quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Porto Seguro – Parte 3: Os agitos



Ficamos em Coroa Vermelha, lugar uma gracinha, parece cidade do interior daqui. A praia era a um quarteirão, ótimo. Quase todas as noites íamos a Porto Seguro, super pertinho. Passeávamos na Passarela do Álcool, o hot point da cidade.
Porto Seguro ficava muito cheio, o dia todo.
Fomos um dia a Arraial d’Ajuda, lindo, tudo caríssimo, pessoas muito bonitas.
Fomos a Santa Cruz Cabrália também e tiramos fotos.
Ninguém merece as músicas que tavam rolando nesses lugares todos. Essa é a música (com a dancinha, claro) do momento lá. Vejam a podreira. Passava em todas as barracas, palanques, shows e rádios locais, entre outros axés. Só Jesus. Não, tadinho de Jesus, faça isso com ele não.
Só estávamos ouvindo isso, até as meninas comprarem CDs. 3 CDs. De Axé. Sangue de Cristo! Eu torcia muito pro player do carro pifar, nó. Odeio axé e tudo o que possa dele advir. E tenho vontade de sacar uma metralhadora toda hora que ouço "Sorria, você está na Bahia". Sim, sou mal-humorada 98% do tempo.
Deve ser por isso que as meninas assustaram tanto quando eu saí pulando e dançando pela cidade afora (logo depois de um pratinho de brigadeiro... Lembram do esquilo dos Sem-floresta? Tipo aquilo). Dancei até aquela dancinha ridícula do vídeo. Fiquei tão pulante que nem lembrei da blusa de frio.
Daí o povo descobriu um baile de Zouk. Quantas vezes já disse que odeio zouk? Umas mil, né? Quem tiver esquecido, releia o texto da rodinha. Preguiça de ficar simulando sensualidade enquanto danço! Dou conta disso não! Ah, nem!
E não é só porque faço aula de dança que tenho que amar todos os ritmos. E como estou de férias da escola, me achei no direito de não querer dançar. Principalmente com aquele povo que sua e pinga! Ah, não, eu não mereço isso não! Lá em Porto os nativos já chegam ao baile sem camisa! Credo! Pára!
Depois de muito preparo espiritual, resolvi ir, apesar dos infinitos pesares. Ia ficar de cara feia e não ia dançar com ninguém, mas iria, em prol do grupo.
Mas como Jesus me ama, passei mal no dia (as meninas também, mas a fomiagem foi maior) e não pude ir. Fiquei em casa dormindo. Diliça completa!
O Reveillon foi um show à parte. Custamos a decidir pra onde ir – como se fizesse diferença escolher em qual praia iríamos ouvir “Não vale mais chorar por eeele” e pular macumbinhas, digo, ondinhas, na praia. Enfim, fomos para um lugar que custou 50 dinheiros (beijo, Rafael!), tinha vários ambientes – axé, rock, axé, forró, axé, boate, axé, axé e... axé! – e umas 2000 pessoas, estimo. Vimos o show dos fogos de artifício, que confesso, não foi de todo ruim, e logo em seguida eu e Juju fomos embora. Pode falar que eu sou rabugenta, mas juro que preferia ter passado dormindo. Menos, né. Se eu tivesse passado dormindo, não ia dar pra mandar minha oferenda pra Iemanjá, uma florzinha com uns pedidinhos enrolados no cabo (mais ou menos uma versão reduzida da minha Listinha pra Papai Noel. Reduzida não porque fiquei humilde... é porque não consegui lembrar de tudo.
Mas o ano não poderia começar melhor: como eu e Ju deixamos o carro com as meninas (a facção empolgada), passamos mais de uma hora esperando ônibus em Porto Seguro. Cheguei em casa e ainda achei no meu cabelo a florzinha que eu ia jogar no mar à meia-noite (pra completar a oferenda). Pra eu ter uma prévia do que me espera esse ano...

(Continuo depois...)

2 comentários:

Simone Gonçalves disse...

Amiga, você pulou as 7 ondas? Espero que sim...kkkk

Janaína disse...

Pulei nada...