domingo, 6 de abril de 2008

Post de uma linha que cresceu


Hoje ia escrever um post de uma linha: TIVE-PROVA-HOJE-SIM-FOI-DIFICIL-E-NÃO-QUERO-FALAR-A-RESPEITO. Porém, dei uma dormidinha que durou a tarde inteira e acordei especialmente falante.
Pois então.
Hoje aconteceu de tudo naquela prova.
Até celular tocando teve na minha sala hoje. Tocando não, vibrando. Vibrando, assim, tipo um tratorzinho. Um tratorzinho em tamanho natural. Vibrou a primeira vez. Todo mundo que tava perto (aquele monte de Janaínas de sempre) começou a olhar um pra cara do outro, com aquela cara de como assim. Aí parou. Passou um tiquinho e começou de novo. Lá pela quarta série de vibra-call, já tava dando vontade de falar pra aplicadora: “Ô sua gorda, burra e surda, tem um celular tocando!” Tá, não precisava de toda essa cavalice, eu sei, a maior parte da culpa do meu péssimo humor era do fato de eu ter saído de casa atrasada, com fome e na chuva, mas enfim.
Fato é que nenhuma candidata falou nada e creio que a maioria delas deve ter pensado como eu. Algo mais ou menos assim: “Gente, quem é a anta que deixou o celular ligado? Claro que não sou eu. Ou sou? Eu desliguei o meu. Não desliguei? Aimeudeus, será que eu desliguei?” Horrível. Só pra constar: o meu estava desligado, como pude conferir no final da prova.
Na hora em que entrei na sala foi que lembrei que teria redação nessa prova (li no quadro). To com tantos editais que to confundindo as provas. Pensei que a de redação seria na semana que vem, mas enfim, eu to estudando tudo mesmo, tanto faz. Vem aquele negócio, né, “isso não é um post, isso não é um post!” Acho que foi a primeira prova de redação que fiz desde que tenho o blog, e dá uma sensação de “nó, to aqui escrevendo e meu blog lá, abandonado... já sei, vou escrever um post hoje!” Não que o tema da redação tenha me sugerido algo, não mesmo, mas fiquei doida pra escrever. Tá, sou compulsiva mesmo. E daí?
Pior foi na hora em que fui embora. Precisava trocar um dinheiro. Precisava ler alguma coisa que não fosse uma lei. Passei perto de uma banca. Enquanto decidia se comprava o Super Notícias ou a Revista Tititi, sabe o que comprei? A Folha Dirigida! Que ódio de mim! Jornal de concursos, que droga!
Ao final da prova, falei ao telefone com a Carol, amiga de anos e companheiríssima inclusive de estudo. Listamos as coisas que fazem a gente perceber que está na hora de passar num concurso:
- Você não tem mais espaço pra guardar apostilas;
- O povo do seu cursinho já te conhece;
- Todas as novidades que você escuta são sobre editais;
- etc.
Nós duas já atingimos o limite, se for olhar por aí. Ela morreu de rir na hora em que eu acrescentei um item:
- Você vai ao banheiro da sua casa, pára na porta e fala: “Não tenho marcapasso, não estou grávida...” Que são as respostas às perguntas de praxe que o vistoriador faz antes de passar o detector de metais em quem vai ao banheiro.
Detalhe que não comentei: hoje na hora da prova pedi pra ir ao banheiro e a 10 metros do vistoriador, já comecei a recitar desde o corredor: “Não tenho marcapasso, não estou grávida e não tem nada de metal nos meu bolsos!” O vistoriador só disse tá e nem passou o detector! Hoje era o dia em que eu devia ter levado meu mp3 player e ficado meia hora no banheiro escutando o áudio que tenho da constituição! Mas não vai faltar oportunidade... to brincando!

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