sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Mudei


Não, não comecei a ser simpática com todo mundo e nem a gostar de criancinhas. Só mudei de casa mesmo.
“Só” faz até parecer que é uma coisa pouca, né. Não dá a menor idéia do horror de caixas, sacos, noites em claro arrumando tudo (pra mim, que em geral só fico em casa de 23 às 7h...), bagunça, achar e perder coisas. Nó, preciso falar disso:

Achar coisas
Toda hora eu escutava (ou falava):
_ Nossa, como assim eu ainda tenho isso?
_ Oba, meu não-sei-o-quê!!!
_ Gente, mas eu jurava que tinha dado isso pros outros...

Perder coisas
_Cadê aquela blusa assim, assim? Eu juraria que ela estava aqui.
_ Ih, pensei que a minha saia fosse aparecer quando eu arrumasse a mudança, mas parece que não...
E a campeã de incidência:
_ Alguém viu o outro pé da minha meia?

Que povo inocente, não canso de repetir a velha fórmula:
3 mudanças = 1 incêndio nas suas coisas
Eu sei disso melhor que ninguém, pois já estou na minha 8ª mudança. Ruim demais.
Minhas coisas já estavam até mais ou menos arrumadas, claro, não foi uma fuga, foi uma mudança planejada. A madrugada de terça pra quarta eu passei arrumando as roupas. Quarta, obviamente, fui trabalhar igual um zumbi, claro que não tenho mais idade pra virar noites em claro (como se algum dia eu tivesse aguentado...). Na quinta, feriado, levantamos às 7h depois de dormir no chão e fizemos a mudança. Os mudanceiros naquela moleza e eu impaciente, pensando: “Se Deus existisse mesmo, ia criar um “personal mudanceitor” que ia ser assim: os mudanceiros teriam uma técnica ninja com a qual entrariam em casa com a gente dormindo e, sem fazer nem um barulhinho, fariam toda a mudança: tirariam os móveis da casa velha, levariam pra nova, colocariam tudo no lugar, só aí acordariam a gente pra ir”. Eu nem estava pedindo um teletransporte, iria de taxi numa boa!
Enfim, já colocamos quase tudo no lugar, devemos terminar hoje.
Acho que vou poder dormir no final de semana, porque o povo lá de casa vai viajar pra uma cerimônia da religião deles lá. Uma religião meio diferente que eu mesma pratiquei por 10 anos. Mas isso é assunto pra outro post.
Só um parêntese: Falar “Fiz isso por 10 anos” ou “Te conheço há 20 anos” soa tão senil, né? Fecha.
Enfim, vou poder dormir muito no final de semana, a despeito das 8h de aula de dança que vou fazer no sábado (8? É, de 10h30' às 18h30') e do almoço na casa de uma amiga a que vou no domingo. Mas tá bom.
Ouvi dizer outro dia que o tamanho do seu molho de chaves reflete o tamanho da sua responsabilidade. Nu, tô responsável pacarai agora então, ganhei mais 5 chaves! Mas acho que quando eu tirar as da casa velha eu volto ao normal...

Preciso contar uma coisa ótima que aconteceu durante a mudança. Tinha que ter alguma coisa boa, né? Vou reproduzir o diálogo, pois não posso perder a chance de queimar o filme da Renata. Ela:
_ Sabe aquele cinto cheio de patuê?
_ O quê?
_ Não, patuá!
_ Como assim? (Já visualizei um cinto com as macumbinhas penduradas)
_ Ah, não, é pas de deux! [ela jura que se eu não escrever padedê, ninguém vai entender... por favor, não me decepcionem...]
_ Nossa, não faço idéia do que você esteja falando!
_ Como é mesmo o nome daquelas lantejoulas do seu vestido do baile brega? Ah, é, paetê...

Um comentário:

Unknown disse...

uashushauhashu... mto engraçado! personal mudanceitor e tudo... keria q tudo se resolvesse simples assim tb. agora vai dormir menina pq vc deve tar acabada! manda 1 abração p renata (agora com o filme queimado hasuhASUhsa)

bjunda!

Cidão (Alan para os desconhecidos)