terça-feira, 8 de abril de 2008

Rebelião provoca surto


Cansaço, a minha nova novela. Todo dia agora eu reclamo. Fazer o quê?
Ontem encontrei várias pessoas legais, e consegui conversar sobre assuntos não-provas com todas elas. Brilhei!
Tinha uma planta nova no meu trabalho. Uma planta que dava umas bolinhas vermelhas que ninguém sabia o que era. Podia ser um tipo de pimenta, podia ser um veneno, podia ser qualquer coisa, o que o povo queria era um pretexto pra manter um vaso cheio d´água na sala em tempo integral. Outro dia uma moça perguntou pra mim: “Isso é um pé de quê?” “De dengue, claro”, respondi. Até que enfim, pelo menos serviu pro povo acordar e jogar aquilo fora.
Por que eu contei essa história? Não sei, to começando a crer que estou surtando. Algo relacionado com a rebelião aqui praticamente no meu quintal. Justo eu, que sou sócio-torcedora do PSDB, que sempre odiei manifestação, rebelião, greve, sindicato e afins, que sempre fui de direita, mesmo quando ser de esquerda era chique.
Mas o barulho da rebelião começou a me enlouquecer. Fico olhando pela janela e fantasiando uma rebelião silenciosa, com os manifestantes mudos, se deslocando silenciosamente, que nem ninjas. Poderiam tomar o Estado, desde que calassem a maldita boca. Eles vão me enlouquecer sim, já estou naquela fase de encostar a testa na mesa e ficar murmurando “calem a boca, por favor” bem baixinho. Não agüento barulho. Saio do trabalho mais descabelada que o normal, de tanto passar a mão na minha própria cabeça, é o fim dos tempos.
Cheguei ao absurdo de fazer três bondades a pessoas desconhecidas em dois dias! Medo. Só não fiz a quarta bondade ontem à noite porque Fernando me impediu, se adiantando – não dá pra competir com um gentleman. Ainda bem. Se inteirassem quatro bondades eu me entregaria ao hospício sozinha. Ainda bem que passou. Já parei com essa bobagem de bondade.

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