sexta-feira, 21 de março de 2008

Ela...


Ela podia se chamar desapego...
Porque ela arranca as páginas da própria agenda. Diz que se os dias já passaram, não tem problema.

Ela podia se chamar antipatia...
Porque ela se recusou a falar comigo por meses (e sim, eu guardei mágoa).

Ela podia se chamar esperança...
Porque ela sempre espera que venha dinheiro a mais no caixa eletrônico.

Ela podia se chamar insistência...
Porque ela tem alergia a álcool, mas bebe mesmo assim.

Ela podia se chamar segurança...
Porque ela me liga no trabalho e já sai falando antes de se identificar, com a plena certeza de que eu sei quem está falando.

Ela podia se chamar Branca de Neve...
Porque ela adora meninos pequenos (no mau sentido... não me mate)

Ela podia se chamar gênia...
Porque ela adora me chamar de burra e dizer que só come capim porque faz bem pra pele.

Ela podia se chamar Bartlebly...
Porque depois que ela leu esse livro, prefere não fazer um monte de coisas que tem que ser feitas. (muórre de preguiça)

Ela podia se chamar atriz...
Porque ela sabe fingir simpatia como ninguém. Talvez seja por causa do formato dos olhos, que faz parecer que ela está sempre sorrindo.

Ela podia se chamar estilo...
Porque ela vive fazendo mudanças radicais nos cabelos. E sai com umas roupas dignas de Elke Maravilha. Mas, enfim, ficam bem nela.

Ela podia se chamar prolífica...
Porque ela se refere a todas as pessoas interessantes (ou absolutamente desinteressantes) que vê como “pai dos seus filhos”.

Ela podia se chamar chef...
Porque ela não só cozinha divinamente como adora comer bem.

Ela podia se chamar educanda...
Porque achou recentemente alguém além de mim que a eduque.

Ela podia se chamar arrogância...
Porque ela nunca admite que erra. Tá, quase nunca.

Ela quase podia se chamar bondade...
Porque ela adora comprar coisas enormes e dividir (principalmente se for refrigerante, milkshake...)

Ela podia se chamar intensidade...
Porque ela sempre ama de todo coração ou odeia com toda força.

Ela podia se chamar até ira...
Porque ela odeia um bocado de gente. E tudo que envolva alegrice, sonsice, lerdice...

Mas ela prefere se chamar Vaidade...
Porque ela é linda.
O problema é que contaram isso pra ela cedo demais.

Parabéns, Thays!

3 comentários:

Vaidade disse...

ah, chorei!

de verdade! li o texto e quando cheguei na arrogância já estava com os olhos cheios demais para dar importância! (até parece! vai ter volta!)

mas amei de verdade, de coração, ou algo parecido.... Obrigada!!!

e nunca, NUNCA, mais dê um susto na gente como o episódio da sua vó.

bjo

ps: fiz um bolo de chocolate, com chocolate e chocolate, que só porque achei que estava pouco coloquei chocolate branco, que ficou de comer ajoelhado agradecendo a Deus!

viajero disse...

quem te conhece te compra... beijo enorme pra japonesa mais linda que eu conheço!!!

Janaína disse...

Fazer a Thays chorar... não tem preço!

Isso, Rafael, contribua pra humildade da pessoa!