quinta-feira, 10 de abril de 2008

Conversor


Eu sou um conversor. Sempre converto alguma coisa externa ao meu corpo em alguma outra coisa. Reajo a pessoas, situações e lugares de formas muito estranhas.
(A partir daqui, toda vez que eu falar "coisas", estarei me referindo a pessoas e/ou situações. Só pra esclarecer.)
Tem coisas que me fazem doer o estomago, outras a cabeça. Coisas que me deixam tonta, coisas que fazem minha vista escurecer. Coisas que deixam meus dedos dormentes. Coisas que aumentam minha temperatura, me dão febre.
Isso parece loucura, mas acontece, e independe de contato físico.
Sou rainha de passar mal de raiva.
Já vomitei de raiva (que mimo!).
Sempre ouvi falar de nó na garganta, e pensava que fosse uma força de expressão. Mas tenho isso, literalmente. Tristeza me dá isso. Não consigo comer nada. Pelo menos, emagreço. Na minha última crise existencial grave, que já está quase fazendo aniversário pela segunda vez, emagreci horrores. Costumo dizer que perdi um monte de quilos que nunca mais achei. Foi bom.
Recentemente descobri uma nova modalidade de conversão em mim.

Parêntese gigante para eu contar a história que me chamou a atenção para os conversores:
(Outro dia no trabalho recebi um arquivo em um formato que não consegui abrir. E precisava abrir. Fuçando na net, achei um conversor de arquivos maravilhoso. Zamzar.com. Fui mostrar pra um coleguinha do trabalho que tem a manha de ser espirituoso e me diverte com seu senso de humor refinado. Ele tem a mania de, quando a gente descobre algo bom e útil assim, falar: “Eu vivi na mentira!” Mostrei só pra ouvir ele falando isso de novo, mas o que ele disse quando viu o site foi: “Toca-me e eu ficarei curado”. Enquanto eu me acabava de rir, ele disse: “A gente tem que pregar isso pras pessoas!” Então tá aqui. To pregando.)
Fecha.

Então, eu contava sobre minha nova modalidade de conversão. Ninguém ria, por favor, que é sério. Mas eu converto ansiedade em xixi. (Poderia ser pior...)
Mas de ontem pra hoje tive um super stress aqui no trabalho, tive que fechar uma coisa com um prazo justíssimo. E fiquei tensa, claro. E toda hora queria fazer xixi. E a capetice é que eu não podia parar toda hora pra ir ao banheiro, por causa do prazo e... claro, ciclo vicioso, normal.
Enfim, entreguei o negócio. “No prazo” aqui tem um valor meio vago, porque chegou na minha mão um dia depois da data-limite (u-hu!). Adoro esse lugar.
Agora passou a fase da desordem psicossomática, estou só com mau-humor, preguiça, dor de tudo e tpm, que delícia.
Hoje almocei um bife e um chocolate do tamanho da minha tromba (quem não me conhece, pode acreditar, é enooorme). Queria só o chocolate, mas a última coisa que me falta hoje é uma crise de hipotensão.
Porém... sou uma pessoa iluminada e não tratei ninguém mal ainda. As oportunidades foram escassas, é verdade, porque quando saí de casa as meninas estavam dormindo e no trabalho avisei a todos do estado de calamidade da minha pessoa e todo mundo ficou caladinho.

Vida que vem quero vir convertendo tudo em dinheiro.

Ah, novidades: a rebelião aqui continua e minha vó hoje tá muito, muito, muito mal. O povo já correu todo pra Guanhães.

Beijos.

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