Peguei um taxi na Av. Amazonas pra voltar pra minha casa. Síndrome de começo de mês, quando eu acho que sou rica. É, eu estou mesmo passando mal.

7 – Puxei conversa com o taxista. Apenas por medo de dormir no taxi e ter de pagar 100 reais pela corrida. Mesmo assim... é, eu estou mesmo passando mal.

8 – Consegui postar de casa. É, eu estou mesmo passando mal.

P.S.: Faltam 10 dias pro meu aniversário. Ninguém esqueça, hein! Por favor!