quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Porcos


Tenho medo de porcos (até aí, nenhuma novidade: se é bicho, eu tenho medo mesmo).
Depois que vi (e apaixonei por) Snatch – porcos e diamantes, meu medo virou temor. Pra quem não viu, o cara sumia com os cadáveres dando-os como comida aos porcos. Os porcos famintos sumiam literalmente com os cadáveres, cujo reconhecimento só seria possível com a análise dos cabelos deles, que não eram digeridos e saíam você sabe como.
Adoro a expressão "dar pérolas aos porcos".
Acho o máximo os filhotinhos de porcos serem rosa.
Adoro o blog da Fernanda Rena, que além de ótimo, tem uma foto de uns porquinhos.
O porquinho é o formato mais tradicional que um cofre pode ter.
Nunca assisti Babe, o Porquinho. Nem pretendo.
Quando era criança li "Zezinho, o dono da porquinha preta" e quase morri de pena de ambos.
Nunca entendi a relação de um porquinho-da-índia com os outros porquinhos, a ponto de levar esse nome.
Sou fã dos porcos por causa do orgasmo de 30 minutos, como já contei outro dia.
Quase passei mal de rir quando descobri por que a porca do parafuso tem esse nome. É que ela imita o formato da genitália da porca (fêmea do porco). Fantástico.
Li uma matéria há pouco tempo que fala que carne de porco causa homossexualidade. (Tô rindo até hoje, que podre!)
O pior som que já ouvi na minha vida foi o grito de um porco logo antes de morrer. Sim, matam-se porcos na minha casa (l’em Guanhães) de vez em quando.
O porco é um milagre da natureza. Como que o mesmo bicho dá chouriço e bacon?
Falando em bacon, comi uma pratada de bacon bem agora.
Na verdade foi na hora do almoço, mas to quase morrendo até agora.
Não teve jeito: aqueles cubões de bacon magrinho, tipo 2x2cm, lindos, tive que comer uns 12!
Nunca mais eu vou comer. Não porco. Ou não igual a uma porca.
Estou morrendo.
Preciso melhorar urgentemente antes da aula de dança de hoje...

A chegada triunfal do Leo e Como os meus amigos são românticos


Leo chegou.
Leo é meu primo, mora em Toronto há mais de 12 anos, vem aqui uma vez por ano, fomos criados juntos.
Adoro ele. Já foi meu melhor amigo (sim, tem coisas que a distância separa. Muitas coisas. Quase todas).
Odeio falar muito tempo com ele por telefone, não tenho o menor assunto. Depois do oi-e-aí-tá-tudo-bem costuma rolar um silêncio. Daí eu passo o telefone pra outra pessoa da casa. Um dia ele ligou e não tinha ninguém em casa pra eu passar. Contei até piada pra ele no telefone. Credo, sou um fiasco em entretenimento, ainda bem que não vivo disso.
Temos muitíssimas afinidades, mas muitas delas só se manifestam mesmo de perto, não tem jeito. Enfim, ele chegou. Dentro de no máximo dois dias estaremos igual irmãos de novo, mas no princípio ele é sempre visita.
Fora o comitê de recepção que minha família prepara, né: é Leozinho pra cá, Leozinho pra lá (mentira, o povo chama ele de Leo mesmo, eu e Renata falamos Leozinho só pra encher minhas tias). É comida que Leozinho gosta, é arrumar não-sei-o-quê pro Leozinho, uma mocice!
Enfim, me recuso a puxar o saco dele enquanto tá todo mundo puxando, nos primeiros dias, nem precisa. Daí quando ele volta a virar “de casa”, eu fico toda amiguinha. Sou doente.
Ontem ele ia chegar à noite. Mega evento de recepção lá em casa. Em meio aos preparativos, saí. Não de sacanagem – não só – mas porque tinha mesmo um compromisso agendado, passeio de meninas. Quando voltei, quase 2h da manhã, pensei que todos já estivessem dormindo. Cheguei lá perto da pessoa que não me via há 9 meses e sou recebida por:
_Oi, Tutu.
Tutu é o apelido do bicho-papão da minha casa. Vou considerar um apelido carinhoso.
Se eu não considerasse, não teria abraçado ele e deitado uns minutos na beirada da cama dele pra matar a saudade, né.

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Outro pessôo reclamou da vida comigo ontem. Eu e meu coração 2008 dissemos em coro:
_Quer um colinho?
_Não, quero dinheiro!
Aiai.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Não se pode virar as costas



Passei uma semaninha sem ir ao McDonalds e o que aconteceu?
Tudo mudou!
Chego lá e vejo o povo trocando o negócio das surpresinhas do McLanche Feliz. Como assim a surpresinha da Pucca acabou? Como assim acabou antes de eu conseguir minha Pucca Envergonhada? Ainda pressinto que vou ter que doar meu Mio pra minha nova personal criança...
Falando em criança, enfim, vou pra fila pra ser atendida e quem me atende? Sim, uma criança! Cara de 12 anos, no máximo. Alarmada, perguntei a idade dele (mesmo sabendo que isso ia atrasar meu atendimento, a coisa mais importante de todas). Ele disse que tinha 16 anos (ahã, sei, isso é o que eles te orientaram responder pros caras do Ministério do Trabalho...)
De fato, atrasei meu atendimento. Foi a primeira vez em meses que terminei de pagar e meu lanche ainda não estava pronto. Está perdendo o sentido comer lá.
Como se não bastasse, a tampa do suco mudou. (Olho sempre por causa da minha neurose de baixar os botões, que já contei aqui). Antes vinha “Diet” e “Light”, agora vem “Zero” e “Light”. Tenho horror de Diet, Light e Zero. Mas talvez eu tenha mais horror ainda a mudanças.
Não se pode virar as costas, que eles viram o boteco de cabeça pra baixo!
Mas eles me pagam, vou me vingar! Quando eu ficar rica, só vou comer junkee food no Eddie Fine Burgers.
Estou particularmente influenciada porque fui ao Eddie esses dias. Em ótima companhia, inclusive.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Post comemorativo #100

Por 100 vezes falamos mal do mundo...reclamamos de nosso dias, mostramos como Deus é no mínimo uma figura sarcástica que ri a nossas custas...(Não Ira, não me importo com a possível ira divina... na verdade, "o-que-é-uma-listra-pra-uma-zebra???")

Por 100 vezes deixamos claro o que detestamos e o que amamos. Dessa forma, pelo menos, as pessoas mais próximas aprenderam como lidar com a gente...

Por 100 vezes falamos sobre nossos amigos e sobre quão valiosos são para nós, apenas pelo fato de nos suportar mesmo desse jeito crítico, sarcástico e, muitas vezes, antipático!

Por 100 vezes tivemos que procurar imagens bonitinhas que reunissem tudo aquilo que sentimos nas situações descritas...

Por 100 vezes fiquei irada com a Ira que me avisou ou que tinha um post novo, ou que era para eu escrever algo...Tá, exagerei! Foi só para encher o post...



“Hummm Como terminar isso??? Fuck it!”

Have a nice day!!!

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Broono



Diálogos matinais:
1
_Tô escrevendo um post sobre você.
_ Eu vou ler de lá, tá? Senão eu vou ficar triste e tal...
_ Mas sabe que eu não tô escrevendo só coisa boa não, né? Tô aproveitando pra acabar com você um pouquinho.
_ É? Então eu vou ler.
2
_Você jura que vai voltar?
_ Claro, né, eu tenho que voltar!
_ Mesmo se você se casar com uma pessoa rica por lá?
_ Aí eu mando alguém no meu lugar.
Eu, estapeando e empurrando ele:
_ Eu não quero ninguém no seu lugar!
Ele quase caiu da escada.
_ Já pensou se eu ficar tetraplégico? Sabe quem vai empurrar minha cadeira de rodas, me levar ao banheiro, me dar comida na boca e me dar banho, né? Você!
Abracinho.


Bruno tá indo embora.
Tá indo pra Itália. Como ele diz, pra Bota.
Vou morrer, com o Bruno longe, com quem eu vou brigar?
Podem dizer que gente pra brigar comigo é o que não falta, mas brigar com o Bruno é uma experiência única. Coisa, assim, que acontece todo dia, mas única.
Pra começo de conversa, ele é tripolar, segundo sua própria definição. Ao mesmo tempo que é a pessoa mais carinhosa do mundo (atravessa a sala pra me dar um beijinho), é implacável algumas vezes.
O “Janalinda” que Rafael e Caio usam foi invenção dele.
Só que ele vem todo mansinho, parecendo um gato, descobre todos os seus pontos fracos e taca pimenta neles na primeira oportunidade.
Depois vem com um docinho, um versinho, um beijinho e acha um absurdo você não perdoá-lo instantaneamente.
É manipulador e faz você morrer de pena dele quando quer.
Tenho um bilhetinho de ano novo que ele deixou aqui pra mim que tem um desenho (tosquíssimo) dele me dando uma florzinha e eu fazendo um gesto obsceno em resposta:

Ele jura, né! Nem é assim!
Falando em foto, apesar de todo mundo saber quem é quem, tive que cobrir meu rosto e o da Thays na foto, né, ninguém quer ser agarrado na rua. Não? Não.
Bruno é a pessoa mais malvada de todas. Desbancou até a Helô, que era meu parâmetro de maldade antes de eu conhecê-lo.
Mas no fundo ele é uma gracinha. Parece impossível, mas é sim.
Conheci-o quando ele foi me ajudar, e ele nem mesmo me conhecia. Apaixonei instantaneamente, claaaro.
Ele me ensinou boa parte do vocabulário que uso hoje informalmente. E faz doces ótimos.
Essa foi a última noite dele aqui e fui dormir na casa dele, depois da butecada de despedida. Tive que dormir abraçadinha na barriga dele, que eu chamo de bacon. Qualquer dia eu vou ter que contar como foi quando eu contei pra ele que ele tinha bacon. Ele quase morreu!
Ele é chique. Tem mais cremes que as quatro mulheres da minha casa juntas. Cuida mais da própria pele que eu da minha vida. Conhece todas as mousses de cabelo que já foram lançadas.
Tudo ele ama de todo coração ou odeia com todo fervor, mas faz questão de (tentar) manter uma carinha blasé.
Ele é inteligentíssimo, fala não sei quantas línguas e adora aparecer.
Ele tem uma atitude muito Quico (do Chaves, lembra?): Se você diz que visitou algum lugar, pode saber que ele vai dizer que visitou outro mais chique, se você tem alguma coisa, ele diz que tem uma melhor e por aí vai.
Você elogia a roupa dele e ele não se contenta em agradecer, tem que falar: “Comprei em Nova York!” Pior que é verdade...
Ultimamente ele deu pra perguntar a todo mundo onde vai passar o carnaval. Estranhei muito esse interesse repentino pelo próximo, mas vi que a maioria das pessoas, depois de responder que vai pra Cabrobró ou pra Fiofó Mirim do Sul, pergunta educadamente: “E você?”
É tudo que ele precisa ouvir pra repetir a pose mil vezes ensaiada:
Inclina a cabeça pro lado, sorri com suas bochechas salientes, pisca os dois olhos longamente e com as mãos juntas, reponde, todo feliz:
“Em Veneza...”

Ciao, né.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Ontem



Dia dorido ontem.
Mas com coisinhas boas também. Algumas:

  • Thays é a melhor petit gâteauzeira que eu conheço. Nuh! Comi mils!

  • Rafael deu notícias. Boas notícias. Já contei que ele tá lá em Buenos Aires? Pois tá.

  • Banheiro do shopping (considerando o shopping... Me-do!). A menininha me olhava passar batom. E a mãe explicava: "A moça tá se aprontando, tá ficando mais bonita... Ela tava trabalhando e agora vai passear". Nem eu agüentei não sorrir.

  • Comentário escalafabético que considerei elogio: “É bom dançar com você, parece que você tem azeite!”


  • E outras estranhas:

  • Pessoa olha pra mim e fala: “Você vai me matar, é isso mesmo?” E nem era a pessoa que eu queria matar...

  • Eu pensava que cotovelada no peito só doeria se eu tivesse peito.

  • Refrigerante de vez em quando talvez seja legal.


  • P.S.: Odeio ter que explicar a piadinha do desenho, mas só engenheiro mesmo é que entenderia. TPM = Total Productive Maintenance.

    segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

    A festa



    Ontem teve uma festa...
    Que é isso, não posso simplificar as coisas tanto assim.
    Tudo começou com um e-mail no início desse ano.
    Não, minto. Tudo começou em novembro do ano passado, quando a Domaria Bonita contou do amigo oculto que fez com um grupo amigo de blog. Daí eu botei em baixo:
    "Dorei esse negócio, vamos fazer também?"
    Começamos a começar a pensar nisso, aí vieram as férias, aí o povo viajou, aí ficou pro ano que vem – este.
    Daí logo na primeira semana do ano começou de verdade:
    Ia ser um amigo oculto. Foram listadas as pessoas do grupo (um terço do povo que tá aí listado do lado esquerdo desse blog). Tínhamos que decidir a casa.
    No meio da pendenga, não queriam mais amigo oculto.
    Mas pelo menos ainda queriam a festa.
    Entre as casas com possibilidades, chegaram a sugerir a minha (Rá!)
    Daí decidiram que seria na casa do Haroldo.
    E que seria dia 20/01.
    Thays, minha blog-partner, não quis ir. Tá, não pôde, deveres e tal. Que tipo de louco trabalha aos domingos? Deve ser por isso que ela tem mais grana que eu...
    Em uma semana, a festa estava desabrigada de novo.
    Mais um dia de angústia e a Ana cedeu a casa.
    E fez a propaganda que faltava pra animar a galera. Era assim: “Aqui tem piscina e rola de cozinhar”. Pronto, fechou.
    Dia 16/01, cansada de tantos e-mails (contei 70 e poucos), criei um blog pra organizar a bagaça. A essa altura, já estava definido que ia ser um almoço, o Fernando ia cozinhar e eu ia ajudá-lo. Empolgada com as compras, comecei a fazer a listinha. Pra não rolar algo parecido com a historia daquela "festa de fim de ano", não divulguei detalhes demais. Já disse que sou a favor do totalitarismo?
    Enfim, no sábado à tarde, fomos eu, Fernando e Dri às compras. Aventura do início ao fim. Adoooro comprar, amooo supermercado. Foi lindo. Todas as coisas que eu gostava que estavam na lista – pouquíssimas, continuo chata – foram impiedosamente cortadas. Meninos maus. Mas se a galerinha da noção não tivesse ido, a conta custaria muitos dinheiros a mais.
    No dia, estava marcado de nos encontrarmos as 11h na Igreja da Pampulha (pertinho da casa da Ana). Eu tive uma provinha de concurso antes. Já estou ficando acostumada. Encontrei Fernando e Haroldo no centro, perdemos o primeiro ônibus que passou e chegamos atrasados.
    Fernando foi fazer sua especialidade: Fricassé. Ó-te-mo. Tudo. Isso, os acompanhamentos, as entradinhas, a sobremesa que a Driana fez e os sucos.
    Ninguém dizia que era uma festa de uma comunidade blogueira, quase ninguém falou de blog. Tentamos não falar de dança também, mas foi meio inevitável.
    Nem entramos na piscina. Pra que mesmo eu levei aquela mochila daquele tamanho se só usei dinheiro e celular? Ah, é, eu sempre levo aquele trambolho pra todo canto, quase esqueci...
    Aimeudeus, não to sabendo terminar o post... Wilson tinha pedido pra eu postar primeiro sobre a festa... so consegui desovar algo depois que ele postou... sou assim mesmo.
    Enfim, foi ótimo, várias pessoas legais, comida excelente, um bocado de correria na cozinha, chorei de medo do cachorro logo na entrada, minha mão vai ficar fedendo a cebola por uma semana e acho que ganhei uma úlcera nova (não é porque é festa que não vou passar raiva, ne?).
    Mas adorei. E quero mais. Não hoje, mas quero.

    quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

    Momentos “Posso ajudá-lo???”


    A primeira vez a gente nunca esquece...

    Parque do Ibirapuera, São Paulo, SP – 29 de dezembro de 2007.
    Depois de 1 hora sentada na grama empazinada de tanta batatinha frita, começa a dança das águas. Ado.ro! Essas mega-empresas que aproveitam o “espírito natalino” para mostrar que são do bem...
    Eis que começa a dança... Nesse momento, que oportuno!, chega um careca, velho e barrigudo e se emburaca do meu lado! DO MEU LADO! Passa uns 10 minutos, ele começa a achar que está apertado. Que lógico!!! Tem um povaréu aqui, mas como sou barrigudo e careca mereço 1m²!!! Ele se levanta... Ele abaixa...ele senta! A infeliz da nádega esquerda faz contato com minha coxa direita!!! Eu sei...IU!!!
    “Hummm, com licença...quer sentar no meu colo???”

    Claro que quando acabou, falei alto para minha mãe: “você viu o careca gordo que quase sentou no meu colo???” Olhadinha estratégica...sim, ele está atrás de mim! Yes!!!

    Depois da primeira, fica muito mais fácil a segunda....é???

    5102, saída pelo portão da UFMG que cai na Usiminas, Belo Horizonte, MG – 9 de janeiro de 2008.
    Depois de 7 horas de estágio, fazendo nada. Estou sentada ouvindo música feliz e saltitante porque acabou o dia!!! (Eu sei, não dá para estar saltitante sentada no ônibus, mas pegou o espirito da coisa...)
    Entra um velhote (nem era velhote, era até jovem, mas o texto é meu e não vou ser justa!) com uma caixa tamanho médio na classificação empresas de mudança. Onde ele vai sentar com um milhão de cadeiras vazias??? De novo, nádega esquerda + minha coxa direita = mini-golfei!!!
    “Hummm, quer sentar no meu colo e colocar a caixa aqui do nosso lado???”

    Com o tempo fica bem mais fácil...

    Restaurante, Praça de Serviços, Campus Pampulha, Belo Horizonte, MG – 15 de janeiro de 2007
    Eu e Ira servindo comida... mini-diálogo em cima dos pratos pra contaminar tudo:
    - Nó!! Hoje tomei café em casa...
    - É mesmo??? que milagre!!!

    - Poizé, acordei e minha mãe tinha feito café pra mim...
    -
    Nó, que mordomia hein??? - voz masculina...sorrisinho sem graça de ambas as duas...

    “Humm faz favor??? responde por mim??? e aproveita e cospe no meu prato...OBRÈGADAH!!!”

    Mas já devia estar acostumada...

    Banco do Brasil, Praça de Serviço, Campus Pampulha, Belo Horizonte, MG – perdido no tempo
    Estou linda (como sempre!) na fila às 10 horas, já que tenho que vir trabalhar, aproveito para ir ao banco cedo! A dona coisa atrás de mim abre um chiclete...Começa a mascar o chiclete na minha orelha...NA MINHA ORELHA! A proximidade era tanta que me dava arrepios...sabe aquele arrepio que começa no cóccix e sobe a coluna...concordo, é bom numa situação de pegación! Mas, no caso, argh NOJINHO!!!

    “Aqui...deixa eu te falar...você não me pega mesmo!!!”

    A Ira quase não gesticula...rá! Quando anda então...é braços tipo ventilador... pobre de quem está do lado, fica aquela mãozinha esbarrando na sua toda hora!!!

    “Hummm, quer me dar a mão???não? Então, PÁRA PORRA!!!”



    terça-feira, 15 de janeiro de 2008

    O.de.i.o profile!!!


    Como já deu para notar eu odeio perfil de blog, ou de qualquer outra coisa do tipo (sim, eu tenho um orkut... sim eu tenho um myspace... sim eu tenho uma fotinha e um nome aqui...e daí? Sou uma fraude mesmo!)

    Mas sério! O bonito da Internet*, para mim, é o fato de sermos todos amigos e não precisarmos nos apresentar. De compartilhamos idéias, gostos musicais, preferências sexuais etc sem termos que nos conhecer pessoalmente. Adoro a liberdade de um blog, de escrever o que bem entender sem ligar se alguém vai ler ou não. Funciona como uma terapia, você fala, fala e fala mais um pouquinho, é exatamente esse ato que te cura. Ao verbalizar, as coisas ficam mais claras, pelo menos para mim!

    Depois de “adquiri” um blog, ou que a Ira resolveu parar de levar o trabalho à sério, comecei a visitar blog alheios, aquele movimento já familiar a muitos de vocês: um blog que indica outro, que indica mais um e assim vai até que você chega em um blog de alguém lá em, sei lá, Brasília... Foi o aconteceu! A Ira apareceu com um blog de três caras de Brasília, adorei! Eles são sexistas, chauvinistas...eu só não ouso a dizer misóginos porque eles adoram pagar de pegadores...mas, talvez, nesse sentido sejam mesmo! Li vários textos que de alguma forma ofendem qualquer pseudo-feminista, e adorei quase todos! O texto que eu gostei mesmo foi um que fala da maior escolha de um homem, no qual o autor faz uma comparação entre sofás e mulheres. Foi a glória, ainda mais porque eu adoto algumas classificações internas muito parecidas, tipo dog alemão, doces de portugal, all star... Aí fui ver o nome do autor, coincidentemente já era o 4º texto dele que eu amava... tive que ver o perfil!

    Parênteses: a.do.ro amores inventados!!! Amor platônico? Quanto mais distante melhor!!! O último foi um cara que postou um vídeo no you tube, eu suspirava por ele...Portanto, já estava amando o talzinho lá dos textos, ainda que intelectualmente... Fecha!

    Vi o perfil e adivinha?! Claro que ele é o cão!!! Ok, vou ser justa... Ele deve ser uma pessoa muito legal, inteligente, divertido, tem até um rosto familiar...

    Enfim, my point is: ignorância é uma benção! Era muito melhor quando ele não tinha um rosto... Sim, sou fútil! Sim, adoro e valorizo embalagens! Sim, julgo o livro pela capa, por isso não embrulhem os livros em edições velhas do Boletim UFMG! Sério, vocês vão olhar nos meus olhinhos e dizer que isso nunca aconteceu com vocês???


    *Diálogo:
    - Sabe qual a diferença entre Internet e internet? - um banana qualquer
    - Hummm...não...(cara de tédio) – eu
    - internet com letra minúscula quer dizer qualquer rede computador, a de casa (se tiver rede) a do escritório...já Internet com letra maiúscula significa a grande rede...a rede mundial...
    - Que legal – eu já empolgada e pensando preciso passar para frente!!!

    Adoro vernizinho cultural!!!

    segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

    A prima também escreve...


    Diálogo:
    - Oi, minha prima está querendo colocar um post lá no blog...
    - Ué...pode ser...sobre o quê?
    - Sei lá...acho que algo sobre como a gente fala rápido, aí a gente tem que repetir...sei lá... vou te passar e você olha...se não quiser a gente não coloca...

    Foi algo tipo isso...Não sei, porque eu não guardo conversar de msn! Né, Ira? Mas, enfim, está aí o texto da Renata, prima da Ira... Claro que eu vou postar sem ler...e depois faço um comentário... Claro que vou fazer um comentário!!!
    Preparados??? Whatever!

    "A Ira e eu temos um probleminha oral: dizem que falamos excessivamente rápido. É fato que depois de todas as minhas frases eu escuto “Hã, que que cê falô?”. Vai ver minhas idéias são complexas demais pra esse povo.

    Segundo a Ira, quando faço uma ligação, condenso uma frase em uma sílaba:
    _ Alôérenatudobem?
    _Hã?
    _Alô. É Renata. Tudo bem?

    Tenho dúvidas se a velocidade da minha fala é algo negativo. A questão é que meu pensamento é muito mais veloz que minha fala, logo, preciso falar muito rápido pra lembrar de tudo o que pensei.

    Minhas conversas com a Ira são agitadas. Vou omitir que são também inteligentes e agradáveis. Sempre é uma vantagem, afinal quem bica, digo escuta, entende bulhufas.

    Há diferenças nestes dois modos de falar. Eu sou mais mineira, uso muitas expressões típicas de Minas, de Guanhães ou minhas mesmo, em resumo palavras do cotidiano, sempre comendo uma ou outra letra. A Ira fala rápido e adora exibir palavras complexas, dessas que a gente só lê e nunca ouve, pronuncia todas as letras e sílabas conferindo a tonicidade correta a cada uma delas. A gente até acha que está ouvindo uma tese de doutorado, apesar de eu nunca ter ouvido uma.

    Sinto falta apenas de pensar duas vezes antes de falar. Quem me conhece deve saber que não há um filtro entre meu cérebro e minha boca. Falo tudo que penso e, em geral, pago caro por isso. Ainda assim gosto desse meu jeito apressadinho de ser.

    Outro dia a Ira e eu estávamos discutindo sobre este assunto e percebemos algo curioso. Tipo...

    _Cêsaseonspasnasavas?
    _Hã?
    _Na Savassi.

    Sempre que o ouvinte diz que não entendeu o início de uma frase, o (aquele que fala) repete apenas o final. Isto é tão comum entre a Ira e eu quanto entre as outras pessoas, e avacalha o diálogo. É por isso que adoro falar com gente como eu, que fala e pensa rápido, pra não passar por isso.

    Renata Cristina Pimenta Marques, a “minha prima”."



    sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

    Resultado da eleição da invenção genial:



    Ganhou o OB.
    (Não, não roubei no resultado)
    Qualquer dia quero fazer eleição de palavras legais. Não hoje, to cheia de preguiça. Se alguém quiser começar, fique à vontade. Mas tem que pôr algumas sugestõezinhas pra esquentar. Se bem que qualquer uma que ganhar, não vai ser tão legal quanto a melhor de todas, que ouvi ontem. Infelizmente, não posso reproduzir aqui, pela minha própria segurança.

    Bom fim de semana a todos. Só vou postar de casa se for algo muuuito inadiável, porque esses dias estarei ocupada mamando na minha mãe.

    TV animal



    Quatro pessoas. A conversa começou sobre as invenções geniais.
    Logo passou pras invenções inúteis.
    _ Tem coisa mais inútil que hipopótamo?
    (Sei lá, hipopótamo é invenção, por acaso?)
    _ Tem, barata.
    _ É, capaz de o hipopótamo ter até algum lugar na cadeia alimentar, mas barata com certeza não tem. Não serve pra nada mesmo.
    Um dos meninos deu uma aula sobre as baratas. Elas são highlanders, to com medo até agora.
    Aí começamos a falar de aranhas. Inclusive daquela que mata o macho. Aí veio o louva-deus. Que a fêmea come a cabeça do macho. Muitas vezes antes da cópula (sim, ele funciona melhor sem cabeça).
    _Nó, quero ser uma “louva-deusa”!
    _E os leões? O leão pega a leoa pela jugular, eles copulam e depois ficam brincando...
    _Ah, não, bom é o louva-deus... Sem bobagens no ouvido, depois virar pro canto e dormir…
    _E o pinto da baleia, gente? Que mede 2,10m?
    _ Ah, não, quero ser baleia!
    _ Creimdeuspai! [adivinhe quem falou isso...]
    _ Mas o maior do reino animal é o da anta.
    _ Maior que o do cavalo?
    _ Maior de todos.
    _ Eu não queria ser anta não! Já imaginou? “Sua anta!”
    _ Melhor é ser porco mesmo.
    _Porco?
    (Acho que alguém não leu esse texto aqui...)
    _Sim, 30 minutos e tal.
    _Então eu quero ser porco!
    _Mas baleia também, hein...
    _Então eu quero ser porco, embolado com baleia! E louva-deus, claro...

    “Agora você já sabe, porque assiste o TV animal”

    quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

    Noçã-ão! Cadê você?



    A mulher fez uma trancinha no meu cabelo. Achou a ponta feia. Tesourou ela. Eu, no dia, nem cogitei falar: “Sua vaca, quem deixou cortar o meu cabelo?”. Devia ter falado. Estou aqui hoje com um monte de cabelos mais curtos bem na frente.

    Dica de ouro número zero: nunca, em tempo algum, faça nada nojento quando achar que ninguém está olhando. Acabei de ver um ex-professor meu no restaurante cutucando o dente com a unha. Tadinho, ainda olhou pra todos os lados antes pra ver se ninguém tava olhando... Tsc, tsc.

    Vai-se a insônia, fica o doberman



    Essa noite eu finalmente dormi! E acordei sem dor de cabeça! Deve ser porque dormi cedo ontem. Quarta é dia de dormir cedo (e se mais alguém me perguntar porque eu não fui à escola de dança ontem, eu vou surtar). Dormi tão bem, mas tão bem, que quase perdi a hora. Tive que me arrumar correndo, não deu tempo de comer todo o cachorro quente que sobrou de ontem – da comemoração do dia do café saudável lá de casa – e quando eu estava saindo, vi que levava só um pé do sapato de dança e uma camiseta incompatível com o resto. Voltei pra arrumar tudo e claro que perdi o ônibus. Saí de casa com dor de cabeça de novo, obviamente...

    Fim do Vestibular



    Acabou o vestibular, grazadeus.
    Meu lado altruísta (3,67% de mim, descontados os impostos) ficou feliz pelos 3 amigos lindos que estão fazendo prova e ficaram livres. Pressinto que vou responder até o fim dos meus dias por ter chamado o Marco de lindo aqui... aimeudeus... mas tudo bem. Os outros dois não se assustam mais, que eu falo sempre. Mas, enfim.
    A melhor parte do vestibular ter acabado é o meu conforto.
    - meu ônibus vai voltar a vir vazio, apesar do tosco do horário de férias
    - vou conseguir comer sem fila
    - vou poder escolher onde vou comer
    - vai ter o que eu pedir na lanchonete (ontem não tinha na-da pela manhã)
    - vou poder atravessar a rua sem quase ser atropelada, “quinem” em Brasília
    - não vou mais precisar olhar os meninos que não tem nem barba na cara, o que me lembra que estou velha demais pra prestar vestibular
    - não vou precisar dar informações pros pais dos pré-calouros. Odeio pais. Depois eu falo disso.

    quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

    BBB8 - Big Bosta Brasil!!!


    Rá! Qual a chance de eu ver big brother??? Qual a chance eu perder meu tempo escrevendo sobre isso???

    O título é só para fazer ese blog aparecer no google!!! Marketeira!!! Fica meu muito obrigado por esceverem por mim, si divirto horrores!!!!

    Parênteses:"Ira says:
    sugiro colocar no titulo bbb8 - big bosta brazil

    Ira says:
    vai aparecer em mais pesquisas ainda "

    Ahhh swarovski!!! Que lindu!!! Estou corrompendo a engenheira!!! ..ok, podem continuar elegendo a invenção mais útil!!! Ah, mudei meu voto para o ob, na verdade para aquele com a cordinha rosa...


    ps: gentchy!!! já tinha postado e tudo mas achei isso e tive que acrescentar.... Big Brother LIVE e for FREE!!! A.DO.RO esse povo de blogs!!!

    terça-feira, 8 de janeiro de 2008

    Invenções Geniais



    Tudo começou lá em Porto, eu e Isabella discutindo na cozinha.
    Mentira, começou muito antes, na minha cabeça mesmo.
    Discussão sobre as invenções geniais da humanidade.
    Na verdade, proponho uma votação.
    Tem muita gente entrando aqui que eu sei. Então vamos aproveitar e eleger a melhor invenção.
    Vou listar algumas. Podem votar em alguma delas ou propor outra.

    1 - As que estou lembrando agora (úteis, não voto nelas, mas tem gente que acha legais):

  • roda

  • calculadora

  • internet

  • tempero

  • clip

  • telefone celular

  • chuveiro

  • espelho

  • código de barras

  • raio laser

  • plástico

  • bússola

  • vela de filtro

  • embalagem tetrapack


  • 2 – As melhores na minha opinião (empatadas no segundo lugar do meu coração, a primeira vem jajá):

  • blackout de cortina

  • corretivo líquido facial seco (de maquiagem)

  • abridor de latas (aquele que a gente não precisa fazer força)

  • vaso sanitário

  • dobradiça

  • papel

  • rosca (de enroscar, não de comer)

  • pomarola


  • 3 – A melhor:

  • OB, disparaaado! Não precisa ser dessa marca, mas se eu falasse absorvente interno, ia ter gente que ia perguntar. Tem até uma outra marca nova com um mais legal ainda... ah, todo mundo entendeu.


  • Pelamordedeus, ninguém comece com a discussão do que é invenção ou evolução de outra coisa.
    Só votem aí.
    Mas votem rápido, que daqui uns dias quero publicar o vencedor.

    A incrível rúcula


    Fernando voltou. Lindo. Preto. Bem humoradíssimo. E o melhor, topou ir tomar café comigo antes da aula dele!
    Conversando sobre nossas viagens, vimos quanta coisa elas tiveram em comum. Não os fatos, claro, mas a nossa percepção deles. Muita coisa parecida.
    Achei legal, muita coincidência, já sabia que a gente tinha um monte de coisas em comum. Uma hora eu resolvi falar da rúcula:
    Eu: Por que será que eu tenho a impressão de que a única pessoa do mundo que odeia rúcula sou eu?
    Ele: E eu!
    Eu: Sério, você odeia rúcula? Mas, gente, todo mundo ama rúcula! Sempre que vou pedir pizzas, qualquer que seja o grupo de pessoas, uma obrigatoriamente é de rúcula, porque todo mundo, exceto eu, ama!
    Ele: Eu odeio. Rúcula é um monte de... capim!
    Ai, que delícia!
    Que delícia não o Fe odiar rúcula, mas ele me entender, ele ser tão parecido comigo.
    A incrível rúcula desencadeou uma sucessão de insights em mim. Antes eu tinha muito medo de gente parecida comigo (não, gracinhas bobas, não me acho desprezível... a maior parte do tempo, não). Mas eu tenho plena consciência da minha chatice.
    Uma chatice saudável, muitas vezes, é fato. Não dá pra achar tudo e todo mundo legal, há que se ter alguns princípios e ser fiel a eles.
    Enfim, Fernando é muito parecido comigo e eu gosto dele! Como é que pode?
    É bom olhar pra uma coisa e pensar: “Ele gostaria disso... mas como eu sei? Porque eu gostei!” É mágico!
    É bom quando ele faz uma coisa que totalmente me irrita, e eu falo; “Não é possível que eu faço isso!... Tá, eu faço, mas vou tentar maneirar, porque estou vendo agora como faço os outros se sentirem com relação a isso”.
    E quando vejo uma característica que eu julgava neutra e penso: “Gente, isso é tão legal... e eu também tenho!”
    Fundamental para o meu auto-conhecimento.

    Dica 1: arrumem amigos parecidos com vocês.
    Dica 2: não fiquem ambos mal-humorados no mesmo dia.

    Há um tempão eu pensei em escrever pra ele sobre a vontade de mordê-lo que eu sinto. Você já se sentiu tão próximo a uma pessoa que tem vontade de englobá-la? Algo meio assim: ficar junto, estar perto, passa a ser pouco e você precisa senti-la com todos os sentidos. A proximidade convencional permite ver, ouvir, tocar e sentir o cheiro da outra pessoa, mas nada que se pareça com uma experiência gustativa. Algo me faz achar que é a única coisa que falta para uma interação completa.
    Portanto, Fe, não se assuste se qualquer dia eu te der uma mordida... Tá bom, mordida pode doer. Lambida, pode ser?

    Há algo errado



    Há algo errado acontecendo.
    Dormir é a coisa que mais gosto de fazer na vida, mas ultimamente não tenho conseguido muito.
    Mal sinal.
    Desde sábado, acho, tava demorando mais que o normal (normal = 15 segundos) pra pegar no sono. Tanto que outro dia, no desespero de ler algo inédito, peguei um livro horroroso da minha tia pra ler.
    Mas essa noite foi pior. Não só terminei “Os segredos da mente milionária” como zerei o Sudoku 6 vezes.
    Mas estou sendo injusta com o livro, ele é legalzinho. Aprendi como os ricos pensam. E vi como, além de ser pobre, eu penso muito como pobre.
    Falando em pobre, o caos da cidade por causa do vestibular continua. A criança linda estava no meu ônibus de novo. O terceiro que passou, porque os dois primeiros sequer pararam.
    Minha cabeça está doendo há dias. Claro, também sem dormir! Acho bom melhorar hoje.

    segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

    Bees



    Esse final de semana assisti Bee Movie. Tudo de bom. Lindo!
    Nem odeio tanto mais as abelhas!
    Adorei o conflito interior por que passa o Barry ao sair da faculdade.
    Lembrei totalmente de mim ao formar. Da diferença entre o que vai na sua cabeça e o que a colméia (ou a sociedade) espera de você.
    Deu aquela sensação ruim...
    E olha que eu pretendo fazer outro curso superior. E por pouquíssimo eu não estou prestando vestibular na UFMG de novo bem hoje.
    Bem, hoje eu levei 2,5h pra chegar no trabalho. Como se não bastasse a chuva e uma obra na praça Raul Soares – que não sei a que se propõe além de sumir com minhas estimadas árvores em formato de bolinha – ainda tinha a segunda etapa do vestibular na UFMG.
    Trânsito engarrafadíssimo, a hora da prova chegando, e lá não tem talvez: perdeu, perdeu.
    Gente chorando no ônibus, gente descendo e saindo correndo no meio dos carros, gente perdido perguntando onde era o prédio da sua prova.
    Ajudei vários pré-calouros a acharem seus prédios.
    Tinha um desesperado no ônibus. Lindo, super novinho (aimeudeus, to virando maníaca, será?). Ele: “Quantas horas?...Não, não me fale!”
    Eu: “Tá, não vou falar, mas se eu fosse você, desceria aqui e iria correndo”
    Ele foi.
    Tadinhos, imagine estudar um ano, correr esse monte e ainda chegar lá e dar com a cara no portão? Eu morreria.
    Pior é estudar desde sempre, chegar a tempo pra prova, estudar mais 5 anos e ficar com o diploma na mão, sem saber o que fazer com ele. Igual a um cachorro que corre, corre atrás do caminhão da mudança, aí ele pára... e aí?
    Enfim, sou doida e vou fazer outro vestibular no fim desse ano... pra uma área com que não estou nem um pouco familiarizada...
    Por falar nisso, quem quer me dar aula de Geografia? No segundo semestre, claro.

    Fida Pucca



    Falando em promessas de início de ano, e pra não deixar sozinha a Thays – que se comprometeu a ser simpática -, em 2008 vou ter coração.
    Já tenho até uma mascote, a Pucca Com Coração, da foto aí do lado, que veio no McLanche Feliz. A mascote se parece mais com a Thays do que comigo, mas isso é um mero detalhe.
    Não que eu ame o McLanche Feliz, mas já tenho 3 dos 4 da coleção das Puccas (Essa, o Garu e o Mio).
    A propósito, se alguém de boa alma quiser comer um McLanche por mim, e me dar a Pucca Envergonhada de presente, eu adorarei. É a única que falta pra mim. Me ajudem a não contribuir para esse sistema capitalista selvagem (que adoooooro!)

    P.S.: Em uma das camisas que ganhei de Natal, tinha escrito: “Falar de mim é fácil, difícil é ser eu”. E tenho dito.

    domingo, 6 de janeiro de 2008

    Promessa/Ameaça


    1 – Melhor promessa de todas, que ouvi no reveillón:
    “Esse ano eu vou ser mais tolerante com as pessoas que eu odeio, exceto Fulano, Ciclano, Beltrano...”

    2 - Melhor ameaça de todas, dirigida a mim anteontem:
    “Faça isso que o sábado alvorecerá com uma tal de Janaína amanhecida entre moscas e formigas, jogada em algum lugar da mata da UFMG... ou melhor, debaixo de algum ônibus 22 alguma coisa, em direção a Ribeirão das Neves!”

    sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

    Porto Seguro – Parte 6: A volta



    Na última noite em Porto Seguro, iríamos ao zouk (jesus!) e depois para o aeroporto, de onde eu sairia às 4h de lá, onde não tem horário de verão e chegaria às 6h daqui, num vôo de 1h. Aula prática de fuso horário, u-hu! Se fosse o contrário, seria igual a um teletransporte, sairia daqui e chegaria lá na mesma hora. Mas, enfim.
    Saímos de casa muito tarde, porque ficamos de papo (que ruim, hein!). Estávamos com fome e fomos comer. Só eu queria ir ao McDonalds, mais ninguém. Não fomos. Podia ter começado lá a minha coleção da Pucca, que tá vindo no McLanche Feliz, mas não deu, paciência.
    Fomos comer pizza no Sambuca. Excelente lugar, o banheiro fica atrás do forno e é quentinho... queria morar lá. Saindo, até pensamos em ir ao zouk, mas deu uma preguicinha nas meninas (yes!) e acabamos ficando no carro brincando de “eu nunca”. Se Bento XVI ainda não excomungou essa brincadeira, deve ser porque ainda não conhece, mas deixe quieto. Fomos depois pro aeroporto. Primeira vez que eu ia viajar de avião. Medo? Claaaro. Mas eu sou tão atriz que tava quase convencendo a mim mesma que tava morrendo de coragem. Já tinha dado voltinha de avião sobre o aeroporto da Pampulha, mas viajar, viajar, foi a primeira vez.
    Mas até que foi divertido. Meu vôo não atrasou nem meio segundo. Sabia que esse negócio de caos aéreo era invenção da mídia, kkk. To brincando, calma, não sou tão imbecil e sei que dei sorte. Adorei

    Tava fuçando a comunidade do orkut “Invenções Geniais” e vi um cara lá comentando:
    "Eu gosto muito de avião. Eu fico embasbacado como a gente se projeta pelo ar numa velocidade de 800 Km por hora, 10 Km de altitude, num frio de -55ºC e atravessamos continentes reclamando que a comida estava péssima!" Vou escrever um post inteiro depois sobre invenções geniais. Depois.
    Enfim, cheguei e fui direto trabalhar. A vida é dura demais.
    Toda vez que chego na praia fico fascinada com tudo, achando tudo diferente. Quando começamos a acostumar com aquilo tudo, e achar praia e mar e areia e não trabalhar e gente quase sem roupa andando na rua normais, é hora de vir embora.
    Que ruim.

    (Fim, ufa!)

    Porto Seguro – Parte 5: Mais coisinhas



    Esse negócio de escrever em capítulos já tá me enchendo. Eu até gosto de novela, mas querer ser o Gilberto Braga é demais, né. Mas vou tentar continuar. Primeiro porque obviamente fui mesmo escrevendo por partes, depois porque mesmo se tivesse tudo escrito, não iria postar um negócio de 10 páginas, ninguém merece. Mas vou terminar com isso hoje, se tudo der certo.
    Enfim... onde é que eu estava mesmo?

    Ah, claro. Em Porto Seguro!

    Sol
    Como já disse, adoro sol. Dormi bastante na praia lá, enquanto torrava. Queimei horrores. Estou boba de ver como eu era amarela. Olhando, assim, a parte onde não pegou sol, tampada pelo biquíni. To super azul, que delícia! Na verdade as meninas, que são brancas, tavam parecendo muito mais queimadas do que eu, até eu endoidar e trocar o bloqueador fator 30 pelo bronzeador fator 2. Sim, eu sei, câncer de pele, radicais livres, mas continuo fútil e preocupada com o bronzeado exterior.

    Dinheireitor
    Todo mundo sabe como o mundo está perigoso, violento e tal. Pensando nisso, levei meu personal dinhereitor, uma espécie de pochete de tecido pra colocar o dinheiro, por baixo da roupa. Não apenas é seguríssimo, mas a principal vantagem é que você só é assaltada mediante um estupro. Fandásdigo!

    Balanço
    Um dia, estávamos na praia e começa a tocar um forró delicioso. Praticamente pulei de pé. Mas como assim eu cogitei dançar de biquini? (a parte do "com quem" era um mero detalhe, claro) Eu ia ficar 3 minutos depois do fim da música esperando tudo em mim parar de balançar, ninguém merece. Se bem que a praia é um ótimo lugar pra aumentar a auto-estima com relação ao corpo. No primeiro dia você fica toda "ai-meu-deus-ai-minha-barriga", mas aí você vê as outras pessoas e começa a crer que você não está assim tão draga. Comparativamente, pelo menos.

    Comida
    Comi horrores na praia, o tempo todo e muito. Batata frita foi todo dia. Me sentia a pobre quando sentava com as meninas pra comer: Elas serviam um prato de folhas e eu batatas, arroz, macarrão, e “tucontuá” num pratão bem cheio. Nada verde. To nem aí. Eu é que não vou fazer a dieta de uma vaca. Além do mais, se a refeição não tiver glúten, gordura trans e açúcar, eu nem considero!

    Picolés
    Adooooro picolés. E experimentei os dois melhores da minha vida lá. Não estou considerando o Tablito da Kibon, que apesar de ter um lugar reservadíssimo no meu coração, não posso mais comer.
    1 – Picolé de Guaraná Antarctica da Kibon
    Toda criança minimamente normal tentou fazer picolé na infância. E toda criança minimamente criativa tentou fazer picolé de refrigerante. Não que tenha dado certo... Pois é, a Kibon teve a manha.
    2 – Picolé de jabuticaba
    Tinha um picolezeiro perto da balsa que vendia picolé de frutas, feito com as frutas mesmo, naturalíssimo. Me deu uma preguicinha, o picolé nem tinha embalagem, mas resolvi pedir. Do sabor mais inusitado possível, um que eu gostasse, mas que jamais tivesse experimentado. E pedi o de jabuticaba. Deus! Como que o cara conseguiu sintetizar uma baciada de jabuticabas num palito? Que maravilha! Achei até um pedacinho de casquinha de jabuticaba no picolé! E fiquei feliz!
    Ontem, dois dias depois de ter vindo embora, recebo uma mensagem da Ju: Ai, ai, esse picolé de jabuticaba que eu to chupando tá booom... Hahaha
    Resposta: Novilhaaaa!

    (Continuo depois... só mais um, acho.)

    Porto Seguro – Parte 4: Coisinhas



    Nenhum título especial, vou contar umas coisinhas da viagem.

    Pimenta
    A foto aí do lado é do logo de uma loja que achei lá. Claaaro que não comprei pimenta nenhuma, né, odeio. Entrei lá, fiz um discursinho que adorei a marca, e o cara me deu isso. Pra quem não sabe, Pimenta é meu sobrenome.

    Mosquitos
    Tinha milhões. Usávamos repelente 3 vezes ao dia. Exceto a Sa, que tinha crise de abstinência e retocava a cada 5 minutos. Um dia fomos almoçar num lugar em que parecia que os mosquitos iam nos carregar, estávamos literalmente lutando com eles pra conseguir comer. Só que o anjinho do cara que tava nos servindo ficou abanando a gente! Que tudo!

    Mar
    Preguiça total de entrar no mar. Gosto de ficar lá perto, de ver, mas vou à praia é pra torrar no sol, entro pouquíssimo na água. Uma vez por dia, mais ou menos. Dando chilique. Reclamando do frio. E voltando correndo pro meu querido sol.
    Outra coisa, o povo ria de mim quando eu chegava em casa doida de vontade de fazer xixi, mas é que me recuso a fazer xixi no mar. Lembrei totalmente de um dos primeiros diálogos do Closer:
    ”_ Eu não como peixe.
    _ Por quê?
    _ Peixes fazem xixi no mar.
    _ Crianças também fazem xixi no mar.
    _ Eu também não como crianças.”


    Fotos
    Tiramos milhares. Claro que tem umas comigo escondendo a cara. Sempre odiei fotos. Mas lá fui boazinha tirei bastante.
    Tem uma de mim de blusa de frio por cima do biquíni, umas fazendo poses joselitas com as estátuas de índios, uma ótima posando pro brinde, todo mundo com latinha de cerveja ou Ice na mão e eu com Ades. É, eu não bebo.

    Livros
    Levei um livro pra ler. Todo mundo levou, na verdade. Só que o que eu levei era um lixo. Tava odiando e não tava conseguindo ir pra frente. Uma bela noite (a do zouk que não fui) peguei o da Renatha emprestado, não-sei-o-quê da Linguagem Corporal. Dormi na terceira linha. No dia seguinte levantei (cedo, claro) e engoli o livro. Quando as meninas acordaram, já tinha lido tudo. Elas horrorizaram. É meio fraquinho, mas aprendi coisas úteis, como como fazer um sorriso falso parecer verdadeiro, como detectar baixa receptividade ao seu discurso, como as pessoas demonstram que estão a fim (do que quer que seja) e o mais bizarro: a função do batom: segundo o livro, é pra imitar a genitália feminina. Creimdeuspai.

    (Continuo depois...)

    Parêntese: Rafael



    ”(...)Tendo saído, deparou-se-lhe o anjo Rafael, sem que ele soubesse que era um anjo de Deus” (Tb 5,4)

    Ontem foi aniversário do Rafael. E não deu tempo de escrever dele ontem. E daí? Escrevo hoje!
    Rafael é um menino lindo, fofo, doce, tem a barba mais linda de todas, a pele perfeita, é carinhoso, uma gracinha.
    Adoro ele! (Que outra pessoa me faria citar a Bíblia nesse blog? Aiai)
    Há quem diga que roubei ele de outro amigo, mas:
    1 – ninguém rouba ninguém de ninguém
    2 – ele não continua amigo do outro, gente? Eu, hein!
    De fato, o conheci através do Bruno, mas não roubei ninguém não! E adoro os dois.
    Pois então, ontem foi aniversário dele. Fomos prum bar comemorar. Ótimo, monte de pessoas legais e divertidas.
    Falando em roubar amigos, lá conheci o Caio, amigo deles, pessoa gracinha demais, parece. Amigo de infância instantâneo, claro.
    Podem falar o que quiserem, de carência ou o que for, mas adoro que os meus amigos me papariquem.
    Meu nome no celular do Rafael tá Janalinda! Tem jeito de não apaixonar por uma pessoa dessas?
    E o Caio ontem? Não apenas falou que minha foto ficou ótima como achou que eu tinha 21 anos! Virei fã, claro. Nem liguei de dormir tarde ontem...

    Fecha parêntese.

    quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

    Porto Seguro – Parte 3: Os agitos



    Ficamos em Coroa Vermelha, lugar uma gracinha, parece cidade do interior daqui. A praia era a um quarteirão, ótimo. Quase todas as noites íamos a Porto Seguro, super pertinho. Passeávamos na Passarela do Álcool, o hot point da cidade.
    Porto Seguro ficava muito cheio, o dia todo.
    Fomos um dia a Arraial d’Ajuda, lindo, tudo caríssimo, pessoas muito bonitas.
    Fomos a Santa Cruz Cabrália também e tiramos fotos.
    Ninguém merece as músicas que tavam rolando nesses lugares todos. Essa é a música (com a dancinha, claro) do momento lá. Vejam a podreira. Passava em todas as barracas, palanques, shows e rádios locais, entre outros axés. Só Jesus. Não, tadinho de Jesus, faça isso com ele não.
    Só estávamos ouvindo isso, até as meninas comprarem CDs. 3 CDs. De Axé. Sangue de Cristo! Eu torcia muito pro player do carro pifar, nó. Odeio axé e tudo o que possa dele advir. E tenho vontade de sacar uma metralhadora toda hora que ouço "Sorria, você está na Bahia". Sim, sou mal-humorada 98% do tempo.
    Deve ser por isso que as meninas assustaram tanto quando eu saí pulando e dançando pela cidade afora (logo depois de um pratinho de brigadeiro... Lembram do esquilo dos Sem-floresta? Tipo aquilo). Dancei até aquela dancinha ridícula do vídeo. Fiquei tão pulante que nem lembrei da blusa de frio.
    Daí o povo descobriu um baile de Zouk. Quantas vezes já disse que odeio zouk? Umas mil, né? Quem tiver esquecido, releia o texto da rodinha. Preguiça de ficar simulando sensualidade enquanto danço! Dou conta disso não! Ah, nem!
    E não é só porque faço aula de dança que tenho que amar todos os ritmos. E como estou de férias da escola, me achei no direito de não querer dançar. Principalmente com aquele povo que sua e pinga! Ah, não, eu não mereço isso não! Lá em Porto os nativos já chegam ao baile sem camisa! Credo! Pára!
    Depois de muito preparo espiritual, resolvi ir, apesar dos infinitos pesares. Ia ficar de cara feia e não ia dançar com ninguém, mas iria, em prol do grupo.
    Mas como Jesus me ama, passei mal no dia (as meninas também, mas a fomiagem foi maior) e não pude ir. Fiquei em casa dormindo. Diliça completa!
    O Reveillon foi um show à parte. Custamos a decidir pra onde ir – como se fizesse diferença escolher em qual praia iríamos ouvir “Não vale mais chorar por eeele” e pular macumbinhas, digo, ondinhas, na praia. Enfim, fomos para um lugar que custou 50 dinheiros (beijo, Rafael!), tinha vários ambientes – axé, rock, axé, forró, axé, boate, axé, axé e... axé! – e umas 2000 pessoas, estimo. Vimos o show dos fogos de artifício, que confesso, não foi de todo ruim, e logo em seguida eu e Juju fomos embora. Pode falar que eu sou rabugenta, mas juro que preferia ter passado dormindo. Menos, né. Se eu tivesse passado dormindo, não ia dar pra mandar minha oferenda pra Iemanjá, uma florzinha com uns pedidinhos enrolados no cabo (mais ou menos uma versão reduzida da minha Listinha pra Papai Noel. Reduzida não porque fiquei humilde... é porque não consegui lembrar de tudo.
    Mas o ano não poderia começar melhor: como eu e Ju deixamos o carro com as meninas (a facção empolgada), passamos mais de uma hora esperando ônibus em Porto Seguro. Cheguei em casa e ainda achei no meu cabelo a florzinha que eu ia jogar no mar à meia-noite (pra completar a oferenda). Pra eu ter uma prévia do que me espera esse ano...

    (Continuo depois...)

    Porto Seguro – Parte 2: As meninas



    Vou apresentar resumidamente o povo da viagem. Viajamos 5 mulheres:

    Juliana
    Eu já conhecia há pelo menos 4 anos. A idéia da viagem foi dela. Fomos pra casa dela. Ela já morou lá e tudo. E vai pra lá todo ano, portanto já sabia de tudo. Tem mais noção que a gente, e não por ter uns anos a mais, tenho a impressão de que ela sempre foi assim. Apesar de toda a responsabilidade que carrega, é uma gracinha, fofa, legal e dá pra conversar com ela sobre tudo.

    Samira
    Eu também já conhecia há pelo menos 4 anos. Antes de ficar amiguinha, rolava uma relação de idolatria, por causa da dança de salão. Ela é simplesmente meu parâmetro do que é dançar bem. Mas ela tem um rostinho doce e pensava que ela era daquelas pessoas que amam todo mundo. No dia em que descobri que não é bem assim, aí eu virei fã de verdade!

    Renatha
    Essa foi a mais difícil de eu empolgar de me aproximar, porque ela tinha cara de Paty e miava demais. Mas bastou um dia conversarmos na cantina da escola e já gostei dela. Nada de Paty, apesar da carinha. Tava com um pressentimento bom com relação a ela, que começou a se confirmar na viagem. Muito gracinha de pessoa!

    Isabella
    Antes da viagem, eu só conhecia de vista. E confesso que tinha um medinho de me aproximar. Demorei, assim, uns 5 minutos perto dela pra mudar de idéia e ver como ela é legal. Adorei, super gracinha. E o melhor... a mala dela tinha tu-do. Quero continuar amiguinha quando ela voltar pra BH, tomara que role.

    E eu.
    A mais chata de todas, que preferia dormir (de pijama de inverno e cobertor, lógico) do que qualquer agito, que vestia blusa de frio por cima do biquíni, que acordou cedo todos os dias, que não gosta de zouk e que levou 2 kilinhos de balas (minto, 1 kg de balas e outro de pirulitos) pra suprir a galera.

    Enfim, estávamos na praia 5 mulheres jovens, solteiras, inteligentes. E humildes.
    Falando em humilde, é ótimo, eu falo pra Samira que ela tem a manha total da dança e ela: “Mas eu seu dançar mal também”.
    Tenho algumas amigas mulheres, claro, e saio de vez em quando com umas como Thays, Carol, Néia, Helô ou minhas primas, mas acho que nunca tive um Programa de Lulu tão intensivo. A maioria dos meus amigos são do sexo masculino (não, gênios, só poucos deles é que são gay, ao contrário do que os outros possam pensar) e tive algumas experiências desastrosas recentemente com novas pseudo-amigas que me deram preguiça, fazendo com que eu passasse a preferir amigos homens.
    Nunca pensei que essa overdose de mulherices pudesse ser tão legal. E olhe que todas miavam! Segundo, elas, até eu, mas há controvérsias.

    (Continuo depois...)

    quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

    Porto Seguro – Parte 1: A ida



    Já tinha contado aqui que iria pra praia, né? Pois é. Fui convidada pra ir pra casa de uma amiga que adoro, a Ju. Depois falo melhor dela.
    Enfim, tive a brilhante idéia de ir de ônibus. Estava meio relutante a essa idéia no início, mas me enchi de coragem quando descobri que teria a companhia da Renatha pra viagem de 16h. Renatha é outra pessoinha que já me parecia bacana – eu ainda não a conhecia muito bem – e de que vou falar depois também.
    Fato é que minha burrice não tem limites e comprei a minha passagem e a da Renatha com um delay de 2h. Claro que eu jurava que as duas eram pro mesmo horário, óbvio, não conferi nada e entreguei a passagem dela. Isso foi quase um mês antes da viagem.
    Conversamos várias vezes sobre a viagem, algumas vezes comentamos sobre o horário, no dia anterior inclusive. Estou lá eu no dia da viagem, preparadíssima para viajar as 17h30, conforme constava da minha passagem, e recebo a seguinte mensagem da Renatha:
    “Nosso ônibus é 19:30, certo?” Jesus! Já eram quase 15h quando descobrimos a diferença e já não dava mais tempo pra trocar. Fiquei puta demais. Comigo, claro.
    Fui sozinha. Ia chegar a Porto Seguro no dia seguinte as 9h30 da manhã e Renatha às 11h30, que droga.
    Inda bem que meu ônibus deu uma atrasadinha e chegamos com só uma hora de diferença. Inda bem, porque a Ju, Samira e Isabella foram nos pegar na Rodoviária. Daqui a pouco eu vou falar de todo mundo.

    A viagem
    Entrei no ônibus com aquela minha posturinha habitual de “não vou conversar com ninguém” ao mesmo tempo em que torcia para que a poltrona ao meu lado viajasse vazia.
    Entra uma mãe com sua filha de uns 30 anos pela mão. Olha pra minha cara (Me-do!):
    _ A poltrona dela é a da janela.
    Putaqueopariu. Tava demorando.
    Eu: Não é não, a da janela é a minha, a ímpar.
    A filha, com voz meio enrolada: Deixa, mãe, eu prefiro o corredor mesmo.
    Transformação facial na cara da mãe. Tentei não olhar. Fixei os olhos na tela do meu celular, mas não adiantou. A mulher falava comigo, toda simpatia (finge):
    _ Aqui, dá uma olhada nela pra mim na viagem, tá?
    Claaaaaaaaaaaaaaaaaaro que não, vou é dormir, minha filha! Mas como sou uma franga, falei: Ahã...
    Só entao notei que a menina era deficiente mental. Que tipo de mãe desnaturada deixa a filha deficiente viajar sozinha? Ela:
    _Faz o seguinte, me passe o número do seu celular.
    Eu, com o celular na mão, não tive jeito de não dar. Até pensei em jogá-lo pela janela e falar “não tenho”, mas ia dar um trabalhinho tirar o chip no meio desse processo. Dei a porra do número. Ódio!
    A mãe desceu. Ficou a filha. Doooida pra conversar... comigo... a 525 decibeis... nem eu roncando ela desconfiava.
    Falou o nome dela. Tinha 5 sílabas, mas gravei só as 2 primeiras: Rose. Ah, não, outra Rose na minha vida? Lembram o nome da fiadaputa que aleijou minhas sobrancelhas? Pois então.
    A Rose quis me apresentar o roteiro da viagem, saber minha profissão, o que eu ia fazer em Porto, etc e tal, a despeito dos meus roncos. Depois me ofereceu uma batatinha, outra batatinha, uma bala, outra batatinha, aí eu encostei a cabeça na poltrona da frente e ela me disse que ia fazer mal pra minha coluna, aí eu consegui finalmente dormir, mesmo com ela falando, mas ela me acordou porque chegou a parada. Inferno!
    Quero deixar claríssimo aqui, antes que alguém tome as dores, que não tenho nada contra os deficientes mentais. Inclusive estou me surpreendendo com um trabalho de dança de salão com um deles, qualquer dia eu conto aqui.
    Não gosto é de falar com estranhos, nem de passar a noite em claro, nem que não me deixem dormir. E nem de pessoas de tamanco, mas não vou entrar nesse mérito.

    (Continuo depois...)

    terça-feira, 1 de janeiro de 2008

    Ano Novo


    Apesar de eu estar me sentindo um ET por parecer ser a única pessoa da face da Terra cujo coração não está tomado pelo amor ao próximo, quero desejar umas coisinhas pras pessoas que lêem esse blog. Especialmente pra mim mesma – ahã, continuo egoísta...

    Desejo a todos:

    Muito dinheiro, ganho de forma prazerosa, honesta e gasto com sabedoria
    Saúde
    Noção
    Amor bem direcionado
    Alegria sem excessos
    Uma dose salutar de stress
    Carinho dos amigos
    Bastante auto-estima
    Paixonites moderadas de vez em quando
    Chefe legal
    Cabelo obediente
    Alguma coragem
    Colo de mãe
    Viagens de lazer
    Chorar de rir de vez em quando
    Boas leituras
    Poder dormir enquanto tiver sono
    Poder conversar enquanto tiver assunto
    Poder comer enquanto tiver fome, enquanto estiver gostoso, sem medo de engordar
    Assistir desenho animado
    Muita dança (sem rodar demais)
    Discussões ricas com pessoas inteligentes

    Desejo mais um monte de coisas. Muitas delas estão no poema Votos, de Sergio Jockymann, que adoro, pra qualquer época do ano, e não só pro início.

    Descobri essa semana que tenho coração (com ajuda do Fernando, claro, nunca que eu ia descobrir isso sozinha). Aproveitei pra colocar essa fotinha aí do lado, pra simbolizar minha descoberta.

    Amanhã voltarei pra BH e vou tentar postar sobre essa viagem, ok? Tô aqui na Bahia ainda, morrendo de preguiça.

    Beijo e Feliz Ano Bom pra gente.