segunda-feira, 31 de março de 2008

Prova, então


Ontem tive a primeira prova de gente grande desse ano. De gente grande porque foi a primeira que tinha um conteúdo que precisava realmente aprender, estudar. E eu fiz como gente grande mesmo, estudei horrores.
Oito horas de prova, credo! Já saí de casa no sábado à noite, fui dormir na casa de uma pessoa linda que mora pertinho do lugar onde eu ia fazer prova pela manhã. Levei minha malinha (“inha” é ótimo) com pijaminha de inverno – claro! -, apostilas pra estudar em cima da hora, minha nécessaire que ocupa metade da minha mochila que já é um monstro, e balas, muitas balas, mil balas. (Acabei de descobrir que nécessaire é masculino, mas ah, azar.)
Minha anfitriã acordou às 5h30 da manhã pra preparar café pra mim. Pedi ela em casamento, claro. Ela só aceitou depois que eu lavei a louça...
Enfim, a prova da manhã (que deveria ser a mais foda) foi mais tranqüila. Obviamente tinha um mongol lá conversando alto e pelos cotovelos antes de começar a prova. Uma hora ele berrou:
_ Gente, vocês trancaram a porta direito quando saíram de casa hoje?
Como ninguém respondeu, o babaca continuou:
_Essa é uma tática que eu uso pra deixar os meus concorrentes pensando durante a prova inteira se trancaram ou não a porta.
Rá, eu nem saí de casa... Idiota!
Se existir justiça divina, esse imbecil não vai passar. Falar em não passar, à tarde fiz prova numa sala repleta de Janaínas. A Janaína da minha frente tinha um cabelo lindo. A de trás passou metade da prova sambando na minha cadeira. Metade porque uma hora eu enfezei e arrastei a cadeira pra frente na hora em que ela tava apoiada, daí ela ficou com medinho de cair e não apoiou mais. Se depender da minha reza, ela não vai passar não. Olhei até o nome completo dela, que é pra Jesus não confundir as Janaínas.
No intervalo das duas provas, fui almoçar meu McLanche. Encontrei por acaso uma colega que não via havia anos e que também tava fazendo as provas, Ana Cristina, linda. Falar em lindo, encontrei também o Lucas, amigão que eu não via há mais de ano. Sem comentários. (Ué, mas eu não tenho birra de engenheiros? Ah, é. Quase esqueço.)
Várias pessoas gracinha me ligaram ou mandaram mensagem durante o dia, querendo saber se eu tava calma, se tinha ido bem, se tava difícil, adorei.
Respostas coletivas:
Eu não estava calma. Lembro até do filme Xeque-Mate (Lucky Number Slevin, 2006), em que o personagem do Josh Hartnett diz que “sofre de ataraxia”. Amo esse filme, vi 3 vezes – 2 no cinema -, mas achei essa tradução podre. Se bem que a forma original nem foi tão benta. Vale transcrever:
"Slevin: I have ataraxia.
Lindsay: Ataraxia?
Slevin: It's a condition characterized by freedom from worry or any other pre-occupation really."
(Tirado do IMDB- Claaaro que eu não vi o filme de novo pra copiar essa fala...)

Horrível.
Enfim, se eu "sofresse de ataraxia", talvez estivesse calma, apesar dos 68 mil concorrentes e de toda aquela situação nada comum em que eu estava envolvida por causa da prova. Mas deixe.
Quanto à dificuldade da prova: Já pensou se dessem uma prova fácil? Queria ver o que o povo ia fazer com milhares de aprovados! Tem que ser difícil mesmo! Detalhe que achei até a prova de Matemática difícil, é o fim dos tempos.
Quanto ao meu cansaço. Nada, to super acostumada a fazer 8h de prova, todo dia. Principalmente tendo que cruzar a cidade na hora do almoço (claro, seria muita sorte ter as provas da manhã e da tarde no mesmo lugar.)
Só sei que ontem às 20h eu estava na cama, cansaço total.
Agora é esperar o resultado, deve sair um preliminar essa semana.
Até lá, sem perguntas. Meu MSN tá assim: "Mega difícil a prova. Agora podemos falar de outra coisa?" Mas falei até muito aqui, não consigo.

Boa semana a todos.

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