sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Noites Tropicais e otras cositas más


Sim, sumi.
Não, não estou desistindo do blog, só estou ultra ocupada essa semana.
Mas vamos ao que interessa. Não se assustem com a quantidade de coisas, tenho muito pra contar hoje.
Finalmente terminei de ler o Noites Tropicais, livro que ganhei às vésperas do dia da criança, como já contei. Mais de um mês pra ler 461 páginas, tô no fim da carreira, mesmo. Se bem que esse livro não é muito de devorar, é mais de saborear mesmo. Recomendo fortemente. Excelente o livro, lindo, ótimo e, o mais importante, ganhado de alguém que eu amo muito.
Bom, por onde eu começo?
Pela minha ignorância: nunca tinha ouvido falar desse livro (parece que fui a última pessoa do mundo a saber dele) e nem do autor.
Virei fã do Nelson Motta! O cara é tudo no mundo da MPB, compôs músicas como “Dancing Days”, “Como uma onda” e “Bem que se quis”, produziu artistas que eu adoro, tipo Tim Maia, Lulu Santos, Marisa Monte e outros, e ainda criou uma das séries clássicas da minha infância, Armação Ilimitada (lembra do Juba e Lula?). O cara é meu herói!
Como assim ele foi ao casamento da Elis Regina, depois ela foi madrinha do casamento dele e depois ele teve um caso com ela? Passei mal.
Inclusive, altamente pegador o sujeito, pegou pelo menos umas 6 famosas.
Super mistura boa de história da MPB com contação de babados. E ainda com contextualização política. Adorei. Muito.
No livro achei dezenas de palavras que precisei olhar no dicionário e aprendi outras tantas que adorei tanto que vou começar a usar.
Tem uma música do Raul Seixas que o autor cita no livro, mas não tô achando de jeito nenhum, nem no Google. Ela diz: “o teu sorriso me acordou mais do que mil manhãs”. Achei uma gracinha. Quem conhecer a música, me passe, por favor.
Gostei de ver a idolatria do Nelsomotta - como Tim Maia o chamava - por João Gilberto. Tem até uma frasinha que ele colocou que ri demais: “João Gilberto era nosso pastor e nada nos faltaria”.
Claro que essa não foi a única frasinha de que gostei. Peguei mais umas, bem pouquinhas, de umas só uns trechinhos. Estão aqui.

Que mais aconteceu nesses dias:

- Quebrei meus próprios preconceitos de imagens construídas sobre duas pessoas e me deixei começar a aproximar delas. Surpresa boa: adorei as duas!

- Quebrei minha cara confiando em gente que eu estava até começando a gostar, mas que comecei a ter preguiça por várias coisas desagradáveis que vieram acontecendo... E não posso esquecer de informar pra pessoa...

- Estrelinha da semana (pra mim, claro!): Minha mãe sempre falou que se eu me calasse mais, as coisas seriam mais fáceis. E quem disse que eu consigo? Assim, não conseguia, porque dia desses a pessoa A (sim, conto o milagre sem contar o santo. Santo? Pfff... tá, o autor da asnice) disse uma coisa muito, muito joselita sobre si mesma e eu consegui me abster de qualquer opinião. Logo depois, recebi um elogio da pessoa B: “Adorei o seu silêncio!” Tadinha, nem imagina como dá pra ser filha da puta em silêncio...

- Vacilinho: Tem um dia da semana na minha escola de dança que é mais hard que os outros: não só faço todas as aulas entre 18h e 22h30’, como tenho contato com umas pessoas pelas quais não morro de amores. Nada sério. Eu me comporto, convivo, danço com eles, profissionalismo e tal. Mas, enfim. Estou eu nesse dia saindo do trabalho às 17h pra ir pra escola e o único segurança mais ou menos apresentável do meu trabalho faz uma despedida amável:
_ Bom descanso!
E eu, idiotamente:
_ Descanso?! Pois agora é que eu vou começar a trabalhar!
Bura, bura, bura. Aposto que agora ele acha que eu tava indo pra Guaicurus fazer programa, aiaiai...

- Um amigo foi visitar minha escola de dança. Me viu dançando (ai!). Comentário: “Você dança muito séria, de cara fechada!”. Um dia um professor (não, não é o Grilo) me falou que eu danço com cara de prova de matemática. Quem dera se dançar fosse fácil como matemática... Faço prova de matemática rindo de orelha a orelha: tudo tão lógico, coerente, previsível... Mas da próxima vez que eu for dançar (com alguém observando), antes vou puxar os cantos da minha boca em direção às têmporas e passar bastante laquê. Assim ninguém vai ver meu esforço. E, de quebra, ainda saio bonita na foto.

Um comentário:

Anônimo disse...

son mota tem um programa de rádio que se chama SINTONIA FINA. Ele apresenta o que há de novidade no pedaço, etc.....só coisa massa!