terça-feira, 25 de setembro de 2007

Programa de Lulu


Aventura nova. Preciso contar aqui. Essa semana resolvi ir a uma daquelas academias só para mulheres. Depois que recebi o convite pra aula experimental, adiei por umas 3 semanas, mas até que enfim me enchi de coragem e fui. Só Deus e meus amigos sabem como odeio fazer exercícios. E ficava pensando: o que eu vou fazer numa academia que só tem mulheres? O mesmo que na que tem homens, né: exercícios!
Então, cheguei lá com uma roupa o mais geração saúde que consegui: blusa de malha, calça de moletom e tênis. Fiz um esforço master pra não ir a um shopping próximo fazer uma boquinha. Fiquei sem graça de ingerir 1500 calorias de uma só vez antes de ir malhar.
A academia não só não tem homens como também não tem espelhos. Jesus amado! Disse o povo lá que é pra não ficarmos nos comparando com as outras. Deveriam distribuir viseiras de cavalo também, pra não olharmos pro lado. Não que desse vontade, mas tudo bem.
Fui super bem atendida na chegada. A moça comprou com sorrisos a minha disposição pra preencher uma ficha enorme. Pelo menos era ela que escrevia, e não eu. Ela perdeu um ponto comigo ao fazer cara de espanto quando eu falei que era engenheira, mas ganhou outro pela babação de ovo quando eu disse que fazia dança de salão. Parece que todo ser vivente é doido pra fazer dança de salão. Faça então, ué!
Minutos depois, veio a professora. Linda, linda, linda. Tinha um nome que parecia inventado. Vou explicar: Tem certos nomes que nenhuma mãe, por mais hippie que seja, nunca vai colocar num filho, mas que muita gente adoraria ter. Se uma mulher olha pra minha cara e diz que se chama Lua, por exemplo, eu não consigo não rir na cara dela. Nada pessoal. Nada contra a lua.
Coitadas, não as culpo por inventar um nome. Muito pouco fashion dizer: Boa noite, sou a Creonice, sua professora. Eu entendo perfeitamente.
Ah, eu falava da lindeza da mulher. Nó, tudo, corpo perfeito sem ser sarada, olhos azuis, cabelos chiquérrimos, só era... pequena. Nada anormal, só acho que se ela tivesse, assim, a minha altura, seria perfeita. Tenho que admitir que me fez muito bem olhar toda aquela boniteza de cima. Me deu coragem pra começar, acho.
Então comecei. Lá os exercícios são feitos em circuitos, você passa só um tempinho em cada aparelho. As pessoas agitadas devem adorar, hahaha!
O circuito total dura no máximo meia hora. Fiz meio circuito. Nível aula experimental embolado com vida sedentária.
Não precisa ficar contando as repetições nem marcando o tempo de cada exercício. Fica passando o tempo todo uma música meio tuts-tuts e, de tempos em tempos, vem uma voz no meio da música que diz: “Mude de estação”. Era quase igual escravos de Jó, todo mundo mudava de aparelho. Óbvio que eu, com meu avoamento, em geral não prestava atenção e a professora precisava me lembrar.
Como assim eu não tive que fazer nenhum abdominal? A-do-rei! E há quantos anos eu não pulava corda? Pois pulei. Bonitinho. Deixei o desengonço pros outros aparelhos.
Tinha uma mini cama elástica igual à do Professor Aloprado (aquela em que ele não consegue pular, pois é tão gordo que ela afunda). Aprendi que ela chama jump.
Há pouco tempo fiz uma aula de hidroginástica com minha mãe e fiquei morrendo de dor no outro dia, como se tivesse tomado uma surra. Depois do circuitinho não fiquei! Milagre! Só fiz meio, claro, mas adorei. Estou me sentindo super bem. Obviamente não vou começar a freqüentar a academia, pois ela é caríssima. Sempre a falta de grana me chamando de volta à realidade...
Nossa, não posso esquecer de contar o mais legal: Tinha um outro equipamento muito interessante. Tipo um puff de uns 40 cm de altura, e em cima dele tipo um poste acolchoado. Pra chutar. Que delícia! Tinha que chutar com o peito do pé, dar dois passinhos e chutar de novo com o outro pé. Eu estava achando lindo, doida pra ter um daqueles em casa, mas daí eu estava na bicicleta e tinha uma mulher - preciso falar que ela é gorda? Não, né, maldade – chutando esse. Tava fazendo o maior esforço e não tava conseguindo chutar forte. Daí vira a outra e diz: “Finge que é o seu marido, boba!” A partir daí, a mulher chutou tanto que matou o Dhalsim do Street Fighter de inveja.
Tenho preguiça dessas mulherices. Não sou sexista, de forma alguma. Tem umas homenzices e uma bichices de que também tenho preguiça. Claro que gosto da maioria das bichices, tolero várias homenzices e morro de preguiça das mulherices. Sim, talvez eu seja preconceituosa. Mas precisa ter essa atitude tão estereotípica, do tipo “Sou mulher, sou casada, por isso tenho que odiar meu marido”? Ridículo. Mas adorei a academia.

6 comentários:

Patrícia Souza (Tiça) disse...

haha, achei que vc ia entrar...

Unknown disse...

VC foi de moleton rosa?

Janaína disse...

Tiça: Se eu tivesse todo aquele dinheiro, provavelmente gastaria com outra coisa. Chocolates, sei lá.

Grilo: Fui de moletom azul. Não foi nenhum tipo de protesto (sempre achei péssimo quem acha que rosa=menina, azul=menino). Eu até gosto de rosa, só que não tenho moletom dessa cor.

Quem sou eu disse...

Ler esse blog é como te ouvir contando! Morro de rir! Vc é ótima mulé!

Unknown disse...

Eu também acho péssimo associação de cores. E hoje a coisa tá mais flexível, uma vez que um monte de meninos andam pelas ruas de camiseta de malha rosa, pólo rosa e social rosa. Só associei o rosa ao estilo patricinha de ser. Just this.

Janaína disse...

Gau: Brigada.

Grilo: Patricinha? Eu? Faz-me rir!