domingo, 16 de dezembro de 2007

Minha aventura mirabolante do final de semana


Comecei não tendo aula de dança no sábado. Fandásdigo. Eu, minha esperteza e Renata fomos pro centro de BH no sábado, penúltimo final de semana antes do Natal. Asníssimas. Depois de fazermos um tour pelo Shopping Oi (achei tudo o que eu queria e mais um relógio de $4), tava procurando presente pra minha mãe no centro, quando escutei uma voz de microfone vindo de uma loja anunciando uma super promoção.
Entrei, claro. Achei um parente distante, que me atendeu. Tudo ótimo, tudo lindo. Na hora de pagar, quis morrer:
Lembra aquele “No mistério do sem-fim", da Cecília Meireles? Então, no inferno tem um porão. E no porão um cantinho. E no cantinho um buraco de rato. E no buraco tem o rato. E debaixo do rato tem a Ricardo Eletro que fica bem no centrão da cidade e toda a sua fila. Filas, né, porque tem uma pra tirar o pedido, outra pra pagar e outra pra pegar o produto. Nossa, passei mais de uma hora lá. Enfim, depois que resolvi todas as coisas do centro (sim, comprei mais um monte de coisas), voltei pra casa. Passei uma hora e sai de novo. Não, não deu tempo de arrumar minha mala. Ia encontrar com o Rafael e voltar cedo, pois ia trabalhar no domingo.
Acabou que nos encontramos com mais gente (inda fiz a maldadinha de falar que o vestido da Thays com o All Star magenta tava feio, quando na verdade tava chiquérrimo. Foi só pra baixar a auto-estima dela... como se fosse possível...)
Falando de All Star, preciso fazer um parêntese: Saí ontem e hoje de pés de fora. Brilhei. Pra quem não sabe, nunca saio com meus pés de fora, porque eles são, hum... horríveis. Mas precisava treinar porque ano que vem tenho o projeto pés lindos 2008 e a médica já me avisou que eles vão ter que ficar mais de fora durante o tratamento... todo mundo vai ter que aprender a conviver com eles, e não só eu. Tem gente que me conhece há anos e nunca os viu. Tem um amigo meu que diz que é mais fácil ver meu peito que meu pé. Rá, como se eu tivesse algum peito pra ser visto! Fecha.
Enfim, ontem eu acabei vindo embora tarde... e pegando um ônibus que me deixa meio longe de casa... cochilando, acordando desesperada achando que tinha chegado e descendo num lugar errado, bem lonjão... claro que veio um homem do saco, mentira, tava até arrumadinho) e me pediu dinheiro. Eu, chorando (tá, berrando):
_Você acha que se eu tivesse dinheiro eu estaria na rua a pé a essa hora da madrugada?
Ele, comovido (acho), me ensinou a achar uma avenidona que ia dar no meu bairro. E andei, andei, corri, corri e cheguei em casa tardíssimo... e o caminho aqui pra casa é ultra perigoso... mas tudo correu bem.
Fiquei tão agitada que custei a dormir. 4h30’ da manhã de hoje, meu celular desperta. Dormi de novo e acordei em cima da hora. Arrumei correndo, deixei, claro, um documento importante pra trás e fui trabalhar num concurso. Já tenho super experiência em trabalhar em concurso, sempre faço isso, na verdade não tava fazendo isso muito porque ultimamente eu passei pro lado roxo-e-amarelo da força (foi a pior combinação de cores que consegui pensar): andei fazendo um bocado de concursos. Enfim, esse não fiz e fui trabalhar, com minha hora valendo uma 3 vezes o que normalmente vale. Dia inteiro, concurso de 2 etapas, 1ª de 8-12h e 2ª de 15-19h. Eu tinha que chegar lá 6h30’ da manhã. Lá na puta que pariu. Mas não era perto de mim, pois eu moro na puta que pariu do oeste, e a prova foi no norte. Acabei de descobrir isso, não tenho a menor noção de direção.
Enfim, saí de casa as 5h20’ da manhã. Escuraço. Um homem fez psiu na rua, enquanto eu esperava a conexão (claro, tive que ir de 2 onibus...) Nem o culpei. Quem vê uma mulher na rua as 5h20 de uma manhã de domingo não pensa que ela está indo iniciar a jornada e sim que ela ta voltando de ontem, da guaicurus ou algo assim. Deixa.
Cheguei lá cedo e descobri que eu ia aplicar prova com um completo estranho... a cara de Jesus (aquela imagem ocidental de cabelão, barba e olhos azuis a que estamos acostumados, só que com jeans, camiseta branca, óculos e all star). Pensei “não vou dar nem bom dia” e demorou, assim, uns três minutos pra virarmos amigos de infância. Legal demais o cara, nó! Inda bem, imagine passar um dia com um pelinha! Dei foi sorte.
Nossa, as bolsas das meninas que tavam fazendo prova: lindas, tudo de lindas! A minha bolsa nova, verde loosho, pequena, com uma janaininha pendurada nem apareceu. A bolsa nova era pra ser da mesma cor da carteira nova, mas comprei separado e obviamente a cor ficou totalmente diferente, claro. Tinha uma do Gato Felix com um Gato Felix de resina pendurado, lindo. Tinha uma da Betty Boop também maravilhosa. Queria ver por dentro... devia ter falado que era parte do protocolo de identificação do concurso, ne? Fui burra.
Enfim, parei de secar as bolsas quando Apolo entrou na sala (“Mas e o pai dos seus filhos?” “Quem, minha personal baleinha?” Sim, deletei instantaneamente...). Como assim, meus sonhos se materializaram? Como assim tudo que eu acho uma gracinha reunido numa pessoa só? Como assim? Peguei a identidade dele (era mesmo parte do protocolo de identificação do concurso, ta!) e quase caí de costa. Como assim 1988? Aquele não era o ano da minha formatura do pré, aquele em que eu apresentei Flash Dance? Como assim? Bom foi o meu NAI - novo amigo de infância - falando:
_ Você vai pra cadeia, tá!
Isso sem eu falar nada! Só pela minha cara – que, segundo a Thays, é de paisagem. Tá vendo como ele virou mesmo meu amigo de infância? Enfim, claro que parei de secar (mais ou menos) o menino de 19 aninhos, né. Mesmo por que, eu estava trabalhando. Mas vocês precisavam ver que boniteza!
Enfim, passamos mal tentando adivinhar quem era mais burro, mais psycho e tal. Tinha um la que conferiu a prova umas mil vezes depois de ter passado o gabarito a tinta. Tinha um que deixava tudo cair o tempo todo. Tinha uma descabelada e de olho arregalado que quase me afogou com seus milhões de muito-obrigado quando eu a levei pra beber água. Ri muito.
Vi uma gata (o felídeo, que fique claro) lambendo, literalmente, a sua cria. Ou, lindo demais! Acho que os humanos são dos poucos mamíferos que não fazem isso. Ai, Jesus, que comentário é esse? Volta, Ira!
Aqui. Tô aqui, cansada, morrendo, com as pernas num banquinho pra ver se param de latejar, tendo um princípio de quebra-pau pelo msn (preguiiiça!), quase na hora de acordar pra ir pro trabalho amanhã, onde estou repleta de coisas pra fazer, e fico aqui escrevendo post até essa hora da noite. Paia.

3 comentários:

Unknown disse...

Final de semana para aprender muito inclusive que Jesus existe e está no meio de nós!....

Papai Noel já me entregou presentes quase surpresas!!! Iuhu!!!

Adriana Rodrigues disse...

"roxo-e-amarelo da força (foi a pior combinação de cores que consegui pensar)"


VOCÊ LEU ISSO, GRILO?
hahahahahahahahaaha

Unknown disse...

Li. E daí? Eu acho roxo e amarelo muito legal e não vejo problema nessa opinião que é minha e de algumas pessoas que já conheci. Nunca quis que ninguém gostasse. Eu vou continuar gostando até a minha morte!