segunda-feira, 31 de março de 2008

Prova, então


Ontem tive a primeira prova de gente grande desse ano. De gente grande porque foi a primeira que tinha um conteúdo que precisava realmente aprender, estudar. E eu fiz como gente grande mesmo, estudei horrores.
Oito horas de prova, credo! Já saí de casa no sábado à noite, fui dormir na casa de uma pessoa linda que mora pertinho do lugar onde eu ia fazer prova pela manhã. Levei minha malinha (“inha” é ótimo) com pijaminha de inverno – claro! -, apostilas pra estudar em cima da hora, minha nécessaire que ocupa metade da minha mochila que já é um monstro, e balas, muitas balas, mil balas. (Acabei de descobrir que nécessaire é masculino, mas ah, azar.)
Minha anfitriã acordou às 5h30 da manhã pra preparar café pra mim. Pedi ela em casamento, claro. Ela só aceitou depois que eu lavei a louça...
Enfim, a prova da manhã (que deveria ser a mais foda) foi mais tranqüila. Obviamente tinha um mongol lá conversando alto e pelos cotovelos antes de começar a prova. Uma hora ele berrou:
_ Gente, vocês trancaram a porta direito quando saíram de casa hoje?
Como ninguém respondeu, o babaca continuou:
_Essa é uma tática que eu uso pra deixar os meus concorrentes pensando durante a prova inteira se trancaram ou não a porta.
Rá, eu nem saí de casa... Idiota!
Se existir justiça divina, esse imbecil não vai passar. Falar em não passar, à tarde fiz prova numa sala repleta de Janaínas. A Janaína da minha frente tinha um cabelo lindo. A de trás passou metade da prova sambando na minha cadeira. Metade porque uma hora eu enfezei e arrastei a cadeira pra frente na hora em que ela tava apoiada, daí ela ficou com medinho de cair e não apoiou mais. Se depender da minha reza, ela não vai passar não. Olhei até o nome completo dela, que é pra Jesus não confundir as Janaínas.
No intervalo das duas provas, fui almoçar meu McLanche. Encontrei por acaso uma colega que não via havia anos e que também tava fazendo as provas, Ana Cristina, linda. Falar em lindo, encontrei também o Lucas, amigão que eu não via há mais de ano. Sem comentários. (Ué, mas eu não tenho birra de engenheiros? Ah, é. Quase esqueço.)
Várias pessoas gracinha me ligaram ou mandaram mensagem durante o dia, querendo saber se eu tava calma, se tinha ido bem, se tava difícil, adorei.
Respostas coletivas:
Eu não estava calma. Lembro até do filme Xeque-Mate (Lucky Number Slevin, 2006), em que o personagem do Josh Hartnett diz que “sofre de ataraxia”. Amo esse filme, vi 3 vezes – 2 no cinema -, mas achei essa tradução podre. Se bem que a forma original nem foi tão benta. Vale transcrever:
"Slevin: I have ataraxia.
Lindsay: Ataraxia?
Slevin: It's a condition characterized by freedom from worry or any other pre-occupation really."
(Tirado do IMDB- Claaaro que eu não vi o filme de novo pra copiar essa fala...)

Horrível.
Enfim, se eu "sofresse de ataraxia", talvez estivesse calma, apesar dos 68 mil concorrentes e de toda aquela situação nada comum em que eu estava envolvida por causa da prova. Mas deixe.
Quanto à dificuldade da prova: Já pensou se dessem uma prova fácil? Queria ver o que o povo ia fazer com milhares de aprovados! Tem que ser difícil mesmo! Detalhe que achei até a prova de Matemática difícil, é o fim dos tempos.
Quanto ao meu cansaço. Nada, to super acostumada a fazer 8h de prova, todo dia. Principalmente tendo que cruzar a cidade na hora do almoço (claro, seria muita sorte ter as provas da manhã e da tarde no mesmo lugar.)
Só sei que ontem às 20h eu estava na cama, cansaço total.
Agora é esperar o resultado, deve sair um preliminar essa semana.
Até lá, sem perguntas. Meu MSN tá assim: "Mega difícil a prova. Agora podemos falar de outra coisa?" Mas falei até muito aqui, não consigo.

Boa semana a todos.

sexta-feira, 28 de março de 2008

A última das imortais


Vou mudar meu sobrenome pra Highlander, a Última das Imortais Terceira.
Minha vó saiu do hospital há 2 dias.
Tinha que contar aqui, porque fiquei muito feliz, porque todo mundo já tinha se acostumado com a idéia de que ela não ia ganhar alta nunca mais e porque tem um monte de gente que lê aqui e que tá rezando por ela.

Falar em rezando, favor todo mundo rezar pra mim no domingo (ou torcer, caso você não tenha fé). Fato é que vou fazer a prova mais importante da minha vida até o momento e preciso de todas as energias positivas das pessoas que me amam. Quem não me ama, não precisa enviar nenhum tipo de energia, pelamordedeus.

Esses dias to meio mal-humorada. E to sem dançar, portanto nem tenho onde extravasar. Vou ter que xingar alguém pessoalmente. Pelo telefone não tá me satisfazendo mais.

To estudando demais. Não agüento mais ficar cansada. E eu que pensei que depois de sair da faculdade eu não iria estudar nunca mais. Inocência, a minha. Bom, tomara que dessa vez valha a pena, né.

Enfim, bom fim de semana pra quem for ter fim de semana.

P.S.: “Adoro” pessoas que respondem meus scraps dois dias depois com coisas que não dão nenhuma pista do assunto como “Hahaha, também achei!”. Claro, porque depois de dois dias eu sei exatamente o que foi que eu mandei anteontem - e o dito já apagou, óbvio -, não fiz mais nada nesse intervalo, só fiquei esperando ansiosamente, com o assunto na ponta da língua. Tão na ponta que caiu. Ai.

domingo, 23 de março de 2008

Páscoa da Ressurreição


Tirei essa semana que passou pra estudar. Mudei pra casa da Carol. Eu, ela e Caio estudamos todos os dias, quase o dia inteiro. Super produtivo, de verdade.
Minha vó (a Mãe Dindinha, de que falo sempre) tava doentinha, internada desde a semana anterior.
To lá na quarta, feliz e contente, e minha mãe liga chorando, dizendo que a Dindinha tava “muito mal, muito mal mesmo”. Desliguei o telefone e falei pros meninos: “Gente, minha vó morreu”. Os dois pararam o que estavam fazendo e arregalaram os olhos pra mim. Eles devem ter ficado desapontadíssimos porque eu não comecei a chorar, não bati a cabeça na parede e não gritei que queria ir junto com ela. Eu sou uma pessoa espiritualizada, meus caros. Toda a minha família, inclusive. Mas já estou acostumada com as pessoas se assustarem com o fato de nossos velórios não terem choro e ranger de dentes. Tá, só um pouquinho, mas sem escândalo, o que acho ótimo e chique.
Mas enfim, depois que consegui fazer os dois fecharem a boca (de pasmos), liguei pra duas tias pra descobrir como iríamos pra Guanhães. No final, acertamos que iríamos de carro. Leia-se: eu tinha mais um tempinho pra terminar de estudar, almoçar e tals. Eu estava fazendo o almoço e continuei, dei mais uma parte do negócio de estatística que eu estava explicando pros meninos, comi bastante, arrumei minha mochila, o cachorro da Carol avançou em mim, dei um chilique e só então saí. Caio, menino fofo, foi me levar ao encontro do meu pessoal.
No carro, descobri que ninguém tinha certeza se minha vó tinha ou não morrido. Eu falei: “Gente, minha mãe usou o código internacional da família para a morte!” Pra quem não sabe, ninguém na minha casa liga pros outros e fala “fulano morreu”, mas fala, em geral chorando ou pelo menos com a voz embargada: “fulano está muito, muito mal”. Medidas pra evitar mais mortes simultâneas, por susto e tal. É o código internacional da família. Código tácito, ninguém combinou isso, mas é assim que é.
Enfim, resumindo, chegamos lá em Guanhães e vimos que minha mãe tinha feito uso indevido do código. Quando ela disse que minha vó tava muito mal, era só isso, ela só tava muito mal mesmo, mas bem vivinha. Passei até um tempo no hospital com ela. Ela tá muito fraquinha,cerca de 30% do coração funcionando só, com soro na veia e oxigênio, mas viva. Conversando um monte.
Da hora que eu soube a primeira notícia até chegar em Guanhães e decodificá-la, falei pra umas pessoas o que eu pensava que tinha acontecido. Tratei de mandar logo uma mensagem desfazendo o equívoco, né, não podia esperar as pessoas ligarem perguntando que dia seria a missa, claro que não.
Minha mãe me passou um susto. Apesar de todo mundo falar da minha frieza, claro que amo a minha Dindinha e vou sentir super falta dela quando ela for. Mas uma hora ela vai ter que ir e todo mundo vai ter que estar preparado. O legal dessa confusão foi que acabou reunindo toda a família em volta da minha vó vivinha. Porque depois que a pessoa morre, não adianta mesmo todo mundo sair correndo, pro corpo não faria nenhuma diferença.
Minha Dindinha deve ter adorado ver aquele monte de filhos e netos se acotovelando em volta da cama no hospital, cada um querendo ficar mais pertinho dela. Uma hora ela virou pra mim e disse: “Eu to ruim mesmo, né, todo mundo veio correndo pra cá!” E eu falei o que tínhamos combinado: “Nada, Dinha, a gente veio foi pra passar a Semana Santa, é coincidência a senhora ainda estar internada!” Ela riu. Será que ela sabe que o coração dela tá funcionando cada dia menos, que o pulmão tá congestionado e que é pouco provável que ela volte pra casa? Espero que não saiba, ela não pode desistir, não agora.
Sei que antes de vir embora eu dei nela o abraço mais apertado que consegui dar sem sufocá-la. E quem já estava rezando por ela, pode continuar.

Feliz Ovo de Páscoa a todos.

sexta-feira, 21 de março de 2008

Ela...


Ela podia se chamar desapego...
Porque ela arranca as páginas da própria agenda. Diz que se os dias já passaram, não tem problema.

Ela podia se chamar antipatia...
Porque ela se recusou a falar comigo por meses (e sim, eu guardei mágoa).

Ela podia se chamar esperança...
Porque ela sempre espera que venha dinheiro a mais no caixa eletrônico.

Ela podia se chamar insistência...
Porque ela tem alergia a álcool, mas bebe mesmo assim.

Ela podia se chamar segurança...
Porque ela me liga no trabalho e já sai falando antes de se identificar, com a plena certeza de que eu sei quem está falando.

Ela podia se chamar Branca de Neve...
Porque ela adora meninos pequenos (no mau sentido... não me mate)

Ela podia se chamar gênia...
Porque ela adora me chamar de burra e dizer que só come capim porque faz bem pra pele.

Ela podia se chamar Bartlebly...
Porque depois que ela leu esse livro, prefere não fazer um monte de coisas que tem que ser feitas. (muórre de preguiça)

Ela podia se chamar atriz...
Porque ela sabe fingir simpatia como ninguém. Talvez seja por causa do formato dos olhos, que faz parecer que ela está sempre sorrindo.

Ela podia se chamar estilo...
Porque ela vive fazendo mudanças radicais nos cabelos. E sai com umas roupas dignas de Elke Maravilha. Mas, enfim, ficam bem nela.

Ela podia se chamar prolífica...
Porque ela se refere a todas as pessoas interessantes (ou absolutamente desinteressantes) que vê como “pai dos seus filhos”.

Ela podia se chamar chef...
Porque ela não só cozinha divinamente como adora comer bem.

Ela podia se chamar educanda...
Porque achou recentemente alguém além de mim que a eduque.

Ela podia se chamar arrogância...
Porque ela nunca admite que erra. Tá, quase nunca.

Ela quase podia se chamar bondade...
Porque ela adora comprar coisas enormes e dividir (principalmente se for refrigerante, milkshake...)

Ela podia se chamar intensidade...
Porque ela sempre ama de todo coração ou odeia com toda força.

Ela podia se chamar até ira...
Porque ela odeia um bocado de gente. E tudo que envolva alegrice, sonsice, lerdice...

Mas ela prefere se chamar Vaidade...
Porque ela é linda.
O problema é que contaram isso pra ela cedo demais.

Parabéns, Thays!

domingo, 16 de março de 2008

Da licenca

Vamos a atualizacao em massa. Antes que alguns venham falar, comeco pedindo desculpas pela falta de acentuacao, ja que estou no lap desconfigurado, ele nao eh meu e nao vou mexer na configuracao, mas facam um esforcinho que vai dar pra entender tudo.
Semana passada trabalhei como uma rena em vespera de natal, precisava fechar urgente dois servicinhos limpos que vinha fazendo, porque ia tirar licenca essa semana, jaja eu conto.
Sabado pretendia tirar o dia pra estudar, claro que sem sucesso.
Me aventurei a depilar minha propria canela com cera quente, sozinha. Nao so ficou super mal feito, como ganhei 2 hematomas novos, por pura incompetencia. Mas o importante eh que eu cismei de sair de bermuda (kinik, como aprendi), e consegui.
No fim da tarde fui lanchar na casa de uma amiga muito querida, e descobri a segunda crianca na face da terra que gosta de mim, a filha dela.
Provei o picole Opereta. Sangue e Jesus! So eu que fico emocionada com comida ou mais alguem? Serio, quase chorei! Agora so falta provar os picoles de 3 tipos de Talentos, de Batom e o Serenata de Amor "cornettoforme". Quem estiver trucando, olhe aqui.
Hoje acordei as 4h da manha pra trabalhar num concurso. Duas coisas otimas aconteceram: nao so recebi em cash, na hora, como encontrei o pai dos meus filhos la. Como assim essa boniteza dimeudeus trabalha na mesma empresa que eu e eu nao o conhecia? Deve ser por que somos centenas, ne? Mas peguei o nome dele inteiro e no proximo dia em que for trabalhar, vou levantar a ficha dele inteirinha. Peguei o cpf tambem, pro caso de haver homonimos. Credo, quem ler isso vai achar que eu sou doente!
Hoje passei a tarde na casa do Caio, fui la pra estudar, mas vi muitas fotos, comi, vi TV e acabou nao dando tempo.
Objetivo mor desse post corrido: estou saindo de licenca. Essa semana eu preciso mesmo estudar, nao tem mais jeito de adiar.
Minha chefe me deu licenca, e por isso nao vou trabalhar essa semana.
Minha escola de danca me deu licenca, e por isso nao vou la essa semana.
Espero que quem me le me permita sumir de blog, msn, orkut, convivio e afins, para, numa ode ao egoismo, eu me dedicar a um projeto meu.

Hasta.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Águas de Março



Quarta-feira é dia de dormir cedo. É o dia em que normalmente não tenho aula de dança e nem de nada, daí chego cedo em casa e posso dormir cedo. Ou não.
Há semanas em que eu marco alguma coisinha. Um café, cineminha, uma saidinha com meus amigos que não dançam, alguma coisa com o povo da minha casa, enfim.
Ontem seria a última quarta que eu teria pra marcar coisinhas sociais. A última antes de 14 de abril. Estou passando pra tanta gente essa data em que poderei retornar à vida social, que pressinto que minha agenda já vai logo ficar cheia de novo.
Cássia, minha amiga de infância, vai para os Estados Unidos e não vou conseguir encontrá-la antes. Só na volta, e depois de 14 de abril.
Terei um encontro de primas em breve. Claro, num dia qualquer depois de 14 de abril.
Há várias pessoas que preciso encontrar, armários que preciso arrumar, mas tudo será depois de 14 de abril.
Como eu uso efetivamente minha agenda (só ter não adianta, né), na semana passada eu vi que ontem seria a minha última quarta livre. Claro, tenho milhões de coisas pra estudar, mas obviamente não iria fazer. Então marquei de encontrar um pessoa de que gosto muito. Porém ele desmarcou um dia antes. Então me vi subitamente com a quarta livre... livre!
Então fui pra casa cedo. Mas claaaro que não cheguei cedo, né, gastei maior tempão devido à chuva que tem acometido Belo Horizonte nos últimos 3 dias, sempre na hora em que estou indo embora. Sério, segunda eu fui embora do curso de Lingüística as 22h30, entrei no ônibus e começou a chover. Desci no meio da enxurrada e cheguei em casa ensopada. Terça saí mais cedo da aula de dança porque estava passando mal, algo relacionado à hipotensão arterial ou algo assim. Saí na rua e a chuva caiu. Cheguei em casa ensopada de novo. Ontem saí do trabalho, tava normal. Desci no centro e caiu a chuva. Ensopada outra vez. Tenho que ser contratada pelo governo de algum estado do nordeste, mesmo, que droga!
Devem ser “as águas de março fechando o verão” ou, como minha mãe dindinha me ensinou, a enchente de São José. No tempo em que o aquecimento global e o buraco na camada de ozônio tinham menos poder que a sabedoria popular, as águas de março fechavam exatamente em 19 de março, dia de São José. Tomara, que aí seria só mais uma semaninha de chuva, não agüento mais!
Enfim, ontem cheguei em casa mais cedo e, ao invés de dormir ou estudar, fui pro msn (saudadinha). Conversei por 2 horas com várias pessoas, mas 3 me chamaram especial atenção.
- meu pai, que além de ter blog, como já contei aqui, tem orkut(!) e msn(!). Não se fazem mais pais como antigamente! Pais que te dizem que computador não traz nada de bom e falam pra você sair dele e ir aprender alguma coisa. Que bom!
- dois amigos que tenho desde a faculdade e que adoro, tava morrendo de saudade de conversar bobagem com eles. Até marquei um encontrinho, apesar de um deles morar no Rio, e talvez seja antes de 14 de abril! Ó! Depois conto mais. Sou apaixonada por esses meninos, lindos, inteligentes e engraçadíssimos. Tenho que parar de falar que engenheiros não são interessantes. Ainda bem que eles não me lêem!
Preciso mesmo arrumar uma hora pra encontrar meus amigos, acabei de encontrar um amiguinho ali que me chamou pra sentar e conversar um pouco e eu respondi: "Posso não, tenho que ir ali escrever um negócio no meu blog!" Agora ele acha que eu acho o blog mais importante que um relacionamento ao vivo, que droga.
Falar nisso, meu ex-aluno me ligou ontem pedindo o endereço do blog. Ele ouviu falar dele, mas não sabia como achá-lo, que graça! Espero que tenha se satisfeito.
Bruno me ligou na segunda. Adorei, fiquei toda boba ao telefone. Fui obrigada a mandar um e-mail que terminava assim: “(...) e da próxima vez que você me fizer chorar ao telefone no meio do trabalho, eu mato você!!! Beijo, delícia.”

Enfim, vou tentar com todo afinco escrever no final de semana. Hoje e amanhã, sem chance, estou muito cheia de coisas. Almocei rapidíssimo pra escrever esse post.

Beijos, delícias (rs)


Créditos da foto de chuva mais bonita que eu e o tio Google achamos: Amantes da Fotografia, da USP.

domingo, 9 de março de 2008

A semana


Semana boa, muito trabalho, muito estudo, começou com um pessôo muito querido me ligando 3 vezes no mesmo dia (Ok, era só pra me inteirar de um web-barraco, mas mesmo assim fiquei feliz).
Comprei uma calça jeans por 10 reais e um sapato por 7. Quem quiser saber onde eu ensino, me peça por email (Nunca que eu vou fazer propaganda de graça aqui. Já basta o McDonalds...)
Tive o dobro de aulas de Lingüística com relação ao que estou acostumada, mas suportei bravamente. Minhas aulas de Lingüística vão ganhar um post inteiro depois. Depois.
Thays falou outro dia da nossa surpresa ao descobrir que pessoas que nem imaginávamos liam o blog. Foi uma das bizarrices que aconteceram essa semana, vamos ver se lembro de todas:

1 - abordagens escalafabéticas no ônibus
1.1. um dia to no meu ônibus lotaaado de manhã. Um cara pisou no meu pé. Pediu desculpa. Não respondi, só fiquei na minha (com a cara de pitbull raivoso de sempre, sem olhar pra ele). Desço do ônibus longe do meu ponto - claro, eu tenho que fazer caminhada em algum momento, ainda que seja de terno e com uma bolsa de mais de 10kg. Venho andando. Rápido. Uns 400m depois, alguém me alcança. O sujeito. Ele: "Ou, desculpa eu ter pisado no seu pé àquela hora, viu?" Sangue de Cristo! Falei que ta e comecei a andar mais rápido ainda, deixando ele pra trás. Ele ainda gritou: "Você estuda aqui?" Cheguei no trabalho até arfando de tão rápido que andei.
1.2. carinha levando minha mochila no ônibus. Ele: "Isso aqui esquenta muito?" "Isso o quê?" "A alça da sua mochila" "Sei lá, nunca reparei". Minha mochila é daquelas bonitinhas de carregar laptop. Como todo mundo sabe, não tenho laptop, mas amo a mochila, que é cheia de espaço pra eu encher de coisas.

2 - comidas esquisitas que experimentei
Sexta-feira provei feijoada. Por mais de um quarto de século resisti, sem grande esforço, confesso, a comer aquele monte de porco boiando no caldo de feijão. Pois Rafael sugeriu e fui lá experimentar. O porquinho tava até bom, mas aquele feijão tava horroroso, Jesus, meu prato ficou um nojo! Pra que aquele monte de caldo? Neeem. A couve eu nem arrisquei, coisa gordurenta! E lingüiça gente? Quando foi que surgiu a idéia de tirar a tripa do bicho, colocar o bicho dentro da tripa e comer? Não, não fui eu que criei essa definição de lingüiça, mas acho um ótimo motivo pra eu não comer. Enfim, graças às imagens das crianças etíopes que tenho gravadas na minha mente, comi tudinho. Demorei quase uma hora, no final estava gelado já. Comida difícil. Da próxima vez em que eu tiver a oportunidade de comer feijoada, vou comer arroz com laranjas, como sempre fiz. Nota mental: não mexer em time que está ganhando e blábláblá.

3 – Web-brigas
Briguei on-line. Péssimo brigar via msn, porque você vai ficando puto, se descabela, quer digitar mais rápido mas não consegue. Imagine você quebrando o pau e deixar seu oponente 3 minutos vendo “Janaína está digitando...” não pode. Antes escrever:
Janaína says (23:40)
va
Janaína says (23:40)
pro
Janaína says (23:41)
infreno
Janaína says (23:41)
!!!
Janaína says (23:42)
*inferno


4 – baile diferente na escola
Ontem teve baile da escola, Baile da Maria Cebola. Tinha até uma historinha que achei, contando o porquê do nome, que ta aqui, pra quem quiser ler. Enfim, tava super com medo desse baile, contando que todo baile pra mim já é da Maria Cebola mesmo, morro de preguiça de esperar quem quer seja me tirar pra dançar. Depois vou falar a esse respeito também. Mas foi ótimo, principalmente depois da meia-noite, que dancei como uma louca. Samira perguntou até se eu tinha comido brigadeiro, que nem lá em Porto Seguro no dia em que eu surtei.

5 – visitas super agradáveis
Jantar pré-baile ontem na casa do Fê. Gracinha, delícia, ótimo o convite, a comida, a sobremesa. Ajudá-lo na cozinha foi uma delícia, de novo. Amo esse moço!

6 - Minha completa falta de tempo.
Devo postar menos aqui por um tempo, ou pelo menos juntar vários acontecimentos pra postar menos, que nem eu fiz hoje, porque não to mesmo tendo tempo. Gostoso isso, mas to sentindo falta de blogar um monte. Essa semana comecei 3 posts que ficaram lá no computador, só começados, mesmo.

7 - pessoas que ressurgem das cinzas (vide Fênix)
Descobri outro ser que lê esse blog. Pra quem eu nunca mandei o link. Que não falava comigo há mais de um ano. E que foi importante no meu passado. Me-do.
Pelo menos ele elogiou o blog.
Saudade de quando o passado ficava quieto laaa no passado...

quarta-feira, 5 de março de 2008

Desejos

Vou relinkar aqui o Votos, de Sergio Jockyman, que amo, com um monte de coisas ótimas pra se desejar pras pessoas que a gente gosta.
Tem um cartão lindo lá em casa que ganhei de um amiguim há algum tempo, que diz assim: “Eu te desejo... Eu te desejo... Eu te desejo!”
Sim, hoje é dia de falar de desejos.
E nem é de desejar pessoas, prefiro falar de desejar coisas, que além de ser mais legal e ter mais assunto, acontece dia sim, dia não.
Outro dia fui almoçar num restaurante muito mais ou menos. A comida tava um horror, visualmente. Só eu pra ir a um buffet com 30 pratos e não gostar de nada. Servi arroz e um micro-bife. Primeira vez depois do bandejão da faculdade que meu almoço deu menos de $2. Primeira vez em self-service a quilo. Contrariando alguns princípios, joguei a comida toda fora, tava impossível de comer, horrível, fria e crua. Mas eu ainda precisava almoçar. Então começou a me dar uma vontade louca de comer batata frita.
Fui em outro restaurante – um bem mais bacaninha – e peguei um prato só de batatas fritas, lotado.
A mulher da balança fez cara de como-assim pra mim. Me deu uma vontadinha de falar pra ela que eu estava grávida, daí tenho certeza que ela ia achar normal. Um vontadinha pequena, que sumiu logo que lembrei que não tenho que dar nenhuma satisfação pra mulher da balança. E se eu estivesse fazendo a dieta da batata?
Enfim, esse negócio me fez questionar: por que todo mundo acha que só grávida é que tem desejos? Não, porque todo mundo tem desejos, as grávidas só têm a prerrogativa para que seus desejos sejam atendidos.
Por que eu não posso ter desejo de comer um prato de batata frita e se estivesse grávida poderia ter desejo até de jaca com maionese? Não faz sentido.
Fora que se uma grávida cismar mesmo de comer uma coisa escalafabética como uma melancia quadrada, todas as outras pessoas vão tropeçar umas nas outras pra atender o mais rápido possível. Acho um absurdo. E acho fortemente que as grávidas se aproveitam dessa condição pra exprimirem qualquer desejo.
Tinha uma grávida aqui no trabalho há um tempo atrás, que queria um pedacinho de tudo que ela visse alguém comendo. Menos de mim. Talvez tenha algo a ver com o fato de que da primeira vez que ela me viu comendo um bombom, ela falou meu nome e antes de responder (de boca cheia, claaaro), eu terminei de enfiar o resto do bombom na boca. Ela ficou pasma, o povo aqui quase me matou, disse que ia nascer não sei o que no meu olho (nasce bosta nenhuma não) e tal. Tem que educar essas mulheres, não é possível uma pessoa que não pode se controlar em querer tudo o que vê. Que tipo de educação essa mulher vai dar pro filho? Como se fosse problema meu...
Eu hoje, por exemplo, to desejando que minha afta sare. E tomar milk-shake. E que uma certa pessoinha quebre o pé (Perdão, Senhor, tentarei refrear melhor meus desejos...). Também to com desejo de ficar vendo televisão debaixo das cobertas o dia todo, sem risco para o meu emprego, mas já-já passa. Até eu conseguir chegar em casa (hoje não antes das 23h15’), já terei esquecido. Ou então já terei outros desejos.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Quem tem medo de webcam



Mais um medinho pra minha coleção: webcam.
Nem é tão novo assim o medo, já que tenho horror a qualquer tipo de câmera, e chego a esconder quando vêm aqueles joselitos filmando e estragando qualquer festa. De câmera fotográfica também nunca gostei, mas estou tentando me acostumar por 3 motivos:
1 – as câmeras fotográficas estão ficando cada vez mais baratas e menores, o que faz com que todas as pessoas comprem-nas e as levem pra todas as festas. E fugir o tempo todo caaansa...
2 – tenho me esforçado pra sair sorrindo nas fotos, depois que descobri que a cara de quero-que-isso-termine-logo-de-uma-vez é a mais horrorosa de todas. Já que vai ficar registrado, que não queime o filme (apesar da era digital, blábláblá)
3 – Tá, adimito, é legal depois ver as fotos dos eventos.

Mas webcam é coisa do capeta!
Claro que já tinha usado, não sou tããão jeca assim, mas conversar com amigos de infância que você encontra semana sim, semana não, usando webcam nem é traumático. Não é coisa pra fazer todo dia, mas é mais tranqüilo do que conversar pelo msn com uma pessoa que não te conhece ao vivo usando a tal da webcam.

Mas vamos ao que interessa. O que desencadeou esse post? (Adivinhe...)
Ontem à noite eu estava no msn. Não, não tenho vida social. Já praticamente não tinha, inda mais agora estudando esse monte (que ainda é menos do que deveria, mas não vamos entrar nesse mérito). Então, to la no msn, conversando com um menino legal de que já falei aqui e que só conheço via web, nunca vi pessoalmente e mora em outro estado.
Como já falei, webcam é coisa do capeta. Minha salvação (deve ser a reza da minha mãe, só pode) é que não tenho câmera nem no computador de casa e nem no do trabalho. Ser pobre às vezes é útil: ter cartão de ônibus, não ter webcam, essas coisas.
Só que Leo tá aqui. Leo, meu primo do Canadá, de quem também já falei aqui.
E Leo tem um laptop. E Leo é um anjinho e me empresta o laptop a qualquer hora.
2 implicações malignas:
1 – Tenho usado o laptop bastante. Em geral tarde da noite, depois que chego em casa, ao invés de dormir ou estudar. Não tinha esse hábito porque como chego bem tarde e o pc lá de casa fica no quarto da Elaine (a braveza da Elaine merece um post inteiro. Depois.), acho paia incomodá-la e só entro lá se tiver uma coisa muito inadiável pra fazer. E msn NÃO é inadiável. Enfim, apesar de o laptop do Leo estar configurado de modo a não me permitir acentuar palavras, é ótimo porque posso usá-lo deitada! Que mágico!
2 – O laptop tem webcam.
Essa segunda implicação nem seria tão grave se eu não tivesse boca de caçapa. Ou dedos bêbados que digitam sem-noçãomente.
Se eu não tivesse contado da existência da cam, bastaria mantê-la desligada e ser feliz para sempre. Mas olhe minha joselitice:
_Blábláblá, manda uma foto sua, não sei o que.
_Tenho foto recente não, olhe lá as do orkut.
_Aí não tem webcam não?
_(Precioso momento de ser inteligente e falar NÃO. Inteligente, quem?) Uai, tem...
_Então?
_Mas eu to deitada, de pijama, descabelada...
_Nada a ver.
_(Outro momento de ser inteligente, desligar o lap e dizer que a energia acabou na rua...) Ta
Ligo a cam. Inferno, inferno, inferno. Demorei 3 segundos pra ter vontade de coçar o nariz.
Aimeudeus, não posso coçar, ele vai achar que estou enfiando a mão no nariz, no mau sentido.
Mas coçava (90% da culpa era da sem-gracice e não da rinite, eu sei) e eu não conseguia me controlar. Pedi licença e fechei a cam.
Agora to com vergonha do rapaz. (Claro, agora ele faz parte do seletíssimo grupo de pessoas que já me viu de pijama...)
E com medo do laptop. Vou passar longe dele e de sua câmera demoníaca. Nem se eu chegar em casa cedo e sem sono nenhum. Nem se ele tiver dando sopa lá sozinho na cama, me chamando.
Vou entrar no msn esses dias só de dia, tá? Mais seguro.