quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Estilo literário


Esse post é para, entre outras coisas, acabar com o barraco virtual que se instaurou aí embaixo. Enriquecedor, claro, mas já deu o que tinha que dar. Até mais, sob alguns aspectos.
Tenho recebido alguns comentários (a maioria construtivos, ainda bem) sobre o meu estilo literário. Antes que se perguntem “Mas onde?” devo informar que este blog recebe umas três vezes mais visitas que comentários, e tenho amigos que preferem comentar via e-mail, telefone, msn e tal. Nada contra, não me importo. Nem todo mundo gosta de publicar suas opiniões.
Enfim, o que tenho recebido com mais freqüência é: “você escreve do jeito que você fala”.
Pausa para reflexão (minha): isso é um elogio ou uma crítica? Posso escolher? Então vou encarar como um elogio. Essa visão diz uma dessas coisas:
- Eu escrevo e falo mal; ou
- Eu escrevo e falo bem.
Qualquer que seja a idéia, pelo menos diz que eu sou coerente, né? E isso não deixa de ser bom.
No entanto, tenho que discordar em parte. Acho que eu não escrevo sempre do jeito que falo, mas o contrário, tento (com afinco, mas sem muito sucesso) falar do jeito que escrevo. Vou explicar. Difícil.
- Falar do jeito que escrevo:
Não acho muito difícil escrever corretamente, principalmente com recursos como dicionários, gramáticas e amigos-inteligentes-a-quem-posso-perguntar sempre à mão. Mas falar é muito complicado. Claro, tento falar com o máximo de correção possível, evitando construções como “nós foi” e “nós vai”, mas uso bastante “levar ela”, por exemplo. Acho pedante falar certo demais. E cansa, acho.
- Escrever do jeito que falo:
É impressão. Fato é que eu escrevo muito rápido, o que me possibilita meio contar a história pro teclado, dando uma impressão de oralidade. O chato é que tenho que suprimir algumas coisas. Palavrões por exemplo. Quem me conhece sabe que eu falo muitos, vários, mas tenho tentado não exibi-los aqui. Tem uns que eu acho que se escrevesse aqui, ia perder um pouco da moral. Mas bom eu avisar, para que no dia em que eu, sem querer, descer do salto, ninguém se assuste.

Falando em estilo literário, essa é uma das coisas que eu mais observo quando leio. Inclusive quero informar que o melhor livro que já li, em enredo e também em estilo é “Xadrez, Truco e Outras Guerras”, do José Roberto Torero. Vou falar dele depois. Outro dia. Em outro post. O fato de ser um livro sobre a IRA não é mera coincidência.

P.S.: Já pensou se eu começo a escrever aqui frases entremeadas por “caralho” ou algo assim? Puta que pariu, ninguém merece, né?

6 comentários:

Vaidade disse...

e sem pseudo-intelectualismos!!!por favor...

Anônimo disse...

acho que sua escrita tem sim um aspecto conversacional,marcas de informalidade. Como leitora percebo que é uma leitura que flui rapidamente, tal como uma conversa- acho que o "tchan" de sua escrita pode estar aí.... ;)

Quem sou eu disse...

Lembra que eu disse que o blog é um "reflexo de nós mesmos"?

Unknown disse...

Eu te vejo falando quando te leio. E acho os dois muito legais.

Unknown disse...

Bem legal mesmo.

Já pensaste em ter um wordpress?
Acho que vale a pena.
Eu migrei do Blogger para o Wordpress e ficou perfeito.

http://luizpmonteiro.wordpress.com

Abraço.

LPM/designer

Janaína disse...

Ok, vou pensar na sugestão, obrigada.