sexta-feira, 18 de julho de 2008

Caio


Hoje é aniversário do Caio, um amigo muito especial.
Esse post tá mais difícil que um parto, detesto escrever sobre pessoas importantes.
Vou falar (mal) dele um pouquinho:

Ele é meu amigo de infância.
Mentira, claro que ele não é meu amigo de infância de verdade, né, porque quando ele nasceu eu já tinha arrasado dançando what-a-feeling na minha primeira formatura. (Que tipo de mongol tira o vestido chiquérrimo de formatura pra colocar colant e caneleira e ficar dando pinotes no palco? Só eu.)
Enfim, voltemos a falar do aniversariante. Vou parar de me interromper, juro.
Virei amiga de infância dele no primeiro dia em que o vi. Isso foi há apenas 6 meses e meio, não é isso? É. Amigo de infância instantâneo. Amor de irmão.

Ele me xinga quando eu o interrompo. Mas no primeiro dia em que tentei não interromper, ele perguntava a toda hora: “Você tá escutando?”.

Ele escreve divinamente. É sem educação de tão inteligente. E foi ele que me ensinou essa expressão.
Por falar em educação, o sonho dele é ser mal-educado e antipático, mas ele não consegue.
Tá, ele tem uma preguicinha de fazer social, mas quem não tem? Até eu.

Ele tem um gosto musical duvidoso. Dirige ouvindo Britney, Sandy e tudo quanto há de ruim em música. E quem reclamar é expulso do carro. Ouvir Caio e Shakira cantando em dueto é algo inesquecível. Mesmo assim, gosto dele. E adoro ser co-piloto. Olho os mapas errado e ele fica puto. Adoro ter participado ativamente no dia em que ele entrou na contra-mão em um lugar perigosíssimo e outra vez em que ele derrubou uma árvore no Icex, com cerquinha de proteção e tudo. (Será que podia contar? Azar!)

Ele agüenta meu mau humor super bem. Mas eu mereço, porque também agüento o dele. E ele até avisa quando está mal-humorado, o que facilita bastante. Ele fica assim todo dia pela manhã, diga-se. Ele adora dormir. E não gosta que ninguém o acorde. Mas é tão gracinha que já acordou cedo mais de uma vez pra me ajudar. Uma vez me deu aula de português num sábado bem cedo. Emendamos num almoço filológico que envolveu toda a família dele e, a propósito, ele me deve um dente. (Apostamos como era a grafia de uma palavra que não consigo lembrar.)

Nós somos gordinhos de espírito. Sempre saímos pra comer. E falar muito, claro. Coisas de gente que não bebe.

Ele ganha de qualquer pessoa em termos de baixa auto-estima, principalmente quando recita “Sou feio, pobre, burro, gordo e meu cabelo é ruim”.

Ele achava que ganhava qualquer discussão no grito. Até me conhecer e descobrir que depois que ele grita, eu continuo argumentando.

Ele me ensinou a dizer “não quero falar sobre isso” com cara de choro e inibir qualquer possibilidade de perguntas sobre o que quer que seja.

Ele é a única pessoa do mundo que toparia ir comigo num sex shop no meio da tarde de um dia de semana pra pegar idéias pra uma festa a fantasia. Sim, ele foi comigo. Ainda tem a cara de pau de dizer que não faz o menor esforço pra ser simpático.

Ele discute a relação comigo. Não só a nossa relação, mas a minha com as outras pessoas. Acho ótimo.

Sabe aquela coisa de alma? De um olhar pro outro, balançar a cabeça falando “né” num tom peculiar e só a gente entender?
Então, é isso. Jajá vou dar um abraço ao vivo.

Parabéns!

Prometo escrever uma coisa bonitinha depois, tá? Hoje foi impossível.
P.S.: Essa fotinha é o logo de uma loja. Sim, me apropriei.

Um comentário:

Caio disse...

ai, janaina!

esse que é o "post horroroso"?

:'(

Nossa! Preciso agradecer pessoalmente!