quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Molière


Ontem assisti à peça “Um Molière Imaginário”, do Grupo Galpão. Tudo de bom. Foi bem na frente da Reitoria da UFMG, mais fácil não poderia ser. E de graça. E de noite. E no dia que eu não faço dança. Perfeito!
Já tinha assistido à peça antes, mas antes eu não tinha blog pra comentar.
O maior astro da peça pra mim foi o Rodolfo Vaz, que faz o Argan. Esse cara, até num comício me faria rir. Ele era um hipocondríaco e esculhambava tanto sua empregada que eu quase morri de rir.
O Galpão tem um negócio muito legal. Eles realmente estudam o ambiente em que vão apresentar a peça. E fizeram piadas com coisas do cotidiano da Universidade. Engraçado demais. Zoaram o Bandejão, o Reitor e mais um monte de coisas. Achei ótimo.
Todo mundo do elenco é tudo, todo mundo canta, lindo, fantástico.
Sempre achei chatas as peças em que os atores tentam interagir com a platéia, mas nessa peça, a interação é na medida, achei.
Vou ter que contar umas coisinhas. Não consigo. Quem não quiser saber, pare de ler por aqui. Só umas coisinhas:
Eles zoaram coisas como a “sem-gracice” das óperas e o estereótipo do mocinho, completamente mongol. E tem uma hora que uma mulher entra em cena como se estivesse a cavalo, desce e aperta o alarme. Quase passei mal de rir.
E a cena em que um cara tem que se esconder, e se disfarça de cabeça de veado na parede? Genial.

Ninguém no mundo odeia escatologias mais do que eu. Preguiça das piadas, da riqueza de detalhes desnecessária, de contar pra galera tudo sem omitir o dispensável e principalmente de frases começadas com “Vou ali no banheiro para...”. Odeio. Muito.
Principalmente esse povo que tem filho e acha que as necessidades fisiológicas dos seus pimpolhos são bonitinhas e podem comentar com qualquer pessoa, em qualquer lugar. Inclusive à mesa, argh! Enfim, defendo fortemente que a palavra mais adequada que já inventaram para o nº2 é... nº2 mesmo. Se não tiver jeito de evitar falar.
Porém, ontem, quebrando mais um dos meus preceitos (tenho que parar com essa moda de quebrar um preceito todo dia), ouvi uma escatologia legal. Vergonha, mas vou reproduzir aqui. O homem tava pondo a mulher pra fora de casa e disse: “Debaixo da minha coberta ela não peida mais”. Não acredito que eu ri disso. Mas é que nunca tinha visto uma separação ilustrada com tanta maestria.

P.S.: Eu tinha encomendado um post a uma certa pessoa, mas devido à enrolação, postei na frente. Viu, Thays?!

P.P.S.: O Grilo voltou!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

2 comentários:

Unknown disse...

1) Pode parecer coisa surreal mas eu nunca assisti a um espetáculo do Galpão e esse daí especificamente eu tenho vontade de ver.

2) A Teuda Bara que esteve por um tempo no Cirque du Soleil, me abriu os olhos pra uma outra realidade menos glamurosa dessa cia. Numa reportagem publicada não sei em qual jornal ela conta sobre a vida lá e sobre a delícia que é voltar pra casa. Muito bacana.

3) Flor, minha flor... flor vem cá! Flor minha flor laiá-laiá-laí-á

Quem sou eu disse...

Você me mata de rir mulher!