quarta-feira, 25 de junho de 2008

Amídalas (me recuso a escrever amígdalas)


Minhas amídalas estão doendo desde ontem.
_Minhas amídalas estão doendo.
_Nossa, tem coisa mais hipocondríaca que...
_Que ter dor nas amídalas?
_Não. Que nunca ter estudado biologia direito e saber exatamente onde são as amídalas.
Não tenho culpa da burrice alheia. Minhas amídalas estão doendo mesmo. A esquerda mais que a direita. O que não me impede, é claro, de comer um monte, falar mais ainda, reclamar e interromper as pessoas. Humpf.

terça-feira, 24 de junho de 2008

A luva e o anel



Ou isto ou aquilo


Cecília Meireles



"Ou se tem chuva ou não se tem sol,
ou se tem sol ou não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
Quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo em dois lugares!
Ou guardo dinheiro e não compro doce,
ou compro doce e não guardo dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo."



Eu: Deus, me mande uma luva! Ou um anel! Alguma coisa!
Deus: ... (claro que Deus não fala comigo... Mas me mandou a luva... e o anel. Tudo junto, ao mesmo tempo e agora, claro.)
Eu: Deus, sacanagem, né? Mentira, muito obrigada, estou muito feliz. Mas e agora? Eu tenho que escolher? Ah. Não vai me responder, né? Tá.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Sobre nada


Voltando de férias, que coisa mais diferente!
Sempre odiei férias. Mentira. Na verdade, sempre que estava muito cansada, ansiava por elas, mas logo no segundo ou terceiro dia já enjoava e queria logo voltar à labuta (adoro essa palavra!). Na última vez em que tirei férias totais (de escola, trabalho, dança e tudo mais ao mesmo tempo), adoeci de tal forma que não tenho como não responsabilizar o ócio como parte do que me fez mal – além de uma ou outra voadora que o destino me deu na mesma época.
Fato é que adorava estar ocupada. Longe de ser workaholic, só acho que eu não sabia ficar à toa.
Até essas férias.
Sou uma daquelas pessoas que não vive sem agenda. Aniversários, compromissos, prazos, tudo eu anoto. E além do planejamento grosso, que é como eu chamo o que escrevo na agenda, tem também o fino, que é um papelzinho de mais ou menos 7x10cm em que escrevo a cada manhã o planejamento diário.
Não sou doida não. Mas fico meio brava quando não consigo cumprir meu rol. Na verdade quase sempre consigo pois, depois de anos de prática, nele já conto com variáveis como o tempo que posso passar esperando o ônibus e outras “perdas” assim. Porque se é pra ter neurose vamos ter direito, e a minha listinha diária vem com horários de inicio e término das tarefinhas. Mas enfim.
Entre os nadas que fiz nessas férias, reli "O retorno e terno" do Rubem Alves, gracinha de livro fofo. E me chamou muito a atenção uma crônica sobre o fazer nada, cujo link vou colocar no final do post, que é pra não interromper a leitura de ninguém. Não achei o texto na web (pasmem!) e me dei o trabalho de digitá-lo todo. Nem to reclamando, foi uma tarefa agradabilíssima.
Leiam o texto depois, é uma gracinha. Tem uma parte em que ele cita o Nietzsche que foi um tapa na minha cara. E, ironia ou não, a minha agenda 2008 tem a capa verde como a do Rubem Alves...
Vi umas comédias românticas nas férias (adoro também). Numa delas um cara fala pra Cameron Diaz: "Você faz planos para fazer planos!". Essa doeu.
Em outra, uma mulher fala pro lindo do Ryan Reynolds:"Nunca passei um dia inteiro com um cara legal". É, fazia tempo. Idéia boa, principalmente pra quem começou a namorar num período atribulado de trabalho, provas e tudo mais.
Até a velocidade com que falo e a freqüência com que interrompo as pessoas denuncia a minha inquietação. Mas isso vai ser assunto de um post inteiro. Depois.
Agora, se alguém me perguntar o que é que eu mais gosto de fazer, vou encher a boca pra responder: “NADA!”
O problema foi que aprendi tão bem a ficar à toa que logo no primeiro dia de volta ao trabalho, gastei uns minutos fazendo as contas de quanto falta pra eu me aposentar.
Se a legislação não mudar até lá, me aposento em 2036.
Mal posso esperar.

Não deixe de ler o texto do Rubem Alves. Além de super valer a pena, fui eu que digitei, né. Aqui.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Lugares malditos


Adoro falar mal dos lugares que têm comidas que eu gosto.
Amo falar “odeio o Mc Donalds”, mesmo comendo lá duas vezes na semana, no mínimo. É que lá tem umas coisas tão gostosas que dá raiva. Sempre saio falando: “essa droga desse negócio precisava ser tão boa?” E as surpresinhas do Mc Lanche Feliz? Danação total. Quando tem uma campanha boa como a das Puccas, das Hello Kittys ou essa agora que tem as Super Poderosas, só como isso. ODEIO.
Outro dia eu e Fernando fomos na I SCREAM. Além do nome genial, lá tem sorvetes que são tudo de bom. Depois de experimentarmos o sorbet de danoninho e o gelato de creme de damasco, saímos de lá chamando o lugar de maldito.
Tava em Guanhães esse final de semana. Lá tem uns trailers de sanduíches bem legais e bem baratos. Claro que além de todas as mil comidas que eu e minha mãe inventamos de fazer, tive que comer sanduíche duas vezes. Duas! Mas não pedi x-tudão nas duas não. Um dia pedi x-tudão e no outro pedi um fominha, que é pra diversificar. O negócio vem numa bandeja, só pode ser coisa do demo!
Chegando hoje, fui pegar ônibus no ponto de sempre, perto da escola (sim, estarei lá sempre exposta a esse mal). O que havia lá e que não estava na semana passada? Um carrinho de pipocas! Demorei, assim, uns 5 segundos entre chegar no ponto de ônibus e pedir minha pipoquinha de sal. Desgraça pouca é bobagem: não bastava um saquinho cheio de sal, carboidratos e gordura, tinha que ter aquelas delícias daquelas peles no meio. Aquelas que quiseram ser bacon mas não passaram no controle de qualidade, provavelmente pelo excesso de gordura. Ainda pensei: “pelo menos isso vai estar tão salgado que nunca mais vou querer”. Ledo engano. Tava ótimo. Droga!
Odeio todos os restaurantes japoneses. Se tiverem rodízio então, eu detesto. Todos os distribuidores de junk food são sucursais do inferno. Sanduíches, pizzas, doces, tudo isso é uma estratégia que o capeta usa só porque sabe que não vivo sem carboidratos, açúcar e gordura trans.
Deus nos defenda desses lugares malditos...

quinta-feira, 12 de junho de 2008

_Você não posta nas férias não?
_Não. Mas dia 17 eu volto ao trabalho, aí talvez eu tenha tempo de postar...

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Férias


To de ferias do trabalho.
Mas (claro que tinha que vir um “mas”, né) continuo fazendo 8 aulas de dança por semana, terça-feira começa o meu novo curso e tenho apenas essa semana pra me preparar pro concurso de domingo que vem.
Menciono a afta e a gripe com sinusite que quase virou uma otite? Não, né. Melhor não. Senão as pessoas vão dizer que eu só reclamo. Nunca.
Meu planejamento de férias deu todo errado. Inicialmente, quando eu agendei as férias, com 45 dias de antecedência, como manda a lei, não tinha como prever uma série de coisas. Claro que eu bem tentei, mas, né.
O plano era simples. Essencialmente ir pra Guanhães e passar 2 semanas mamando na minha mãe. Ia levar uma mala bem pequenininha, contendo 2 pijamas de inverno – um para o dia e outro para a noite – e duas pantufas – uma para dentro de casa e outra para o quintal. Talvez algumas roupas íntimas. E só. Não ia precisar de mais nada lá. Ia fazer questão de ficar sem celular e sem msn e ver todas as novelas da Globo, adoro.
Só que nesse meio tempo me inscrevi nesse concurso da prova da semana que vem. Bem no meio das minhas férias. Tudo bem, eu pensei, eu passo só uma das semanas em Guanhães. Enquanto decidia qual das duas, Alan prometeu estudar comigo na semana que antecederia o concurso – esta -, o que fez com que sobrasse a segunda semana de férias pra viajar.
Claro que Alan fez a bondade de cancelar nossa semana de estudos por motivos que não posso dizer aqui, me obrigando a ter que estudar sozinha, o que odeio. Também me inscrevi num novo curso que durará um mês e será todas as terças e quintas à noite, a partir do meu segundo dia de férias (diliça), o que me fez mudar os dias das aulas de dança.
Sem chance de eu perder um dia sequer do curso, considerando a grana que já investi nele e alguns outros fatores. Isso faz com que na semana que eu deveria estar em Guanhães eu precise estar aqui na terça e na quinta (ish). Logo, só vou pra Guanhães na quinta 12 à noite, depois da aula, se nada mais mudar até lá. Sem querer blasfemar, mas já deu, né, Deus?
Como não posso passar só um dia em Guanhães e voltar, como era meu plano, na sexta 13, vou perder apenas TRÊS festas ótimas no sábado 14 (sim, daria tempo de ir nas 3, creiam): um almoço de aniversário de um amigo rico, a festa anual dos ex-alunos do colégio em que estudei no segundo grau e a festa junina da minha escola de dança.
Ah, mas como estou Pollyana hoje, vou terminar falando o lado bom disso tudo. (Tem??? Claro que tem... tem que ter!) Outra coisa inesperada que aconteceu depois da marcação das minhas férias foi o namoro. Não, não vou escrever nada mais sobre isso aqui, eu me prometi. Só posso dizer que vai muito bem, obrigada, com seus 15 dias de vida. Enfim, se as coisas tivessem acontecido conforme a previsão inicial, eu não estaria aqui no dia dos namorados! Ta vendo, eu sabia que não ia morrer sem entender a frase do msn da Michelle: "Às vezes, quando tudo dá errado acontecem coisas tão maravilhosas que jamais teriam acontecido se tudo tivesse dado certo".
Aiai, que besta que eu to.
Boas férias pra mim então. Sem trabalho, mais estudo, menos msn, tempo pra ficar na net até essa hora postando... vamos ver o que vai dar.